Ford Focus 1.0 EcoBlue 125 Active – Ensaio Teste

By on 24 Junho, 2019

Ford Focus 1.0 EcoBlue 125 Active

Texto: José Manuel Costa ([email protected])

É uma espécie de crossover

A Ford fez um belo carro com esta renovação do Focus. Já aqui falámos muitos do novo Focus, aqui fica o ensaio a mais uma versão, desta feita o Active mais radical e denominado como “crossover” pela casa da oval azul. Dizer que a Ford arrepiou caminho (o insucesso do Focus nos EUA ajudou) e fez um Focus dedicado aos europeus, um carro totalmente novo com uma nova plataforma, suspensões e definições de afinação que trazem de volta o prazer de condução. Esta mais leve, aumentou a proteção em caso de embate e trouxe de volta o bom Focus.

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Consumos, pneus de estrada

 

 

Menos:

Pequenos detalhes

Exterior

8/10

Pontuação 8/10

O estilo do Focus mantém ligação com o passado, mas de uma forma mais elegante, exibindo o modelo um capô longo e um pilar C mais robusto. Claro que ao ter uma distância entre eixos maior, devido à nova plataforma, permite alongar o carro. As formas da carroçaria são mais ondulantes, a frente nervurada com uma grelha redesenhada e faróis rasgados com novo desenho.  As entradas de ar e os nichos dos faróis de nevoeiro. As cavas das rodas continuam pronunciadas e nesta versão Active, o plástico cobre-as prolongando-se para os para choques. Na frente cobrem grande parte da superfície e ainda conta com placa de proteção á boa maneira dos SUV. Atrás também há a tal placa de proteção. A maioria dos plásticos está pintada de preto (exceto os para choques) para dar o tal ar radical. Claro que as proteções são falsas e não oferecem proteção para nada.

Interior

8/10

Pontuação 8/10

A Ford melhorou, muito, os interiores dos seus modelos e saltaram de um habitáculo com muitos botões e ecrãs pequenos, para um interior mais minimalista, bem desenhado com um generoso ecrã flutuante a encimar a consola central, onde o sistema Sync da Ford mostra-se com um grafismo muito agradável. Já o funcionamento… já lá vamos.

Puxando o tabliê mais para próximo da parede que divide o compartimento do motor do habitáculo, houve ganhos evidentes na habitabilidade. Ergonomicamente, a Ford fez um excelente trabalho e no que toca à qualidade percecionada, todos as zonas mais importantes do tabliê possuem plásticos suaves ao tato. O detalhe foi acautelado, com as bolsas das portas com os fundos forrados a alcatifa, mas ainda não conseguiram os homens da Ford reduzir o ruído dos “flaps” que protegem as portas do embate em outros carros no estacionamento. Mas, senhores da Ford, não acabem com eles!

Passando a utilizar um travão de mão elétrico, a consola central ganhou espaço e há porta copos reguláveis, além de um apoio de braços que contém uma caixa de arrumação, sendo disponibilizado, dependendo da versão, um carregador de telefone por indução.

Os muitos botões desapareceram, mas não na totalidade. Ou seja, ainda há controlos físicos para o sistema de info entretenimento e para o sistema de climatização, todos belissimamente integrados no conjunto do interior. Vários dos sistemas de ajuda à condução também possuem botões que permitem desliga-los.

Os bancos dianteiros não têm regulação lombar e a almofada do assento é um nadinha fina, mas o conjunto é confortável e a posição de condução ótima, mesmo que o volante esteja um nadinha baixo. Estes bancos da versão ST-Line oferecem um pouco mais de apoio lateral. Com a majorada distância entre eixos, o Focus passa a ser dos melhores do segmento no que toca ao espaço disponível, com a Ford a alisar o fundo do carro e a redesenhar a consola central, permitindo assim que o quinto elemento tenha mais espaço para os pés. A bagageira oferece 375 litros que chega aos 1354 litros com o rebatimento dos bancos.

Equipamento

7/10

Pontuação 7/10

O equipamento de série do Focus Active é interessante, mas os opcionais são quase tantos como aquilo que é oferecido de série. Assim, falamos das jantes em liga leve de 17”, faróis nevoeiro LED, saída de escape dupla, sensores estacionamento frente e trás, barras de tejadilho, volante e punho da caixa forrados a pele, embaladeiras com logo Active, navegação SYNC3 com monitor de 8”, applink, Android Auto e Apple Carplay, Ford Pass Connect, cruise control, travagem autónoma, deteção de peões e ciclistas, travagem pós-colisão, aviso saída de faixa, monitor pressão de pneus.

