LEXUS UX250h F SPORT – Ensaio Teste

By on 6 Maio, 2019

LEXUS UX250h F SPORT

Texto: José Manuel Costa ([email protected])

Acertar na mouche!

Já o disse, volto a dizer: este é, porventura, o modelo mais importante para a Lexus que, finalmente, desceu de um mundo imaginário onde vivia sozinha com as suas ideias funcionais nesse ambiente, e depois do ES oferece agora este UX. Pragmatismo passou a ser a palavra de ordem e mantendo aquela centelha de diferença face aos outros – o que num espaço onde se acotovelam centenas de modelos à procura de um lugar ao sol – é sempre uma vantagem. O Lexus UX tem a enorme vantagem de ser único por via da aposta da Toyota nos híbridos. Recorrendo a uma base comprovada e de qualidade e a todos os detalhes do ADN da marca, o UX, o “urban crossover”, deixa de lado os tiques de primadona em favor do tal pragmatismo que coloca o excelente Toyota CH-R como base deste SUV urbano. E o resultado final é muito, muito interessante. A Lexus, definitivamente, acertou na mouche!


Mais:

Sistema híbrido, Estilo, Qualidade    

Menos:

Conectividade, info entretenimento

Exterior

7/10

Pontuação 7/10

A Lexus é daquelas marcas que segue o seu padrão e não liga muito a tendências – exceto, claro, a dos SUV, mas ai falamos de uma necessidade – sempre atenta aos detalhes e orgulhosa da sua origem japonesa. Por isso mesmo, oferece-nos um carro com personalidade para além da tradicional grelha e dos faróis em seta. A traseira, por exemplo, é um tratado de bom gosto, com os farolins a desenharem uma asa nas laterais, sendo unidos pela maior barra LED da indústria automóvel. Acredtem que as fotos não fazem jus ao desenho da traseira do UX.

Depois, a forma como foi desenhado, parece estar sempre a avançar com uma graciosidade inesperada num Lexus. Por isso, o UX não consegue evitar dar nas vistas e isso é muito bom. E não é dar nas vistas naquele sentido do “argh! bolas que carro esquisito!” mas sim “ahhh! olha que SUV tão giro e muaculado” ou “ena! um SUV muita giro!” Isto é a prova que a Lexus deu um passo em frente rumo ao volume de vendas. E não tenho dúvidas nenhumas que vai ter um efeito perverso nas vendas do NX e do RX, os SUV maiores da gama da casa japonesa canibalizando-os sem dó nem piedade! Mas acredito que isso tenha sido pensado e que a Lexus troque, de boa vontade, menos lucro por muito mais vendas. Outro que será arrasado é o CT200h, mas desse já quase não reza a história e será com alegria que a Lexus se verá livre dele. Finalmente, dizer que o UX está mesmo, mesmo no meio da arena dos SUV compactos com dimensões que são mais largas que BMW X1 e Mercedes GLA, mais baixo que o Audi Q3 e uma volumetria semelhante a do Volvo XC40. Lá está… na mouche!

Interior

7/10

Pontuação 7/10

Aberta a porta, entramos no mundo Lexus! Não vemos tudo espalhado, mas compactado está lá… tudo! O “touchpad” que não tem piada e não funciona bem de maneira nenhuma e, o comando da caixa CVT, o ecrã em cima do tablier, que com 8 polegadas é de dimensões mais comedidas que nas berlinas da casa japonesa, e o painel de instrumentos digital com um instrumento que se move de um lado para o outro consoante os modos de condução. A qualidade é superior, com a manufatura a fazer-se perceber em alguns detalhes do carro, como os bancos e até o volante. Tudo está coberto com materiais de elevada qualidade e sem defeitos de montagem. Aqui, sim, vê-se o trabalho dos Takumi, os artesãos que trabalham manualmente com qualidade e atenção ao detalhe. Mas nem tudo são sorrisos ao olhar para o interior do UX.

