Honda CR-V e:HEV Black Edition – Ensaio Teste

By on 10 Março, 2023

Em tom de despedida

Não é segredo nenhum que o Honda CR-V está prestes a dar lugar ao seu sucessor, algo que ainda poderá acontecer este ano, mas sem grandes confirmações, pelo que ainda será necessário aguardar algum tempo. Enquanto isso não acontece, o Honda CR-V atual continua a demonstrar que se mantém como uma excelente alternativa para um híbrido de cariz mais familiar, especialmente nesta nova Black Edition proposta pela marca, com mais equipamento e um visual que até adiciona detalhes um pouco mais desportivos.

Texto: André Mendes

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Mais:
  • Espaço a bordo;
  • Sistema híbrido;
  • Consumos;
  • Conforto;
  • Política de preços da Honda;
Menos:
  • Caixa e-CVT;
  • Alguns materiais;
  • Imagem envelhecida;
  • Funcionamento da chapeleira;

Exterior

6/10

A imagem exterior do Honda CR-V é sobejamente conhecida, não só porque já se encontra em comercialização há uns anos e porque existem diversas unidades em circulação, mas também porque o formato desta quinta geração nunca quebrou radicalmente com os seus antecessores, foi apenas crescendo de tamanho. Na frente, a imagem mais nipónica é reforçada com um visual mais robusto, mas também com diversos frisos que compõe um todo, enquanto na vertente mais tecnológica são as luzes de condução diurna em LED e o próprio sistema de iluminação totalmente em LED que conferem a imagem mais sofisticada. Na secção traseira, e face à geração anterior, foi onde este modelo mais evoluiu em termos estéticos, com linhas mais agressivas e um visual com um tamanho imponente, no qual se destacam os grupos óticos de tamanho generoso. Na tampa da bagageira, é também onde se encontra a confirmação de se tratar de uma edição especial, através do badge “Black Edition” que aqui está colado, mas é graças a esta edição especial que as jantes de 18 polegadas estão pintadas de preto, tal como o friso da grelha frontal.

Interior

7/10

O acesso ao habitáculo do Honda CR-V é o maior causador de surpresas, uma vez que apesar do tamanho generoso da carroçaria, o habitáculo é ainda mais amplo do que imaginávamos, especialmente para quem viaja nos lugares traseiros. Só faltava mesmo esta fila de assentos pertencer à família de “bancos mágicos”, tal como os que encontramos no Jazz, por exemplo, e em gerações anteriores do Honda Civic, numa tal de Tourer que desapareceu do mercado.

Nos assentos dianteiros encontramos uma posição de condução muito boa e com amplas regulações, mas também um comando da caixa de velocidades que tem apenas botões e nenhuma alavanca. Ainda que pareça uma solução prática, no entanto, não é fácil não olhar para o mesmo durante as manobras. A instrumentação é muito semelhante à que encontramos na geração anterior do Civic, tal como o monitor central e o seu grafismo. E aqui sim, ficamos a desejar a tal evolução que já conhecemos de outros modelos, tais como o mais pequeno HR-V, por exemplo.

Equipamento

7/10

Com esta versão Black Edition que tivemos oportunidade de ensaiar, contamos com as tais jantes de 18 polegadas em preto de que já falámos, mas também com o sistema de iluminação em LED, com o volante forrado em pele e com o aquecimento dos assentos dianteiros, que já são forrados em pele. Mas a tudo isto junta-se um nível de equipamento de série que já é bastante completo na versão Lifestyle, que serve de base a esta Black Edition. Ou seja, já estão incluídos os estofos em pele e numa agradável combinação de cores no caso da unidade ensaiada, os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros com camara traseira, o ar condicionado automático com zonas independentes e o sistema Honda Connect Navi Garmin com o ecrã tátil de sete polegadas, a navegação e outras soluções de conectividade.

