Skoda Karoq 1.0 TSI – Ensaio Teste

By on 30 Julho, 2019

Skoda Karoq 1.0 TSI

Texto: José Manuel Costa ([email protected])

Um belo SUV a gasolina

O Karoq é um carro muito interessante, pois é giro, está bem construído, tem qualidade e oferece uma gama equilibrada com motores ajustados ás necessidades nacionais. Ora, numa altura em que parece que toda a gente enjoou o gasóleo, nada melhor que conhecer o Karoq equipado com o motor 1.0 litros do grupo VW. Uma bela surpresa.

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Habitabilidade, relação preço/equipamento, Estilo

Menos:

Detalhes de acabamento, Falta emoção na condução      

Exterior

7/10

Pontuação 7/10 Devido à utilização da mesma plataforma do Seat Ateca e de muitos outros modelos do grupo VW – a famosa MQB do grupo alemão – o novo Skoda exibe 4,38 metros de comprimento, 1,84 metros de largura e 1,60 metros de altura e no que toca ao estilo temos uma carroçaria elegante com zonas retas misturadas com outras mais arredondadas, muito à semelhança do Ateca, mas com uma frente onde pontifica a grelha típica da casa de Mlada Boleslav e os faróis finos com olheiras, perdão, farolins adicionais. A quem lhes chame os faróis “predadores”. Seja… Olhando de soslaio, este Karoq mais parece uma versão á escala do Kodiaq que outra coisa. Porém, isso não é totalmente verdade pois o Karoq é algo mais que isso.

Interior

8/10

Pontuação 8/10 Confesso que fiquei impressionado com a qualidade exibida. Claro que encontrei plásticos de menor valia e alguns detalhes de acabamento que deixam a desejar, mas não tem zonas de montagem menos fiável e os defeitos apontados estão em locais que muitos de vós nunca lá vão colocar os olhos. Tinha de encontrar um ponto negativo e aqui está ele! Não liguem, não vale a pena pois os muitos quilómetros feitos confirmaram a ideia que já tinha de um interior de grande qualidade de materiais e de montagem. Exemplos? Todo o tablier está forrado com um plástico suave ao toque. E depois, numa época onde todos querem conectividade, o sistema Amundsen impressiona pela qualidade dos grafismos, da resolução do ecrã e da rapidez do processador. Com uma distância entre eixos de 2,638 metros, o Karoq não tem problemas de habitabilidade. Naturalmente é mais acanhado que o Kodiaq e não tem sete lugares, mas também não é isso que se pretende. E porque o “Simply Clever” da Skoda tem de ser visível, o Karoq está equipado com os bancos VarioFlex, como opcional. E o que são estes bancos? Bom, permitem que possa rebatê-los assimetricamente e, se quiser, pode mesmo removê-los e deixá-los na garagem ou em casa, criando assim uma espécie de comercial. Contas feitas, a bagageira do Karoq tem 521 litros de capacidade, chega aos 1630 litros com os bancos rebatidos, mas se os retirar, a volumetria fica nuns espantosos 1810 litros. Mais uma vez a Skoda a desfeitear a concorrência. A posição de condução é excelente, elevada como se quer, mas com uma boa relação entre o volante, banco e pedais. A visibilidade é excelente e graças a isso, nunca o Karoq me pareceu ter os mais de quatro metros que diz a fita métrica.

Equipamento

7/10

Pontuação 7/10   A versão ensaiada foi a Style que além de jantes de 17 polegadas, travagem de emergência, sensores de estacionamento traseiros, Bluetooth, volante multifunções, sistema de info entretenimento com rádio Bolero, Smart Link , Voice Control, ar condicionado automático, auxilio ao arranque em declive, sensores de chuva e lux, faróis de nevoeiro, e ainda, Bluetooth ligado á antena e com WLAN, monitorização do ângulo morto traseiro, câmara de visão traseira, sistema de navegação e de info entretenimento Amundsen, cruise control com limitador de velocidade, bancos dianteiros reguláveis em altura, abertura e fecho das portas e arranque sem chave, faróis full LED com AFS (faróis ativos), faróis de nevoeiro LED com função de iluminação em curva, entre muitas outras coisas. Depois pode deitar mão à lista de opcionais e tornar o seu carro ainda mais exclusivo.

