Mini Cooper S E – Ensaio Teste

By on 16 Julho, 2020

Mini Cooper S E

Texto: João Isaac

A pilhas, mas tão divertido quanto os outros

Este é um Mini Cooper S diferente. Exteriormente, mantém-se, de uma forma geral, inalterado o tremendamente bem conseguido design desta carroçaria de três portas, à qual foram adicionados alguns elementos específicos como a grelha dianteira e as jantes de 17 polegadas, ambos com desenho pensado para o superior desempenho aerodinâmico. E porquê? Porque este é, na verdade, o Cooper S E, o primeiro modelo totalmente eléctrico da marca, a versão ecológica do ícone britânico e que, segundo a MINI declara no seu slogan “100% MINI, 100% elétrico, mantém igualmente inalteradas, apesar do peso superior e das alterações efetuadas no chassis desta versão, as suas muito elogiadas e inconfundíveis capacidades dinâmicas.

Veja o vídeo do nosso ensaio ao Mini Cooper S E.

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Imagem, comportamento, performance

Menos:

Autonomia, preço, espaço no banco traseiro

Exterior

9/10

Exterior (9/10) Sem se distanciar demasiado dos MINI com motor térmico, apostando apenas em detalhes estéticos específicos, este Electric Cooper S E mantém inalterada toda a identidade do estilo MINI, possibilitando, igualmente, uma grande liberdade de personalização graças às seis cores disponíveis para a carroçaria, três para o tejadilho e duas para o friso da grelha e espelhos retrovisores. No caso deste “AA46VX”, agora sem traços, combina o White Silver metalizado da carroçaria com o tejadilho preto e detalhes em Energetic Yellow, resultando num conjunto muito agradável à vista, com especial destaque para as originais jantes de 17 polegadas. Atrás, o elemento que mais se destaca nesta unidade é o desenho da iluminação que reproduz o formato da bandeira “Union Jack”, um equipamento opcional, em conjunto com a iluminação full LED Matrix, que presta homenagem às origens deste nome sexagenário da mobilidade urbana, agora numa vertente mais ecológica.

Interior

6/10

Interior (6/10) Se tivéssemos apenas que avaliar a qualidade dos materiais e de construção, bem como, e principalmente, a originalidade do design bem patente em todo o interior, esta nota seria muito superior. O tablier recorre, em grande parte, a materiais macios e o seu desenho, desde o grande círculo central que incorpora o sistema de infotainment, até ao painel de instrumentos específico e digital, passando ainda pelo detalhe dos botões na consola e no plafonier, tem todo ele uma assinatura muito própria, muito MINI, contribuindo, e muito, para as boas sensações a bordo. No entanto, e mesmo não esquecendo que este é um veículo citadino que, nesta versão elétrica, nada perdeu em habitabilidade relativamente às versões com motor de combustão devido à inteligente colocação das baterias, o espaço interior é extremamente limitado no banco traseiro, indicado apenas para trajetos curtos ou para crianças. Faz parte do conceito MINI, é certo, mas continua a ser uma limitação para alguns clientes. O espaço para bagagens, como seria de esperar, também não é um dos pontos fortes, mas o fundo amovível permite criar um plano de carga horizontal com o rebatimento dos bancos e abaixo deste há um compartimento para guardar os cabos de carregamento.

Equipamento

8/10

Equipamento (8/10) Até nas designações das várias versões do MINI Electric a marca inglesa deu asas à imaginação, usando as letras S, M , L e XL para separar os vários níveis de equipamento. Assim, considerando o MINI Electric que nos calhou, este é, na verdade, um Cooper S, E e L, uma das versões mais recheadas e que tem um custo adicional de 4065 euros. Esta dispõe de elementos exclusivos como as jantes de 17”, a câmara traseira, os bancos aquecidos, a iluminação full LED, o assistente de estacionamento, o head-up display e o sistema de som da Harman Kardon. No entanto, de série, o MINI Electric já conta com volante desportivo multifunções em pele, MINI Driving Modes, ar condicionado automático, sensores de luz e chuva, bem como o painel de instrumentos digital e o cabo de carregamento doméstico com 5 metros de comprimento. O custo extra superior a 4 mil euros pode assustar, mas o pequeno MINI, nesta versão L, está muito bem equipado.

