Audi A6 Avant 50 TFSIe quattro – Ensaio Teste

By on 18 Novembro, 2022

Da estrada para a cidade

Além das reconhecidas capacidades de grande estradista, com uma elevada dose de conforto a bordo e muito espaço no habitáculo, a Audi A6 Avant também conta agora com uma versão híbrida plug-in que parece ter sido feita à medida do nosso mercado, das necessidades de diversas frotas e do caótico ambiente citadino. O sistema híbrido plug-in escolhido para a versão ‘50’ combina um motor 2.0 TFSI de quatro cilindros com um outro motor, elétrico, integrado na caixa de velocidades automática de sete relações, que consegue uma potência máxima combinada a tocar nos 300 cavalos.

Texto: André Mendes

[email protected]


Mais:

– Conforto;
– Consumos;
– Espaço a bordo;

Menos:

– Muito equipamento opcional;
– Bagageira limitada;

Exterior

8/10

Se não fosse a designação na parte de trás e a tampa extra que esconde a tomada destinada a carregar o sistema elétrico, esta seria “apenas” uma Audi A6 Avant como tantas outras, discreta, familiar, mas que também é um formato de que nos habituámos a gostar bastante quando o agregado familiar começa a crescer e idade a aumentar, o que costuma ser sinónimo de uma maior exigência em termos de conforto e espaço. A mais recente geração da Audi A6 Avant tem um visual distinto e elegante, e em que o tom branco escolhido para a carroçaria, como na unidade ensaiada, está longe de ser a primeira escolha. Ainda assim, esta opção dá um bom destaque aos traços da carroçaria, com linhas mais musculadas, que enfatizam a largura da via traseira com uns “ombros” mais pronunciados ou mesmo a grelha frontal de maiores dimensões e com grupos óticos de visual mais agressivo. Esta configuração, revelou mesmo um ligeiro toque mais desportivo neste conjunto, que se tornaria ainda mais apelativo com a presença do pacote estético mais desportivo S Line, ou com umas jantes de maiores dimensões e num tom um pouco mais escuro e contrastante com o branco da carroçaria, ainda que as da unidade ensaiada já sejam de 18 polegadas, apesar de não parecer.

Interior

8/10

No Audi A6 encontramos um visual muito aproximado ao do topo de gama da marca dos anéis, ainda que num formato de carrinha mais familiar. Quem viaja na frente conta com assentos muito confortáveis e com regulações bastante amplas, mas também com um ambiente bastante tecnológico e sofisticado, com diversos monitores táteis e de feedback háptico, mas também com um desenho moderno que inclui linhas marcantes e uma solução que privilegia a disponibilidade de informação para quem está ao volante. Lá atrás, o espaço disponível é muito amplo, fruto de uma distância entre eixos muito próxima dos três metros, mas que não inclui um espaço específico para a arrumação das baterias do sistema híbrido, fazendo com que estas tivessem de ser arrumadas sob o piso da bagageira, deixando a sua capacidade máxima nuns escassos 405 litros de capacidade.

Equipamento

6/10

Tal como acontece com outros modelos da marca, a Audi fala bastante a sério quando refere a presença da sua versão base. Na unidade ensaiada, por exemplo, as jantes eram de 18 polegadas, mas pareciam destoar de todo o conjunto e não estavam presentes os sistemas de iluminação mais sofisticados em LED, nem os que acrescentam uma assinatura visual mais personalizada. No habitáculo, em contrapartida, há assentos em pele com regulação elétrica, ar condicionado automático com regulações independentes em quatro zonas, um painel de instrumentos digital e de visual personalizável, dois monitores táteis na consola central, – sendo um mais vocacionado para as regulações da climatização e o outro para todas as funções do sistema multimédia – um teto de abrir panorâmico e o sistema de abertura e fecho automático da tampa da bagageira, acompanhado de uma coreografia da chapeleira, que sai do caminho ou regressa ao seu lugar de uma forma totalmente automática.

