Honda Jazz e:HEV Black Edition – Ensaio Teste

By on 24 Fevereiro, 2023

Magia do espaço

Atualmente na sua quarta geração, o Honda Jazz continua a ser uma referência no que diz respeito ao espaço no habitáculo e à magia com que diminui o espaço disponível para a mecânica e aumenta o que está reservado para os passageiros. Aliás, os bancos traseiros chamam-se mesmo bancos “mágicos”. A mais exclusiva versão “Black Edition” traz um visual mais composto, com uma pintura bicolor, novas jantes escurecidas e capas para os espelhos retrovisores no mesmo tom, mas o maior destaque vai mesmo para outro dos seus melhores atributos, que é a presença de um eficiente sistema híbrido.

Texto: André Mendes

[email protected]


Mais:

– Espaço a bordo;
– Bancos “mágicos”;
– Consumos;
– Equipamento;

Menos:

– Preço;
– Alguns materiais;

Exterior

6/10

O formato e o desenho da carroçaria do Honda Jazz não foram pensados para ser um caso de paixão à primeira vista e sim para ter as proporções perfeitas para uma utilização citadina e para que possa oferecer um habitáculo mais amplo. Com a versão Black Edition que nos foi cedida durante uns dias, as principais novidades estão nas jantes de liga leve de cor preta com 15 polegadas de diâmetro e pernos também em preto, mas também nas capas dos espelhos retrovisores em preto e no tejadilho em preto ou cinzento, caso a cor da carroçaria seja a Midnight Blue Beam ou a Crystal Black. Como a “nossa” unidade ensaiada tinha a carroçaria pintada de Premium Crystal Red Metallic, o teto desta Black Edition é em preto.

Interior

8/10

A bordo do Honda Jazz, a imagem é tipicamente nipónica, com alguns botões que já nos habituámos a ver em diversos modelos há mais de uma década, mas que respondem na perfeição à frase “em equipa que ganha, não mexe”. Desta forma, a Honda mantém (e bem) botões físicos para funções como a regulação dos faróis em altura ou para aceder às funções das ajudas eletrónicas à condução, entre outros. No tablier, tal como em gerações anteriores, continuam presentes dois enormes suportes para copos, um em cada extremidade e dois porta-luvas destinados à arrumação de diversos objetos. Nesta geração, no entanto, o painel de instrumentos já é totalmente digital e no centro do tablier estão os comandos do ar condicionado automático e o monitor tátil com diversas funções.

A verdadeira magia a bordo do Honda Jazz está mesmo nos lugares traseiros do habitáculo. Em termos de espaço, há modelos de segmentos superiores onde vamos viajar mais apertados, sendo que atrás de nós ainda existe uma bagageira com mais de 300 litros de capacidade. Mas o que continua a ser fantástico de descobrir no Jazz (e em outros modelos da marca), é a facilidade de utilização dos bancos mágicos. Se puxarmos o assento para cima e o trancarmos dobrando o apoio, este vai deixar livre um espaço de arrumação com a altura de todo o habitáculo e ainda com alguma área. E se fizermos o contrário, ou seja, se rebatermos as costas do assento, a base do mesmo acompanha o movimento e permite que este desça até perto do piso, precisamente na mesma altura do piso do porta-bagagens.

Equipamento

7/10

A versão Black Edition usa a versão Elegance como base, acrescentando os elementos que já referimos. Tudo o resto, já faz parte do equipamento de série. Ou seja, no Honda Jazz já encontramos o sistema de ar condicionado automático, os bancos aquecidos, os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, o sistema de iluminação em LED, os bancos “mágicos”, os assentos forrados em pele e tecido e o sistema Honda Connect, com um monitor tátil de nove polegadas e as ligações (sem fios) por Apple CarPlay ou Android Auto. E tudo isto numa versão híbrida que custa 29.500 euros, nem mais, nem menos.

Consumos

8/10

Este sim, é o tema em que o Jazz aposta forte e é precisamente neste sentido, o da poupança de combustível, que o sistema híbrido foi afinado. Já segundo as normas WLTP, o valor de consumo médio indicado pela Honda é de 4,5 litros para cada 100 quilómetros, o que é bastante comedido para um híbrido que não é um plug-in e que vai carregando com a ajuda das travagens e desacelerações, mas também do motor térmico sempre que isso seja eficiente. Mas o mais engraçado é que, depois de bastante cidade, alguns quilómetros de autoestrada e sempre a desafiar o sistema para usar o modo elétrico em grande parte do tempo, no final do nosso ensaio, a média indicada pelo computador de bordo era de 4,1 litros, um valor que fica abaixo do declarado pela marca e sem grande empenho para o obter.

Ao Volante

6/10

A primeira impressão ao volante do Honda Jazz é de que esta geração já evoluiu muito face aos seus antecessores. O “pisar” da suspensão é mais controlado e sem oscilações desnecessárias, mas também consegue uma boa tolerância a diversas irregularidades, além de uma insonorização razoável no habitáculo, que também viu a posição de condução ser melhorada. Dinamicamente, este Jazz não foi pensado para ser um Type R divertido de conduzir e sim um veículo utilitário de utilização simples e prática. Por essa razão, os números revelados nas prestações não impressionam, ainda que o seu desempenho em curva e a segurança que transmite ao condutor também tenha melhorado substancialmente face aos seus antecessores.

