Hyundai i10 1.0 T-GDi N-Line – Ensaio Teste

By on 7 Março, 2023

Pequeno apenas no tamanho

O mais pequeno dos Hyundai é uma daqueles modelos que nos deixa a pensar se precisaremos mesmo de mais “carro” que este. O seu tamanho compacto é perfeito para qualquer cidade, mas o habitáculo surpreende justamente pelo inverso. Com o nível de equipamento N Line, o pequeno i10 recebe um motor com 100 cavalos de potência e vê os seus trajes substituídos por uns de visual mais desportivo, além de também incluir uns ajustes na suspensão.

Texto: André Mendes

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Mais:

– Espaço a bordo
– Estética da versão N Line
– Motor
– Preço
– Garantia

Menos:

– Média de consumo registado;
– Poucos opcionais;
– Materiais rígidos;

Exterior

6/10

Este pequeno “traquina” com apenas 3,67 metros de comprimento, já nos mostra um visual mais desportivo assim que olhamos para ele, especialmente com a carroçaria neste tom vermelho e com a parte de cima em preto, que faz sobressair os elementos desta versão N Line e também as mais generosas jantes com 16 polegadas de diâmetro. Com esta opção de visual mais desportivo, as capas dos espelhos também são em preto e a grelha dianteira está pintada em preto brilhante, mas com três pequenos elementos em vermelho que também contribuem para o visual do conjunto. Lá atrás, o desenho também está composto, sem exageros estéticos e sobressai a ponteira de escape dupla. No pilar traseiro, a sigla i10 em vermelho é uma espécie de “toque final”, a que também se juntam alguns logos N Line na lateral e na grelha frontal.

Interior

6/10

A primeira coisa que fazemos assim que entramos a bordo é regular a posição de condução, que conta com boas regulações, ainda que não sejam perfeitas, tanto no assento como na coluna da direção, que apenas se regula em altura. Depois disso, ficamos bem posicionados ao volante e prontos para arrancar para o meio da cidade, mas também começamos a perceber que os plásticos do habitáculo são todos rígidos, ainda que a Hyundai tenha efetuado um excelente esforço para que estes não se tornassem desagradáveis ao toque.

Uma das boas surpresas a bordo do pequeno i10 é o espaço que este disponibiliza tanto à frente como atrás. O facto de estarem presentes três lugares já é capaz de ser demasiado otimista, mas para duas pessoas, em termos de espaço em altura ou mesmo para as pernas, o posicionamento dos assentos e a reserva de espaço para a bagageira, que ainda consegue superar os 250 litros de volumetria, foram muito bem pensados e são bem capazes de ser uma verdadeira referência neste segmento.

Equipamento

5/10

Se tivermos em conta o segmento em que este Hyundai i10 se insere, somos obrigados a concordar que o seu equipamento de série já é bastante completo e inclui muitas das coisas que estão na moda, tais como a ligação ao telefone através de Apple CarPlay ou Android Auto, ou mesmo os diversos equipamentos de segurança e de ajuda ao condutor que também já inclui. No entanto, há coisas a que já nos habituámos tanto, que ainda sentimos mais falta delas quando não as temos, tais como um sistema de ar condicionado automático e não manual, os quatro vidros elétricos e não apenas os da frente (o que requer a presença das tradicionais manivelas nas portas traseiras) e, talvez o mais importante, uma qualquer ajuda às manobras de estacionamento, como uma câmara traseira ou os mais simples sensores de proximidade, mesmo que fossem apenas os traseiros.

Consumos

6/10

A contrapartida do ritmo mais interessante que o motor de três cilindros nos oferece é a esperada. Ou seja, quanto mais puxarmos pelos 100 cavalos e adotarmos o tal modo de condução mais “divertido”, menos vamos gostar das médias de consumo. Se o ritmo for um pouco mais moderado, não será complicado andar ligeiramente acima dos seis litros de média, mas com muita “diversão” citadina e empatia pela energia oferecida por este pequeno bloco de um litro, acabámos por deixar a média deste ensaio nos 7,2 litros.

