BMW X1 sDrive 18d – Ensaio Teste

By on 6 Janeiro, 2023

Luxo concentrado

A nova geração do BMW X1 apresenta um visual mais contemporâneo e bem delineado, oferecendo uma imagem mais Premium, mas no seu formato de SUV mais compacto, que ganha um visual ainda mais apelativo com o pacote de equipamento da BMW M. Para acompanhar este X1 está um motor diesel de dois litros e 150 cavalos de potência, que noutros tempos deixava muitas pessoas a sonhar e que agora é praticamente o alvo a abater numa sociedade totalmente virada para o lado da eletrificação.

Texto: André Mendes

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Mais:
  • Comportamento dinâmico;
  • Qualidade a bordo;
  • Visual moderno;
Menos:
  • Imagem e equipamento construídos com muito equipamento opcional;
  • Preço muito influenciado pela quantidade de opcionais;

Exterior

8/10

Os traços deste novo X1 são cativantes desde o primeiro momento. Apesar de serem apenas 4,5 metros de comprimento, a imagem do mais pequeno dos SUV da marca não se distancia muito dos seus irmãos de maior porte, nem acusa um patamar de qualidade inferior por causa disso. No caso da unidade ensaiada, a presença do pacote da ‘M’ faz obviamente uma grande diferença em diversos aspetos, mas um dos mais importantes é mesmo o que este novo modelo nos consegue cativar, mesmo antes de entrarmos no habitáculo.

Na frente são as enormes entradas de ar permitidas pelo novo desenho dos icónicos ‘rins’ da BMW que assumem o maior destaque, estando posicionadas numa posição mais vertical do que acontecia no seu antecessor e com barras verticais de visual mais robusto, que identificam a presença de um modelo com a letra X na sua designação. Além disso, os grupos também têm um desenho mais esguio e com uma assinatura visual mais imponente. O mesmo acontece na secção traseira em que também são os grupos óticos que se destacam com o seu efeito tridimensional e um formato de ‘L’ que parece esculpido.

Interior

8/10

Com a nova geração do BMW X1, a maior novidade a bordo é mesmo o novo desenho da consola central e o enorme painel curvo que temos à nossa frente e que inclui os monitores da instrumentação e o do “infotainment”. Na consola central deixa de existir o comando rotativo do iDrive, mas a função tátil do monitor central é agora mais simples de se utilizar. Comum a todo o habitáculo é o incremento de qualidade a nível de materiais e montagem, que está mesmo no patamar de segmentos mais acima na própria marca.

Ao volante, a posição de condução é excelente e o espaço disponível não inspira cuidados, mas lá atrás já pode haver algumas queixas em termos de espaço para as pernas, pelo que é necessário encontrar um compromisso simpático entre as duas filas de assentos. Um pouco mais atrás, na bagageira, é que não existe qualquer crítica, pois o acesso é plano e a capacidade chega aos 540 litros se já incluirmos o espaço de arrumação sob o piso.

Equipamento

6/10

Com o novo BMW X1, a filosofia no capítulo do equipamento continua a ser a mesma, começando com uma versão base algo “despida” e ir ajustando o equipamento consoante os desejos de cada cliente. O problema é que o preço base pode parecer apelativo por um lado, mas depois de juntarem alguns opcionais mais interessantes, já ficamos com números que nos deixam mais apreensivos. No caso da unidade ensaiada, por exemplo, a adição do Pack Desportivo da M (3.980 euros) é um excelente ponto de partida, pois inclui um enorme conjunto de elementos num único opcional, além de melhorar substancialmente o visual interior e exterior do pequeno X1. De seguida, foi também incluído o Pack Premium Plus (3.210 euros), com mais um conjunto de elementos significativo, como o sistema de acesso Comfort ou as luzes adaptativas em LED e depois há ainda equipamentos mais sensíveis ao gosto de cada pessoa, como a cor da carroçaria, ou umas jantes mais desportivas e de maiores dimensões. Só que, depois de feitas as contas, o X1 sDrive 18d que vê nas imagens, já conta com uma etiqueta de preço de 63.709 euros.

Consumos

7/10

Para este bloco de dois litros com 150 cavalos de potência e tração dianteira, a marca anuncia que são necessários, pelo menos, 5,5 litros de combustível para cada 100 quilómetros, já tendo em conta as jantes de maiores dimensões e a presença do pacote de equipamento mais desportivo. Mas no final do nosso ensaio, registámos quase mais um litro do que este valor, com uma média de 6,4 l/100 km, o que, mesmo assim, não parece ser absolutamente nada de especial e que desceria facilmente com mais uns quilómetros de autoestrada num ritmo convencional e menos condução a horas de maior tráfego pelo meio da cidade.

Ao Volante

8/10

A vertente mais dinâmica da condução nunca foi grande desilusão nos modelos da BMW, mesmo nesta nova configuração (polémica para os mais puristas) que viu a tração passar das rodas dianteiras para a frente. Em conjunto com o Pack Desportivo da M, que inclui uma suspensão mais firme e de amortecimento adaptativo, notamos de imediato que o X1 está mais “colado” à estrada e que a firmeza é mais evidente, mas sem que isso estrague a nota do conforto. Ou seja, novamente, um bom compromisso entre desempenho dinâmico e conforto, perfeito para os passageiros que são mais sensíveis a ritmos mais “despachados”.

