Honda CR-V 2.0 Hybrid – Ensaio teste

By on 27 Outubro, 2020

Honda CR-V 2.0 Hybrid

Texto: Guilherme André

Um híbrido a pensar na família

Nesta que é a quinta geração do Honda CR-V, a marca nipónica decidiu abandonar os motores Diesel em detrimento de uma solução híbrida que, tendo em conta o crescimento do mercado, é cada vez mais uma solução a considerar. O sistema i-MMD surge como uma solução para quem procura um SUV familiar económico e, ao menos tempo, menos poluente. Infelizmente este é um modelo com pouca procura em Portugal, mas porquê? Será um SUV menosprezado no mercado atual? Fomos conhecê-lo para tentar descobrir.


Mais:

Espaço no habitáculo; motorização híbrida; consumos.

Menos:

Caixa e-CVT em acelerações fortes; sistema de infotainment pouco intuitivo.

Exterior

7/10

Exterior (7/10) A imagem é muito importante para “apelar” ao público em geral, principalmente no segmento dos SUV em que a oferta é enorme. Com este pensamento a Honda deu ao CR-V um visual robusto sem esconder as linhas nipónicas com alguns elementos de carroçaria a sobressaírem, como é o caso da grelha cromada ou dos farolins que “rompem” pela carroçaria. De um modo geral é um carro que, de forma discreta, consegue diferenciar-se do que existe com um toque muito próprio da Honda. Na variante em ensaio com o nível de equipamento Lifestyle, destaque para a inclusão de série das jantes de 18 polegadas.

Interior

8/10

Interior (8/10) Ao entrar no CR-V rapidamente percebemos que estamos num Honda. Um habitáculo bem construído, com todos os comandos no sítio certo, porém, é no espaço que o SUV se destaca. De facto, tanto na fila da frente como atrás é possível sentar adultos com conforto e espaço para pernas, cabeça e ombros. Um dos pontos fortes do interior do CR-V prende-se pelos vários espaços de arrumação com dimensões interessantes como é o caso do que podemos encontrar entre os bancos dianteiros. Para além disso, os clientes podem ainda contar com uma bagageira de 497 litros, espaço suficiente para as malas de toda a família. Quanto ao condutor vai beneficiar de uma posição de condução mais elevada e de boas regulações tanto do banco como do volante, sendo fácil atingir uma postura confortável durante a condução. Algo que é visível pelas imagens do interior é a substituição do tradicional manípulo da caixa de velocidades por botões que controlam a caixa e-CVT deste CR-V hybrid. Um dos pontos menos bons do Honda CR-V é mesmo o sistema de infotainment. De facto, o Honda Connect Navi, que transmite a informação no ecrã central de sete polegadas, tem um visual algo antiquado e é ligeiramente confuso de utilizar. Posto isto de parte, o Honda CR-V recebe adornos em “madeira” no habitáculo, um detalhe que se adora ou detesta, dependendo muito do tipo de cliente.

Equipamento

8/10

Equipamento (8/10) Ao nível do equipamento, o Honda CR-V hybrid tem quatro opções de escolha: Comfort, Elegance, Lifestyle e Executive. Na unidade em ensaio tivemos a versão Lifestyle que não é a mais equipada, mas está longe de ser a mais acessível. Assim, encontramos o já mencionado Honda Connect Navi Garmin, mas também um bom recheio no que diz respeito a assistentes à condução. Neste ponto podemos contar com Assistência ao arranque em subidas (HSA), avisador de colisões dianteiras, sistema de assistência à manutenção na faixa de rodagem, alerta de saída de faixa, limitador inteligente da velocidade, cruise control adaptativo, sistema de reconhecimento de sinais de trânsito, informação de ângulo morto incluindo Monitorização de Trânsito lateral, faróis automáticos com sensor de luz e câmara traseira de auxílio ao estacionamento. A isto podemos adicionar elementos como bancos em pele, modo de condução Econ, ar condicionado com controlo duplo, duas entradas de USB na dianteira e duas na traseira, faróis LED, jantes de 18 polegadas ou sistema inteligente de acesso e arranque sem chave.

