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Mercedes encerra 2019 com novo recorde de vendas em Portugal

By on 8 Janeiro, 2020

Apesar de crescimento tímido de 0,6% face a 2018, o ano de 2019 assistiu a novo recorde da Mercedes em termos de vendas num mercado que caiu face ao ano anterior.

A performance da Mercedes mostra uma curva de crescimento sustentada desde 2016, quando vendeu 15.308 unidades, depois de dar enorme salto em 2014 (passou de 7.025 para 10.206 unidades) e 2015 (passou de 10.206 para 13.525 unidades). Depois, em 2017, nova subida para 16.273 unidades, crescimento em 2018 para 16.464 veículos e, finalmente, os 16.561 carros vendidos em 2019.

No que toca á quota de mercado, a Mercedes subiu para 7,4% (7,2% em 2018 e 7,3% em 2017), manteve a terceira posição na tabela global de vendas em Portugal e conquistou, pela 5º vez consecutiva, o primeiro lugar nas vendas Premium. As vendas da AMG cresceram de 205 unidades em 2018 para 322 em 2019. Finalizamos estes números com as cifras referente ao programa de usados da casa de Estugarda, o Mercedes Certified: em 2017 venderam 5.058 unidades, em 2018 foram escoados 5.090 carros e em 2019 a Mercedes deverá ultrapassar as 5.100 viaturas vendidas.

Detalhando, o Classe A foi o campeão de vendas com 7.001 unidades vendidas, somente da versão de cinco portas, representando 42% das vendas da Mercedes e um peso decisivo nos recordes registados. O Classe A Limosine, o CLA, o CLA Shooting Brake, o GLA e o Classe B, juntos, venderam 3.390 unidades, 20% das vendas da casa de Estugarda. Ou seja, 62% das vendas da Mercedes foram de carros compactos.

Com 19% das vendas e 3.170 unidades comercializadas, o conjunto do Classe C e do GLC ficaram no pódio das vendas. Seguem-se o Classe E, CLS e GLE, com 1.966 unidades comercializadas (12%) e, finalmente, o Classe S, AMG GT e Classe G, com 284 veículos comercializados.

Destaque para as quase 100 unidades vendidas do renovado GLE, um registo interessante para um SUV de topo e a performance do Classe C e GLC, ambos renovados em 2019.

Nuno Mendonça, o responsável de marketing e vendas da Mercedes Benz Portugal, quis destacar o contributo das versões híbridas com 1200 unidades PHEV diesel em 2019, acreditando que em 2020 esse número irá subir. Numa comunicação bem-disposta, como é seu timbre, o homem forte das vendas confessou que “poderiam vender mais carros, mas não procuram a liderança do mercado nacional, e por isso mesmo limitam a presença da marca em alguns segmentos, como o rent-a-car. Posso dizer que recebemos mutos pedidos e, parecendo estranho, o responsável pelas vendas limita-as e rejeita essas propostas.” O que a Mercedes deseja é “ser líder do segmento Premium” diz Nuno Mendonça, acrescentando com um sorriso na direção dos responsáveis da C.Santos presentes, “desafiamos sempre os nossos concessionários a alcançar essa meta.

Pierre-Emmanuel Chartier, o CEO e administrador executivo da Mercedes em Portugal, quis destacar e elogiar a política “de lançamentos e a estratégia comercial desenhada”, deixando claro que a Mercedes fará a transição para a mobilidade elétrica já em 2020. O CEO da Mercedes em Portugal apoiou-se num vídeo onde Ola Kallenius, o CEO da Daimler, deixou claro que o objetivo é chegar a 2039 com neutralidade carbónica e com a maioria das vendas de veículos elétricos. Porém, este esforço que vai levar a Mercedes a apresentar em 2020 mais de 20 veículos eletrificados, prende-se com as novas normas da União Europeia que limitam a 95 gr/km de CO2 o nível de emissões da gama de cada construtor, deixando 5% da produção de fora das contas nos próximos dois anos.

O objetivo da Mercedes em 2020 é, disse o CEO nacional, “vender 30% do nosso volume com modelos eletrificados, contando apenas com os híbridos Plug-In e elétricos.” Obviamente que a afirmação da marca EQ é essencial, desejando Pierre Chartier que “a marca EQ seja uma referência para a mobilidade elétrica” não deixando de lado a oferta de uma experiência “digital e offline para todos os nossos clientes” aproveitando o novo espaço da C.Santos em Alcabideche, onde decorreu a conferência de imprensa, como “exemplo daquilo que queremos para os nossos concessionários, com a nova imagem e com um investimento de 40 milhões de euros em 24 meses, dividido pelos 21 espaços oficiais da Mercedes e Smart.”