Consumos

/10

Consumos (8/10) Considerando o valor declarado de consumo, este primeiro MINI totalmente elétrico merece nota muito positiva, pois durante o nosso circuito de ensaio – cerca de 50 km maioritariamente feitos em ambiente urbano – conseguimos um registo abaixo do oficial, com 14,2 kWh de consumo por cada 100 quilómetros. Os modos de condução Green dão o seu importante contributo, gerindo de forma eficiente a entrega da potência, bem como a regeneração da mesma nas fases de desaceleração e durante as travagens. Por outro lado, a MINI decidiu associar, em exclusivo, esta versão 100% elétrica à carroçaria mais pequena da sua oferta, tendo igualmente optado por equipá-la com uma bateria compacta. Desta forma, não comprometeu a habitabilidade dos MINI “térmicos” e assim apontou-o a uma utilização puramente citadina, pelo que não seria de esperar que autonomia fosse o maior argumento desta versão. A MINI declara uma autonomia superior, entre os 216 e os 234 quilómetros, mas no nosso teste conseguimos cerca de 180 quilómetros. Esta pode ser uma desvantagem do modelo britânico relativamente à concorrência futura de modelos como o Honda e e o FIAT 500 elétrico. Mas esta é a MINI way!

Ao Volante

9/10

Ao volante (9/10) Aquele que sempre foi um dos maiores destaques do MINI, não deixa aqui de o ser. Apesar de rolar ligeiramente acima ao solo, esta versão elétrica alimentada a bateria possui um centro de gravidade baixo, característica que, aliada à firmeza – não exagerada – da suspensão, permitem ao Cooper S E ter um comportamento muito eficaz e incrivelmente divertido. Agilidade é a palavra de ordem com mudanças de direção rápidas e um eixo traseiro que, quando provocado sem a presença das ajudas eletrónicas, gosta de se mostrar. A ritmos mais moderados, este é um elétrico do qual é também possível retirar prazer na condução, principalmente pela tão agradável posição de condução que nos coloca bem centrados na ação, bem encaixados nos bancos desportivos e com o tão típico ambiente de cockpit proporcionado pelo para-brisas colocado em posição ligeiramente mais vertical. Os modos de condução são quatro, dois focados na condução eficiente denominados por Green e os restantes, Mid e Sport, apontados a ritmos “menos verdes”, com melhor resposta do motor.

Motor

8/10

Motor (8/10) Com um poder de aceleração capaz de nos levar os 0 aos 100 km/h em cerca de 7,3 segundos, este MINI elétrico não só é silencioso como rápido, ganhando velocidade com uma rapidez simplesmente impressionante. E a culpa é do binário instantâneo do motor (270 Nm) e dos 184 cavalos de que dispõe. Já a velocidade máxima está limitada a 150 km/h, uma valor mais do que ajustado à utilização a que este Electric se destina, bem como ao código da estrada. Quanto à capacidade regenerativa de energia do motor/gerador, esta pode ser definida segundo dois modos, sendo que no de maior capacidade é possível conduzir este MINI praticamente sem pisar o pedal do travão. Uma solução que primeiro se estranha mas que rapidamente se entranha. Quanto a tempos de carregamento, segundo a marca, é possível carregar totalmente a bateria em 12 horas através de uma tomada doméstica. Já através de um carregador de 11 kW, o tempo reduz para 3 horas e meia. Num posto de carregamento rápido – 50 kW – atingem-se os 80% de carga em apenas 35 minutos.

Balanço Final

8/10

Balanço final (8/10) Este Cooper S E é um excelente exemplo de como a propulsão limpa de um veículo elétrico, com todos os obstáculos e desafios que ainda representa, não põe em causa, pelo menos na totalidade, o carácter mais desportivo e a identidade de um modelo. A imagem MINI está lá toda, bem como a cada vez mais apreciada possibilidade de o personalizar. A dinâmica continua a convidar, a performance convence e a economia é indiscutível. Mais ecológico, menos sonoro (muito menos!), mas igualmente apelativo, igualmente MINI. É assim o Cooper S E.

Concorrentes

Renault Zoe Z.E. 50 R135, 135 cv, 245 Nm; 0-100 km/h em 9,5 seg,; 140 km/h; autonomia de até 385 km ; 35 790 euros Opel Corsa-e; 136 cv, 260 Nm; 0-100 km/h em 8,1 seg,; 150 km/h; autonomia de até 337 km; 29 990 euros

