ENSAIO: MERCEDES-BENZ C 220 D COUPÉ

By on 9 Outubro, 2016

Combinando o clássico motor Diesel de 2,2 litros com uma aparência desportiva, o novo Classe C Coupé permite ao condutor destacar-se no trânsito, sem necessitar de fazer qualquer compromisso para satisfazer o seu ‘piloto interior’

A fusão das gamas mais desportivas com os modelos de base levou a alguma perda de identidade dos primeiros destes nos últimos anos, quando a Mercedes-Benz extinguiu o nome CLK para integrar o coupé definitivamente na gama Classe C. Mas agora que o Classe C Coupé entrou na segunda geração, o carro alemão voltou a atrair olhares. Embora retire inspiração do visual fluído da berlina, o coupé é mais do que um mero Classe C com menos duas portas.

Isto é imediatamente aparente quando nos sentamos ao volante do carro alemão. O design fluído do exterior é replicado no interior, onde a consola central tem um design mais minimalista mas também muito mais funcional, com um ecrã de grandes dimensões a servir como centro de informação e entretenimento, controlado facilmente pelo botão rotativo Comand, que está ao nível do braço direito em repouso, sobre o prolongamento da consola, em direção à bolsa central, enquanto elementos como a climatização e outro espaço para arrumação de objetos parecem ter sido esculpidos em vez de acoplados.

Para o condutor, o banco dianteiro não é um mero assento, é quase um centro de comando, onde a pessoa ao volante tem controlo absoluto sobre o ambiente à sua volta, tanto do sistema de informação, como do volante e da caixa de velocidades, sendo também ajudado pelo head up display opcional.

Dependendo do equipamento escolhido, também é possível ter melhor controlo sob o comportamento, se bem que alguns destes equipamentos adicionais podem atirar o preço para valores bem mais altos que o esperado. A caixa automática de nove velocidades custa 2600 euros, enquanto a suspensão com afinação desportiva é apenas 450 euros, mas a suspensão Airmatic acrescenta 1500 euros à fatura. Seja como for, vale a pena acrescentar qualquer coisa ao chassis, contribuindo para uma sensação desportiva mais intensa e uma resposta mais direta do condutor ao comportamento geral do carro.

Numa utilização diária mais normal, vale a pena contar com elementos adicionais como o cruise control adaptativo, o sistema de assistência de travagem ligado ao sistema de deteção de obstáculos (como carros parados ou peões), deteção de sinais de trânsito e assistência de parqueamento com sensores que permitem uma visualização dos limites do carro em 360 graus. Mas estes elementos de segurança, quando combinados, podem acrescentar mais de 2000 euros ao preço final.

Os motores disponíveis no Classe C Coupé são os mesmos da berlina e da carrinha, sendo que a versão C 220 d, com o tradicional motor de 2,2 litros, tem um desempenho bem familiar para qualquer pessoa habituada a conduzir um Mercedes. Os 170 cv não são os mais impressionantes, mas o binário máximo está disponível numa faixa muito ampla que passa pelos regimes mais habituais, começando a um nível tão baixo como 1400 rpm. É como se fosse uma aceleração quase instantânea. Numa utilização normal, os 170 cv também não representam gastos muito elevados com o combustível. Se os 4,1 litros de média anunciada são quase utópicos, é fácil manter os consumos médios nos 5,5 litros ou até menos, com uma condução mais cuidada e evitando os centros das cidades. O C 220 d torna-se assim a versão ideal para quem necessita de um carro de aparência desportiva que necessite de usar todos os dias.

Ficha Técnica

Motor 4 cil., 16 v., common-rail e turbo, 2143 cm3 Potência 170 cv/3000-4200 rpm Binário 400 Nm/1400-2800 rpm Transmissão Traseira, cx. man. 6 vel. Suspensão Multilink à frente e atrás Travagem DV/D Peso 1605 kg Mala 380 litros Depósito 66 litros Velocidade máxima 234 km/h Aceleração 0 a 100 km/h 7,8 segundos Consumo médio 4,1 l/100 km Consumo médio AutoSport 5,5 l/100 km Emissões CO2 106 g/km

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