Na lista de opcionais, encontramos: carregador sem fios (152€); Pintura metalizada (508€); Navegação com B&O Play (305€); Tapete reversível na mala (51€); Tejadilho e capas dos retrovisores em preto (254€); Head Up Display (407€); Monitor ângulo morto (407€); Pack Interior Active: Detalhes interiores Active, tapetes com detalhes em azul (203€); Pack conforto: A/C auto, faróis auto, limpa para-brisas auto, chave inteligente, retrovisor interior eletrocromático, retrovisores exteriores recolhíveis (381€); Pack Driver: Estacionamento auto, câmara traseira, proteção nas portas (407€); Pack Driver Plus: Reconhecimento sinais, máximos auto, Cruise control adaptativo (407€); Pack parcial couro Active: estofos parcialmente em couro com pespontos azuis, banco do condutor elétrico, bancos aquecidos (762€); Pack Estilo Plus Active: jantes 18”, vidros escurecidos, faróis LED adaptativos (1423€).

Consumos

/10

Pontuação 4/10

A Ford anuncia valores de consumos baixos, com a média a ficar nos 5,0 l/100 km. Nunca o consegui, mas ainda assim, utilizando o Focus sem muita parcimónia ou cuidado para evitar fazer subir os consumos, a média final ficou nos 7,5 l/100 km, sendo certo que quando abusei do motor para extrair do chassis tudo aquilo que ele tem para dar, o computador de bordo devolveu-me cifras próximas dos dois dígitos.

Ao Volante

9/10

Pontuação 9/10

O Focus Active é muito semelhante a um Focus comum em termos de comportamento. Quer isto dizer que a direção é leve, precisa e bem assistida, a caixa tem um comando suave e eficaz, funcionando de forma perfeita com o bloco Ecoboost. A suspensão recebeu alterações na geometria não só para que fosse possível elevar a altura ao solo 30 mm, mas colocar molas e amortecedores mais longos. Inicialmente parece que o carro está menos controlado, especialmente em zonas mais duras ou esburacadas, mas percebemos que é mesmo uma sugestão do nosso cérebro, pois o carro continua a ser muito eficaz e controla os movimentos da carroçaria e o chassis de forma perfeita. E graças á maior altura ao solo e às maiores paredes laterais dos pneus, o conforto é maior que num Focus normal.

A versão Active, na falta de tração integral, recebe dois modos de condução extra que se juntam aos conhecidos Normal, Eco e Sport. São dois modos para pisos escorregadios, o primeiro, “Slippery” altera os parâmetros do ESP e do controlo de tração, alterando, também, a forma como o motor responde ao acelerador, o segundo (Trail) reduz a intervenção do ABS para permitir que haja mais aderência em superfície moles, ajudando a manter o ritmo necessário para os vencer.

Motor

6/10

Pontuação 6/10

O motor 1.0 Ecoboost com 125 CV é generoso e rima bem com o Focus. Não é um bloco que coloque, verdadeiramente, em causa as qualidades do chassis, mas permite que ninguém se sinta envergonhado, embora com o carro carregado as coisas não sejam simples.

 

Balanço Final

9/10

Pontuação 9/10

A Ford acredita que o Focus Active será o carro mais vendido, particularmente, no formato carrinha. Eu não tenho essa certeza, mas pelo menos o Focus Active consegue ter o mesmo aspeto de um SUV sem ser muito grande, a majorada distância ao solo permite que haja uma tranquilidade maior quando se passa em zonas mais duras ou no caminho até á quinta. O carro não tem o mesmo comportamento desportivo do Focus tradicional, mas é muito melhor que um SUV convencional (exceção feita ao Porsche Macan, mas esse é de outra liga) e por isso é uma excelente opção escolher este Ford Focus Active. Acredito é que seja melhor optar pelos motores mais potentes.

 

Concorrentes

A versão Active não tem rivais neste momento, pois não há outras marcas a fazer o mesmo que a Ford.