Ficha Técnica

Motor Tipo: elétrico assíncrono Capacidade da bateria (kWh):  28,9 Potência máxima (CV/rpm): 184/nd Binário máximo (Nm/rpm): 270/nd Transmissão: automática de 1 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/independente multibraços Travões (fr/tr): discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 7,3 Velocidade máxima (km/h): 150 Consumos misto (kWh/100 km): 15,5 Emissões CO2 (gr/km): na Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 3845/1727/1432 Distância entre eixos (mm): 2495 Peso (kg): 1815 Capacidade da bagageira (l): 211 Pneus (fr/tr): 205/45 R17 Preço da versão base (Euros): 27.963 Preço da versão Ensaiada (Euros): 39.685

Mais/Menos


Mais

Imagem, comportamento, performance

Menos

Autonomia, preço, espaço no banco traseiro

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 39685€

Preço da versão base (Euros): 27963€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Exterior (9/10) Sem se distanciar demasiado dos MINI com motor térmico, apostando apenas em detalhes estéticos específicos, este Electric Cooper S E mantém inalterada toda a identidade do estilo MINI, possibilitando, igualmente, uma grande liberdade de personalização graças às seis cores disponíveis para a carroçaria, três para o tejadilho e duas para o friso da grelha e espelhos retrovisores. No caso deste “AA46VX”, agora sem traços, combina o White Silver metalizado da carroçaria com o tejadilho preto e detalhes em Energetic Yellow, resultando num conjunto muito agradável à vista, com especial destaque para as originais jantes de 17 polegadas. Atrás, o elemento que mais se destaca nesta unidade é o desenho da iluminação que reproduz o formato da bandeira “Union Jack”, um equipamento opcional, em conjunto com a iluminação full LED Matrix, que presta homenagem às origens deste nome sexagenário da mobilidade urbana, agora numa vertente mais ecológica.

Interior

Interior (6/10) Se tivéssemos apenas que avaliar a qualidade dos materiais e de construção, bem como, e principalmente, a originalidade do design bem patente em todo o interior, esta nota seria muito superior. O tablier recorre, em grande parte, a materiais macios e o seu desenho, desde o grande círculo central que incorpora o sistema de infotainment, até ao painel de instrumentos específico e digital, passando ainda pelo detalhe dos botões na consola e no plafonier, tem todo ele uma assinatura muito própria, muito MINI, contribuindo, e muito, para as boas sensações a bordo. No entanto, e mesmo não esquecendo que este é um veículo citadino que, nesta versão elétrica, nada perdeu em habitabilidade relativamente às versões com motor de combustão devido à inteligente colocação das baterias, o espaço interior é extremamente limitado no banco traseiro, indicado apenas para trajetos curtos ou para crianças. Faz parte do conceito MINI, é certo, mas continua a ser uma limitação para alguns clientes. O espaço para bagagens, como seria de esperar, também não é um dos pontos fortes, mas o fundo amovível permite criar um plano de carga horizontal com o rebatimento dos bancos e abaixo deste há um compartimento para guardar os cabos de carregamento.

Equipamento

Equipamento (8/10) Até nas designações das várias versões do MINI Electric a marca inglesa deu asas à imaginação, usando as letras S, M , L e XL para separar os vários níveis de equipamento. Assim, considerando o MINI Electric que nos calhou, este é, na verdade, um Cooper S, E e L, uma das versões mais recheadas e que tem um custo adicional de 4065 euros. Esta dispõe de elementos exclusivos como as jantes de 17”, a câmara traseira, os bancos aquecidos, a iluminação full LED, o assistente de estacionamento, o head-up display e o sistema de som da Harman Kardon. No entanto, de série, o MINI Electric já conta com volante desportivo multifunções em pele, MINI Driving Modes, ar condicionado automático, sensores de luz e chuva, bem como o painel de instrumentos digital e o cabo de carregamento doméstico com 5 metros de comprimento. O custo extra superior a 4 mil euros pode assustar, mas o pequeno MINI, nesta versão L, está muito bem equipado.

Consumos

Consumos (8/10) Considerando o valor declarado de consumo, este primeiro MINI totalmente elétrico merece nota muito positiva, pois durante o nosso circuito de ensaio – cerca de 50 km maioritariamente feitos em ambiente urbano – conseguimos um registo abaixo do oficial, com 14,2 kWh de consumo por cada 100 quilómetros. Os modos de condução Green dão o seu importante contributo, gerindo de forma eficiente a entrega da potência, bem como a regeneração da mesma nas fases de desaceleração e durante as travagens. Por outro lado, a MINI decidiu associar, em exclusivo, esta versão 100% elétrica à carroçaria mais pequena da sua oferta, tendo igualmente optado por equipá-la com uma bateria compacta. Desta forma, não comprometeu a habitabilidade dos MINI “térmicos” e assim apontou-o a uma utilização puramente citadina, pelo que não seria de esperar que autonomia fosse o maior argumento desta versão. A MINI declara uma autonomia superior, entre os 216 e os 234 quilómetros, mas no nosso teste conseguimos cerca de 180 quilómetros. Esta pode ser uma desvantagem do modelo britânico relativamente à concorrência futura de modelos como o Honda e e o FIAT 500 elétrico. Mas esta é a MINI way!

