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Volvo entende que a pilha de combustível a hidrogénio é “ridículo”

By on 10 Fevereiro, 2020

Quem diz isso é a Volvo pela voz de Hakan Samuelsson, o CEO da casa sueca que entende que a aposta deve ser feita nos elétricos.

O hidrogénio é uma tecnologia complicadíssima que Toyota e Honda conseguiram controlar de maneira mais ou menos satisfatória, tendo já veículos em comercialização. Porém, não há rede de abastecimento, alguns acidentes adensaram as dúvidas sobre a viabilidade da tecnologia e apesar de algum investimento, a prioridade é a mobilidade elétrica.

Mas vão começando a surgir algumas nuvens negras sobre a imagem idílica da mobilidade elétrica. Primeiro, o impacto negativo que os modelos elétricos têm no ambiente, pois se as emissões são, em teoria, zero, a verdade é que essa afirmação não é exata. Depois, as baterias são feitas com matéria prima finita e que é extraída em condições pouco recomendáveis e muitas vezes através de trabalho escravo ou infantil em países pobres.

Por isso, anteriormente defensores dos veículos elétricos, os ambientalistas estão agora a pedir a morte dos elétricos e longa vida ao hidrogénio. Mais parecem galinhas sem cabeça, mudando de direção sem sentido rigorosamente nenhum.

Os construtores é que não acham piada nenhuma a isso e o campeão da defesa dos veículos elétricos e eletrificados, Hakan Samulesson, CEO da Volvo, deu voz a essa insatisfação, primeiro dizendo que a tecnologia da pilha de combustível é ridícula ou idiota, depois lembrando que ainda há muito para explorar nos, afinal, poluentes, veículos elétricos. Numa conversa com a imprensa alemã, o sueco pediu, mesmo, para não cair na armadilha do hidrogénio, dizendo que é preferível focar no desenvolvimento dos modelos elétricos e eletrificados que desperdiçar tempo e dinheiro com carros a hidrogénio. “Não há possibilidades de desenvolver ambas as tecnologias em paralelo” diz Samuelsson.

Lembra o CEO da Volvo que os veículos elétricos ainda podem melhorar consideravelmente e que apesar de poluidores, a eficiência total é melhor que a do hidrogénio. Hakan Samuelsson acredita, piamente, que em cinco anos os carros elétricos serão muito melhores que agora e que a procura por carros a hidrogénio se evaporará tão depressa como o próprio hidrogénio. Veremos se o CEO da Volvo está a defender a sua dama – até porque tem muito dinheiro investido na mobilidade elétrica – ou a olhar para o futuro.

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