Ficha Técnica

Motor

Tipo: 3 cilindros com injeção direta gasolina e turbo com intercooler

Cilindrada (cm3): 999

Diâmetro x Curso (mm): nd

Taxa de Compressão: nd

Potência máxima (CV/rpm): 125/6000

Binário máximo (Nm/rpm): 170/1750 – 2250

Transmissão: dianteira com caixa manual de 6 velocidades

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): Duplo triângulo sobreposto/eixo de torção

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 10,6

Velocidade máxima (km/h): 195

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,1/5,9/5,0

Emissões CO2 (gr/km): 107

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4397/1844/1483

Distância entre eixos (mm): 2700

Largura de vias (fr/tr mm): 1572/1553

Peso (kg): 1247

Capacidade da bagageira (l): 375 /1354

Deposito de combustível (l): 52

Pneus (fr/tr): 215/55 R17

Mais/Menos


Mais

Consumos, pneus de estrada

 

 

Menos

Pequenos detalhes

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 29950€

Preço da versão base (Euros): 24283€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação 8/10

O estilo do Focus mantém ligação com o passado, mas de uma forma mais elegante, exibindo o modelo um capô longo e um pilar C mais robusto. Claro que ao ter uma distância entre eixos maior, devido à nova plataforma, permite alongar o carro. As formas da carroçaria são mais ondulantes, a frente nervurada com uma grelha redesenhada e faróis rasgados com novo desenho.  As entradas de ar e os nichos dos faróis de nevoeiro. As cavas das rodas continuam pronunciadas e nesta versão Active, o plástico cobre-as prolongando-se para os para choques. Na frente cobrem grande parte da superfície e ainda conta com placa de proteção á boa maneira dos SUV. Atrás também há a tal placa de proteção. A maioria dos plásticos está pintada de preto (exceto os para choques) para dar o tal ar radical. Claro que as proteções são falsas e não oferecem proteção para nada.

Interior

Pontuação 8/10

A Ford melhorou, muito, os interiores dos seus modelos e saltaram de um habitáculo com muitos botões e ecrãs pequenos, para um interior mais minimalista, bem desenhado com um generoso ecrã flutuante a encimar a consola central, onde o sistema Sync da Ford mostra-se com um grafismo muito agradável. Já o funcionamento… já lá vamos.

Puxando o tabliê mais para próximo da parede que divide o compartimento do motor do habitáculo, houve ganhos evidentes na habitabilidade. Ergonomicamente, a Ford fez um excelente trabalho e no que toca à qualidade percecionada, todos as zonas mais importantes do tabliê possuem plásticos suaves ao tato. O detalhe foi acautelado, com as bolsas das portas com os fundos forrados a alcatifa, mas ainda não conseguiram os homens da Ford reduzir o ruído dos “flaps” que protegem as portas do embate em outros carros no estacionamento. Mas, senhores da Ford, não acabem com eles!

Passando a utilizar um travão de mão elétrico, a consola central ganhou espaço e há porta copos reguláveis, além de um apoio de braços que contém uma caixa de arrumação, sendo disponibilizado, dependendo da versão, um carregador de telefone por indução.

Os muitos botões desapareceram, mas não na totalidade. Ou seja, ainda há controlos físicos para o sistema de info entretenimento e para o sistema de climatização, todos belissimamente integrados no conjunto do interior. Vários dos sistemas de ajuda à condução também possuem botões que permitem desliga-los.

Os bancos dianteiros não têm regulação lombar e a almofada do assento é um nadinha fina, mas o conjunto é confortável e a posição de condução ótima, mesmo que o volante esteja um nadinha baixo. Estes bancos da versão ST-Line oferecem um pouco mais de apoio lateral. Com a majorada distância entre eixos, o Focus passa a ser dos melhores do segmento no que toca ao espaço disponível, com a Ford a alisar o fundo do carro e a redesenhar a consola central, permitindo assim que o quinto elemento tenha mais espaço para os pés. A bagageira oferece 375 litros que chega aos 1354 litros com o rebatimento dos bancos.

Equipamento

Pontuação 7/10

O equipamento de série do Focus Active é interessante, mas os opcionais são quase tantos como aquilo que é oferecido de série. Assim, falamos das jantes em liga leve de 17”, faróis nevoeiro LED, saída de escape dupla, sensores estacionamento frente e trás, barras de tejadilho, volante e punho da caixa forrados a pele, embaladeiras com logo Active, navegação SYNC3 com monitor de 8”, applink, Android Auto e Apple Carplay, Ford Pass Connect, cruise control, travagem autónoma, deteção de peões e ciclistas, travagem pós-colisão, aviso saída de faixa, monitor pressão de pneus.