Consumos

/10

Consumos (8/10) O Honda CR-V Hybrid permite andar em modo elétrico em grande parte da utilização, sem que seja necessário utilizar uma entrada externa de carregamento como nos híbridos plug-in. Assim, este dado ajuda e muito nos consumos que, para um SUV destas dimensões equipado com um motor 2.0 litros a gasolina, são bastante agradáveis. No Automais conseguimos uma média a rondar os 6,3 l/100 km numa utilização normal de dia a dia sem andar “a pisar ovos”. Isto é um valor inclusive melhor do que o anunciado pela marca nipónica. Com estes valores percebemos que a Honda conseguiu um bom compromisso para quem procura um carro económico sem ser Diesel.

Ao Volante

8/10

Ao Volante (8/10) Ao iniciarmos marcha, numa posição elevada, sentimos um bom conforto de utilização. A unidade ensaiada estava equipada com pneus com uma boa parede lateral que, em conjunto com a afinação suave de suspensão, ajudam a atenuar as saliências da estrada e, em alguns casos, mal damos por elas. Ou seja, a Honda preferiu ter um SUV familiar comodo numa utilização diária. Porém, isso tem consequências na dinâmica. Quando procuramos uma condução mais acelerada os mais de 1600 kg são sentidos e registámos algum adornar de carroçaria em curvas mais fechadas. Contudo, não é, nem quer ser um SUV com pretensões desportivas e, por isso, cumpre com aquilo a que se compromete. É caso para dizer “cada macaco no seu galho”. Tudo isto acompanhado pelos vários assistentes de condução que ajudam a garantir viagens seguras, sempre com algum aviso a surgir ao mínimo descuido.

Motor

9/10

Motor (9/10) O motor é ponto mais importante deste CR-V Hybrid. Este recorre ao sistema inteligente multi-Mode Drive, também conhecido por i-MMD, que recorre a um motor 2.0 litros a gasolina com o ciclo Atkinson, associado a dois motores elétricos (um a funcionar como gerador e outro como propulsor). Em conjunto debitam uma potência máxima de 184 cavalos e 315 Nm de binário que chegam às rodas dianteiras. Uma das curiosidades deste sistema híbrido é que, ao contrário da grande maioria dos mild hybrid, este permite percorrer até 2 quilómetros em modo 100% elétrico. Esta paz de espírito é muito importante para uma utilização urbana, principalmente pela suavidade de utilização. Em acelerações mais fortes o motor a combustão entra em ação e, estando equipado com uma transmissão e-CVT, parece que o motor vai em esforço e, para alguns, pode ser algo incomodativo.

Balanço Final

8/10

Balanço Final (8/10) Em suma o Honda CR-V é um bom compromisso para quem procura um SUV familiar “amigo do ambiente” e económico, quase como um Diesel. Nesta versão híbrida temos potência mais do que suficiente para o quotidiano e o nível de equipamento Lifestyle garante um recheio considerável de equipamento. Feitas as contas este sistema híbrido está muito bem desenhado e, por isso, na nossa opinião, é a motorização a escolher quando se trata do CR-V. O preço começa nos 41 500€ na variante Comfort e salta para os 46 900€ nesta variante Lifestyle.

Concorrentes

Toyota RAV4 Hybrid – Motorização híbrida a gasolina, 218 cavalos; 5,7 l/100 km de consumo combinado; 129 g/km de emissões CO2; preço começa nos 41 490€. Volvo XC60 B4 – Motorização híbrida a gasolina, 190 cavalos; 7,6 a 8,3 l/100 km de consumo combinado; 171 a 187 g/km de emissões CO2; preço começa nos 59 273€

Ficha Técnica

Motor – Tipo: 4 cilindros em linha a gasolina, ciclo Atkinson, i-VTEC + motor elétrico síncrono magneto permanente; Cilindrada (cm3): 1993 Diâmetro x Curso (mm): 81 x 96,7 Taxa de Compressão: 13:1; Potência máxima (CV): 184 Binário máximo (Nm): 315. Transmissão: e-CVT com uma velocidade; Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente; Suspensão (ft/tr): independente, tipo McPherson/independente, multibraços; Travões (fr/tr): discos ventilados/discos. Prestações e consumos – Aceleração 0-100 km/h (s): 8,8; Velocidade máxima (km/h): 180; Consumos misto (l/100 km): 6,9; Emissões CO2 (gr/km): 122; Dimensões e pesos – Comprimento/Largura/Altura (mm): 4600/2117/1689; Distância entre eixos (mm): 2663; Largura de vias (fr/tr mm): 1601/1630; Peso (kg): 1657; Capacidade da bagageira (l): 497; Deposito de combustível (l): 57; Pneus (fr/tr): 235/60 R18;

Mais/Menos


Mais

Espaço no habitáculo; motorização híbrida; consumos.

