Hyundai Bayon 1.0 T-GDi Premium – Ensaio Teste

By on 13 Março, 2023

Irreverente, mas racional

Com o Hyundai Bayon, a marca sul coreana conseguiu preencher um pequenino espaço que descobriu entre o i20 e o Kauai, que é atualmente procurado por muitos consumidores. Usou a mesma plataforma e diversos componentes do i20, mas deu-lhe um visual mais irreverente e aventureiro, como se quer num SUV. Com o motor de um litro a gasolina e um nível de equipamento que inclui tudo o que é preciso para o dia-a-dia, sem esquecer, obviamente, um preço convidativo, o Bayon resultou uma proposta muito racional. Irreverente, mas racional.

Texto: André Mendes

[email protected]


Mais:
  • Espaço no habitáculo;
  • Equipamento;
  • Condução em cidade;
Menos:
  • Consumos;
  • Materiais rígidos em todo o habitáculo;
  • Chave convencional, sem “mãos-livres”;

Exterior

6/10

Fazem parte do mesmo segmento e têm praticamente as mesmas dimensões, ainda que não partilhem a mesma plataforma. Mas no seu posicionamento de mercado, o Bayon é quase como se fosse um irmão mais novo do Kauai. Os detalhes da carroçaria revelam que a sua conceção é um pouco mais recente, incluindo as óticas superiores dianteiras um pouco mais esguias e as inferiores com um pouco mais de protagonismo. Na parte de trás, o painel da porta em negro é diferenciador, tal como a faixa vermelha que une os dois grupos óticos em forma de seta. E na zona inferior de ambos os pára-choques, os elementos num tom de cinzento mais claro simulando uma placa metálica, dão uma ajuda na conquista de uma imagem mais robusta. O Aurora Grey escolhido para a carroçaria da unidade ensaiada é que está longe de ser a tonalidade mais apelativa para o Bayon, uma vez que a escolha disponível até tem tons mais vivos e que se ajustam muito melhor à atitude deste pequeno SUV.

Interior

6/10

Assim que entramos no habitáculo, uma das primeiras impressões que temos é de que já vimos este visual noutro modelo. E não é de estranhar, pois o tablier do Bayon, tal como a plataforma, é precisamente o mesmo que também é usado no Hyundai i20. Ou seja, estão presentes as linhas horizontais que passam pelas aberturas da ventilação, os comandos do ar condicionado automático mesmo no centro e já está presente o painel de instrumentos totalmente digital e o monitor tátil do sistema multimédia a partir do qual podemos controlar diversas funções.

Apesar de o considerarmos como o “irmão mais novo” do Kauai, o Bayon não desilude no que diz respeito ao espaço no habitáculo e mesmo quem viaja nos lugares traseiros, tem bastante espaço disponível em altura e para as pernas. Na frente, a posição de condução é boa e os assentos contribuem para um bom patamar na nota do conforto.

Equipamento

7/10

A gama do Hyundai Bayon no nosso mercado é muito simples de esmiuçar, uma vez que apenas existe uma motorização e um nível de equipamento. A lista de opções disponíveis está resumida à escolha da cor e se isso inclui uma pintura metalizada (430 euros). Além disso, a única opção está na versão equipada com uma caixa de velocidades automática de dupla embraiagem que requer um investimento extra de 1.615 euros. Ou seja, no nível de equipamento Premium, tudo o que pode ver nas imagens com a unidade que tivemos oportunidade de ensaiar, já faz parte do equipamento de série. Já podemos contar com o ar condicionado automático, a chave retrátil com comando à distância (mas que temos de inserir no canhão e rodar para ligar o motor, algo que já começa a não ser muito comum), o painel de instrumentos totalmente digital e com um visual personalizável, os sistemas Apple CarPlay e Android Auto para ligação ao telemóvel (sem fios), as jantes de 17 polegadas, a camara traseira e os sensores traseiros de ajuda ao estacionamento e diversos outros, que também incluem os sistemas de ajuda à condução.

Consumos

5/10

Este já um ponto em que o 1.0 T-GDi já não se saiu assim tão bem, levando a média de consumo até aos 7,4 litros com uma utilização essencialmente urbana, demonstrando que em diversas situações, os seus 100 cavalos de potência já podem estar demasiado à justa para este modelo, ainda que isso não se note com frequência ao volante. É um valor que fica um pouco afastado dos 5,5 litros declarados pela marca e que nos tempos que correm até parece um pouco excessivo.

Ao Volante

6/10

As dimensões do Bayon deixam-no perfeitamente à vontade nos ambientes mais urbanos e sempre que o piso começa a ser de qualidade ou manutenção inferior, todo o conjunto também nos mostra que inclui um ótimo compromisso entre desempenho e conforto, deixando que este modelo possa curvar com uma boa dose de confiança, enquanto mantem um ambiente mais sereno a bordo.

Motor

6/10

O pequeno bloco de um litro, com três litros e sobrealimentação volta a surpreender pela positiva, mesmo nesta versão de 100 cavalos, acompanhada de uma caixa de velocidades manual com seis relações. Oferece uma boa resposta mesmo nos regimes mais baixos e um “fôlego” engraçado quando deixamos o ponteiro do conta-rotações subir mais um pouco, fazendo os três cilindros soar a algo que até parece meio desportivo.

