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Peugeot lança Guia das Baterias dos modelos da sua gama que são eletrificados

By on 11 Agosto, 2020

Podem parecer que são todas iguais, mas as baterias são muito diferentes de modelo para modelo e de versão para versão. É isso que a Peugeot quer explicar com este guia.

A bateria tem um enorme protagonismo devido à sua componente tecnológica: a qualidade da sua conceção e os seus componentes são determinantes para o rendimento, autonomia e durabilidade de um veículo elétrico ou híbrido plug-in. As baterias fazem parte de um sistema que, para além das próprias células, inclui a sua estrutura, refrigeração, cablagem e gestão eletrónica.

A Peugeot comercializou o seu primeiro veículo elétrico, o PEUGEOT VLV, em 1941. Este veículo estava à frente do seu tempo e a tecnologia das baterias da época permitia-lhe alcançar uma autonomia de 80 km e uma velocidade máxima de 36 km/h.

Desde então as baterias têm sofrido enormes transformações, nomeadamente no

passado mais recente. Mas nem todas as baterias são iguais e diferentes questões determinam os sistemas e as baterias de última geração que equipam as propostas elétricas e híbridas plug-in da Peugeot, como o e-208, e-2008, 508 e 508 SW

Hybrid, e 3008 Hybrid e 3008 Hybrid4.

A bateria é um dos componentes chave de um veículo elétrico e, em menor grau, de um híbrido plug-in. Um veículo convencional de motor a combustão armazena, num tanque de combustível, a energia que utiliza para se mover. Um carro elétrico e um híbrido plug-in armazenam eletricidade. E acumular eletricidade é um processo muito mais complexo, que requer uma bateria, que recebe essa eletricidade, transformando-a em energia química para assim poder armazená-la.

Tal como os carros não são todos iguais, as baterias têm grandes diferenças entre si em termos de qualidade, tecnologia e desempenho. Fazem parte de um sofisticado sistema que, para além das próprias células, inclui o seu contentor, o sistema de refrigeração, a cablagem e a gestão eletrónica. Da qualidade e características desse sistema dependerão não apenas as prestações da viatura, com grande ênfase para a autonomia, mas também a durabilidade, os ciclos de vida útil e as possibilidades de carregamento.

Para os seus modelos elétricos e-208 e e-2008, a Peugeot recorre a uma bateria de iões de lítio de alta tensão, de 400 V, fabricada pela CATL e montada nas fábricas da PSA. Consiste em packs de 18 módulos, com 12 células em cada módulo, representando um total de 216 células. O sistema completo pesa 345 quilos e tem uma capacidade total de 50 kWh e uma capacidade útil de 46,3 kWh, permitindo alcançar uma autonomia máxima de 340 quilómetros no e-208 e de 320 quilómetros no e-2008 (segundo o protocolo WLTP). Outro número chave é a potência máxima, de 100 kW, graças à qual é possível o carregamento de 0 a 80% num carregador rápido, em apenas 30 minutos.

Para além do carregamento ultrarrápido, os PEUGEOT e-208 e e-2008 podem ser carregados em postos públicos, alcançando um máximo de 80% de carga numa hora, com um carregador de 50 kW, ou em 2 horas, com outro de 22 kW. Em casa, a recarga desde o nível 0 até à sua capacidade máxima faz-se em 8 horas, a partir de uma Wallbox de 7,4 kW, ou 5 horas com uma versão de 11 kW.

Os Peugeoty 508 Hybrid, 508 SW Hybrid, 3008 Hybrid e 3008 Hybrid4 utilizam baterias de alta tensão mas são, estruturalmente, muito semelhantes às dos seus irmãos elétricos. São também de iões de lítio, embora, neste caso, de 300 V e de fabrico pela LG Chem, na Polónia. A sua capacidade total é muito menor, bem como o seu peso e dimensões, pois as necessidades são muito diferentes. Apesar disso, permitem que estes modelos alcancem uma autonomia máxima de 59 km em modo 100% elétrico (WLTP). A bateria do Peugeot 508 Hybrid consiste em 7 módulos, com 12 células cada, para um total de 84 células, enquanto as dos modelos 3008 Hybrid e 3008 Hybrid4 possuem 8 módulos, igualmente de 12 células, para um total de 96 células.

A capacidade total da bateria do Peugeot 508 Hybrid é de 11,8 kWh (9,4 kWh útil), o que lhe permite completar 54 quilómetros em modo 100% elétrico, na versão berlina, ou 52 km quilómetros, na variante SW (WLTP). Quanto ao modelo 3008, o seu pack de células permite uma capacidade total de 13,2 kWh (10,4 kWh útil), alcançando uma autonomia em modo elétrico de 59 km, para a versão 3008 Hybrid4, ou de 56 km, para o 3008 Hybrid (WLTP).

A carga completa faz-se em 7 horas numa tomada doméstica, em 4 horas numa ligação GreenUp e em 2 horas com uma Wallbox 32A, com um carregador de 7,4 kW. O rendimento e a duração da bateria aumentam consideravelmente se a mesma operar a uma temperatura adequada. Um eficaz sistema de arrefecimento é, por isso, fundamental nos carregamentos ultrarrápidos e também para aumentar a vida útil da bateria, com um maior número de cargas. As baterias dos modelos elétricos e híbridos plug-in da PEUGEOT integram um sistema eficiente de gestão térmica, refrigerado a líquido. Outro elemento-chave para aumentar o rendimento de um veículo eletrificado é o sistema de gestão eletrónica que controla o uso da energia armazenada na bateria de acordo com diferentes parâmetros, como a temperatura ou o tipo de condução. A eficiência deste sistema também influencia os tempos de carregamento.

A integração da bateria num automóvel é muito importante, tanto em termos de segurança como no domínio do conforto. É, por isso, fundamental apostar numa plataforma projetada para abrigar sistemas de propulsão eletrificados e a Peugeot fez isso mesmo com as versões CMP e EMP2.

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