ENSAIO: Ford Mondeo 1.5 TDCi 120 cv Titanium 5 Portas

By on 28 Janeiro, 2016

Os Ford sempre foram conhecidos por serem carros com uma performance dinâmica muito interessante, quase sempre acima da concorrência, e o que em primeiro lugar salta à vista neste Ford Mondeo é que esse facto se perdeu um pouco. Mas a verdade é que há agora muitos outros atributos que valem a pena destacar. O problema é que a concorrência também se ‘equipou’ bem, e quando olhamos para um produto, fazemo-lo sempre tendo em conta outros que já nos passaram pelas mãos.

De qualquer modo, a qualidade deste Mondeo é notória. O carro está muito refinado, e continua a ser muito ágil e apetecível de guiar. No passado, já foi claramente o melhor do segmento em que se insere, mas hoje em dia essa luta é bem mais titânica. Ao volante, destaque para a insonorização, excelente, e o conforto que se sente a cada curva. Continua a ser interessante de guiar em estradas sinuosas, sendo ágil e apresentando um bom comportamento em curva, ainda que se sinta algum rolamento de carroçaria. A estabilidade direcional é boa, mas a direção é talvez demasiado leve e por isso um pouco menos informativa do que o ideal.

Em autoestrada, a estabilidade do Mondeo é fantástica, fica a sensação que há ali carroçaria para muito mais, mas que com este motor 1.5 TDCi de 120 cv decididamente, não dá. No entanto, importa realçar que o motor é tudo menos um problema! Afinal, o mais recente Ford Mondeo foi construído sob a nova plataforma global da Ford e a sua leveza permite que este motor não seja demasiado fraco. É na verdade um excelente motor quando colocado em contexto, pois os seus consumos são incrivelmente baixos, mesmo com uma condução despreocupada consegue-se perfeitamente mantê-los abaixo dos 5.0l/100 km. Em determinada altura do ensaio, um ‘passageiro’ de ocasião julgava que rodava num carro com motor 2.0, que estava a achar demasiado fraco, mas quando percebeu que era o 1.5 TDCi de 120 cv ,a sua conversa alterouse. O que era menos bom, passou a ser excelente. E é exatamente isso. Para o tamanho e peso do carro é muito interessante o índice de performance que este motor permite.

O carro é também muito confortável, a que não será alheio o novo desenho da suspensão traseira, em link integral. E para melhor desfrutar dela, o Mondeo tem três configurações de chassis, ‘conforto’, ‘normal’ e ‘Sport’. E notam-se bem diferenças nos três modos. A habitabilidade, para o tamanho da viatura, está ao nível do que se espera do segmento, com o Mondeo a revelar muito espaço para os ocupantes que viajam atrás e ainda um enorme porta-bagagens de 550 litros. Destaque ainda para o Ford Sync2, um grande sistema de info-entretenimento. Em resumo, o novo Mondeo apresenta uma estética irrepreensível, é agradável de conduzir, tem boas ajudas ao condutor, uma boa qualidade geral de construção e bons plásticos. A posição de condução é ótima e no meu caso particular destaco um pormenor muito interessante, pois faço parte de um número elevado de portugueses que espirra muito ao volante, especialmente na primavera devido à alergia ao pólen, e que passa pelo novo sistema de filtro de ar, 50 por cento mais efetivo no bloqueio de partículas ultrafinas.

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Ford Mondeo

Preço 33 573 €

Motor: 4 Cil. Linha, 1498 cm3 Turbo Diesel, Inj. direta Common Rail

Potência: 120 cv/3600 rpm

Binário: 270 N.m/1750-2500 rpm

Transmissão: Dianteira, cx. manual 6 vel.

Suspensão: Independente McPherson à frente e Independente multibraços atrás

Travagem: DV/D

Mala: 550-1446 l

Depósito: 63 l

Velocidade máxima: 192 km/h

Aceleração 0 a 100 km/h: 11,5 s

Consumo médio: 4,0 l/100 km

Consumo médio AutoSport 4,8: l/100 km

Emissões CO2: 104 g/km