É um nadinha acanhado no banco traseiro onde, também, encontramos alguns materiais que não têm nada a ver com os da frente, nomeadamente, no forro das portas. A bagageira também não é ponto forte e nem sequer divulgaram, ainda, o valor da mesma para não ficarmos tristes. Não havendo razão para isso pois o Toyota C-HR tem 377 litros de capacidade e o UX deve andar perto desse valor. Não é espetacular, mas suficiente para um par de malas e mais uns sacos.

Equipamento

7/10

Pontuação 7/10

O equipamento da versão F Sport revela-se completo com detalhes como os espelhos retrovisores com regulações elétricas, aquecimento, rebatimento e indicador de mudança de direção, kit exterior F Sport (para choques, grelha dianteira e moldura da grelha, logótipos laterais)spoiler traseiro, barras no tejadilho, jantes de liga leve de 18 polegadas, sesnores de chuva e luz, acesso e arranque mãos livres, sensores de estacionamento, ar condicionado bizona, bancos em pele desportivos com ajuste elétrico, sistema de navegação Lexus com ecrã de 8 polegadas, carregador sem fios para o smartphone, head up display, ligação Bluetooth, monitor de assistência ao estacionamento, Lexus Safety System (sistema de segurança Pré-Colisão, óticas dianteiras LED, cruise control adaptativa, comandos no volante, alerta para mudança de faixa, reconhecimento de sinais de trânsito), faróis com nivelamento automático, faróis de nevoeiro, suspensão variável adaptativa, alarme.

Consumos

/10

Pontuação 8/10

O UX é um crossover urbano, responsável que tenta ser o mais possível amigo do ambiente e que, ao contrário dos anteriores modelos híbridos, é mesmo económico. Sem nenhuma preocupação em poupar fosse o que fosse, consegui uma média de 4,8 l/100 km chegando mesmo o computador a devolver-me valores abaixo disso dos 4,5 l/100 km. A Lexus reclama 4,3 l/100 km. Naturalmente que se puxar pelo carro, os consumos serão diferentes e chegam a duplicar, mas isso é absolutamente normal.

Ao Volante

7/10

Pontuação 7/10

O UX, tendo a base do C.-HR da Tlyota é mais rigoroso no que toca ao comportamento. Outra questão que ficou clara: a Lexus está apostada em seguir o mesmo princípio da Volvo, ou seja, reduzir a velocidade máxima dos seus carros. O ES é assim e este UX não vai além dos 177 km/h. É mau? Não! É uma forma de todos reduzirmos o excesso de velocidade, de consumir menos e de emitir menos gases poluentes. Por isso, sendo um rival direto de BMW X2 ou do Audi Q3 ou de outro SUV destas dimensões, no quer toca às performances, não tem nada a ver. O UX tem outros predicados, como uma melhor posição de condução que o habitual na Lexus, ficando mais baixos que na maioria dos atuais SUV. Depois porque o volante e a consola central que nos abraça quase num casulo permite-nos pensar que não estamos ao volante de um SUV, mas de um carro normal. Finalmente, o UX250h personifica outra das técnicas japonesas, o “Engawa” que mais não é que exterior e interior em sintonia e prolongamento de um para o outro.

E a verdade é que não sendo um primor de estilo – as duas orelhas por cima do painel de instrumentos ainda custam a digerir e a consola central… também – o tabliê do UX250h tem a particularidade de prolongar para o exterior a sua forma. Ou vice-versa, como quiser. Repare como os vincos do capô entram pelo carro dentro nos cantos do tabliê. É um detalhe – como os farolins traseiros, embora tenham uma função aerodinâmica, ou os vincos por cima das cavas das rodas dianteiras também para eficiência aerodinâmica – mas que fica delicioso quando estamos sentados à frente. Para lá disto tudo, a Lexus reclama o mais baixo centro de gravidade do segmento, o que permitir que o UX seja dos SUV mais interessantes de conduzir. Mostra-se ágil contando com a ajuda do “Active Cornering Assist”, que monitoria a trajetória nas curvas, aplicando travão nas rodas interiores para contrariar a saída de frente em caso de maior arrojo na abordagem. O UX tem três modos de condução (Normal, Eco, Sport S) mexendo na suspensão e na resposta do motor. As diferenças são notórias apenas no modo Sport, qua do o painel de instrumentos muda para algo mais próximo do que vemos num LFA e a caixa CVT fica mais espigadota. Ah! e o motor liberta mais facilmente as suas capacidades. Mas fique tranquilo que continuará a não passar dos 177 km/h e não chega dos 0-100 km/h em menos de 8,5 segundos. O conforto é aceitável em todos os modos, embora o UX seja assim um pouco a dar para o firme.