Consumos

/10

Pontuação 5/10 Naturalmente que não pode esperar do motor a gasolina do Karoq o mesmo desempenho em termos de consumos que o bloco turbodiesel. Ainda assim, a Skoda reclama um valor de 5,3 l/100 km. Não foi possível lá chegar, mas ainda assim consegui uma média de 7,1 l/100 km, um valor muito interessante para um carro deste tamanho com um motor de 1.0 litro e 115 CV.

Ao Volante

9/10

Pontuação 9/10 O elevado número de quilómetros feito ao volante do Karoq deixou claro várias coisas. Primeiro, este é um carro que se destaca pelo conforto, refinamento e versatilidade. Suspensões com curso longo, suaves e pneus pouco radicais (com ombros largos) permitem que o conforto, mesmo em mau piso, seja bom. No fundo, é um carro calmo como o Kodiaq e que mantém a postura mesmo nos pisos mais degradados. Outra coisa que me impressionou após tantos quilómetros foi o silêncio a bordo. Uma bela insonorização e bom controlo do ruído de rolamento que quase é colocado em causa devido aos espelhos, geradores de alguns ruídos aerodinâmicos. Claro que sendo um carro alto e com uma boa altura ao solo, o Karoq tenha tendência a mexer mais a carroçaria em curva, mas nada que possa ser considerado preocupante, pois nunca senti o controlo escapar-me da mão e a aderência, mesmo em pisos encharcados, é boa. Não é um desportivo, longe disso, mas encaixa com alguma naturalidade maus tratos infligidos numa estrada mais sinuosa. E quando andei no meio da cidade, nunca me senti constrangido e o Karoq sempre pareceu ágil e simples de conduzir.

Motor

7/10

Pontuação 7/10 O bloco 1.0 litro com 115 CV não oferece nenhuma ambição em termos de prazer de condução. Mas, qual é o SUV que o consegue fazer? Portanto, o motor a gasolina é mais que suficiente, consegue velocidades de cruzeiro interessantes em auto estrada (embora nos limites do aceitável), sendo que o seu elemento é, claramente, o casco urbano. Ai tem um excelente desempenho, bem associado a uma caixa manual de seis velocidades que rima com as características do motor.

Balanço Final

8/10

Pontuação 8/10 O Karoq já tinha deixado excelente impressão logo no primeiro contacto, confirmada neste ensaio. O motor a gasolina é mais que suficiente e ajuda a formar o carácter do Karoq que, não sendo um carro divertido de conduzir depressa, acaba por se destacar pelo conforto e pela qualidade. Surpreende pela qualidade do interior, pelo refinamento e pela agradabilidade que oferece a quem conduz e a quem nele viaja. Enfim, um carro muito bem conseguido e, sobretudo, capaz de seduzir uma clientela mais ampla sendo que recomendo este motor a gasolina pois por menos de 30 mil euros pode ter um SUV muito competente e muito bem equipado.

Concorrentes

Kia Sportage 1591 c.c. turbo a gasolina; 132 CV; 161 Nm; 0-100 km/h em 11,5 seg,; 182 km/h; 7,2 l/100 km, 159 gr/km de CO2; 32.810 euros (26.810 euros com campanha de 6 mil euros) (Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)   Seat Ateca 1.0 TSI Style 999 c.c. turbo a gasolina; 115 CV; 200 Nm; 0-100 km/h em 10,5 seg,; 183 km/h; 5,2 l/100 km, 121 gr/km de CO2; 21.123 (Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Ficha Técnica

Motor Tipo: 3 cilindros com injeção direta e turbo a gasolina Cilindrada (cm3): 4395 Diâmetro x Curso (mm): 74,5 x 76,4 Taxa de Compressão: 10,3 Potência máxima (CV/rpm): 116/5000 – 5500 Binário máximo (Nm/rpm): 200/2000 – 3500 Transmissão: Danteira caixa manual de 6 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): Independente tipo McPherson; eixo de torção Travões (fr/tr): Discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 10,6 Velocidade máxima (km/h): 187 Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,7/6,2/5,3 Emissões CO2 (gr/km): 119 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4382/1841/1603 Distância entre eixos (mm): 2638 Largura de vias (fr/tr mm): 1576/1541 Peso (kg): 1265 Capacidade da bagageira (l): 521/1630 Deposito de combustível (l): 50 Pneus (fr/tr): 205/55 R17  

