Škoda Enyaq 80 Sportline – Ensaio Teste

By on 19 Maio, 2022

O outro lado da força

É quase impossível não fazer uma qualquer associação à saga de Star Wars assim que olhamos para o Škoda Enyaq que nos foi cedido para este ensaio. E se fosse nosso, de certeza que se chamaria “Darth…” qualquer coisa devido à sua escolha de cores e nível de equipamento, que se enquadra perfeitamente na ordem dos Sith, por exemplo. Na conhecida saga, no entanto, os elementos de tom mais escuro são mais associados ao lado mais negro, algo que já não se encaixa tão bem com o primeiro modelo totalmente elétrico da Škoda. É que, neste caso, o outro lado da força também pode ser uma boa alcunha para os modelos eletrificados, que substituem os movidos por combustíveis fósseis e que, por isso, não se adequa nada a um cenário mais negro, bem pelo contrário.

Texto: André Mendes


Mais:

– Espaço a bordo
– Visual desportivo
– Equipamento

Menos:

– Comandos táteis
– Alguns materiais

Exterior

7/10

A estética do Skoda Enyaq mostra-nos a linguagem de design que a marca usava há bem pouco tempo nos seus protótipos. Mas agora, nesta versão em que até a grelha frontal é iluminada, o visual mais sofisticado fica totalmente garantido para os modelos de produção. A carroçaria destaca-se pelas formas com ângulos bem definidos e pelo visual mais tecnológico, mas também pelos tons mais negros escolhidos para a unidade ensaiada, que destacam ainda mais o visual desportivo da versão Sportline, especialmente quando acompanhado pelas jantes de liga leve de 21 polegadas, também de cor escura. E como toque final, até as letras do modelo e da versão estão pintadas de negro, o que lhe confere o tal visual que nos lembra personagens como Darth Vader.

Interior

6/10

O visual desportivo da versão Sportline inclui assentos desportivos com um melhor apoio e encostos de cabeça integrados, mas também um ambiente mais escurecido, tal como costuma acontecer nas opções mais desportivas. Ao volante, a posição de condução é muito boa e com regulações amplas, enquanto lá atrás há bastante espaço disponível, tanto em altura como para as pernas. E na bagageira, a capacidade chega aos 585 litros, o que será ideal para diversas famílias, não faltando algumas das soluções Simply Clever da Škoda, que nos conseguem facilitar a rotina com pequenos pormenores que dão muito jeito. Neste caso, uma divisória lateral com um separador “Cargo” e onde podemos transportar diversos objetos pequenos sem que estes andem a deslizar de um lado para o outro.

Equipamento

7/10

O enorme monitor existente no topo da consola central é que aquele que usamos para quase todas as funções, mas também o que inclui o ambiente com as aplicações do Apple CarPlay e do Android Auto, espelhados do telefone que está a carregar um pouco mais abaixo, na plataforma de carregamento por indução.

Com este novo sistema, a grande maioria dos modelos do grupo em que a Škoda se insere, apostam numa quantidade de comandos táteis e funções que passaram a estar escondidas em menus que requerem alguma habituação para se começarem a utilizar de uma forma eficaz. Mas no Enyaq, os comandos existentes no volante ainda são físicos, felizmente, e por baixo das saídas da ventilação, ainda encontramos o acesso mais direto à maioria dos sistemas que queremos usar, tais como o ar condicionado, os modos de condução e até o comando destinado a desembaciar o para-brisas naqueles dias de chuva mais intensa.

O monitor central é assim o maior protagonista a bordo do Škoda Enyaq, contrastando com o ecrã da instrumentação que está resumido às informações mais essenciais e tem um tamanho que fica bastante envergonhado quando comparado com o enorme monitor tátil central.

