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Saiba tudo sobre o novo motor 1.3 litros do Nissan Qashqai

By on 16 Outubro, 2018

Mais logo vou dar-lhe a conhecer o primeiro ensaio ao Nissan Qashqai com o novo motor 1.3 litros a gasolina, produto da colaboração entre a Aliança Renault Nissan Mitsubishi e a Daimler, e com a nova caixa de sete velocidade de dupla embraiagem. Agora, fique a conhecer tudo sobre o novo motor e a nova caixa. Ah! e já agora, o novo Nissan Connect, o sistema de info entretenimento totalmente renovado.

Mantendo o título de “Rei dos Crossovers”, o Qashqai surge mais competitivo face à mudança de paradigma que se assiste no pós-Dieselgate, vertendo a seu favor a colaboração existente entre a Aliança Renault Nissan Mitsubishi e a Mercedes graças a este bloco 1.3 litros sobrealimentado que carrega consigo várias novidades, entre elas, a aplicação do filtro de partículas para a gasolina (GPF). Promete a Nissan – veremos no primeiro ensaio que estou, neste momento, a realizar ao carro por estradas de Barcelona – menos consumos e emissões de CO2 e melhora a condução do Qashqai. Pela primeira vez, a Nissan utiliza a caixa de sete velocidade automática de dupla embraiagem (a EDC da Renault) no lugar da CVT adaptada pela Nissan. Dois bons argumentos para reforçar a posição do Qashqai como líder do segmento.

Dois níveis de potência, três versões

O bloco a gasolina com 1.3 litros e sobrealimentação surge com dois níveis de potência – 140 e 160 CV, respetivamente – e três versões, com o 140 CV e o 160 CV com caixa manual de seis velocidade e o propulsor mais potente a oferecer a citada caixa automática de dupla embraiagem. No que toca ao binário, o motor com 140 CV debita 240 Nm, o de 160 CV exibe 260 Nm e a versão de 160 CV com caixa de dupla embraiagem reforça-se com 270 Nm.

Este motor vem tomar o lugar dos anteriores 1.2 litros com 115 CV e caixa CVT e o 1.6 litros com 163 CV e caixa manual. Descansem em paz…

O novo propulsor do Qashqai cumpre a norma Euro6d-Temp, e a Nissan reclama cifras interessantes, quer de consumo, quer de emissões. Ainda sem homologação da versão com caixa de dupla embraiagem, o Qashqai 1.3 140 CV consome 5,3 l/100 km com jantes de 17 polegadas e 5,7 l/100 km com jantes de 18 ou 19 polegadas. Espantado? Pois… agora o NEDC convertido analisa tudo e mais alguma coisa e até o tamanho das jantes que, já se sabia, influencia o desempenho no que toca ao consumo. As emissões de CO2 são de, respetivamente, 121 gr/km e 130 gr/km. No caso do bloco 160 CV, a Nissan reclama 5,5 l/100 com jantes de 17 polegadas e 5,8 l/100 km com jantes de 18/19 polegadas, com emissões de CO2 de, respetivamente, 122 e 131 gr/km.

O que tem de novo este motor?

Além de ser um bloco feito de raiz, oferece o filtro de partículas para gasolina, melhorias na injeção direta (mais pressão, agora 250 bars e seis orifícios que permite uma atomização melhorada do combustível), no desenho da câmara de combustão, redução da fricção interna (com a utilização de uma tecnologia vinda do motor do Nissan GT-R), otimização do turbocompressor na da sua utilização com uma válvula de descarga de pressão elétrica, a cabeça do motor tem um desenho em delta (um triângulo) que permite um motor mais leve e compacto e inclui o coletor de escape para melhor controlar o desempenho térmico, os veios de excêntricos possuem tecnologia que oferece um funcionamento mais suave, enfim, uma série de melhorias que tornam este propulsor uma mais valia para o Qashqai. Todo este trabalho ajudou a reduzir, bastante, os níveis de ruído, oferecendo, assim, uma experiência a bordo muito mais conseguida.

E se formos comparar, além dos consumos, as performances, o novo motor não se destaca por ai além, mas nas retomas de aceleração faz a diferença. Para acelerar dos 0-100 km/h precisa de 10,6 segundos (mais 0,1 segundo que o anterior 1.2 litros) mas para recuperar, em 4ª velocidade, dos 80 aos 100 km/h, precisa de apenas 4,5 segundos (o bloco 1.2 precisava de 5,7 segundos), uma redução de 18%, Em sexta velocidade a recuperação da aceleração 100-120 km/h é feita em menos 35% do tempo , embora a Nissan não tenha referido os valores.

Se deslocarmos a comparação para a versão de 160 CV, perde 3 CV para o 1.6 litros, mas ganha 20 Nm de binário e no que toca às performances, faz jogo igual, mas reduz 13 gr/km de CO2 para 121 gr/km.

Contas feitas, a melhoria no consumo face aos anteriores blocos chega aos 10%, as emissões de gases poluentes têm forte decréscimo – 20% de NOx e 50% em termos de partículas – a condução melhora devido à existência de mais binário a rotações mais baixas e o prazo de manutenção alargou-se de 20 para 30 mil quilómetros.

A nova caixa DCT de sete velocidades

Finalmente, a Nissan deitou fora a caixa CVT trazendo do caixote de peças da Aliança a caixa EDC da Renault. Esta é uma unidade com embraiagem húmida para maior suavidade e conforto, tendo arrefecimento líquido consoante a necessidade e atuação eletro mecânica para melhorar a eficiência. Diz a Nissan que com esta caixa o carro fica mais desportivo e com melhores sensações para o condutor, mais divertido de conduzir e sem hesitações ou aquela sensação que estamos a acelerar sem sair do lugar.

Nissan Connect renovado

A ideia por trás da renovação do sistema de info entretenimento da Nissan era oferecer uma integração fácil e intuitiva do smartphone de cada um com o automóvel. O que a Nissan quis foi melhorar a experiência do utilizador, graças ao melhorado reconhecimento de voz, ecrã personalizável, pesquisa simplificada em linha única e a aplicação Find My Car. As atualizações de mapas e de software são feitas “over the air”, quer isto dizer que não precisa de visitar o concessionário para atualizações, pois o seu smartphone chega. Outra novidade é a aplicação de navegação “Door to Door Navigation”. Esta aplicação usada no telemóvel, desbloqueia várias funções tais como planear um percurso no seu smartphone antes de sair de casa e, quando concluído, pode enviar o destino diretamente para o automóvel, iniciando-se a navegação no momento em que chega ao carro e o coloca em andamento.

O sistema Nissan Connect utiliza o TomTom Premium Traffic, o ecrã passa a ser personalizável com função arrastar e largar.

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