Mais/Menos


Mais

Habitabilidade, relação preço/equipamento, Estilo

Menos

Detalhes de acabamento, Falta emoção na condução      

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 26623€

Preço da versão base (Euros): 26623€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação 7/10 Devido à utilização da mesma plataforma do Seat Ateca e de muitos outros modelos do grupo VW – a famosa MQB do grupo alemão – o novo Skoda exibe 4,38 metros de comprimento, 1,84 metros de largura e 1,60 metros de altura e no que toca ao estilo temos uma carroçaria elegante com zonas retas misturadas com outras mais arredondadas, muito à semelhança do Ateca, mas com uma frente onde pontifica a grelha típica da casa de Mlada Boleslav e os faróis finos com olheiras, perdão, farolins adicionais. A quem lhes chame os faróis “predadores”. Seja… Olhando de soslaio, este Karoq mais parece uma versão á escala do Kodiaq que outra coisa. Porém, isso não é totalmente verdade pois o Karoq é algo mais que isso.

Interior

Pontuação 8/10 Confesso que fiquei impressionado com a qualidade exibida. Claro que encontrei plásticos de menor valia e alguns detalhes de acabamento que deixam a desejar, mas não tem zonas de montagem menos fiável e os defeitos apontados estão em locais que muitos de vós nunca lá vão colocar os olhos. Tinha de encontrar um ponto negativo e aqui está ele! Não liguem, não vale a pena pois os muitos quilómetros feitos confirmaram a ideia que já tinha de um interior de grande qualidade de materiais e de montagem. Exemplos? Todo o tablier está forrado com um plástico suave ao toque. E depois, numa época onde todos querem conectividade, o sistema Amundsen impressiona pela qualidade dos grafismos, da resolução do ecrã e da rapidez do processador. Com uma distância entre eixos de 2,638 metros, o Karoq não tem problemas de habitabilidade. Naturalmente é mais acanhado que o Kodiaq e não tem sete lugares, mas também não é isso que se pretende. E porque o “Simply Clever” da Skoda tem de ser visível, o Karoq está equipado com os bancos VarioFlex, como opcional. E o que são estes bancos? Bom, permitem que possa rebatê-los assimetricamente e, se quiser, pode mesmo removê-los e deixá-los na garagem ou em casa, criando assim uma espécie de comercial. Contas feitas, a bagageira do Karoq tem 521 litros de capacidade, chega aos 1630 litros com os bancos rebatidos, mas se os retirar, a volumetria fica nuns espantosos 1810 litros. Mais uma vez a Skoda a desfeitear a concorrência. A posição de condução é excelente, elevada como se quer, mas com uma boa relação entre o volante, banco e pedais. A visibilidade é excelente e graças a isso, nunca o Karoq me pareceu ter os mais de quatro metros que diz a fita métrica.

Equipamento

Pontuação 7/10   A versão ensaiada foi a Style que além de jantes de 17 polegadas, travagem de emergência, sensores de estacionamento traseiros, Bluetooth, volante multifunções, sistema de info entretenimento com rádio Bolero, Smart Link , Voice Control, ar condicionado automático, auxilio ao arranque em declive, sensores de chuva e lux, faróis de nevoeiro, e ainda, Bluetooth ligado á antena e com WLAN, monitorização do ângulo morto traseiro, câmara de visão traseira, sistema de navegação e de info entretenimento Amundsen, cruise control com limitador de velocidade, bancos dianteiros reguláveis em altura, abertura e fecho das portas e arranque sem chave, faróis full LED com AFS (faróis ativos), faróis de nevoeiro LED com função de iluminação em curva, entre muitas outras coisas. Depois pode deitar mão à lista de opcionais e tornar o seu carro ainda mais exclusivo.

Consumos

Pontuação 5/10 Naturalmente que não pode esperar do motor a gasolina do Karoq o mesmo desempenho em termos de consumos que o bloco turbodiesel. Ainda assim, a Skoda reclama um valor de 5,3 l/100 km. Não foi possível lá chegar, mas ainda assim consegui uma média de 7,1 l/100 km, um valor muito interessante para um carro deste tamanho com um motor de 1.0 litro e 115 CV.