Consumos

7/10

Uma utilização mais intensa e ritmada, com alguns quilómetros de autoestrada à mistura e estradas secundárias mais retorcidas e afastadas do trânsito, deixaram a média do computador de bordo nos 19,4 kWh, ao fim de 272 quilómetros percorridos. Mas numa toada mais convencional, entre cidade e autoestrada, mas mais ao ritmo dos outros automóveis, registámos 18,6 kWh/100 km. Se nos restringirmos ao interior da cidade, a boa capacidade de regeneração do sistema elétrico do Enyaq consegue fazer com que este valor desça consideravelmente e que a autonomia máxima registe valores que nem sequer nos deixam a pensar em quando terá de ser feito o próximo carregamento.

Ao Volante

7/10

Com uma suspensão mais firme e jantes de 21 polegadas com um perfil de pneus mais baixo, o Enyaq oferece movimentos de carroçaria controlados e até nos deixa ir experimentando as possibilidades oferecidas pela tração traseira, antes que a eletrónica intervenha e nos informe que esses tempos já lá vão e que este é um automóvel mais familiar. Ainda assim, o Enyaq oferece um bom ritmo e os elementos mais desportivos da versão Sportline acabam por fazer com que fiquemos mais envolvidos nesse momento de que ainda gostamos tanto chamado condução.

Em ambiente urbano, o sistema de regeneração automático está sempre ativo por definição e deixa que o Enyaq deslize sem abrandar, ou regenerar, numa descida, por exemplo. A menos que detete um carro a circular à sua frente e tente adaptar a velocidade em função disso, ou quando usamos os comandos existentes atrás do volante, que nos permitem escolher entre três modos de regeneração além do automático. Assim que voltarmos a acelerar, o automático é novamente selecionado. Se desejarmos conduzir naquele modo em que só usamos o pedal do acelerador, basta selecionar a posição B no comando da caixa de velocidades.

Motor

6/10

A motorização deste Škoda Enyaq 80 é a mesma de diversos outros modelos do Grupo Volkswagen e neste caso a tração é feita nas rodas traseiras. Em determinados momentos, os 204 cavalos podiam ser um pouco mais, mas na verdade não é mesmo preciso mais. Afinal, é com esta opção que se consegue um excelente compromisso entre autonomia e prestações, numa utilização que é perfeitamente adequada à rotina da maioria das famílias, incluindo aquelas que se encontram num ritmo mais elevado.

Balanço Final

7/10

Quando comparado com os primos, o Škoda Enyaq é o que nos parece fazer mais sentido. Tem um visual moderno e apelativo, especialmente com o nível de equipamento Sportline e o preço não passa para valores astronómicos. Os 204 cavalos do motor elétrico sabem a pouco quando queremos demonstrar a capacidade de aceleração de um carro elétrico, mas se acelerarmos primeiro e referirmos o valor depois, o resultado é ainda mais surpreendente. Além disso, com uma autonomia acima dos 500 quilómetros, as viagens em família já podem incluir diversos destinos e sem grandes restrições em termos de rota.

Concorrentes

Audi Q4 40 e-tron
Motor: Elétrico; 204 cavalos; Tração traseira; Autonomia: 508 km; Velocidade máx.: 160 km/h; Consumo combinado: 17,4 kWh/100 km; Preço: 53.549 €

Volkswagen ID.4 Pro Performance
Motor: Elétrico; 204 cavalos; Tração traseira; Autonomia: 514 km; Velocidade máx.: 160 km/h; Consumo combinado: 17 kWh/100 km; Preço: 49.470 €

Ficha Técnica

Motor
Tipo: Elétrico
Cilindrada (cm3): n.d.
Potência máxima (CV/rpm): 204/n.d.
Binário máximo (Nm/rpm): 310/n.d.
Tração: Traseira
Transmissão: Automática de relação única
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Multibraços
Travões (fr/tr): discos ventilados / tambores

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,6
Velocidade máxima (km/h): 160
Consumos misto (kWh/100 km): 16,2
Autonomia máxima – WLTP (km): 532