Menos

Caixa e-CVT em acelerações fortes; sistema de infotainment pouco intuitivo.

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 46900€

Preço da versão base (Euros): 41500€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Exterior (7/10) A imagem é muito importante para “apelar” ao público em geral, principalmente no segmento dos SUV em que a oferta é enorme. Com este pensamento a Honda deu ao CR-V um visual robusto sem esconder as linhas nipónicas com alguns elementos de carroçaria a sobressaírem, como é o caso da grelha cromada ou dos farolins que “rompem” pela carroçaria. De um modo geral é um carro que, de forma discreta, consegue diferenciar-se do que existe com um toque muito próprio da Honda. Na variante em ensaio com o nível de equipamento Lifestyle, destaque para a inclusão de série das jantes de 18 polegadas.

Interior

Interior (8/10) Ao entrar no CR-V rapidamente percebemos que estamos num Honda. Um habitáculo bem construído, com todos os comandos no sítio certo, porém, é no espaço que o SUV se destaca. De facto, tanto na fila da frente como atrás é possível sentar adultos com conforto e espaço para pernas, cabeça e ombros. Um dos pontos fortes do interior do CR-V prende-se pelos vários espaços de arrumação com dimensões interessantes como é o caso do que podemos encontrar entre os bancos dianteiros. Para além disso, os clientes podem ainda contar com uma bagageira de 497 litros, espaço suficiente para as malas de toda a família. Quanto ao condutor vai beneficiar de uma posição de condução mais elevada e de boas regulações tanto do banco como do volante, sendo fácil atingir uma postura confortável durante a condução. Algo que é visível pelas imagens do interior é a substituição do tradicional manípulo da caixa de velocidades por botões que controlam a caixa e-CVT deste CR-V hybrid. Um dos pontos menos bons do Honda CR-V é mesmo o sistema de infotainment. De facto, o Honda Connect Navi, que transmite a informação no ecrã central de sete polegadas, tem um visual algo antiquado e é ligeiramente confuso de utilizar. Posto isto de parte, o Honda CR-V recebe adornos em “madeira” no habitáculo, um detalhe que se adora ou detesta, dependendo muito do tipo de cliente.

Equipamento

Equipamento (8/10) Ao nível do equipamento, o Honda CR-V hybrid tem quatro opções de escolha: Comfort, Elegance, Lifestyle e Executive. Na unidade em ensaio tivemos a versão Lifestyle que não é a mais equipada, mas está longe de ser a mais acessível. Assim, encontramos o já mencionado Honda Connect Navi Garmin, mas também um bom recheio no que diz respeito a assistentes à condução. Neste ponto podemos contar com Assistência ao arranque em subidas (HSA), avisador de colisões dianteiras, sistema de assistência à manutenção na faixa de rodagem, alerta de saída de faixa, limitador inteligente da velocidade, cruise control adaptativo, sistema de reconhecimento de sinais de trânsito, informação de ângulo morto incluindo Monitorização de Trânsito lateral, faróis automáticos com sensor de luz e câmara traseira de auxílio ao estacionamento. A isto podemos adicionar elementos como bancos em pele, modo de condução Econ, ar condicionado com controlo duplo, duas entradas de USB na dianteira e duas na traseira, faróis LED, jantes de 18 polegadas ou sistema inteligente de acesso e arranque sem chave.

Consumos

Consumos (8/10) O Honda CR-V Hybrid permite andar em modo elétrico em grande parte da utilização, sem que seja necessário utilizar uma entrada externa de carregamento como nos híbridos plug-in. Assim, este dado ajuda e muito nos consumos que, para um SUV destas dimensões equipado com um motor 2.0 litros a gasolina, são bastante agradáveis. No Automais conseguimos uma média a rondar os 6,3 l/100 km numa utilização normal de dia a dia sem andar “a pisar ovos”. Isto é um valor inclusive melhor do que o anunciado pela marca nipónica. Com estes valores percebemos que a Honda conseguiu um bom compromisso para quem procura um carro económico sem ser Diesel.