Motor

7/10

Com uma capacidade de dois litros e 150 cavalos de potência, o “18d” sempre foi uma excelente escolha na gama de opções da marca bávara para quem deseja uma opção Diesel. A maior capacidade ajuda no binário e na longevidade desta solução e os 150 cavalos não abusam do conjunto, conseguindo um bom compromisso entre prestações e consumos, muito bem ajudados por uma caixa de velocidades automática de dupla embraiagem e sete relações, que é uma excelente companhia para este motor.

Balanço Final

7/10

Um patamar de qualidade bastante elevado e uma utilização do Pack Desportivo da M muito cativante, fazem com que este BMW X1 seja pequeno apenas nas suas dimensões, pois, no conjunto é um grande SUV e uma excelente proposta que chega mesmo a alinhar com modelos do segmento acima. Tem uma construção sólida, um habitáculo acolhedor e com um espaço disponível de acordo com o seu tamanho, além de ser disponibilizado com uma das melhores motorizações diesel da marca, perfeita para quem ainda faz sentido ter um motor diesel no seu dia-a-dia.

Concorrentes

Audi Q3 35 TDI S tronic S line
Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo; potência: 150 cavalos; consumo médio: 5,0 l/100km; preço base: 52.484 €

Cupra Formentor 2.0 TDI DSG 4Drive
Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo; potência: 150 cavalos; consumo médio: 5,8 l/100km; preço base: 46.837 €

Mercedes-Benz GLA 200d AMG
Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo; potência: 150 cavalos; consumo médio: 5,4 l/100km; preço base: 56.900 €

Ficha Técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, Diesel
Cilindrada (cm3): 1.995
Potência máxima (CV/rpm): 150/3.750-4.000
Binário máximo (Nm/rpm): 360/1.500-2.500
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática Steptronic de sete velocidades e dupla embraiagem
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos ventilados

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,9
Velocidade máxima (km/h): 210
Consumos misto (l/100 km): 5,5
Emissões CO2 (g/km): 144

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.500/1.845/1.642
Distância entre eixos (mm): 2.692
Largura de vias (fr/tr mm): 1.592/1.593
Peso (kg): 1.650
Capacidade da bagageira (l): 540
Depósito (l): 45
Pneus (fr/tr): 245/45 R19

Preço da versão ensaiada (Euros): 63.709 €
Preço da versão base (Euros): 50.218 €

Mais/Menos


Mais

  • Comportamento dinâmico;
  • Qualidade a bordo;
  • Visual moderno;

Menos

  • Imagem e equipamento construídos com muito equipamento opcional;
  • Preço muito influenciado pela quantidade de opcionais;

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 63709€

Preço da versão base (Euros): 50218€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Os traços deste novo X1 são cativantes desde o primeiro momento. Apesar de serem apenas 4,5 metros de comprimento, a imagem do mais pequeno dos SUV da marca não se distancia muito dos seus irmãos de maior porte, nem acusa um patamar de qualidade inferior por causa disso. No caso da unidade ensaiada, a presença do pacote da ‘M’ faz obviamente uma grande diferença em diversos aspetos, mas um dos mais importantes é mesmo o que este novo modelo nos consegue cativar, mesmo antes de entrarmos no habitáculo.

Na frente são as enormes entradas de ar permitidas pelo novo desenho dos icónicos ‘rins’ da BMW que assumem o maior destaque, estando posicionadas numa posição mais vertical do que acontecia no seu antecessor e com barras verticais de visual mais robusto, que identificam a presença de um modelo com a letra X na sua designação. Além disso, os grupos também têm um desenho mais esguio e com uma assinatura visual mais imponente. O mesmo acontece na secção traseira em que também são os grupos óticos que se destacam com o seu efeito tridimensional e um formato de ‘L’ que parece esculpido.

Interior

Com a nova geração do BMW X1, a maior novidade a bordo é mesmo o novo desenho da consola central e o enorme painel curvo que temos à nossa frente e que inclui os monitores da instrumentação e o do “infotainment”. Na consola central deixa de existir o comando rotativo do iDrive, mas a função tátil do monitor central é agora mais simples de se utilizar. Comum a todo o habitáculo é o incremento de qualidade a nível de materiais e montagem, que está mesmo no patamar de segmentos mais acima na própria marca.

Ao volante, a posição de condução é excelente e o espaço disponível não inspira cuidados, mas lá atrás já pode haver algumas queixas em termos de espaço para as pernas, pelo que é necessário encontrar um compromisso simpático entre as duas filas de assentos. Um pouco mais atrás, na bagageira, é que não existe qualquer crítica, pois o acesso é plano e a capacidade chega aos 540 litros se já incluirmos o espaço de arrumação sob o piso.