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.653/1.879/1.604
Distância entre eixos (mm): 2.768
Largura de vias (fr/tr mm): 1.589/1.567
Peso (kg): 2.107
Capacidade da bagageira (l): 585
Pneus (fr/tr): 235/45 R21 | 255/40 R21

Preço da versão ensaiada (Euros): 60.163 €
Preço da versão base (Euros): 54.643 €

Mais/Menos


Mais

– Espaço a bordo
– Visual desportivo
– Equipamento

Menos

– Comandos táteis
– Alguns materiais

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 60163€

Preço da versão base (Euros): 54643€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

A estética do Skoda Enyaq mostra-nos a linguagem de design que a marca usava há bem pouco tempo nos seus protótipos. Mas agora, nesta versão em que até a grelha frontal é iluminada, o visual mais sofisticado fica totalmente garantido para os modelos de produção. A carroçaria destaca-se pelas formas com ângulos bem definidos e pelo visual mais tecnológico, mas também pelos tons mais negros escolhidos para a unidade ensaiada, que destacam ainda mais o visual desportivo da versão Sportline, especialmente quando acompanhado pelas jantes de liga leve de 21 polegadas, também de cor escura. E como toque final, até as letras do modelo e da versão estão pintadas de negro, o que lhe confere o tal visual que nos lembra personagens como Darth Vader.

Interior

O visual desportivo da versão Sportline inclui assentos desportivos com um melhor apoio e encostos de cabeça integrados, mas também um ambiente mais escurecido, tal como costuma acontecer nas opções mais desportivas. Ao volante, a posição de condução é muito boa e com regulações amplas, enquanto lá atrás há bastante espaço disponível, tanto em altura como para as pernas. E na bagageira, a capacidade chega aos 585 litros, o que será ideal para diversas famílias, não faltando algumas das soluções Simply Clever da Škoda, que nos conseguem facilitar a rotina com pequenos pormenores que dão muito jeito. Neste caso, uma divisória lateral com um separador “Cargo” e onde podemos transportar diversos objetos pequenos sem que estes andem a deslizar de um lado para o outro.

Equipamento

O enorme monitor existente no topo da consola central é que aquele que usamos para quase todas as funções, mas também o que inclui o ambiente com as aplicações do Apple CarPlay e do Android Auto, espelhados do telefone que está a carregar um pouco mais abaixo, na plataforma de carregamento por indução.

Com este novo sistema, a grande maioria dos modelos do grupo em que a Škoda se insere, apostam numa quantidade de comandos táteis e funções que passaram a estar escondidas em menus que requerem alguma habituação para se começarem a utilizar de uma forma eficaz. Mas no Enyaq, os comandos existentes no volante ainda são físicos, felizmente, e por baixo das saídas da ventilação, ainda encontramos o acesso mais direto à maioria dos sistemas que queremos usar, tais como o ar condicionado, os modos de condução e até o comando destinado a desembaciar o para-brisas naqueles dias de chuva mais intensa.

O monitor central é assim o maior protagonista a bordo do Škoda Enyaq, contrastando com o ecrã da instrumentação que está resumido às informações mais essenciais e tem um tamanho que fica bastante envergonhado quando comparado com o enorme monitor tátil central.

Consumos

Uma utilização mais intensa e ritmada, com alguns quilómetros de autoestrada à mistura e estradas secundárias mais retorcidas e afastadas do trânsito, deixaram a média do computador de bordo nos 19,4 kWh, ao fim de 272 quilómetros percorridos. Mas numa toada mais convencional, entre cidade e autoestrada, mas mais ao ritmo dos outros automóveis, registámos 18,6 kWh/100 km. Se nos restringirmos ao interior da cidade, a boa capacidade de regeneração do sistema elétrico do Enyaq consegue fazer com que este valor desça consideravelmente e que a autonomia máxima registe valores que nem sequer nos deixam a pensar em quando terá de ser feito o próximo carregamento.