Na lista de opcionais, encontramos: carregador sem fios (152€); Pintura metalizada (508€); Navegação com B&O Play (305€); Tapete reversível na mala (51€); Tejadilho e capas dos retrovisores em preto (254€); Head Up Display (407€); Monitor ângulo morto (407€); Pack Interior Active: Detalhes interiores Active, tapetes com detalhes em azul (203€); Pack conforto: A/C auto, faróis auto, limpa para-brisas auto, chave inteligente, retrovisor interior eletrocromático, retrovisores exteriores recolhíveis (381€); Pack Driver: Estacionamento auto, câmara traseira, proteção nas portas (407€); Pack Driver Plus: Reconhecimento sinais, máximos auto, Cruise control adaptativo (407€); Pack parcial couro Active: estofos parcialmente em couro com pespontos azuis, banco do condutor elétrico, bancos aquecidos (762€); Pack Estilo Plus Active: jantes 18”, vidros escurecidos, faróis LED adaptativos (1423€).

Consumos

Pontuação 4/10

A Ford anuncia valores de consumos baixos, com a média a ficar nos 5,0 l/100 km. Nunca o consegui, mas ainda assim, utilizando o Focus sem muita parcimónia ou cuidado para evitar fazer subir os consumos, a média final ficou nos 7,5 l/100 km, sendo certo que quando abusei do motor para extrair do chassis tudo aquilo que ele tem para dar, o computador de bordo devolveu-me cifras próximas dos dois dígitos.

Ao volante

Pontuação 9/10

O Focus Active é muito semelhante a um Focus comum em termos de comportamento. Quer isto dizer que a direção é leve, precisa e bem assistida, a caixa tem um comando suave e eficaz, funcionando de forma perfeita com o bloco Ecoboost. A suspensão recebeu alterações na geometria não só para que fosse possível elevar a altura ao solo 30 mm, mas colocar molas e amortecedores mais longos. Inicialmente parece que o carro está menos controlado, especialmente em zonas mais duras ou esburacadas, mas percebemos que é mesmo uma sugestão do nosso cérebro, pois o carro continua a ser muito eficaz e controla os movimentos da carroçaria e o chassis de forma perfeita. E graças á maior altura ao solo e às maiores paredes laterais dos pneus, o conforto é maior que num Focus normal.

A versão Active, na falta de tração integral, recebe dois modos de condução extra que se juntam aos conhecidos Normal, Eco e Sport. São dois modos para pisos escorregadios, o primeiro, “Slippery” altera os parâmetros do ESP e do controlo de tração, alterando, também, a forma como o motor responde ao acelerador, o segundo (Trail) reduz a intervenção do ABS para permitir que haja mais aderência em superfície moles, ajudando a manter o ritmo necessário para os vencer.

Concorrentes

A versão Active não tem rivais neste momento, pois não há outras marcas a fazer o mesmo que a Ford.

Motor

Pontuação 6/10

O motor 1.0 Ecoboost com 125 CV é generoso e rima bem com o Focus. Não é um bloco que coloque, verdadeiramente, em causa as qualidades do chassis, mas permite que ninguém se sinta envergonhado, embora com o carro carregado as coisas não sejam simples.

 

Balanço final

Pontuação 9/10

A Ford acredita que o Focus Active será o carro mais vendido, particularmente, no formato carrinha. Eu não tenho essa certeza, mas pelo menos o Focus Active consegue ter o mesmo aspeto de um SUV sem ser muito grande, a majorada distância ao solo permite que haja uma tranquilidade maior quando se passa em zonas mais duras ou no caminho até á quinta. O carro não tem o mesmo comportamento desportivo do Focus tradicional, mas é muito melhor que um SUV convencional (exceção feita ao Porsche Macan, mas esse é de outra liga) e por isso é uma excelente opção escolher este Ford Focus Active. Acredito é que seja melhor optar pelos motores mais potentes.

 

Mais

Consumos, pneus de estrada

 

 

Menos

Pequenos detalhes

Ficha técnica

Motor

Tipo: 3 cilindros com injeção direta gasolina e turbo com intercooler

Cilindrada (cm3): 999

Diâmetro x Curso (mm): nd

Taxa de Compressão: nd

Potência máxima (CV/rpm): 125/6000

Binário máximo (Nm/rpm): 170/1750 – 2250

Transmissão: dianteira com caixa manual de 6 velocidades

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): Duplo triângulo sobreposto/eixo de torção

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 10,6

Velocidade máxima (km/h): 195

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,1/5,9/5,0

Emissões CO2 (gr/km): 107

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4397/1844/1483

Distância entre eixos (mm): 2700

Largura de vias (fr/tr mm): 1572/1553

Peso (kg): 1247

Capacidade da bagageira (l): 375 /1354

Deposito de combustível (l): 52

Pneus (fr/tr): 215/55 R17

Preço da versão ensaiada (Euros): 29950€
Preço da versão base (Euros): 24283€