Hyundai i20 1.0 T-GDi Style – Ensaio Teste

By on 22 Fevereiro, 2022

Uma receita de sucesso

Um preço apelativo que inclui bastante equipamento, um motor competitivo e um ambiente moderno e tecnológico é (quase) tudo o que se deseja num utilitário nos tempos que correm. A chegada ao mercado do novo Hyundai i20 está prestes a completar o seu primeiro aniversário, mas o que é facto é que, mesmo depois deste tempo, o utilitário da marca coreana continua a representar uma excelente opção no mercado nacional, para quem ainda não anda à procura de uma solução eletrificada. E por pouco mais de 18 mil euros, a quantidade de coisas que este modelo tem para oferecer constitui uma verdadeira receita de sucesso.

Texto: André Mendes


Mais:

– Preço
– Equipamento
– Espaço a bordo

Menos:

– Alguns materiais
– Comando da caixa

Exterior

6/10

O Hyundai i20 foi um dos modelos com que a Hyundai puxou as mangas para cima e decidiu começar a arriscar, em vez de cumprir apenas com o que lhe parecia certo para o segmento. Os traços mais vincados, a pintura de dois tons e o visual mais desportivo conseguem uma combinação bastante apelativa, que ganha ainda mais ênfase com os para-choques de visual mais desportivo e as jantes de liga leve com 17 polegadas de diâmetro. Além disso, e face ao seu antecessor, este modelo cresceu em largura, mas reduziu a altura, ao mesmo tempo que melhorou na distância entre eixos. E isso, deixa antever uma dinâmica mais apurada, mas também um habitáculo mais espaçoso.

Interior

6/10

De facto, e começando por quem se senta atrás, o espaço disponível é bem mais amplo do que poderíamos imaginar, especialmente quando é necessário considerar o segmento de que falamos. Nos lugares traseiros, há bastante espaço em altura e o suficiente para encaixar as pernas, mesmo que o passageiro da frente precise de mais centímetros do que seria desejável. E lá atrás, ainda estão disponíveis mais de 350 litros de bagageira. Nos lugares da frente, o espaço também não desilude, mas é necessário regular a posição de condução com mais atenção antes de arrancar. O motivo está relacionado com o facto de a base do assento ficar demasiado inclinada na sua posição mais baixa, sendo necessário compensar com uns centímetros em altura para conseguir o melhor compromisso. E nesse caso, a posição ao volante é bastante boa. De resto, há apenas a referir a qualidade melhorável de alguns materiais, ainda que a imagem mais moderna do conjunto nos faça ir esquecendo este ponto.

Equipamento

7/10

Este é mesmo um dos melhores trunfos do Hyundai i20. É que, por cerca de 18 mil euros, já podemos contar com a presença de um sistema de ar condicionado automático, com um painel de instrumentos totalmente digital e com um monitor tátil de oito polegadas que inclui a possibilidade de se ligar aos smartphones através de Apple CarPlay ou Android Auto, sem a necessidade de usar um cabo para o fazer. E depois, há também a camara traseira de ajuda ao estacionamento, os respetivos sensores, vidros e espelhos elétricos, comandos no volante, cruise control, luzes de condução diurna em LED e jantes de liga leve de 17 polegadas e ainda uma enorme lista de equipamentos de segurança ativa, que deixam o Hyundai i20 numa posição muito confortável face aos seus rivais mais diretos. E tudo isto faz parte do equipamento de série da versão Style, deixando o único extra da unidade ensaiada no tom Dragon Red que decora a carroçaria, caso se adicionem cerca de 430 euros ao seu valor base.

Consumos

6/10

Usando apenas a gasolina como combustível, o que já começa a ser raro nos dias que correm, o bloco de três cilindros precisa de pouco mais de cinco litros de combustível para cada 100 quilómetros percorridos, segundo os valores indicados pela marca. Mas no nosso teste, no entanto, o valor acabou por ficar acima dos seis litros, traduzindo uma utilização mais em ambiente urbano, mas também com uma unidade de ensaio que tinha acabado de iniciar a sua vida e ainda se encontrava a habituar a novas rotinas.

Ao Volante

6/10

As jantes de 17 polegadas e o motor tri-cilíndrico fazem com que o ritmo se possa tornar mais divertido e sem grandes aventuras, demonstrando que a dinâmica também foi dos pontos em que este modelo evoluiu bastante. A suspensão um pouco mais firme tolera bem a maioria das irregularidades do piso e não se importa que a estrada fique um pouco mais sinuosa, ainda que, para devorar curvas, a marca também conte com uma versão N na sua gama, com o dobro da potência deste 1.0 T-GDi. Ainda assim, os dois modos de condução disponíveis permitem que a resposta ao pedal do lado direito se possa tornar mais imediata, ao mesmo tempo que transforma o visual do painel de instrumentos para um ambiente, também ele mais desportivo. E depois, há momentos em que o ruído dos três cilindros até parece tentar ter uma “voz” mais grossa, ao jeito de um desportivo, mas a filosofia deste modelo é mesmo oferecer a melhor das companhias a uma pequena família na sua rotina diária, em vez de ser o automóvel perfeito para uma condução mais emotiva.