Consumos

7/10

A eficiência do lado elétrico do sistema híbrido é elevada o suficiente para que o motor térmico não tenha de ser solicitado muitas vezes, o que se traduz em médias de consumo muito comedidas, especialmente quando circulamos em cidade e onde não é difícil registar os valores entre os 17 e os 18 kWh indicados pela Audi. E no que diz respeito a gasolina, com um pouco de juízo no pé do lado direito, também se conseguem registar valores de consumo em torno dos dois litros, com muita ajuda da vertente elétrica do sistema, que convém estar sempre carregada, antes de arrancar. Até porque, numa tomada doméstica convencional, um carregamento total pode nem chegar a três horas, renovando a hipótese de poder percorrer até cerca de 60 quilómetros sem usar combustíveis fósseis. Os valores finais registados no nosso ensaio, com muitos quilómetros de autoestrada, sem grande regeneração e algumas vezes com o motor de combustão a servir de gerador para alimentar as baterias do sistema elétrico, foram de 7,1 l/100 km e de 6,6 kWh/100 km.

Ao Volante

7/10

Num trajeto em que o programador de velocidade é o nosso melhor amigo e o ritmo deixa que o totalizador de quilómetros vá aumentando, a nota de conforto fica bastante elevada. A suspensão da Audi A6 Avant deixa que esta “flutue” com a maior facilidade, quilómetro após quilómetro, enquanto usufruímos de uma posição de condução próxima de excelente. Se a autonomia do sistema elétrico estiver baixa, até nos podemos dar ao luxo de usar a função de carregamento deste sistema, que deixa uma percentagem de utilização do motor térmico a servir de gerador para ir carregando a bateria, algo que influencia a média de consumo, mas que pode ser uma boa opção para quando não existem grandes alternativas em termos de carregamento. Se apenas não desejar usar o motor elétrico, há também uma função destinada a manter a carga da bateria.

Em modo totalmente elétrico, no entanto, a A6 Avant destaca-se ainda mais pelo seu silêncio, mas também pela eficácia do sistema que dispensa bem a presença do motor elétrico na maioria das situações e enquanto houver carga na bateria. Numa vertente completamente diferente e aproveitando o facto de estarem disponíveis quase 300 cavalos de potência e um sistema de tração às quatro rodas, as estradas mais sinuosas revelam-nos que há mais de duas toneladas de peso para transportar de uma curva para outra e que os pneus instalados na unidade ensaiada não estão vocacionados para mais nada do que obter o máximo de eficácia energética em qualquer traçado.

Motor

7/10

O sistema híbrido plug-in desta versão da Audi A6 Avant oferece uma potência máxima combinada de 299 cavalos e um binário máximo de 450 Nm. O motor térmico é o conhecido bloco de dois litros do Grupo Volkswagen, com   quatro cilindros e um sistema de injeção direta, turbo e intercooler. Do lado elétrico temos um motor integrado no conjunto da caixa de velocidades automática de dupla embraiagem e que está acoplado a um sistema de tração às quatro rodas que adiciona o nome “quattro” à sua designação.

Balanço Final

7/10

Elegante, muito confortável e com um habitáculo acolhedor e espaçoso, em conjunto com um sistema híbrido muito eficiente e compatível com a maioria das rotinas, fazem com que a versão híbrida plug-in da Audi A6 Avant seja um excelente investimento. Poderá parecer algo exagerado agora, mas daqui a alguns tempos vai começar a perceber que estará a ir muito menos vezes às estações de serviço para abastecer.

Concorrentes

BMW 530e Touring
Motor: Sistema híbrido (gasolina e elétrico); 292 cavalos; Tração traseira; Autonomia em modo elétrico: 57-51 km; Velocidade máx.: 225 km/h; Consumo combinado: 1,9-1,5 l/100 km; Preço 67.620 €

Mercedes-Benz E300e Station
Motor: Sistema híbrido (gasolina e elétrico); 211+122 cavalos; Tração traseira; Autonomia em modo elétrico: 54 km; Velocidade máx.: 245 km/h; Consumo combinado: 1,7 l/100 km; Preço 73.750 €

Volvo V90 Recharge T6
Motor: Sistema híbrido (gasolina e elétrico); 350 cavalos; Tração às quatro rodas; Autonomia em modo elétrico: 87 km; Velocidade máx.: 180 km/h; Consumo combinado: 0,8 l/100 km; Preço 75.159 €

Ficha Técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 1.984
Potência máxima (CV/rpm): 265/5.250-6.500
Binário máximo (Nm/rpm): 370/1.600-4.500
Tração: Quatro rodas motrizes
Transmissão: Automática S tronic de sete relações
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Multibraços / Multibraços
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos ventilados

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 6,3
Velocidade máxima (km/h): 250
Consumos misto (l/100 km): 1,5
Emissões CO2 (gr/km): 34