Motor

7/10

Pontuação 7/10

O novo sistema híbrido da Toyota aplicado ao Lexus UX 250h é bem mais satisfatório que o anterior, mantendo-se um híbrido convencional, sem carregamento externo, com tecnologia avançada. A versão aqui utilizada é a equipada com o motor 2.0 litros, que debita 146 CV com o motor elétrico a debitar 109 CV. O primeiro tem um binário de 1890 Nm e o segundo, 202 Nm. Contas feitas, são 177 CV de potência combinada. Para tentar contrariar a esquizofrenia da caixa CVT, a Lexus desenvolveu o “Active Sound Control” que gera efeitos sonoros para “esconder” a falta de correspondência entre o barulho e o andamento. Está melhor, sem dúvida, mas o efeito elástico continua e não haverá nada a fazer, mesmo perante a tecnologicamente avançada caixa e-CVT que a Toyota desenvolveu e utiliza em todos os seus modelos e, naturalmente, na Lexus. A elasticidade da unidade híbrida é melhor que anteriormente e por isso mesmo os consumos são bem mais comedidos que anteriormente.

Balanço Final

7/10

Pontuação 7/10

Sendo absolutamente verdade que o UX250h curva melhor e comporta-se melhor que o esperado para um Lexus, também manda a verdade dizer que o UX é um crossover urbano, responsável que tenta ser o mais possível amigo do ambiente e que, ao contrário dos anteriores modelos híbridos, é mesmo económico. Ou seja, não tem preocupações em bater o BMW X1 ou o Audi Q3 ou o jaguar E-Pace em termos de comportamento. É um SUV para quem gosta de se deslocar com estilo, ambientalmente responsável, sendo a escolha perfeita para quem não quer gastar demasiado dinheiro num elétrico ou num híbrido PlugIn. O UX250h promete economia de combustível e, desta feita cumpre. E a melhor escolha é mesmo a versão F Sport com tração dianteira, pois consegue paginar na mesma imagem estilo e diversão com economia. Um excelente carro que acerta na mouche, sendo diferente de todos o que lhe dá uma boa vantagem face aos restantes.

Concorrentes

Audi Q3 35 TFSI 1498 c.c. turbo a gasolina; 150 CV; 250 Nm; 0-100 km/h em 9,2 seg,; 207 km/h; 5,7 l/100 km, 130 gr/km de CO2; 45.919€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI

)  

 

BMW X2 sDrive 1998 c.c. turbo a gasolina; 192 CV; 280 Nm; 0-100 km/h em 7,7 seg,; 227 km/h; 5,5 l/100 km, 126 gr/km de CO2; nd

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Volvo XC40 T4 1996 c.c. turbo a gasolina; 190 CV; 300 Nm; 0-100 km/h em 8,4 seg,; 210 km/h; 6,6 l/100 km, 154 gr/km de CO2; 49.864€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Ficha Técnica

Motor

Tipo: 4 cilindros em linha, ciclo Atkinson, 16 válvulas

Cilindrada (cm3): 1987

Diâmetro x Curso (mm): 80,5 x 97,6

Taxa de Compressão: 14,0

Potência máxima (CV/rpm): 152/6000

Binário máximo (Nm/rpm): 190/4400

Potência máxima motor elétrico (CV): 80

Binário máximo motor elétrico (Nm): 202

Potência combinada (CV): 184 CV

Transmissão: dianteira com caixa e-CVT Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): Duplo triângulo sobreposto/eixo multibraços