Ao volante

Ao volante (9/10) Aquele que sempre foi um dos maiores destaques do MINI, não deixa aqui de o ser. Apesar de rolar ligeiramente acima ao solo, esta versão elétrica alimentada a bateria possui um centro de gravidade baixo, característica que, aliada à firmeza – não exagerada – da suspensão, permitem ao Cooper S E ter um comportamento muito eficaz e incrivelmente divertido. Agilidade é a palavra de ordem com mudanças de direção rápidas e um eixo traseiro que, quando provocado sem a presença das ajudas eletrónicas, gosta de se mostrar. A ritmos mais moderados, este é um elétrico do qual é também possível retirar prazer na condução, principalmente pela tão agradável posição de condução que nos coloca bem centrados na ação, bem encaixados nos bancos desportivos e com o tão típico ambiente de cockpit proporcionado pelo para-brisas colocado em posição ligeiramente mais vertical. Os modos de condução são quatro, dois focados na condução eficiente denominados por Green e os restantes, Mid e Sport, apontados a ritmos “menos verdes”, com melhor resposta do motor.

Concorrentes

Renault Zoe Z.E. 50 R135, 135 cv, 245 Nm; 0-100 km/h em 9,5 seg,; 140 km/h; autonomia de até 385 km ; 35 790 euros Opel Corsa-e; 136 cv, 260 Nm; 0-100 km/h em 8,1 seg,; 150 km/h; autonomia de até 337 km; 29 990 euros

Motor

Motor (8/10) Com um poder de aceleração capaz de nos levar os 0 aos 100 km/h em cerca de 7,3 segundos, este MINI elétrico não só é silencioso como rápido, ganhando velocidade com uma rapidez simplesmente impressionante. E a culpa é do binário instantâneo do motor (270 Nm) e dos 184 cavalos de que dispõe. Já a velocidade máxima está limitada a 150 km/h, uma valor mais do que ajustado à utilização a que este Electric se destina, bem como ao código da estrada. Quanto à capacidade regenerativa de energia do motor/gerador, esta pode ser definida segundo dois modos, sendo que no de maior capacidade é possível conduzir este MINI praticamente sem pisar o pedal do travão. Uma solução que primeiro se estranha mas que rapidamente se entranha. Quanto a tempos de carregamento, segundo a marca, é possível carregar totalmente a bateria em 12 horas através de uma tomada doméstica. Já através de um carregador de 11 kW, o tempo reduz para 3 horas e meia. Num posto de carregamento rápido – 50 kW – atingem-se os 80% de carga em apenas 35 minutos.

Balanço final

Balanço final (8/10) Este Cooper S E é um excelente exemplo de como a propulsão limpa de um veículo elétrico, com todos os obstáculos e desafios que ainda representa, não põe em causa, pelo menos na totalidade, o carácter mais desportivo e a identidade de um modelo. A imagem MINI está lá toda, bem como a cada vez mais apreciada possibilidade de o personalizar. A dinâmica continua a convidar, a performance convence e a economia é indiscutível. Mais ecológico, menos sonoro (muito menos!), mas igualmente apelativo, igualmente MINI. É assim o Cooper S E.

Mais

Imagem, comportamento, performance

Menos

Autonomia, preço, espaço no banco traseiro

Ficha técnica

Motor Tipo: elétrico assíncrono Capacidade da bateria (kWh):  28,9 Potência máxima (CV/rpm): 184/nd Binário máximo (Nm/rpm): 270/nd Transmissão: automática de 1 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/independente multibraços Travões (fr/tr): discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 7,3 Velocidade máxima (km/h): 150 Consumos misto (kWh/100 km): 15,5 Emissões CO2 (gr/km): na Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 3845/1727/1432 Distância entre eixos (mm): 2495 Peso (kg): 1815 Capacidade da bagageira (l): 211 Pneus (fr/tr): 205/45 R17 Preço da versão base (Euros): 27.963 Preço da versão Ensaiada (Euros): 39.685

Preço da versão ensaiada (Euros): 39685€
Preço da versão base (Euros): 27963€