Ao Volante

7/10

A versão da gama com o visual mais desportivo e com a presença das jantes de 16 polegadas, também acaba por revelar um “pisar” de suspensão muito composto e até ligeiramente mais firme do que costuma ser habitual neste segmento. O suficiente para deixar os movimentos da carroçaria mais controlos e até tornar a condução mais divertida. Com apenas um litro de capacidade e com a ajuda da caixa de velocidades manual de cinco relações, o i10 vai-nos surpreendendo em cada subida, em cada ultrapassagem e com um ritmo muito interessante.

Motor

7/10

Depois de termos descoberto um habitáculo mais amplo do que imaginávamos, o motor de um litro e apenas três cilindros foi outra das boas surpresas deste pequeno i10. Não sendo um desportivo com prestações exuberantes e capaz de nos fazer colar as costas ao assento, este 1.0 T-GDi parece oferecer um bom fôlego, mesmo quando deixamos cair o ponteiro do conta-rotações até um ponto que parece de “não retorno”. Abaixo do regime em que o valor de binário máximo fica disponível, basta esperarmos um pouco para que o conta-rotações volte a subir e volte a deixar o i10 com mais energia para todo e qualquer recanto da cidade.

Balanço Final

6/10

Muito divertido de conduzir e uma boa surpresa tanto ao nível da dinâmica como no espaço que o Hyundai i10 nos disponibiliza a bordo. Mesmo com a já anunciada chegada da nova versão, as diferenças não vão ser muitas e com um preço abaixo dos 20 mil euros, atualmente, o mais pequeno dos modelos da Hyundai na sua vertente mais desportiva, é muito bem capaz de ser uma excelente opção. Principalmente para quem anda em cidade.

Concorrentes

Kia Picanto 1.0 T-GDi ISG GT-Line
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,2 l/100km; preço base: 18.900 €

Ficha Técnica

Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 998
Potência máxima (CV/rpm): 100/4.500
Binário máximo (Nm/rpm): 172/1.500
Tração: Dianteira
Transmissão: Manual de cinco velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,5
Velocidade máxima (km/h): 185
Consumos misto (l/100 km): 5,4
Emissões CO2 (g/km): 123

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 3.670/1.680/1.480
Distância entre eixos (mm): 2.425
Largura de vias (fr/tr mm): 1.467/1.478
Peso (kg): 1.099
Capacidade da bagageira (l): 252
Depósito (l): 36
Pneus (fr/tr): 195/45 R16

Preço da versão ensaiada (Euros): 19.140 €
Preço da versão base (Euros): 18.140 €

Mais/Menos


Mais

– Espaço a bordo
– Estética da versão N Line
– Motor
– Preço
– Garantia

Menos

– Média de consumo registado;
– Poucos opcionais;
– Materiais rígidos;

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 19140€

Preço da versão base (Euros): 18140€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Este pequeno “traquina” com apenas 3,67 metros de comprimento, já nos mostra um visual mais desportivo assim que olhamos para ele, especialmente com a carroçaria neste tom vermelho e com a parte de cima em preto, que faz sobressair os elementos desta versão N Line e também as mais generosas jantes com 16 polegadas de diâmetro. Com esta opção de visual mais desportivo, as capas dos espelhos também são em preto e a grelha dianteira está pintada em preto brilhante, mas com três pequenos elementos em vermelho que também contribuem para o visual do conjunto. Lá atrás, o desenho também está composto, sem exageros estéticos e sobressai a ponteira de escape dupla. No pilar traseiro, a sigla i10 em vermelho é uma espécie de “toque final”, a que também se juntam alguns logos N Line na lateral e na grelha frontal.

Interior

A primeira coisa que fazemos assim que entramos a bordo é regular a posição de condução, que conta com boas regulações, ainda que não sejam perfeitas, tanto no assento como na coluna da direção, que apenas se regula em altura. Depois disso, ficamos bem posicionados ao volante e prontos para arrancar para o meio da cidade, mas também começamos a perceber que os plásticos do habitáculo são todos rígidos, ainda que a Hyundai tenha efetuado um excelente esforço para que estes não se tornassem desagradáveis ao toque.

Uma das boas surpresas a bordo do pequeno i10 é o espaço que este disponibiliza tanto à frente como atrás. O facto de estarem presentes três lugares já é capaz de ser demasiado otimista, mas para duas pessoas, em termos de espaço em altura ou mesmo para as pernas, o posicionamento dos assentos e a reserva de espaço para a bagageira, que ainda consegue superar os 250 litros de volumetria, foram muito bem pensados e são bem capazes de ser uma verdadeira referência neste segmento.

