Ensaio: MAZDA CX-3 1.5 SKYACTIV-D 105 CV 4X2 EXCELLENCE HT NAVI

By on 14 Maio, 2016

Esteticamente muito interessante o Mazda CX-3 proporciona bom prazer de condução, é ágil e tem um preço que ‘arrepia’ caminho face a muitos adversários…

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Confesso que quando ‘nasceram’ e se massificaram fiquei grande adepto dos crossovers maiores, ou seja o irmão mais ‘encorpado’ deste Mazda CX-3, mas quando as versões mais ‘maneirinhas’ começaram a surgir – os corssovers compactos – o agrado foi ainda maior, e este CX-3 é o perfeito exemplo disso. Trata-se quase de um pequeno CX-5, com tudo o que isso tem de bom, e mesmo sem os ter comparado em detalhe, à primeira vista penso que iria optar por este CX-3 em detrimento de, por exemplo, o Nissan Juke, o Renault Captur ou o Peugeot 2008. E porquê? Ouve-se falar muito do programa tecnológico SkyActiv da Mazda, mas se para os mais desatentos isso pode parece uma mão-cheia de nada, a verdade é que o simples facto da casa nipónica ‘emagrecer’ os seus modelos com essa tecnologia até ao mais ínfimo pormenor reflete-se depois na prestação e eficiência dos carros, quer falemos em dinâmica ou consumos, e isso sucede com este CX-3. O motor de 1.5 litros SkyActiv-D de 105 cv não é um portento de força, mas a verdade é que permite um andamento vivo com consumos que rondam os 5,6 l/100 Km. Até às 2000 rpm o motor demora a desenvolver, mas nada de muito sensível. Tendo já ensaiado outros carros do mesmo segmento, nenhum deles me deu um prazer de condução tão elevado quanto este CX-3.

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A aderência é boa, é muito mais parecido na sua forma de conduzir a uma berlin normal do que à generalidade dos corssovers. Tem um comportamento muito honesto, apesar de ser alto, os movimentos de carroçaria não são acentuados, o carro não adorna muito, fruto da boa afinação da suspensão, ainda que a frente seja mais eficiente que a traseira. Isso afeta um pouco o conforto atrás, mas só mesmo em pisos muito irregulares, pois em estrada normal nada a dizer do conforto, quer seja nos lugares traseiros, onde como é natural o espaço não abunda face ao que são estes mini-crossovers. A direção não é tão precisa quanto devia, e outro detalhe importante é a fraca visibilidade traseira. O layout do painel de instrumentos é muito bom, o ’tablet’ de sete polegadas tátil e o sitema MZD Connect permitem uma boa ligação permanente ao mundo exterior, e logo de três formas, através dos dedos diretamente no ecrã, instruções vocais ou ainda através do comando rotativo entre os bancos. Estes são detalhes cada vez mais importantes no mundo em que vivemos, sempre conectados. Por fim, o preço, que é bem atrativo face à concorrência direta. É sem dúvida um automóvel a olhar com muita atenção na hora da escolha…

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Preço versão base: 22 970 €

Desta versão: 26 930 €

Motor: turbodiesel, 1499cm3

Potência: 105 cv/ 4000 rpm

Binário: 270 N.m./1600 rpm

Transmissão: Dianteira, man. de 6 vel.

Suspensão: McPherson à frente e eixo de torção atrás

Travagem: DV/D

Peso: 1370 kg

Mala: 350-1260 l

Depósito: 48 l

Vel. máx.: 177 km/h

Aceleração 0 aos 100 km/h: 10,1s

Consumo médio: 4,0 l

Consumo médio AutoSport: 5,6 l

Emissões de CO2: 105 g/km

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 26930€

Preço da versão base (Euros): 22970€