Balanço Final

6/10

Uma condução simples e prática para a cidade, perfeita para quem não sai muito do ambiente urbano. Ainda assim, se precisar de o fazer, o Bayon não vai negar uma boa dose de quilómetros em estrada. A sua estética mais arrojada poderá influenciar a escolha, mas essa é uma questão para o gosto de cada pessoa. O que muitos vão certamente gostar, é de ver a quantidade de equipamento existente pelos menos de 23 mil euros pedidos. Mas, será que a diferença para o Kauai justifica a escolha, ou acaba por dificultá-la?

Concorrentes

Citroën C3 1.2 PureTech Rip Curl
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 6,0 l/100km; preço base: 22.550 €

Fiat 500X 1.0 Firefly Turbo
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 120 cavalos; consumo médio: 6,2 l/100km; preço base: 23.868 €

Ford Puma 1.0 EcoBoost mHEV
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 125 cavalos; consumo médio: 6,0 l/100km; preço base: 23.868 €

Hyundai Kauai 1.0 T-GDi Premium
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 120 cavalos; consumo médio: 6,0 l/100km; preço base: 24.480 €

Kia Stonic 1.0 T-GDi ISG Drive
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,8 l/100km; preço base: 23.275 €

Nissan Juke 1.0 DIG-T N-Connecta
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 114 cavalos; consumo médio: 5,9 l/100km; preço base: 26.100 €

Opel Mokka GS 1.2 Turbo
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 26.210 €

 

Peugeot 2008 Allure 1.2 PureTech
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 24.940 €

Renault Captur TCe 90 Techno
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 90 cavalos; consumo médio: 5,9 l/100km; preço base: 26.500 €

Seat Arona 1.0 TSI Style
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,3 l/100km; preço base: 23.535 €

 

Škoda Kamiq 1.0 TSI
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 24.747 €

Volkswagen T-Cross 1.0 TSI
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 25.512 €

Ficha Técnica

Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 998
Potência máxima (CV/rpm): 100/4.500
Binário máximo (Nm/rpm): 172/1.500
Tração: Dianteira
Transmissão: Manual de seis velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,7
Velocidade máxima (km/h): 183
Consumos misto (l/100 km): 5,5
Emissões CO2 (g/km): 124

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.180/1.775/1.500
Distância entre eixos (mm): 2.580
Largura de vias (fr/tr mm): 1.546/1.552
Peso (kg): 1.205
Capacidade da bagageira (l): 411
Depósito (l): 40
Pneus (fr/tr): 205/55 R17

Preço da versão ensaiada (Euros): 24.105 €
Preço da versão base (Euros): 23.675 €

Mais/Menos


Mais

  • Espaço no habitáculo;
  • Equipamento;
  • Condução em cidade;

Menos

  • Consumos;
  • Materiais rígidos em todo o habitáculo;
  • Chave convencional, sem “mãos-livres”;

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 24105€

Preço da versão base (Euros): 23675€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Fazem parte do mesmo segmento e têm praticamente as mesmas dimensões, ainda que não partilhem a mesma plataforma. Mas no seu posicionamento de mercado, o Bayon é quase como se fosse um irmão mais novo do Kauai. Os detalhes da carroçaria revelam que a sua conceção é um pouco mais recente, incluindo as óticas superiores dianteiras um pouco mais esguias e as inferiores com um pouco mais de protagonismo. Na parte de trás, o painel da porta em negro é diferenciador, tal como a faixa vermelha que une os dois grupos óticos em forma de seta. E na zona inferior de ambos os pára-choques, os elementos num tom de cinzento mais claro simulando uma placa metálica, dão uma ajuda na conquista de uma imagem mais robusta. O Aurora Grey escolhido para a carroçaria da unidade ensaiada é que está longe de ser a tonalidade mais apelativa para o Bayon, uma vez que a escolha disponível até tem tons mais vivos e que se ajustam muito melhor à atitude deste pequeno SUV.

Interior

Assim que entramos no habitáculo, uma das primeiras impressões que temos é de que já vimos este visual noutro modelo. E não é de estranhar, pois o tablier do Bayon, tal como a plataforma, é precisamente o mesmo que também é usado no Hyundai i20. Ou seja, estão presentes as linhas horizontais que passam pelas aberturas da ventilação, os comandos do ar condicionado automático mesmo no centro e já está presente o painel de instrumentos totalmente digital e o monitor tátil do sistema multimédia a partir do qual podemos controlar diversas funções.

Apesar de o considerarmos como o “irmão mais novo” do Kauai, o Bayon não desilude no que diz respeito ao espaço no habitáculo e mesmo quem viaja nos lugares traseiros, tem bastante espaço disponível em altura e para as pernas. Na frente, a posição de condução é boa e os assentos contribuem para um bom patamar na nota do conforto.