Ao volante

Ao Volante (8/10) Ao iniciarmos marcha, numa posição elevada, sentimos um bom conforto de utilização. A unidade ensaiada estava equipada com pneus com uma boa parede lateral que, em conjunto com a afinação suave de suspensão, ajudam a atenuar as saliências da estrada e, em alguns casos, mal damos por elas. Ou seja, a Honda preferiu ter um SUV familiar comodo numa utilização diária. Porém, isso tem consequências na dinâmica. Quando procuramos uma condução mais acelerada os mais de 1600 kg são sentidos e registámos algum adornar de carroçaria em curvas mais fechadas. Contudo, não é, nem quer ser um SUV com pretensões desportivas e, por isso, cumpre com aquilo a que se compromete. É caso para dizer “cada macaco no seu galho”. Tudo isto acompanhado pelos vários assistentes de condução que ajudam a garantir viagens seguras, sempre com algum aviso a surgir ao mínimo descuido.

Concorrentes

Toyota RAV4 Hybrid – Motorização híbrida a gasolina, 218 cavalos; 5,7 l/100 km de consumo combinado; 129 g/km de emissões CO2; preço começa nos 41 490€. Volvo XC60 B4 – Motorização híbrida a gasolina, 190 cavalos; 7,6 a 8,3 l/100 km de consumo combinado; 171 a 187 g/km de emissões CO2; preço começa nos 59 273€

Motor

Motor (9/10) O motor é ponto mais importante deste CR-V Hybrid. Este recorre ao sistema inteligente multi-Mode Drive, também conhecido por i-MMD, que recorre a um motor 2.0 litros a gasolina com o ciclo Atkinson, associado a dois motores elétricos (um a funcionar como gerador e outro como propulsor). Em conjunto debitam uma potência máxima de 184 cavalos e 315 Nm de binário que chegam às rodas dianteiras. Uma das curiosidades deste sistema híbrido é que, ao contrário da grande maioria dos mild hybrid, este permite percorrer até 2 quilómetros em modo 100% elétrico. Esta paz de espírito é muito importante para uma utilização urbana, principalmente pela suavidade de utilização. Em acelerações mais fortes o motor a combustão entra em ação e, estando equipado com uma transmissão e-CVT, parece que o motor vai em esforço e, para alguns, pode ser algo incomodativo.

Balanço final

Balanço Final (8/10) Em suma o Honda CR-V é um bom compromisso para quem procura um SUV familiar “amigo do ambiente” e económico, quase como um Diesel. Nesta versão híbrida temos potência mais do que suficiente para o quotidiano e o nível de equipamento Lifestyle garante um recheio considerável de equipamento. Feitas as contas este sistema híbrido está muito bem desenhado e, por isso, na nossa opinião, é a motorização a escolher quando se trata do CR-V. O preço começa nos 41 500€ na variante Comfort e salta para os 46 900€ nesta variante Lifestyle.

Mais

Espaço no habitáculo; motorização híbrida; consumos.

Menos

Caixa e-CVT em acelerações fortes; sistema de infotainment pouco intuitivo.

Ficha técnica

Motor – Tipo: 4 cilindros em linha a gasolina, ciclo Atkinson, i-VTEC + motor elétrico síncrono magneto permanente; Cilindrada (cm3): 1993 Diâmetro x Curso (mm): 81 x 96,7 Taxa de Compressão: 13:1; Potência máxima (CV): 184 Binário máximo (Nm): 315. Transmissão: e-CVT com uma velocidade; Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente; Suspensão (ft/tr): independente, tipo McPherson/independente, multibraços; Travões (fr/tr): discos ventilados/discos. Prestações e consumos – Aceleração 0-100 km/h (s): 8,8; Velocidade máxima (km/h): 180; Consumos misto (l/100 km): 6,9; Emissões CO2 (gr/km): 122; Dimensões e pesos – Comprimento/Largura/Altura (mm): 4600/2117/1689; Distância entre eixos (mm): 2663; Largura de vias (fr/tr mm): 1601/1630; Peso (kg): 1657; Capacidade da bagageira (l): 497; Deposito de combustível (l): 57; Pneus (fr/tr): 235/60 R18;

Preço da versão ensaiada (Euros): 46900€
Preço da versão base (Euros): 41500€