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Carlos Tavares gostaria de ter mais marcas de luxo no PSA Group

By on 8 Abril, 2019

Em entrevista à Autocar India, Carlos Tavares, o CEO do PSA Group foi claro quando laçou a ideia de uma aquisição do grupo Jaguar Land Rover, desde que isso não desvie o grupo do objetivo traçado.

O CEO do grupo francês continua ávido de aumentar o portfólio de marca do PSA Group, hoje composto por Citroen, DS, Opel e Peugeot. O enorme sucesso que foi a compra da Opel, tem encorajado Carlos Tavares nessa busca de mais consistência e volume para o grupo gaulês.

Ora, na referida entrevista concedida à revista Autocar Índia, a propósito da sua presença em Chennai para anunciar a chegada da Citroen ao mercado chinês, Carlos Tavares referiu que seria bom para a PSA ter uma ou mais marcas de luxo no seu portfólio, insistindo que o PSA Group está atento a todas as oportunidades e interessado em qualquer negócio que seja viável e que não seja uma distração para o grupo.

O CEO do PSA Group lembrou que não teve nenhuma conversa com a Tata Motors, o grupo indiano proprietário da Jaguar Land Rover, embora seja do conhecimento público que o grupo britânico está em sérias dificuldades e que a Tata veria com bons olhos uma venda ou uma fusão com outro grupo.

Para a PSA, não há, diz Tavares, um alvo específico, mas se existir uma boa oportunidade, não deixará de a considerar. E quando lhe questionaram porque razão adicionar mais uma marca de luxo quando já tem a DS, o português lembrou que tudo tem a ver com a criação de valor que pode ser gerada por uma marca. Portanto, não há incompatibilidade em ter mais de uma marca de luxo no PSA Group.

E se a compra da Jaguar Land Rover avançar, a PSA ficaria com um ponta de lança importante no mercado norte americano. E Carlos Tavares lembrou que o PSA Group “deu a volta” à Opel, que debaixo da gestão da PSA voltou aos lucros 20 anos depois em apenas 12 meses e que conseguiria ter igual impacto na Jaguar Land Rover. Para o gestor português “é algo que sabemos como fazer!”

Claro que este ruído em redor da Jaguar Land Rover, “obrigou” a Tata Motors a dizer que a Jaguar Land Rover não está à venda e que os rumores que circulam não são verdadeiros. Veremos se será assim, pois as perdas são enormes, afetaram o balanço altamente lucrativo do Tata Group e apesar da empresa indiana ter afirmado o seu comprometimento com a Jaguar Land Rover, tal como no desporto, o que hoje é verdade, amanhã pode não o ser.

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