Motor

6/10

O sistema híbrido do Honda Jazz inclui um motor a gasolina de 1,5 litros, mas também um pequeno elétrico que o ajuda a alcançar os 109 cavalos de potência máxima combinada, tudo em conjunto com uma caixa automática de variação contínua (CVT), que continua a não ser a melhor experiência de utilização, mas que é a solução mais eficiente para este tipo de sistemas. A sua gestão automática faz com que seja possível conduzir durante bastante tempo em modo puramente elétrico e que em qualquer momento de travagem ou desaceleração comece a ser gerada energia para armazenar na bateria do sistema.

Balanço Final

0/10

O Honda Jazz está longe de ser o utilitário esteticamente mais apelativo. Ainda assim, não só os gostos não se discutem, como a sua carroçaria de quase mini monovolume esconde um habitáculo espaçoso, bem recheado e ainda uma motorização muito eficiente, capaz de consumos verdadeiramente baixos, bem como de possibilitar uma circulação puramente elétrica sem necessidade de carregamentos externos. O preço final desta única versão disponível é de 25 500 euros.

Concorrentes

 

Mazda 2 1.5L Hybrid E-CVT Select
Motor: três cilindros, 1.5 litros, potência: 93 cavalos; consumo médio: 4,0 l/100km; preço base: 30.243 €

Renault Clio E-Tech Full Hybrid RS Line TCe 140
Motor: quatro cilindros, 1.6 litros, potência: 140 cavalos; consumo médio: 4,3 l/100km; preço base: 27.515 €

Toyota Yaris Hybrid 1.5 Square Collection
Motor: três cilindros, 1.5 litros, potência: 116 cavalos; consumo médio: 4,3 l/100km; preço base: 28.590 €

Ficha Técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, a gasolina
Cilindrada (cm3): 1.498
Potência máxima (CV/rpm): 97/5.500-6.400
Potência máxima combinada (CV): 109
Binário máximo (Nm/rpm): 131/4.500-5.000
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática, CVT
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 9,4
Velocidade máxima (km/h): 175
Consumos misto (l/100 km): 4,5
Emissões CO2 (g/km): 102

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.044/1.694/1.526
Distância entre eixos (mm): 2.517
Largura de vias (fr/tr mm): 1.487/1.474
Peso (kg): 1.228
Capacidade da bagageira (l): 304
Depósito (l): 40
Pneus (fr/tr): 185/60 R15

Preço da versão ensaiada (Euros): 29.500 €
Preço da versão base (Euros): 28.500 €

Mais/Menos


Mais

– Espaço a bordo;
– Bancos “mágicos”;
– Consumos;
– Equipamento;

Menos

– Preço;
– Alguns materiais;

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 29500€

Preço da versão base (Euros): 28500€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

O formato e o desenho da carroçaria do Honda Jazz não foram pensados para ser um caso de paixão à primeira vista e sim para ter as proporções perfeitas para uma utilização citadina e para que possa oferecer um habitáculo mais amplo. Com a versão Black Edition que nos foi cedida durante uns dias, as principais novidades estão nas jantes de liga leve de cor preta com 15 polegadas de diâmetro e pernos também em preto, mas também nas capas dos espelhos retrovisores em preto e no tejadilho em preto ou cinzento, caso a cor da carroçaria seja a Midnight Blue Beam ou a Crystal Black. Como a “nossa” unidade ensaiada tinha a carroçaria pintada de Premium Crystal Red Metallic, o teto desta Black Edition é em preto.

Interior

A bordo do Honda Jazz, a imagem é tipicamente nipónica, com alguns botões que já nos habituámos a ver em diversos modelos há mais de uma década, mas que respondem na perfeição à frase “em equipa que ganha, não mexe”. Desta forma, a Honda mantém (e bem) botões físicos para funções como a regulação dos faróis em altura ou para aceder às funções das ajudas eletrónicas à condução, entre outros. No tablier, tal como em gerações anteriores, continuam presentes dois enormes suportes para copos, um em cada extremidade e dois porta-luvas destinados à arrumação de diversos objetos. Nesta geração, no entanto, o painel de instrumentos já é totalmente digital e no centro do tablier estão os comandos do ar condicionado automático e o monitor tátil com diversas funções.

A verdadeira magia a bordo do Honda Jazz está mesmo nos lugares traseiros do habitáculo. Em termos de espaço, há modelos de segmentos superiores onde vamos viajar mais apertados, sendo que atrás de nós ainda existe uma bagageira com mais de 300 litros de capacidade. Mas o que continua a ser fantástico de descobrir no Jazz (e em outros modelos da marca), é a facilidade de utilização dos bancos mágicos. Se puxarmos o assento para cima e o trancarmos dobrando o apoio, este vai deixar livre um espaço de arrumação com a altura de todo o habitáculo e ainda com alguma área. E se fizermos o contrário, ou seja, se rebatermos as costas do assento, a base do mesmo acompanha o movimento e permite que este desça até perto do piso, precisamente na mesma altura do piso do porta-bagagens.