Motor

7/10

O bloco de apenas três cilindros e com um litro de capacidade, nesta configuração turbo com 100 cavalos de potência, parece ser uma das melhores escolhas para fazer companhia ao i20. A caixa manual de seis velocidades não gosta de movimentos bruscos, mas faz-lhe companhia, fazendo com que consiga levar o i20 até aos 100 km/h em pouco mais de dez segundos e até perto dos 190 km/h de velocidade máxima, segundo os dados declarados pela marca.

Balanço Final

6/10

O Hyundai i20 oferece uma excelente fórmula para satisfazer uma grande maioria dos clientes do segmento dos utilitários. Por cerca de 18 mil euros, oferece uma excelente lista de equipamento, com alguns elementos que ainda não se encontram com facilidade neste patamar, tais como os sete anos de garantia, por exemplo. E depois, com a companhia do motor de um litro e dos seus 100 cavalos, as médias de consumo e o desempenho também não desiludem, fazendo deste novo modelo da Hyundai uma proposta muito séria, que preenche uma data de requisitos num segmento muito exigente.

Concorrentes

Renault Clio TCe 90 Zen – Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 90 cavalos; consumo médio: 5,2 l/100km; preço base: 19 400 €

Volkswagen Polo 1.0 TSI Life – Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 95 cavalos; consumo médio: 5,2 l/100km; preço base: 21.246 €

Ficha Técnica

Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, gasolina, turbo
Cilindrada (cm3): 998
Potência máxima (CV/rpm): 100/4500-6000
Binário máximo (Nm/rpm): 172/1500-4000
Tração: Dianteira
Transmissão: Manual de seis velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira, assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson/Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,4
Velocidade máxima (km/h): 188
Consumos misto (l/100 km): 5,1
Emissões CO2 (gr/km): 117

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.040/1.775/1.450
Distância entre eixos (mm): 2.580
Largura de vias (fr/tr mm): 1.531/1.536
Peso (kg): 1.065
Capacidade da bagageira (l): 352
Deposito de combustível (l): 40
Pneus (fr/tr): 215/45 R17

Preço da versão ensaiada (Euros): 18.190€
Preço da versão base (Euros): 17.760€

Mais/Menos


Mais

– Preço
– Equipamento
– Espaço a bordo

Menos

– Alguns materiais
– Comando da caixa

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 18.190€

Preço da versão base (Euros): 17.760€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

O Hyundai i20 foi um dos modelos com que a Hyundai puxou as mangas para cima e decidiu começar a arriscar, em vez de cumprir apenas com o que lhe parecia certo para o segmento. Os traços mais vincados, a pintura de dois tons e o visual mais desportivo conseguem uma combinação bastante apelativa, que ganha ainda mais ênfase com os para-choques de visual mais desportivo e as jantes de liga leve com 17 polegadas de diâmetro. Além disso, e face ao seu antecessor, este modelo cresceu em largura, mas reduziu a altura, ao mesmo tempo que melhorou na distância entre eixos. E isso, deixa antever uma dinâmica mais apurada, mas também um habitáculo mais espaçoso.

Interior

De facto, e começando por quem se senta atrás, o espaço disponível é bem mais amplo do que poderíamos imaginar, especialmente quando é necessário considerar o segmento de que falamos. Nos lugares traseiros, há bastante espaço em altura e o suficiente para encaixar as pernas, mesmo que o passageiro da frente precise de mais centímetros do que seria desejável. E lá atrás, ainda estão disponíveis mais de 350 litros de bagageira. Nos lugares da frente, o espaço também não desilude, mas é necessário regular a posição de condução com mais atenção antes de arrancar. O motivo está relacionado com o facto de a base do assento ficar demasiado inclinada na sua posição mais baixa, sendo necessário compensar com uns centímetros em altura para conseguir o melhor compromisso. E nesse caso, a posição ao volante é bastante boa. De resto, há apenas a referir a qualidade melhorável de alguns materiais, ainda que a imagem mais moderna do conjunto nos faça ir esquecendo este ponto.

