Novo VW Golf: Conheça o Primeiro Modelo Construído
VW Golf: A primeira unidade foi construída há 50 anos

Confira as diferenças entre a sétima e a oitava geração do VW Golf

By on 28 Outubro, 2019

O carro foi apresentado a semana passada e a Volkswagen voltou a aplicar a receita da evolução na continuidade para esta oitava geração do Golf, a mais tecnológica de sempre.

Porém, a continuidade recebeu muitas mudanças e o modelo mais vendido da Volkswagen e na Europa surge com diferenças não negligenciáveis que estão escondidas debaixo do manto semelhante, mas também ele distinto.

A sétima geração do Golf nasceu em 2012 e conheceu renovação em 2017, tendo cumprido, como os anteriores, carreira de sucesso no Velho Continente, sendo um dos contribuintes para o sucesso da VW. Como sempre tem sucedido, a casa de Wolfsburg não cuspiu no prato onde se tem lambuzado e a oitava geração manteve a volumetria e a imagem de marca do Golf. 

Olhando para a folha de características técnicas do carro, constatamos que as dimensões são praticamente as mesmas (entre parêntesis a sétima geração): 4284 mm de comprimento (4258 mm), 1789 mm de largura (1790 mm) e 1456 mm de altura (1492 mm) com uma distância entre eixos de 2636 mm (2620 mm). A plataforma também continua a ser a MQB, desta feita numa variante revista. Fica evidente que com estas cifras (há ali mais 16 mm entre eixos) e a mesma base da anterior geração, não se esperam grande avanços na habitabilidade ou no volume da bagageira (380 a 1270 litros na anterior geração). Mas o Golf não era criticado nessas suas áreas.

Voltemos ao exterior para verificar que há diferenças no que toca à forma da frente do carro, na utilização de faróis e farolins totalmente feitos com díodos, no toque de decoração que existe no guarda lamas dianteiro (tique estilístico igual a vários modelos da VW), na linha de cintura mais musculada e nos farolins inspirados no T-Roc. Além disso, o Golf já incorpora o novo símbolo da VW.

Saltando para o interior, as diferenças acentuam-se. O tabliê é totalmente novo e o painel de instrumentos também. Passa a ser totalmente digital e integrado com o ecrã do sistema de info entretenimento, ao passo que as saídas do sistema de climatização passaram a ser mais estreitas e ao longo de todo o tabliê. Um conjunto muito diferente do habitual na VW, com mais classe e uma imagem mais Premium. Quanto á qualidade, o AUTOSPORT/AUTOMAIS não foi convidado para a revelação mundial do carro, pelo que não podemos emitir opinião.

Como sucede em outras marcas, a moda da supressão dos botões físicos de controlo das mais diversas funções veio para ficar (dias houve em que era, precisamente, o inverso), dando ao Golf uma nova ergonomia. Haverá quem goste, haverá quem deteste, enfim, não será fácil agradar a gregos e a troianos.

Melhor, sem sombra de dúvidas, é a oferta de tecnologia a bordo. Aliás, tanta que obrigou a um ligeiro atraso no lançamento, embora conveniente para que não abafasse a estreia do ID.3 em Frankfurt. Não sendo propriamente um carro desprovido de tecnologia, o Golf passa a estar na elite: acesso e arranque através do smartphone, sistema de multimédia conectado pode ser controlado à distância como acontece, por exemplo, nos Tesla, comando por voz sofisticado á imagem do MBUX da Mercedes, “head up display” de qualidade projetado no vidro, modos de condução semelhantes ao do Passat, atualizações através da internet, sistema de info entretenimento MIB3 que inclui a possibilidade de usar a Alexa da Amazon, lugação permanente à internet através de cartão e-SIM (que autoriza streaming de áudio, informação de tráfego em tempo real e compras online), tecnologia Car2X (que utiliza informações de carros e de várias infraestruturas equipadas com sensores que nos dão informação em tempo real) e ainda o We Connect Plus, entre muitas outras coisas. 

Na mecânica, a Volkswagen tomou o cuidado de não “pisar” o ID.3 e por isso o Golf fica-se, na eletrificação, por versões híbridas, sendo de destacar o regresso do GTE. O e-Golf desaparece. Em contrapartida, como dissemos, há um novo Golf GTE com duas versões híbridas “Plug In” com 204 de 245 CV. Há três motores que vão beneficiar de hibridização ligeira com recurso ao sistema de alternador/motor de arranque/gerador com tecnologia de 48 volts, mais caixa DSG de sete velocidades. A única unidade diesel disponível é o 2.0 TDI com versões de 115 e 150 CV.

Assim, o mais potente Golf, para já, é o GTE com 245 CV, os motores a gasolina passam pelos blocos 1.0 TSI (90 e 110 CV) e 1.5 TFSI (130 e 150 CV), todos com caixa manual de seis velocidades. As versões híbridas ligeiras são conhecidas como e-TSI e estão disponíveis com 110, 130 e 150 CV, com as características acima descritas.

A gama da oitava geração do Golf irá receber, rapidamente, as variantes GTi e R, o GTD a gasóleo e, também, uma carrinha, maior e mais imponente. Mas as variantes de duas portas, o Sportsvan (espécie de monovolume) e o descapotável, não vão regressar. Fica por se saber como é que o carro se comportará e como é que os preços vão evoluir perante tanta tecnologia e sofisticação, mas isso só será conhecido no final do ano, no caso do Autosport/Automais, quando o carro estiver disponível em Portugal.

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