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 8,5

Velocidade máxima (km/h): 177

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,6/4,3/4,5

Emissões CO2 (gr/km): 120

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4495/1840/1540

Distância entre eixos (mm): 2640

Largura de vias (fr/tr mm): 1550/1550

Peso (kg): 1540 Capacidade da bagageira (l): nd

Deposito de combustível (l): 43

Pneus (fr/tr): 215/60 R18

Mais/Menos


Mais

Sistema híbrido, Estilo, Qualidade    

Menos

Conectividade, info entretenimento

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 50600€

Preço da versão base (Euros): 50600€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação 7/10

A Lexus é daquelas marcas que segue o seu padrão e não liga muito a tendências – exceto, claro, a dos SUV, mas ai falamos de uma necessidade – sempre atenta aos detalhes e orgulhosa da sua origem japonesa. Por isso mesmo, oferece-nos um carro com personalidade para além da tradicional grelha e dos faróis em seta. A traseira, por exemplo, é um tratado de bom gosto, com os farolins a desenharem uma asa nas laterais, sendo unidos pela maior barra LED da indústria automóvel. Acredtem que as fotos não fazem jus ao desenho da traseira do UX.

Depois, a forma como foi desenhado, parece estar sempre a avançar com uma graciosidade inesperada num Lexus. Por isso, o UX não consegue evitar dar nas vistas e isso é muito bom. E não é dar nas vistas naquele sentido do “argh! bolas que carro esquisito!” mas sim “ahhh! olha que SUV tão giro e muaculado” ou “ena! um SUV muita giro!” Isto é a prova que a Lexus deu um passo em frente rumo ao volume de vendas. E não tenho dúvidas nenhumas que vai ter um efeito perverso nas vendas do NX e do RX, os SUV maiores da gama da casa japonesa canibalizando-os sem dó nem piedade! Mas acredito que isso tenha sido pensado e que a Lexus troque, de boa vontade, menos lucro por muito mais vendas. Outro que será arrasado é o CT200h, mas desse já quase não reza a história e será com alegria que a Lexus se verá livre dele. Finalmente, dizer que o UX está mesmo, mesmo no meio da arena dos SUV compactos com dimensões que são mais largas que BMW X1 e Mercedes GLA, mais baixo que o Audi Q3 e uma volumetria semelhante a do Volvo XC40. Lá está… na mouche!

Interior

Pontuação 7/10

Aberta a porta, entramos no mundo Lexus! Não vemos tudo espalhado, mas compactado está lá… tudo! O “touchpad” que não tem piada e não funciona bem de maneira nenhuma e, o comando da caixa CVT, o ecrã em cima do tablier, que com 8 polegadas é de dimensões mais comedidas que nas berlinas da casa japonesa, e o painel de instrumentos digital com um instrumento que se move de um lado para o outro consoante os modos de condução. A qualidade é superior, com a manufatura a fazer-se perceber em alguns detalhes do carro, como os bancos e até o volante. Tudo está coberto com materiais de elevada qualidade e sem defeitos de montagem. Aqui, sim, vê-se o trabalho dos Takumi, os artesãos que trabalham manualmente com qualidade e atenção ao detalhe. Mas nem tudo são sorrisos ao olhar para o interior do UX.

É um nadinha acanhado no banco traseiro onde, também, encontramos alguns materiais que não têm nada a ver com os da frente, nomeadamente, no forro das portas. A bagageira também não é ponto forte e nem sequer divulgaram, ainda, o valor da mesma para não ficarmos tristes. Não havendo razão para isso pois o Toyota C-HR tem 377 litros de capacidade e o UX deve andar perto desse valor. Não é espetacular, mas suficiente para um par de malas e mais uns sacos.

