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Herbert Diess, CEO da VW, abre o jogo: a “guerra” à Tesla está aberta!

By on 24 Janeiro, 2020

A mensagem da Volkswagen a Elon Musk é clara: a VW vai à caça da Tesla e quem o afirmou o CEO do grupo alemão.

A Volkswagen está na liderança rumo à mobilidade elétrica deste lado do lago e tem como claro objetivo apanhar a Tesla e superar os norte americanos liderados por Elon Musk. Se a Tesla continua no seu caminho pouco convencional e até já vale mais, na bolsa, que a VW apesar de produzir 0,004% daquilo que a VW faz por ano, a casa de Wolfsburg tem vindo a investir pesadamente em veículos sustentáveis e na evolução das baterias.

À margem do Fórum Mundial de Economia de Davos, Herbert Diess referiu em entrevista á Bloomberg TV que entre a VW e a Tesla “existe uma corrida aberta sobre a qual estamos muito confiantes de sermos capazes de manter o ritmo com a Tesla e, em determinado momento, provavelmente, ultrapassá-la.

Como referimos, a valorização bolsista da Tesla chegou a valores astronómicos, mas continua sem conseguir lograr resultados positivos a cada exercício. Ainda assim, a Tesla tem vantagem no que toca aos veículos elétricos e no que concerne software e tecnologias que são a base para a mudança de paradigma. E a Tesla está a tentar mitigar a pressão do grupo VW, lançando uma fábrica na Alemanha, no coração da indústria alemã. Sabe-se que Herbert Diess falou com os seus administradores e exigiu que acelerassem os esforços para tornar o grupo mais ágil, sob risco de serem ultrapassados. Aliás, Diess referiu isso ao dizer em Davos que “a empresa que for a mais ágil e a mais inovadora, mas tendo escala suficiente neste novo mundo, vai ganhar a corrida” da mobilidade elétrica. E a VW está nesse caminho pois está já a produzir em massa o ID3 na Alemanha, sendo rival do Tesla Model 3, apesar de algumas dificuldades com o agressivo e complicado “software” que vai ser proposto.

Se a Tesla é uma sempre presente preocupação na mente de Herbert Diess e da gestão do grupo Volkswagen, há mais ventos adversos que continuam a perturbar o caminho da casa alemã. Diess esteve num jantar com Donald Trump e se parece que a refeição deixou via aberta para desenvolvimentos positivos, a ameaça de aumento das taxas comerciais entre a Europa e os EUA. “É muito complicado ler o presidente Trump, mas ele disse que não está contente com os europeus, mas nós estamos a fazer o necessário para evitar essa situação.”

Mas há mais! Se o grupo VW tem mostrado resiliência face a esta “nortadas” e até aos estilhaços que continuam a voar oriundos do Dieselgate, o limite de emissões na União Europeia em 2020 ameaça ser a mais complicada pedra no sapato, pois para cumprir as normas e não pagar pesadas multas, o grupo VW terá de vender muitos elétricos e híbridos. Por isso mesmo, Herbert Diess desabafou: “2020 será um ano muito, mas mesmo muito complicado para a indústria automóvel. Mas acredito que estamos a fazer as coisas certas para nos mantermos competitivos.”

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