Ao volante

Com uma suspensão mais firme e jantes de 21 polegadas com um perfil de pneus mais baixo, o Enyaq oferece movimentos de carroçaria controlados e até nos deixa ir experimentando as possibilidades oferecidas pela tração traseira, antes que a eletrónica intervenha e nos informe que esses tempos já lá vão e que este é um automóvel mais familiar. Ainda assim, o Enyaq oferece um bom ritmo e os elementos mais desportivos da versão Sportline acabam por fazer com que fiquemos mais envolvidos nesse momento de que ainda gostamos tanto chamado condução.

Em ambiente urbano, o sistema de regeneração automático está sempre ativo por definição e deixa que o Enyaq deslize sem abrandar, ou regenerar, numa descida, por exemplo. A menos que detete um carro a circular à sua frente e tente adaptar a velocidade em função disso, ou quando usamos os comandos existentes atrás do volante, que nos permitem escolher entre três modos de regeneração além do automático. Assim que voltarmos a acelerar, o automático é novamente selecionado. Se desejarmos conduzir naquele modo em que só usamos o pedal do acelerador, basta selecionar a posição B no comando da caixa de velocidades.

Concorrentes

Audi Q4 40 e-tron
Motor: Elétrico; 204 cavalos; Tração traseira; Autonomia: 508 km; Velocidade máx.: 160 km/h; Consumo combinado: 17,4 kWh/100 km; Preço: 53.549 €

Volkswagen ID.4 Pro Performance
Motor: Elétrico; 204 cavalos; Tração traseira; Autonomia: 514 km; Velocidade máx.: 160 km/h; Consumo combinado: 17 kWh/100 km; Preço: 49.470 €

Motor

A motorização deste Škoda Enyaq 80 é a mesma de diversos outros modelos do Grupo Volkswagen e neste caso a tração é feita nas rodas traseiras. Em determinados momentos, os 204 cavalos podiam ser um pouco mais, mas na verdade não é mesmo preciso mais. Afinal, é com esta opção que se consegue um excelente compromisso entre autonomia e prestações, numa utilização que é perfeitamente adequada à rotina da maioria das famílias, incluindo aquelas que se encontram num ritmo mais elevado.

Balanço final

Quando comparado com os primos, o Škoda Enyaq é o que nos parece fazer mais sentido. Tem um visual moderno e apelativo, especialmente com o nível de equipamento Sportline e o preço não passa para valores astronómicos. Os 204 cavalos do motor elétrico sabem a pouco quando queremos demonstrar a capacidade de aceleração de um carro elétrico, mas se acelerarmos primeiro e referirmos o valor depois, o resultado é ainda mais surpreendente. Além disso, com uma autonomia acima dos 500 quilómetros, as viagens em família já podem incluir diversos destinos e sem grandes restrições em termos de rota.

Mais

– Espaço a bordo
– Visual desportivo
– Equipamento

Menos

– Comandos táteis
– Alguns materiais

Ficha técnica

Motor
Tipo: Elétrico
Cilindrada (cm3): n.d.
Potência máxima (CV/rpm): 204/n.d.
Binário máximo (Nm/rpm): 310/n.d.
Tração: Traseira
Transmissão: Automática de relação única
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Multibraços
Travões (fr/tr): discos ventilados / tambores

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,6
Velocidade máxima (km/h): 160
Consumos misto (kWh/100 km): 16,2
Autonomia máxima – WLTP (km): 532

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.653/1.879/1.604
Distância entre eixos (mm): 2.768
Largura de vias (fr/tr mm): 1.589/1.567
Peso (kg): 2.107
Capacidade da bagageira (l): 585
Pneus (fr/tr): 235/45 R21 | 255/40 R21

Preço da versão ensaiada (Euros): 60.163 €
Preço da versão base (Euros): 54.643 €

Preço da versão ensaiada (Euros): 60163€
Preço da versão base (Euros): 54643€