Consumos

7/10

Esta é também das boas surpresas deste modelo. Nas voltas mais chatas de cidade, em que há sempre uma passadeira, um semáforo, uma rotunda, outra passadeira e um cruzamento, antes de um STOP e de um entroncamento, com a terceira passadeira mais à frente e lombas por todo o caminho, o Honda CR-V está perfeitamente à vontade como se estivesse habituado a fazer isto todos os dias. A mecânica importa-se muito menos com estes trajetos do que quem vai ao volante e apesar da marca declarar um valor de consumo médio de 6,7 litros para este modelo, a verdade é que terminámos o ensaio com uma média de 5,4, mas cientes de que é fácil fazer com que fique mais próxima dos cinco litros.

Ao Volante

6/10

Sem grande vontade de incutirmos um ritmo mais vivo à condução, para que a caixa CVT não comece a gritar connosco, o Honda CR-V revela objetivamente a sua principal função, que é a de transportar a família com uma dose elevada de conforto, com bastante espaço no habitáculo, e sem que se perceba muito do que se passa lá fora graças a uma boa insonorização do habitáculo. Ainda assim, os movimentos da carroçaria e a capacidade de curvar a uma velocidade razoável, deixam-nos a pensar como é que este sistema se portaria com uma caixa de velocidades automática convencional em vez de uma CVT, ainda que, tecnicamente, não sabemos se o sistema híbrido iria tolerar esta opção.

Motor

6/10

Apenas disponível no nosso mercado com este sistema híbrido, que também já conta com a designação e:HEV dos modelos mais recentes da marca, o Honda CR-V inclui um motor de dois litros a gasolina com 145 cavalos de potência, mas também um elétrico com potência suficiente para fazer locomover por ele próprio este Honda CR-V. Aliás, em ambientes urbanos ou mesmo em estrada, a locomoção deste híbrido é quase sempre efetuada em modo elétrico, ficando o motor de combustão apenas encarregue de gerar energia para ir alimentando a bateria de iões de lítio do sistema híbrido. Em contrapartida, nas viagens a velocidades mais elevadas em autoestrada, por exemplo, os papéis invertem-se, ficando o motor de combustão encarregue de fazer locomover o CR-V e o elétrico de lhe dar uma ajuda sempre que necessário. Em conjunto, conseguem uma potência máxima de 184 cavalos, que já permite um ritmo interessante a este SUV familiar, ainda que a caixa CVT de relação única, não tenha o funcionamento mais agradável em termos de ruído e feedback de condução.

Balanço Final

7/10

A política de preços atual da Honda é das mais claras e simples do mercado, o que oferece a dose extra de confiança na altura da escolha, mas por entre tudo o que este CR-V tem para oferecer não há como não destacar um habitáculo bastante amplo e confortável e também o desempenho do sistema híbrido, que consegue fazer locomover facilmente um automóvel de 1.740 quilos, enquanto o ajuda a conseguir médias de consumo que mantêm facilmente em torno dos cinco litros.

Concorrentes

Ford Kuga Vignale 2.5 Duratec FHEV
Motor: quatro cilindros, 2.5 litros, potência: 190 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 52.304 €

Hyundai Tucson HEV 1.6 T-GDi AT Vanguard
Motor: quatro cilindros, 1.6 litros, potência: 180 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 45.150 €

KIA Sportage HEV 1.6 T-GDi 6AT Tech
Motor: quatro cilindros, 1.6 litros, potência: 180 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 43.500 €

Renault Austral Iconic esprit Alpine E-Tech full hybrid 200
Motor: três cilindros, 1.2 litros, potência: 200 cavalos; consumo médio: 4,6 l/100km; preço base: 46.850 €

Toyota RAV4 2.5 Hybrid Dynamic Force Square Collection
Motor: quatro cilindros, 2.5 litros, potência: 218 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 50.650 €

Ficha Técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, a gasolina
Cilindrada (cm3): 1.993
Potência máxima (CV/rpm): 145/6.200
Potência máxima combinada (CV): 184
Binário máximo (Nm/rpm): 175/4.000
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática, CVT
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Multibraços
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,6
Velocidade máxima (km/h): 180
Consumos misto (l/100 km): 6,7
Emissões CO2 (g/km): 151

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.600/1.932/1.679
Distância entre eixos (mm): 2.663
Largura de vias (fr/tr mm): 1.602/1.630
Peso (kg): 1.740
Capacidade da bagageira (l): 497
Depósito (l): 57
Pneus (fr/tr): 235/60 R18