Ao volante

Pontuação 9/10 O elevado número de quilómetros feito ao volante do Karoq deixou claro várias coisas. Primeiro, este é um carro que se destaca pelo conforto, refinamento e versatilidade. Suspensões com curso longo, suaves e pneus pouco radicais (com ombros largos) permitem que o conforto, mesmo em mau piso, seja bom. No fundo, é um carro calmo como o Kodiaq e que mantém a postura mesmo nos pisos mais degradados. Outra coisa que me impressionou após tantos quilómetros foi o silêncio a bordo. Uma bela insonorização e bom controlo do ruído de rolamento que quase é colocado em causa devido aos espelhos, geradores de alguns ruídos aerodinâmicos. Claro que sendo um carro alto e com uma boa altura ao solo, o Karoq tenha tendência a mexer mais a carroçaria em curva, mas nada que possa ser considerado preocupante, pois nunca senti o controlo escapar-me da mão e a aderência, mesmo em pisos encharcados, é boa. Não é um desportivo, longe disso, mas encaixa com alguma naturalidade maus tratos infligidos numa estrada mais sinuosa. E quando andei no meio da cidade, nunca me senti constrangido e o Karoq sempre pareceu ágil e simples de conduzir.

Concorrentes

Kia Sportage 1591 c.c. turbo a gasolina; 132 CV; 161 Nm; 0-100 km/h em 11,5 seg,; 182 km/h; 7,2 l/100 km, 159 gr/km de CO2; 32.810 euros (26.810 euros com campanha de 6 mil euros) (Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)   Seat Ateca 1.0 TSI Style 999 c.c. turbo a gasolina; 115 CV; 200 Nm; 0-100 km/h em 10,5 seg,; 183 km/h; 5,2 l/100 km, 121 gr/km de CO2; 21.123 (Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Motor

Pontuação 7/10 O bloco 1.0 litro com 115 CV não oferece nenhuma ambição em termos de prazer de condução. Mas, qual é o SUV que o consegue fazer? Portanto, o motor a gasolina é mais que suficiente, consegue velocidades de cruzeiro interessantes em auto estrada (embora nos limites do aceitável), sendo que o seu elemento é, claramente, o casco urbano. Ai tem um excelente desempenho, bem associado a uma caixa manual de seis velocidades que rima com as características do motor.

Balanço final

Pontuação 8/10 O Karoq já tinha deixado excelente impressão logo no primeiro contacto, confirmada neste ensaio. O motor a gasolina é mais que suficiente e ajuda a formar o carácter do Karoq que, não sendo um carro divertido de conduzir depressa, acaba por se destacar pelo conforto e pela qualidade. Surpreende pela qualidade do interior, pelo refinamento e pela agradabilidade que oferece a quem conduz e a quem nele viaja. Enfim, um carro muito bem conseguido e, sobretudo, capaz de seduzir uma clientela mais ampla sendo que recomendo este motor a gasolina pois por menos de 30 mil euros pode ter um SUV muito competente e muito bem equipado.

Mais

Habitabilidade, relação preço/equipamento, Estilo

Menos

Detalhes de acabamento, Falta emoção na condução      

Ficha técnica

Motor Tipo: 3 cilindros com injeção direta e turbo a gasolina Cilindrada (cm3): 4395 Diâmetro x Curso (mm): 74,5 x 76,4 Taxa de Compressão: 10,3 Potência máxima (CV/rpm): 116/5000 – 5500 Binário máximo (Nm/rpm): 200/2000 – 3500 Transmissão: Danteira caixa manual de 6 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): Independente tipo McPherson; eixo de torção Travões (fr/tr): Discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 10,6 Velocidade máxima (km/h): 187 Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,7/6,2/5,3 Emissões CO2 (gr/km): 119 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4382/1841/1603 Distância entre eixos (mm): 2638 Largura de vias (fr/tr mm): 1576/1541 Peso (kg): 1265 Capacidade da bagageira (l): 521/1630 Deposito de combustível (l): 50 Pneus (fr/tr): 205/55 R17  

Preço da versão ensaiada (Euros): 26623€
Preço da versão base (Euros): 26623€