Equipamento

A versão Black Edition usa a versão Elegance como base, acrescentando os elementos que já referimos. Tudo o resto, já faz parte do equipamento de série. Ou seja, no Honda Jazz já encontramos o sistema de ar condicionado automático, os bancos aquecidos, os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, o sistema de iluminação em LED, os bancos “mágicos”, os assentos forrados em pele e tecido e o sistema Honda Connect, com um monitor tátil de nove polegadas e as ligações (sem fios) por Apple CarPlay ou Android Auto. E tudo isto numa versão híbrida que custa 29.500 euros, nem mais, nem menos.

Consumos

Este sim, é o tema em que o Jazz aposta forte e é precisamente neste sentido, o da poupança de combustível, que o sistema híbrido foi afinado. Já segundo as normas WLTP, o valor de consumo médio indicado pela Honda é de 4,5 litros para cada 100 quilómetros, o que é bastante comedido para um híbrido que não é um plug-in e que vai carregando com a ajuda das travagens e desacelerações, mas também do motor térmico sempre que isso seja eficiente. Mas o mais engraçado é que, depois de bastante cidade, alguns quilómetros de autoestrada e sempre a desafiar o sistema para usar o modo elétrico em grande parte do tempo, no final do nosso ensaio, a média indicada pelo computador de bordo era de 4,1 litros, um valor que fica abaixo do declarado pela marca e sem grande empenho para o obter.

Ao volante

A primeira impressão ao volante do Honda Jazz é de que esta geração já evoluiu muito face aos seus antecessores. O “pisar” da suspensão é mais controlado e sem oscilações desnecessárias, mas também consegue uma boa tolerância a diversas irregularidades, além de uma insonorização razoável no habitáculo, que também viu a posição de condução ser melhorada. Dinamicamente, este Jazz não foi pensado para ser um Type R divertido de conduzir e sim um veículo utilitário de utilização simples e prática. Por essa razão, os números revelados nas prestações não impressionam, ainda que o seu desempenho em curva e a segurança que transmite ao condutor também tenha melhorado substancialmente face aos seus antecessores.

Concorrentes

 

Mazda 2 1.5L Hybrid E-CVT Select
Motor: três cilindros, 1.5 litros, potência: 93 cavalos; consumo médio: 4,0 l/100km; preço base: 30.243 €

Renault Clio E-Tech Full Hybrid RS Line TCe 140
Motor: quatro cilindros, 1.6 litros, potência: 140 cavalos; consumo médio: 4,3 l/100km; preço base: 27.515 €

Toyota Yaris Hybrid 1.5 Square Collection
Motor: três cilindros, 1.5 litros, potência: 116 cavalos; consumo médio: 4,3 l/100km; preço base: 28.590 €

Motor

O sistema híbrido do Honda Jazz inclui um motor a gasolina de 1,5 litros, mas também um pequeno elétrico que o ajuda a alcançar os 109 cavalos de potência máxima combinada, tudo em conjunto com uma caixa automática de variação contínua (CVT), que continua a não ser a melhor experiência de utilização, mas que é a solução mais eficiente para este tipo de sistemas. A sua gestão automática faz com que seja possível conduzir durante bastante tempo em modo puramente elétrico e que em qualquer momento de travagem ou desaceleração comece a ser gerada energia para armazenar na bateria do sistema.

Balanço final

O Honda Jazz está longe de ser o utilitário esteticamente mais apelativo. Ainda assim, não só os gostos não se discutem, como a sua carroçaria de quase mini monovolume esconde um habitáculo espaçoso, bem recheado e ainda uma motorização muito eficiente, capaz de consumos verdadeiramente baixos, bem como de possibilitar uma circulação puramente elétrica sem necessidade de carregamentos externos. O preço final desta única versão disponível é de 25 500 euros.

Mais

– Espaço a bordo;
– Bancos “mágicos”;
– Consumos;
– Equipamento;

Menos

– Preço;
– Alguns materiais;

Ficha técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, a gasolina
Cilindrada (cm3): 1.498
Potência máxima (CV/rpm): 97/5.500-6.400
Potência máxima combinada (CV): 109
Binário máximo (Nm/rpm): 131/4.500-5.000
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática, CVT
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 9,4
Velocidade máxima (km/h): 175
Consumos misto (l/100 km): 4,5
Emissões CO2 (g/km): 102

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.044/1.694/1.526
Distância entre eixos (mm): 2.517
Largura de vias (fr/tr mm): 1.487/1.474
Peso (kg): 1.228
Capacidade da bagageira (l): 304
Depósito (l): 40
Pneus (fr/tr): 185/60 R15

Preço da versão ensaiada (Euros): 29.500 €
Preço da versão base (Euros): 28.500 €

Preço da versão ensaiada (Euros): 29500€
Preço da versão base (Euros): 28500€