Equipamento

Com o novo BMW X1, a filosofia no capítulo do equipamento continua a ser a mesma, começando com uma versão base algo “despida” e ir ajustando o equipamento consoante os desejos de cada cliente. O problema é que o preço base pode parecer apelativo por um lado, mas depois de juntarem alguns opcionais mais interessantes, já ficamos com números que nos deixam mais apreensivos. No caso da unidade ensaiada, por exemplo, a adição do Pack Desportivo da M (3.980 euros) é um excelente ponto de partida, pois inclui um enorme conjunto de elementos num único opcional, além de melhorar substancialmente o visual interior e exterior do pequeno X1. De seguida, foi também incluído o Pack Premium Plus (3.210 euros), com mais um conjunto de elementos significativo, como o sistema de acesso Comfort ou as luzes adaptativas em LED e depois há ainda equipamentos mais sensíveis ao gosto de cada pessoa, como a cor da carroçaria, ou umas jantes mais desportivas e de maiores dimensões. Só que, depois de feitas as contas, o X1 sDrive 18d que vê nas imagens, já conta com uma etiqueta de preço de 63.709 euros.

Consumos

Para este bloco de dois litros com 150 cavalos de potência e tração dianteira, a marca anuncia que são necessários, pelo menos, 5,5 litros de combustível para cada 100 quilómetros, já tendo em conta as jantes de maiores dimensões e a presença do pacote de equipamento mais desportivo. Mas no final do nosso ensaio, registámos quase mais um litro do que este valor, com uma média de 6,4 l/100 km, o que, mesmo assim, não parece ser absolutamente nada de especial e que desceria facilmente com mais uns quilómetros de autoestrada num ritmo convencional e menos condução a horas de maior tráfego pelo meio da cidade.

Ao volante

A vertente mais dinâmica da condução nunca foi grande desilusão nos modelos da BMW, mesmo nesta nova configuração (polémica para os mais puristas) que viu a tração passar das rodas dianteiras para a frente. Em conjunto com o Pack Desportivo da M, que inclui uma suspensão mais firme e de amortecimento adaptativo, notamos de imediato que o X1 está mais “colado” à estrada e que a firmeza é mais evidente, mas sem que isso estrague a nota do conforto. Ou seja, novamente, um bom compromisso entre desempenho dinâmico e conforto, perfeito para os passageiros que são mais sensíveis a ritmos mais “despachados”.

Concorrentes

Audi Q3 35 TDI S tronic S line
Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo; potência: 150 cavalos; consumo médio: 5,0 l/100km; preço base: 52.484 €

Cupra Formentor 2.0 TDI DSG 4Drive
Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo; potência: 150 cavalos; consumo médio: 5,8 l/100km; preço base: 46.837 €

Mercedes-Benz GLA 200d AMG
Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo; potência: 150 cavalos; consumo médio: 5,4 l/100km; preço base: 56.900 €

Motor

Com uma capacidade de dois litros e 150 cavalos de potência, o “18d” sempre foi uma excelente escolha na gama de opções da marca bávara para quem deseja uma opção Diesel. A maior capacidade ajuda no binário e na longevidade desta solução e os 150 cavalos não abusam do conjunto, conseguindo um bom compromisso entre prestações e consumos, muito bem ajudados por uma caixa de velocidades automática de dupla embraiagem e sete relações, que é uma excelente companhia para este motor.

Balanço final

Um patamar de qualidade bastante elevado e uma utilização do Pack Desportivo da M muito cativante, fazem com que este BMW X1 seja pequeno apenas nas suas dimensões, pois, no conjunto é um grande SUV e uma excelente proposta que chega mesmo a alinhar com modelos do segmento acima. Tem uma construção sólida, um habitáculo acolhedor e com um espaço disponível de acordo com o seu tamanho, além de ser disponibilizado com uma das melhores motorizações diesel da marca, perfeita para quem ainda faz sentido ter um motor diesel no seu dia-a-dia.

Mais
  • Comportamento dinâmico;
  • Qualidade a bordo;
  • Visual moderno;
Menos
  • Imagem e equipamento construídos com muito equipamento opcional;
  • Preço muito influenciado pela quantidade de opcionais;

Ficha técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, Diesel
Cilindrada (cm3): 1.995
Potência máxima (CV/rpm): 150/3.750-4.000
Binário máximo (Nm/rpm): 360/1.500-2.500
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática Steptronic de sete velocidades e dupla embraiagem
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos ventilados

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,9
Velocidade máxima (km/h): 210
Consumos misto (l/100 km): 5,5
Emissões CO2 (g/km): 144

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.500/1.845/1.642
Distância entre eixos (mm): 2.692
Largura de vias (fr/tr mm): 1.592/1.593
Peso (kg): 1.650
Capacidade da bagageira (l): 540
Depósito (l): 45
Pneus (fr/tr): 245/45 R19

Preço da versão ensaiada (Euros): 63.709 €
Preço da versão base (Euros): 50.218 €

Preço da versão ensaiada (Euros): 63709€
Preço da versão base (Euros): 50218€