Equipamento

Se tivermos em conta o segmento em que este Hyundai i10 se insere, somos obrigados a concordar que o seu equipamento de série já é bastante completo e inclui muitas das coisas que estão na moda, tais como a ligação ao telefone através de Apple CarPlay ou Android Auto, ou mesmo os diversos equipamentos de segurança e de ajuda ao condutor que também já inclui. No entanto, há coisas a que já nos habituámos tanto, que ainda sentimos mais falta delas quando não as temos, tais como um sistema de ar condicionado automático e não manual, os quatro vidros elétricos e não apenas os da frente (o que requer a presença das tradicionais manivelas nas portas traseiras) e, talvez o mais importante, uma qualquer ajuda às manobras de estacionamento, como uma câmara traseira ou os mais simples sensores de proximidade, mesmo que fossem apenas os traseiros.

Consumos

A contrapartida do ritmo mais interessante que o motor de três cilindros nos oferece é a esperada. Ou seja, quanto mais puxarmos pelos 100 cavalos e adotarmos o tal modo de condução mais “divertido”, menos vamos gostar das médias de consumo. Se o ritmo for um pouco mais moderado, não será complicado andar ligeiramente acima dos seis litros de média, mas com muita “diversão” citadina e empatia pela energia oferecida por este pequeno bloco de um litro, acabámos por deixar a média deste ensaio nos 7,2 litros.

Ao volante

A versão da gama com o visual mais desportivo e com a presença das jantes de 16 polegadas, também acaba por revelar um “pisar” de suspensão muito composto e até ligeiramente mais firme do que costuma ser habitual neste segmento. O suficiente para deixar os movimentos da carroçaria mais controlos e até tornar a condução mais divertida. Com apenas um litro de capacidade e com a ajuda da caixa de velocidades manual de cinco relações, o i10 vai-nos surpreendendo em cada subida, em cada ultrapassagem e com um ritmo muito interessante.

Concorrentes

Kia Picanto 1.0 T-GDi ISG GT-Line
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,2 l/100km; preço base: 18.900 €

Motor

Depois de termos descoberto um habitáculo mais amplo do que imaginávamos, o motor de um litro e apenas três cilindros foi outra das boas surpresas deste pequeno i10. Não sendo um desportivo com prestações exuberantes e capaz de nos fazer colar as costas ao assento, este 1.0 T-GDi parece oferecer um bom fôlego, mesmo quando deixamos cair o ponteiro do conta-rotações até um ponto que parece de “não retorno”. Abaixo do regime em que o valor de binário máximo fica disponível, basta esperarmos um pouco para que o conta-rotações volte a subir e volte a deixar o i10 com mais energia para todo e qualquer recanto da cidade.

Balanço final

Muito divertido de conduzir e uma boa surpresa tanto ao nível da dinâmica como no espaço que o Hyundai i10 nos disponibiliza a bordo. Mesmo com a já anunciada chegada da nova versão, as diferenças não vão ser muitas e com um preço abaixo dos 20 mil euros, atualmente, o mais pequeno dos modelos da Hyundai na sua vertente mais desportiva, é muito bem capaz de ser uma excelente opção. Principalmente para quem anda em cidade.

Mais

– Espaço a bordo
– Estética da versão N Line
– Motor
– Preço
– Garantia

Menos

– Média de consumo registado;
– Poucos opcionais;
– Materiais rígidos;

Ficha técnica

Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 998
Potência máxima (CV/rpm): 100/4.500
Binário máximo (Nm/rpm): 172/1.500
Tração: Dianteira
Transmissão: Manual de cinco velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,5
Velocidade máxima (km/h): 185
Consumos misto (l/100 km): 5,4
Emissões CO2 (g/km): 123

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 3.670/1.680/1.480
Distância entre eixos (mm): 2.425
Largura de vias (fr/tr mm): 1.467/1.478
Peso (kg): 1.099
Capacidade da bagageira (l): 252
Depósito (l): 36
Pneus (fr/tr): 195/45 R16

Preço da versão ensaiada (Euros): 19.140 €
Preço da versão base (Euros): 18.140 €

Preço da versão ensaiada (Euros): 19140€
Preço da versão base (Euros): 18140€