Preço da versão ensaiada (Euros): 50.000 €
Preço da versão base (Euros): 46.000 €

Mais/Menos


Mais

  • Espaço a bordo;
  • Sistema híbrido;
  • Consumos;
  • Conforto;
  • Política de preços da Honda;

Menos

  • Caixa e-CVT;
  • Alguns materiais;
  • Imagem envelhecida;
  • Funcionamento da chapeleira;

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 50000€

Preço da versão base (Euros): 46000€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

A imagem exterior do Honda CR-V é sobejamente conhecida, não só porque já se encontra em comercialização há uns anos e porque existem diversas unidades em circulação, mas também porque o formato desta quinta geração nunca quebrou radicalmente com os seus antecessores, foi apenas crescendo de tamanho. Na frente, a imagem mais nipónica é reforçada com um visual mais robusto, mas também com diversos frisos que compõe um todo, enquanto na vertente mais tecnológica são as luzes de condução diurna em LED e o próprio sistema de iluminação totalmente em LED que conferem a imagem mais sofisticada. Na secção traseira, e face à geração anterior, foi onde este modelo mais evoluiu em termos estéticos, com linhas mais agressivas e um visual com um tamanho imponente, no qual se destacam os grupos óticos de tamanho generoso. Na tampa da bagageira, é também onde se encontra a confirmação de se tratar de uma edição especial, através do badge “Black Edition” que aqui está colado, mas é graças a esta edição especial que as jantes de 18 polegadas estão pintadas de preto, tal como o friso da grelha frontal.

Interior

O acesso ao habitáculo do Honda CR-V é o maior causador de surpresas, uma vez que apesar do tamanho generoso da carroçaria, o habitáculo é ainda mais amplo do que imaginávamos, especialmente para quem viaja nos lugares traseiros. Só faltava mesmo esta fila de assentos pertencer à família de “bancos mágicos”, tal como os que encontramos no Jazz, por exemplo, e em gerações anteriores do Honda Civic, numa tal de Tourer que desapareceu do mercado.

Nos assentos dianteiros encontramos uma posição de condução muito boa e com amplas regulações, mas também um comando da caixa de velocidades que tem apenas botões e nenhuma alavanca. Ainda que pareça uma solução prática, no entanto, não é fácil não olhar para o mesmo durante as manobras. A instrumentação é muito semelhante à que encontramos na geração anterior do Civic, tal como o monitor central e o seu grafismo. E aqui sim, ficamos a desejar a tal evolução que já conhecemos de outros modelos, tais como o mais pequeno HR-V, por exemplo.

Equipamento

Com esta versão Black Edition que tivemos oportunidade de ensaiar, contamos com as tais jantes de 18 polegadas em preto de que já falámos, mas também com o sistema de iluminação em LED, com o volante forrado em pele e com o aquecimento dos assentos dianteiros, que já são forrados em pele. Mas a tudo isto junta-se um nível de equipamento de série que já é bastante completo na versão Lifestyle, que serve de base a esta Black Edition. Ou seja, já estão incluídos os estofos em pele e numa agradável combinação de cores no caso da unidade ensaiada, os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros com camara traseira, o ar condicionado automático com zonas independentes e o sistema Honda Connect Navi Garmin com o ecrã tátil de sete polegadas, a navegação e outras soluções de conectividade.

Consumos

Esta é também das boas surpresas deste modelo. Nas voltas mais chatas de cidade, em que há sempre uma passadeira, um semáforo, uma rotunda, outra passadeira e um cruzamento, antes de um STOP e de um entroncamento, com a terceira passadeira mais à frente e lombas por todo o caminho, o Honda CR-V está perfeitamente à vontade como se estivesse habituado a fazer isto todos os dias. A mecânica importa-se muito menos com estes trajetos do que quem vai ao volante e apesar da marca declarar um valor de consumo médio de 6,7 litros para este modelo, a verdade é que terminámos o ensaio com uma média de 5,4, mas cientes de que é fácil fazer com que fique mais próxima dos cinco litros.