Equipamento

Este é mesmo um dos melhores trunfos do Hyundai i20. É que, por cerca de 18 mil euros, já podemos contar com a presença de um sistema de ar condicionado automático, com um painel de instrumentos totalmente digital e com um monitor tátil de oito polegadas que inclui a possibilidade de se ligar aos smartphones através de Apple CarPlay ou Android Auto, sem a necessidade de usar um cabo para o fazer. E depois, há também a camara traseira de ajuda ao estacionamento, os respetivos sensores, vidros e espelhos elétricos, comandos no volante, cruise control, luzes de condução diurna em LED e jantes de liga leve de 17 polegadas e ainda uma enorme lista de equipamentos de segurança ativa, que deixam o Hyundai i20 numa posição muito confortável face aos seus rivais mais diretos. E tudo isto faz parte do equipamento de série da versão Style, deixando o único extra da unidade ensaiada no tom Dragon Red que decora a carroçaria, caso se adicionem cerca de 430 euros ao seu valor base.

Consumos

Usando apenas a gasolina como combustível, o que já começa a ser raro nos dias que correm, o bloco de três cilindros precisa de pouco mais de cinco litros de combustível para cada 100 quilómetros percorridos, segundo os valores indicados pela marca. Mas no nosso teste, no entanto, o valor acabou por ficar acima dos seis litros, traduzindo uma utilização mais em ambiente urbano, mas também com uma unidade de ensaio que tinha acabado de iniciar a sua vida e ainda se encontrava a habituar a novas rotinas.

Ao volante

As jantes de 17 polegadas e o motor tri-cilíndrico fazem com que o ritmo se possa tornar mais divertido e sem grandes aventuras, demonstrando que a dinâmica também foi dos pontos em que este modelo evoluiu bastante. A suspensão um pouco mais firme tolera bem a maioria das irregularidades do piso e não se importa que a estrada fique um pouco mais sinuosa, ainda que, para devorar curvas, a marca também conte com uma versão N na sua gama, com o dobro da potência deste 1.0 T-GDi. Ainda assim, os dois modos de condução disponíveis permitem que a resposta ao pedal do lado direito se possa tornar mais imediata, ao mesmo tempo que transforma o visual do painel de instrumentos para um ambiente, também ele mais desportivo. E depois, há momentos em que o ruído dos três cilindros até parece tentar ter uma “voz” mais grossa, ao jeito de um desportivo, mas a filosofia deste modelo é mesmo oferecer a melhor das companhias a uma pequena família na sua rotina diária, em vez de ser o automóvel perfeito para uma condução mais emotiva.

Concorrentes

Renault Clio TCe 90 Zen – Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 90 cavalos; consumo médio: 5,2 l/100km; preço base: 19 400 €

Volkswagen Polo 1.0 TSI Life – Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 95 cavalos; consumo médio: 5,2 l/100km; preço base: 21.246 €

Motor

O bloco de apenas três cilindros e com um litro de capacidade, nesta configuração turbo com 100 cavalos de potência, parece ser uma das melhores escolhas para fazer companhia ao i20. A caixa manual de seis velocidades não gosta de movimentos bruscos, mas faz-lhe companhia, fazendo com que consiga levar o i20 até aos 100 km/h em pouco mais de dez segundos e até perto dos 190 km/h de velocidade máxima, segundo os dados declarados pela marca.

Balanço final

O Hyundai i20 oferece uma excelente fórmula para satisfazer uma grande maioria dos clientes do segmento dos utilitários. Por cerca de 18 mil euros, oferece uma excelente lista de equipamento, com alguns elementos que ainda não se encontram com facilidade neste patamar, tais como os sete anos de garantia, por exemplo. E depois, com a companhia do motor de um litro e dos seus 100 cavalos, as médias de consumo e o desempenho também não desiludem, fazendo deste novo modelo da Hyundai uma proposta muito séria, que preenche uma data de requisitos num segmento muito exigente.

Mais

– Preço
– Equipamento
– Espaço a bordo

Menos

– Alguns materiais
– Comando da caixa

Ficha técnica

Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, gasolina, turbo
Cilindrada (cm3): 998
Potência máxima (CV/rpm): 100/4500-6000
Binário máximo (Nm/rpm): 172/1500-4000
Tração: Dianteira
Transmissão: Manual de seis velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira, assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson/Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,4
Velocidade máxima (km/h): 188
Consumos misto (l/100 km): 5,1
Emissões CO2 (gr/km): 117

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.040/1.775/1.450
Distância entre eixos (mm): 2.580
Largura de vias (fr/tr mm): 1.531/1.536
Peso (kg): 1.065
Capacidade da bagageira (l): 352
Deposito de combustível (l): 40
Pneus (fr/tr): 215/45 R17

Preço da versão ensaiada (Euros): 18.190€
Preço da versão base (Euros): 17.760€

Preço da versão ensaiada (Euros): 18.190€
Preço da versão base (Euros): 17.760€