Priorizando a digitalização, a Mercedes vai implementar o MAR2020, uma experiência para o cliente assente numa arquitetura moderna, foco no cliente, processos e digitalização. Segundo o responsável máximo da Mercedes em Portugal, “será uma experiência modernizada e centrado no cliente.”

Como dissemos, haverá uma forte ofensiva de produto ao longo do ano com oito novos produtos e muitas versões híbridas Plug In, com a particularidade da Mercedes ter escolhidos sistemas híbridos a gasolina para os modelos compactos (Classe A, Classe B, por exemplo) e híbridos a gasóleo para os modelos acima (Classe C, E, CLS, GLC, GLE, Classe S). 

Uma das notas em destaque nesta analise ao ano da Mercedes, foi o programa Mercedes Certified, que vendeu 5.100 unidades em 2019 e o ganho de 6% nas receitas do Após Venda, ditado pelas 145 mil unidades assistidas nas oficinas da rede da mercedes Benz Portugal. Marca líder em termos de reconhecimento e das cinco marcas mais reconhecidas em Portugal (atrás da Delta Cafés, Olá, Nestlé e Compal), a Mercedes vai incrementar a oferta de financiamento (56.5% dos modelos vendidos foram financiados pela financeira da Mercedes), melhorar as propostas em termos de seguros (25% dos carros vendidos pela Mercedes) e apostar no leasing. 

Olhando para a marca Smart, cumpriu no último ano de vendas de modelos com motores de combustão interna, o recorde com 4.071 unidades. São mais 27% face a 2018 e absoluto recorde lusitano de vendas, correspondendo a 1,8% de quota de mercado. Curiosamente, Portugal e Itália são recordistas de quota de mercado em todo o mundo. Apenas 10% das vendas foram dos Smart EQ totalmente elétricos, com o Smart ForTwo a liderar o “mix” com 46,5% face ao ForFour com 44%. O descapotável responsabiliza-se por 9.5% das vendas.

Este é um sinal pouco interessante na perspetiva de vendas da Smart e durante a apresentação dos resultados, Bernardo Vila, diretor de vendas e marketing, confessou que “iremos vender menos, é natural e não estou à espera de bater recordes em 2020.” E perante a questão do número de vendas prevista para este ano, confessou “não faço ideia, temos de ver como o mercado reage ao facto de sermos, agora, uma marca totalmente elétrica.”

Os renovados Smart ForTwo e Forfour vão chegar ao mercado nacional no final deste mês de janeiro, recebendo alterações de ordem estética e nos conteúdos do sistema de info entretenimento, alem de uma evolução para o sistema “Smart Ready to”. Serão cinco novas funcionalidades: “My Smart” (abrir e fechar o carro e aceder a dados remotamente), “Ready to Spot” (permite a localização do veículo através da app), “Ready to park” (que oferece informação sobre a disponibilidade de lugares no local escolhido, o acesso aos parques e controlar o tempo de estacionamento), “Ready to Pack” (uma “brincadeira” que permite ler os códigos de barras dos elementos a guardar na mala e com essa informação, indicar-nos como arrumar da melhor maneira a carga e assim otimizar o espaço disponível) e “Ready to share” (um “carsharing” para a família ou amigos, que permite desbloquear o carro a pessoas que façam parte de uma lista feita com a aplicação e pelo proprietário do carro).

Bernando Vila deixou no ar a possibilidade de outros desenvolvimentos como o anti-carjacking, um “Ready to Share” para clientes frotistas e, ainda, a partilha de custos e pagamentos de estacionamento ou outros. No final, o responsável da Smart reduziu a quatro os objetivos da marca: mobilidade elétrica, aposta na conectividade, foco na sustentabilidade e simplificar a vida na cidade. 

Dizer que a nova gama Smart terá três modelos (ForTwo, ForTwo Cabrio e ForFour) com preços a partir, respetivamente, 22.845, 26.395 e 23.745 euros, com três níveis de equipamento: Linha Passion, Linha Pulse e Linha Prime.Há, também, três pacotes de equipamento: Pack Advanced, Pack Premium e Pack Exclusive.

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