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.939/1.886/1.494
Distância entre eixos (mm): 2.924
Largura de vias (fr/tr mm): 1.624/1.611
Peso (kg): 2.075
Capacidade da bagageira (l): 405
Pneus (fr/tr): 225/55 R18

Preço da versão ensaiada (Euros): 77.302 €
Preço da versão base (Euros): 73.072 €

Mais/Menos


Mais

– Conforto;
– Consumos;
– Espaço a bordo;

Menos

– Muito equipamento opcional;
– Bagageira limitada;

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 77302€

Preço da versão base (Euros): 73072€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Se não fosse a designação na parte de trás e a tampa extra que esconde a tomada destinada a carregar o sistema elétrico, esta seria “apenas” uma Audi A6 Avant como tantas outras, discreta, familiar, mas que também é um formato de que nos habituámos a gostar bastante quando o agregado familiar começa a crescer e idade a aumentar, o que costuma ser sinónimo de uma maior exigência em termos de conforto e espaço. A mais recente geração da Audi A6 Avant tem um visual distinto e elegante, e em que o tom branco escolhido para a carroçaria, como na unidade ensaiada, está longe de ser a primeira escolha. Ainda assim, esta opção dá um bom destaque aos traços da carroçaria, com linhas mais musculadas, que enfatizam a largura da via traseira com uns “ombros” mais pronunciados ou mesmo a grelha frontal de maiores dimensões e com grupos óticos de visual mais agressivo. Esta configuração, revelou mesmo um ligeiro toque mais desportivo neste conjunto, que se tornaria ainda mais apelativo com a presença do pacote estético mais desportivo S Line, ou com umas jantes de maiores dimensões e num tom um pouco mais escuro e contrastante com o branco da carroçaria, ainda que as da unidade ensaiada já sejam de 18 polegadas, apesar de não parecer.

Interior

No Audi A6 encontramos um visual muito aproximado ao do topo de gama da marca dos anéis, ainda que num formato de carrinha mais familiar. Quem viaja na frente conta com assentos muito confortáveis e com regulações bastante amplas, mas também com um ambiente bastante tecnológico e sofisticado, com diversos monitores táteis e de feedback háptico, mas também com um desenho moderno que inclui linhas marcantes e uma solução que privilegia a disponibilidade de informação para quem está ao volante. Lá atrás, o espaço disponível é muito amplo, fruto de uma distância entre eixos muito próxima dos três metros, mas que não inclui um espaço específico para a arrumação das baterias do sistema híbrido, fazendo com que estas tivessem de ser arrumadas sob o piso da bagageira, deixando a sua capacidade máxima nuns escassos 405 litros de capacidade.

Equipamento

Tal como acontece com outros modelos da marca, a Audi fala bastante a sério quando refere a presença da sua versão base. Na unidade ensaiada, por exemplo, as jantes eram de 18 polegadas, mas pareciam destoar de todo o conjunto e não estavam presentes os sistemas de iluminação mais sofisticados em LED, nem os que acrescentam uma assinatura visual mais personalizada. No habitáculo, em contrapartida, há assentos em pele com regulação elétrica, ar condicionado automático com regulações independentes em quatro zonas, um painel de instrumentos digital e de visual personalizável, dois monitores táteis na consola central, – sendo um mais vocacionado para as regulações da climatização e o outro para todas as funções do sistema multimédia – um teto de abrir panorâmico e o sistema de abertura e fecho automático da tampa da bagageira, acompanhado de uma coreografia da chapeleira, que sai do caminho ou regressa ao seu lugar de uma forma totalmente automática.

Consumos

A eficiência do lado elétrico do sistema híbrido é elevada o suficiente para que o motor térmico não tenha de ser solicitado muitas vezes, o que se traduz em médias de consumo muito comedidas, especialmente quando circulamos em cidade e onde não é difícil registar os valores entre os 17 e os 18 kWh indicados pela Audi. E no que diz respeito a gasolina, com um pouco de juízo no pé do lado direito, também se conseguem registar valores de consumo em torno dos dois litros, com muita ajuda da vertente elétrica do sistema, que convém estar sempre carregada, antes de arrancar. Até porque, numa tomada doméstica convencional, um carregamento total pode nem chegar a três horas, renovando a hipótese de poder percorrer até cerca de 60 quilómetros sem usar combustíveis fósseis. Os valores finais registados no nosso ensaio, com muitos quilómetros de autoestrada, sem grande regeneração e algumas vezes com o motor de combustão a servir de gerador para alimentar as baterias do sistema elétrico, foram de 7,1 l/100 km e de 6,6 kWh/100 km.

