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Jeep e Suzuki vendem modelos que quebram as regras de emissões europeias

By on 24 Janeiro, 2020

A RDW, autoridade rodoviária holandesa acusa a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e a Suzuki de venderem o Jeep Grand Cherokee e o Vitara com emissões acima das regras europeias.

Segundo este organismo estatal, os dois modelos utilizam “estratégias de emissões proibidas” que os podem levar a emitir elevados níveis de NOx para a atmosfera quando numa utilização normal e não segundo as condições controladas dos testes de homologação. Se ambos os construtores não resolverem estas questões, ambos os carros podem perder a homologação e serem banidos do mercado do Velho Continente.

A Suzuki ainda não encontrou uma solução que resolva a situação, já a Jeep desenvolveu um “software” para resolver o problema e foi intimada a lançar uma operação de recolha de todos os modelos vendidos na Europa e repará-los.

Esclareceu a RDW em comunicado que “a Suzuki tem de mostrar uma solução adequada ou a RDW vai espoletar o processo de revogar a sua homologação europeia.” Lembrar que a RDW já iniciou o processo de revogação da homologação do Grand Cherokee, porém essa é uma medida apenas de precaução.

Mais um estilhaço que voa depois do DIeselgate que eclodiu em 2015 com o dispositivo fraudulento instalado nos carros do grupo VW vendidos nos EUA. Há cinco anos que a face da regulação mudou e tem vindo a castigar duramente os construtores mundiais com os reguladores em todo o mundo a fazerem testes e mais testes e a inventarem um novo protocolo de homologação, o WLTP.

E na Holanda parecem estar dispostos a castigar duramente quem transigir, com o secretário de Estados das infraestruturas holandês, Stientje van Veldhoven, a enviar uma carta aos órgãos de comunicação social onde afirma que vai entregar ao ministério público os resultados das investigações da RDW.

Lembrar que debaixo do sistema de homologação da União Europeia, um construtor pode obter a homologação ou certificação de um modelo num só país e comercializá-lo em toda a União. Porém, cada país pode pedir uma ação de recolha europeia de veículos que estejam certificados num só país. Este é um sistema que tem vindo a ser criticado desde o Dieselgate, pois desta forma é possível escapar ao crivo mais apertado de alguns países e homologar veículos em nações menos criticas ou mais ligeiras em termos de regulamentação.

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