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Seat ajuda a esclarecer dúvidas sobre baterias de automóveis elétricos

By on 26 Agosto, 2022

Franscesc Sabaté, Responsável do Centro de Testes de Energia da SEAT, S.A., responde a cinco perguntas chave sobre as baterias que vão sendo utilizadas nos mais variados tipos de automóveis eletrificados.

O conhecimento sobre automóveis elétricos ainda está longe de estar tão generalizado como o dos automóveis com motores de combustão. Mas os construtores estão a fazer um enorme esforço para diminuir essa distância, através de vídeos como este, divulgados pela Seat, e em que a pessoa responsável pelo centro de testes de energia da Seat S.A., Franscesc Sabaté, dá a resposta a cinco importantes perguntas relacionadas com as baterias dos automóveis elétricos.

De que são feitas as baterias? “A tecnologia que usamos no Grupo Volkswagen é baseada em iões de lítio, especificamente na combinação química de níquel, manganês e cobalto (NMC)”, explica Francesc Sabaté, responsável do Centro de Testes de Energia. Estes elementos formam células, que são as unidades mínimas de armazenamento de energia que facilitam o carregamento. “As células são agrupadas em módulos que, em conjunto com a eletrónica de controlo, o sistema de arrefecimento e as caixas, criam a bateria final, pronta para ser montada no veículo”, acrescenta Francesc.

Qual é a diferença entre uma bateria elétrica e uma bateria híbrida? A resposta está na capacidade de armazenamento de energia. “Num veículo elétrico, por não ter motor de combustão como num híbrido, a bateria precisa de ter mais capacidade para percorrer a mesma distância”, indica o engenheiro. O que significa que precisa de mais células: “A bateria de um híbrido tem cerca de 100 células, enquanto a de um veículo elétrico tem cerca de 300”.

Quanto tempo dura? “Depende de como se utiliza o veículo: a frequência de uso, as temperaturas a que está exposta e o número de ciclos de carga”, responde Francesc. E acrescenta: “No caso dos nossos veículos, podemos garantir um mínimo de 160.000 km ou 8 anos de vida útil garantida graças aos testes a que submetemos as baterias.” Este teste inclui condições climáticas extremas e modos de utilização que levam as baterias até aos seus limites de forma contínua.

Como é que a vida das baterias pode ser prolongada? A chave é manter o veículo nas melhores condições possíveis: “É aconselhável minimizar o número de cargas rápidas, porque isto evita que a temperatura da bateria suba demasiado”, explica. “Manter o nível de carga entre 40% e 80% também ajuda a prolongar a vida útil da bateria para além dos critérios mínimos de garantia”, acrescenta o engenheiro da SEAT S.A.

Têm uma segunda vida? Uma vez que os veículos elétricos tenham atingido os 160.000 km ou após 8 anos, a bateria ainda funciona a cerca de 80% da sua capacidade. “Isto significa que na utilização diária do veículo podemos sentir uma redução na sua autonomia e, consequentemente, na distância que conseguimos percorrer depois de uma recarga”, diz Francesc. “Mas não significa que a bateria já não seja útil, uma vez que esta capacidade de 80% pode ser usada noutras aplicações que requerem menos energia, como o armazenamento estático de energia.” Esta nova função garante que a mesma bateria pode ser reutilizada para prolongar a sua vida útil.

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