Ao volante

Num trajeto em que o programador de velocidade é o nosso melhor amigo e o ritmo deixa que o totalizador de quilómetros vá aumentando, a nota de conforto fica bastante elevada. A suspensão da Audi A6 Avant deixa que esta “flutue” com a maior facilidade, quilómetro após quilómetro, enquanto usufruímos de uma posição de condução próxima de excelente. Se a autonomia do sistema elétrico estiver baixa, até nos podemos dar ao luxo de usar a função de carregamento deste sistema, que deixa uma percentagem de utilização do motor térmico a servir de gerador para ir carregando a bateria, algo que influencia a média de consumo, mas que pode ser uma boa opção para quando não existem grandes alternativas em termos de carregamento. Se apenas não desejar usar o motor elétrico, há também uma função destinada a manter a carga da bateria.

Em modo totalmente elétrico, no entanto, a A6 Avant destaca-se ainda mais pelo seu silêncio, mas também pela eficácia do sistema que dispensa bem a presença do motor elétrico na maioria das situações e enquanto houver carga na bateria. Numa vertente completamente diferente e aproveitando o facto de estarem disponíveis quase 300 cavalos de potência e um sistema de tração às quatro rodas, as estradas mais sinuosas revelam-nos que há mais de duas toneladas de peso para transportar de uma curva para outra e que os pneus instalados na unidade ensaiada não estão vocacionados para mais nada do que obter o máximo de eficácia energética em qualquer traçado.

Concorrentes

BMW 530e Touring
Motor: Sistema híbrido (gasolina e elétrico); 292 cavalos; Tração traseira; Autonomia em modo elétrico: 57-51 km; Velocidade máx.: 225 km/h; Consumo combinado: 1,9-1,5 l/100 km; Preço 67.620 €

Mercedes-Benz E300e Station
Motor: Sistema híbrido (gasolina e elétrico); 211+122 cavalos; Tração traseira; Autonomia em modo elétrico: 54 km; Velocidade máx.: 245 km/h; Consumo combinado: 1,7 l/100 km; Preço 73.750 €

Volvo V90 Recharge T6
Motor: Sistema híbrido (gasolina e elétrico); 350 cavalos; Tração às quatro rodas; Autonomia em modo elétrico: 87 km; Velocidade máx.: 180 km/h; Consumo combinado: 0,8 l/100 km; Preço 75.159 €

Motor

O sistema híbrido plug-in desta versão da Audi A6 Avant oferece uma potência máxima combinada de 299 cavalos e um binário máximo de 450 Nm. O motor térmico é o conhecido bloco de dois litros do Grupo Volkswagen, com   quatro cilindros e um sistema de injeção direta, turbo e intercooler. Do lado elétrico temos um motor integrado no conjunto da caixa de velocidades automática de dupla embraiagem e que está acoplado a um sistema de tração às quatro rodas que adiciona o nome “quattro” à sua designação.

Balanço final

Elegante, muito confortável e com um habitáculo acolhedor e espaçoso, em conjunto com um sistema híbrido muito eficiente e compatível com a maioria das rotinas, fazem com que a versão híbrida plug-in da Audi A6 Avant seja um excelente investimento. Poderá parecer algo exagerado agora, mas daqui a alguns tempos vai começar a perceber que estará a ir muito menos vezes às estações de serviço para abastecer.

Mais

– Conforto;
– Consumos;
– Espaço a bordo;

Menos

– Muito equipamento opcional;
– Bagageira limitada;

Ficha técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 1.984
Potência máxima (CV/rpm): 265/5.250-6.500
Binário máximo (Nm/rpm): 370/1.600-4.500
Tração: Quatro rodas motrizes
Transmissão: Automática S tronic de sete relações
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Multibraços / Multibraços
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos ventilados

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 6,3
Velocidade máxima (km/h): 250
Consumos misto (l/100 km): 1,5
Emissões CO2 (gr/km): 34

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.939/1.886/1.494
Distância entre eixos (mm): 2.924
Largura de vias (fr/tr mm): 1.624/1.611
Peso (kg): 2.075
Capacidade da bagageira (l): 405
Pneus (fr/tr): 225/55 R18

Preço da versão ensaiada (Euros): 77.302 €
Preço da versão base (Euros): 73.072 €

Preço da versão ensaiada (Euros): 77302€
Preço da versão base (Euros): 73072€