Equipamento

Pontuação 7/10

O equipamento da versão F Sport revela-se completo com detalhes como os espelhos retrovisores com regulações elétricas, aquecimento, rebatimento e indicador de mudança de direção, kit exterior F Sport (para choques, grelha dianteira e moldura da grelha, logótipos laterais)spoiler traseiro, barras no tejadilho, jantes de liga leve de 18 polegadas, sesnores de chuva e luz, acesso e arranque mãos livres, sensores de estacionamento, ar condicionado bizona, bancos em pele desportivos com ajuste elétrico, sistema de navegação Lexus com ecrã de 8 polegadas, carregador sem fios para o smartphone, head up display, ligação Bluetooth, monitor de assistência ao estacionamento, Lexus Safety System (sistema de segurança Pré-Colisão, óticas dianteiras LED, cruise control adaptativa, comandos no volante, alerta para mudança de faixa, reconhecimento de sinais de trânsito), faróis com nivelamento automático, faróis de nevoeiro, suspensão variável adaptativa, alarme.

Consumos

Pontuação 8/10

O UX é um crossover urbano, responsável que tenta ser o mais possível amigo do ambiente e que, ao contrário dos anteriores modelos híbridos, é mesmo económico. Sem nenhuma preocupação em poupar fosse o que fosse, consegui uma média de 4,8 l/100 km chegando mesmo o computador a devolver-me valores abaixo disso dos 4,5 l/100 km. A Lexus reclama 4,3 l/100 km. Naturalmente que se puxar pelo carro, os consumos serão diferentes e chegam a duplicar, mas isso é absolutamente normal.

Ao volante

Pontuação 7/10

O UX, tendo a base do C.-HR da Tlyota é mais rigoroso no que toca ao comportamento. Outra questão que ficou clara: a Lexus está apostada em seguir o mesmo princípio da Volvo, ou seja, reduzir a velocidade máxima dos seus carros. O ES é assim e este UX não vai além dos 177 km/h. É mau? Não! É uma forma de todos reduzirmos o excesso de velocidade, de consumir menos e de emitir menos gases poluentes. Por isso, sendo um rival direto de BMW X2 ou do Audi Q3 ou de outro SUV destas dimensões, no quer toca às performances, não tem nada a ver. O UX tem outros predicados, como uma melhor posição de condução que o habitual na Lexus, ficando mais baixos que na maioria dos atuais SUV. Depois porque o volante e a consola central que nos abraça quase num casulo permite-nos pensar que não estamos ao volante de um SUV, mas de um carro normal. Finalmente, o UX250h personifica outra das técnicas japonesas, o “Engawa” que mais não é que exterior e interior em sintonia e prolongamento de um para o outro.

E a verdade é que não sendo um primor de estilo – as duas orelhas por cima do painel de instrumentos ainda custam a digerir e a consola central… também – o tabliê do UX250h tem a particularidade de prolongar para o exterior a sua forma. Ou vice-versa, como quiser. Repare como os vincos do capô entram pelo carro dentro nos cantos do tabliê. É um detalhe – como os farolins traseiros, embora tenham uma função aerodinâmica, ou os vincos por cima das cavas das rodas dianteiras também para eficiência aerodinâmica – mas que fica delicioso quando estamos sentados à frente. Para lá disto tudo, a Lexus reclama o mais baixo centro de gravidade do segmento, o que permitir que o UX seja dos SUV mais interessantes de conduzir. Mostra-se ágil contando com a ajuda do “Active Cornering Assist”, que monitoria a trajetória nas curvas, aplicando travão nas rodas interiores para contrariar a saída de frente em caso de maior arrojo na abordagem. O UX tem três modos de condução (Normal, Eco, Sport S) mexendo na suspensão e na resposta do motor. As diferenças são notórias apenas no modo Sport, qua do o painel de instrumentos muda para algo mais próximo do que vemos num LFA e a caixa CVT fica mais espigadota. Ah! e o motor liberta mais facilmente as suas capacidades. Mas fique tranquilo que continuará a não passar dos 177 km/h e não chega dos 0-100 km/h em menos de 8,5 segundos. O conforto é aceitável em todos os modos, embora o UX seja assim um pouco a dar para o firme.