Equipamento

A gama do Hyundai Bayon no nosso mercado é muito simples de esmiuçar, uma vez que apenas existe uma motorização e um nível de equipamento. A lista de opções disponíveis está resumida à escolha da cor e se isso inclui uma pintura metalizada (430 euros). Além disso, a única opção está na versão equipada com uma caixa de velocidades automática de dupla embraiagem que requer um investimento extra de 1.615 euros. Ou seja, no nível de equipamento Premium, tudo o que pode ver nas imagens com a unidade que tivemos oportunidade de ensaiar, já faz parte do equipamento de série. Já podemos contar com o ar condicionado automático, a chave retrátil com comando à distância (mas que temos de inserir no canhão e rodar para ligar o motor, algo que já começa a não ser muito comum), o painel de instrumentos totalmente digital e com um visual personalizável, os sistemas Apple CarPlay e Android Auto para ligação ao telemóvel (sem fios), as jantes de 17 polegadas, a camara traseira e os sensores traseiros de ajuda ao estacionamento e diversos outros, que também incluem os sistemas de ajuda à condução.

Consumos

Este já um ponto em que o 1.0 T-GDi já não se saiu assim tão bem, levando a média de consumo até aos 7,4 litros com uma utilização essencialmente urbana, demonstrando que em diversas situações, os seus 100 cavalos de potência já podem estar demasiado à justa para este modelo, ainda que isso não se note com frequência ao volante. É um valor que fica um pouco afastado dos 5,5 litros declarados pela marca e que nos tempos que correm até parece um pouco excessivo.

Ao volante

As dimensões do Bayon deixam-no perfeitamente à vontade nos ambientes mais urbanos e sempre que o piso começa a ser de qualidade ou manutenção inferior, todo o conjunto também nos mostra que inclui um ótimo compromisso entre desempenho e conforto, deixando que este modelo possa curvar com uma boa dose de confiança, enquanto mantem um ambiente mais sereno a bordo.

Concorrentes

Citroën C3 1.2 PureTech Rip Curl
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 6,0 l/100km; preço base: 22.550 €

Fiat 500X 1.0 Firefly Turbo
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 120 cavalos; consumo médio: 6,2 l/100km; preço base: 23.868 €

Ford Puma 1.0 EcoBoost mHEV
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 125 cavalos; consumo médio: 6,0 l/100km; preço base: 23.868 €

Hyundai Kauai 1.0 T-GDi Premium
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 120 cavalos; consumo médio: 6,0 l/100km; preço base: 24.480 €

Kia Stonic 1.0 T-GDi ISG Drive
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,8 l/100km; preço base: 23.275 €

Nissan Juke 1.0 DIG-T N-Connecta
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 114 cavalos; consumo médio: 5,9 l/100km; preço base: 26.100 €

Opel Mokka GS 1.2 Turbo
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 26.210 €

 

Peugeot 2008 Allure 1.2 PureTech
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 24.940 €

Renault Captur TCe 90 Techno
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 90 cavalos; consumo médio: 5,9 l/100km; preço base: 26.500 €

Seat Arona 1.0 TSI Style
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,3 l/100km; preço base: 23.535 €

 

Škoda Kamiq 1.0 TSI
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 24.747 €

Volkswagen T-Cross 1.0 TSI
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 25.512 €

Motor

O pequeno bloco de um litro, com três litros e sobrealimentação volta a surpreender pela positiva, mesmo nesta versão de 100 cavalos, acompanhada de uma caixa de velocidades manual com seis relações. Oferece uma boa resposta mesmo nos regimes mais baixos e um “fôlego” engraçado quando deixamos o ponteiro do conta-rotações subir mais um pouco, fazendo os três cilindros soar a algo que até parece meio desportivo.

Balanço final

Uma condução simples e prática para a cidade, perfeita para quem não sai muito do ambiente urbano. Ainda assim, se precisar de o fazer, o Bayon não vai negar uma boa dose de quilómetros em estrada. A sua estética mais arrojada poderá influenciar a escolha, mas essa é uma questão para o gosto de cada pessoa. O que muitos vão certamente gostar, é de ver a quantidade de equipamento existente pelos menos de 23 mil euros pedidos. Mas, será que a diferença para o Kauai justifica a escolha, ou acaba por dificultá-la?

Mais
  • Espaço no habitáculo;
  • Equipamento;
  • Condução em cidade;
Menos
  • Consumos;
  • Materiais rígidos em todo o habitáculo;
  • Chave convencional, sem “mãos-livres”;

Ficha técnica

Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 998
Potência máxima (CV/rpm): 100/4.500
Binário máximo (Nm/rpm): 172/1.500
Tração: Dianteira
Transmissão: Manual de seis velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,7
Velocidade máxima (km/h): 183
Consumos misto (l/100 km): 5,5
Emissões CO2 (g/km): 124

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.180/1.775/1.500
Distância entre eixos (mm): 2.580
Largura de vias (fr/tr mm): 1.546/1.552
Peso (kg): 1.205
Capacidade da bagageira (l): 411
Depósito (l): 40
Pneus (fr/tr): 205/55 R17

Preço da versão ensaiada (Euros): 24.105 €
Preço da versão base (Euros): 23.675 €

Preço da versão ensaiada (Euros): 24105€
Preço da versão base (Euros): 23675€