Ao volante

Sem grande vontade de incutirmos um ritmo mais vivo à condução, para que a caixa CVT não comece a gritar connosco, o Honda CR-V revela objetivamente a sua principal função, que é a de transportar a família com uma dose elevada de conforto, com bastante espaço no habitáculo, e sem que se perceba muito do que se passa lá fora graças a uma boa insonorização do habitáculo. Ainda assim, os movimentos da carroçaria e a capacidade de curvar a uma velocidade razoável, deixam-nos a pensar como é que este sistema se portaria com uma caixa de velocidades automática convencional em vez de uma CVT, ainda que, tecnicamente, não sabemos se o sistema híbrido iria tolerar esta opção.

Concorrentes

Ford Kuga Vignale 2.5 Duratec FHEV
Motor: quatro cilindros, 2.5 litros, potência: 190 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 52.304 €

Hyundai Tucson HEV 1.6 T-GDi AT Vanguard
Motor: quatro cilindros, 1.6 litros, potência: 180 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 45.150 €

KIA Sportage HEV 1.6 T-GDi 6AT Tech
Motor: quatro cilindros, 1.6 litros, potência: 180 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 43.500 €

Renault Austral Iconic esprit Alpine E-Tech full hybrid 200
Motor: três cilindros, 1.2 litros, potência: 200 cavalos; consumo médio: 4,6 l/100km; preço base: 46.850 €

Toyota RAV4 2.5 Hybrid Dynamic Force Square Collection
Motor: quatro cilindros, 2.5 litros, potência: 218 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 50.650 €

Motor

Apenas disponível no nosso mercado com este sistema híbrido, que também já conta com a designação e:HEV dos modelos mais recentes da marca, o Honda CR-V inclui um motor de dois litros a gasolina com 145 cavalos de potência, mas também um elétrico com potência suficiente para fazer locomover por ele próprio este Honda CR-V. Aliás, em ambientes urbanos ou mesmo em estrada, a locomoção deste híbrido é quase sempre efetuada em modo elétrico, ficando o motor de combustão apenas encarregue de gerar energia para ir alimentando a bateria de iões de lítio do sistema híbrido. Em contrapartida, nas viagens a velocidades mais elevadas em autoestrada, por exemplo, os papéis invertem-se, ficando o motor de combustão encarregue de fazer locomover o CR-V e o elétrico de lhe dar uma ajuda sempre que necessário. Em conjunto, conseguem uma potência máxima de 184 cavalos, que já permite um ritmo interessante a este SUV familiar, ainda que a caixa CVT de relação única, não tenha o funcionamento mais agradável em termos de ruído e feedback de condução.

Balanço final

A política de preços atual da Honda é das mais claras e simples do mercado, o que oferece a dose extra de confiança na altura da escolha, mas por entre tudo o que este CR-V tem para oferecer não há como não destacar um habitáculo bastante amplo e confortável e também o desempenho do sistema híbrido, que consegue fazer locomover facilmente um automóvel de 1.740 quilos, enquanto o ajuda a conseguir médias de consumo que mantêm facilmente em torno dos cinco litros.

Mais
  • Espaço a bordo;
  • Sistema híbrido;
  • Consumos;
  • Conforto;
  • Política de preços da Honda;
Menos
  • Caixa e-CVT;
  • Alguns materiais;
  • Imagem envelhecida;
  • Funcionamento da chapeleira;

Ficha técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, a gasolina
Cilindrada (cm3): 1.993
Potência máxima (CV/rpm): 145/6.200
Potência máxima combinada (CV): 184
Binário máximo (Nm/rpm): 175/4.000
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática, CVT
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Multibraços
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,6
Velocidade máxima (km/h): 180
Consumos misto (l/100 km): 6,7
Emissões CO2 (g/km): 151

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.600/1.932/1.679
Distância entre eixos (mm): 2.663
Largura de vias (fr/tr mm): 1.602/1.630
Peso (kg): 1.740
Capacidade da bagageira (l): 497
Depósito (l): 57
Pneus (fr/tr): 235/60 R18

Preço da versão ensaiada (Euros): 50.000 €
Preço da versão base (Euros): 46.000 €

Preço da versão ensaiada (Euros): 50000€
Preço da versão base (Euros): 46000€