Concorrentes

Audi Q3 35 TFSI 1498 c.c. turbo a gasolina; 150 CV; 250 Nm; 0-100 km/h em 9,2 seg,; 207 km/h; 5,7 l/100 km, 130 gr/km de CO2; 45.919€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI

)  

 

BMW X2 sDrive 1998 c.c. turbo a gasolina; 192 CV; 280 Nm; 0-100 km/h em 7,7 seg,; 227 km/h; 5,5 l/100 km, 126 gr/km de CO2; nd

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Volvo XC40 T4 1996 c.c. turbo a gasolina; 190 CV; 300 Nm; 0-100 km/h em 8,4 seg,; 210 km/h; 6,6 l/100 km, 154 gr/km de CO2; 49.864€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Motor

Pontuação 7/10

O novo sistema híbrido da Toyota aplicado ao Lexus UX 250h é bem mais satisfatório que o anterior, mantendo-se um híbrido convencional, sem carregamento externo, com tecnologia avançada. A versão aqui utilizada é a equipada com o motor 2.0 litros, que debita 146 CV com o motor elétrico a debitar 109 CV. O primeiro tem um binário de 1890 Nm e o segundo, 202 Nm. Contas feitas, são 177 CV de potência combinada. Para tentar contrariar a esquizofrenia da caixa CVT, a Lexus desenvolveu o “Active Sound Control” que gera efeitos sonoros para “esconder” a falta de correspondência entre o barulho e o andamento. Está melhor, sem dúvida, mas o efeito elástico continua e não haverá nada a fazer, mesmo perante a tecnologicamente avançada caixa e-CVT que a Toyota desenvolveu e utiliza em todos os seus modelos e, naturalmente, na Lexus. A elasticidade da unidade híbrida é melhor que anteriormente e por isso mesmo os consumos são bem mais comedidos que anteriormente.

Balanço final

Pontuação 7/10

Sendo absolutamente verdade que o UX250h curva melhor e comporta-se melhor que o esperado para um Lexus, também manda a verdade dizer que o UX é um crossover urbano, responsável que tenta ser o mais possível amigo do ambiente e que, ao contrário dos anteriores modelos híbridos, é mesmo económico. Ou seja, não tem preocupações em bater o BMW X1 ou o Audi Q3 ou o jaguar E-Pace em termos de comportamento. É um SUV para quem gosta de se deslocar com estilo, ambientalmente responsável, sendo a escolha perfeita para quem não quer gastar demasiado dinheiro num elétrico ou num híbrido PlugIn. O UX250h promete economia de combustível e, desta feita cumpre. E a melhor escolha é mesmo a versão F Sport com tração dianteira, pois consegue paginar na mesma imagem estilo e diversão com economia. Um excelente carro que acerta na mouche, sendo diferente de todos o que lhe dá uma boa vantagem face aos restantes.

Mais

Sistema híbrido, Estilo, Qualidade    

Menos

Conectividade, info entretenimento

Ficha técnica

Motor

Tipo: 4 cilindros em linha, ciclo Atkinson, 16 válvulas

Cilindrada (cm3): 1987

Diâmetro x Curso (mm): 80,5 x 97,6

Taxa de Compressão: 14,0

Potência máxima (CV/rpm): 152/6000

Binário máximo (Nm/rpm): 190/4400

Potência máxima motor elétrico (CV): 80

Binário máximo motor elétrico (Nm): 202

Potência combinada (CV): 184 CV

Transmissão: dianteira com caixa e-CVT Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): Duplo triângulo sobreposto/eixo multibraços

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 8,5

Velocidade máxima (km/h): 177

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,6/4,3/4,5

Emissões CO2 (gr/km): 120

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4495/1840/1540

Distância entre eixos (mm): 2640

Largura de vias (fr/tr mm): 1550/1550

Peso (kg): 1540 Capacidade da bagageira (l): nd

Deposito de combustível (l): 43

Pneus (fr/tr): 215/60 R18

Preço da versão ensaiada (Euros): 50600€
Preço da versão base (Euros): 50600€