Hyundai i30 1.4 T-GDI N Line

By on 26 Abril, 2019

Hyundai i30 1.4 T-GDI N Line

Texto: Francisco Cruz

Merece sucesso!

Depois do impacto causado com o actual i30, a que seguiu o explodir das emoções com o fantástico i30 N, a Hyundai introduz agora uma nova variante, meio caminho entre esses dois mundos. E que, denominado Hyundai i30 N Line, merece, sem dúvida, todo o sucesso que vier a granjear…

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Envolvência na condução, comportamento, posição de condução

Menos:

Consumos, visibilidade traseira, ausência de sistema de modos de condução

Exterior

9/10

Pontuação: 9/10

Anunciado como a variante de inspiração mais desportiva, dentro daquilo que é a oferta i30 mais convencional – esqueçamos, por isso, a proposta à parte que é o i30 N… -, o hatchback Hyundai i30 N Line é a resposta do construtor de Seul, à preferência do mercado por variantes, visualmente mais agressivas, de modelos familiares.

No caso específico daquele que é também o primeiro elemento da futura família N Line, a qual deverá contar no futuro com derivações de praticamente todos os modelos Hyundai, a transformação passa, assim e desde logo, por vários pormenores estéticos “importados” daquele que é o verdadeiro e único desportivo da família, o i30 N. A começar, pelos pára-choques – idênticos em praticamente todos os pormenores aos do desportivo, à excepção das “lâminas” inferiores, metalizadas no caso do N Line. Ou ainda das duas ponteiras de escape, separadas no i30 N, juntas sobre o lado direito no i30 N Line, e que, mesmo não tendo o mesmo impacto visual, não deixam, ainda assim, de causar respeito!…

Diferenciando-se, à primeira vista, também pela grelha frontal específica e logótipos “N Line” presentes nas laterais e traseira, a favor deste i30 N Line joga ainda o facto da transformação não se limitar à estética, mas englobar igualmente aspectos técnicos. Com as alterações a manifestarem-se igualmente na postura mais “afirmativa” do i30 N Line.

É o caso, por exemplo, da suspensão recalibrada e que veio reduzir a altura ao solo, ou ainda dos discos de travão dianteiros de maiores dimensões, visíveis através das jantes de 18″ específicas desta versão. Soluções que, no fundo, confirmam o prometido: é muito aspecto, sim… mas não só!

Interior

10/10

Pontuação: 10/10

Colocados os primeiros pontos nos iis através de um visual exterior que não esconde aquilo que se anuncia, o Hyundai i30 N Line faz questão de transmitir essa mesma certeza, a quem com ele viaja. Acrescentando à sólida e já reconhecida qualidade de construção, pormenores e soluções capazes de marcar a diferença.

Embora sem alterações significativas nas linhas ou até mesmo nos materiais que revestem o tablier – e, particularmente em algumas superfícies mais expostas, até merecia!… -, o i30 N Line não esconde opção declarada por um reforço do papel do condutor. O qual, além de um banco mais desportivo em couro e alcântara, a proporcionar excelente encaixe do corpo e posição de condução (fruto também dos amplos ajustes e assento extensível…), dispõe ainda de um volante na mesma linha, revestido a couro perfurado e com óptima pega – quase apetece dizer que só lhe falta mesmo os dois botõezinhos azuis que têm o condão de radicalizar a personalidade do i30 N, mas isso, talvez já fosse pedir demais…

Igualmente a fazer a diferença, não somente os pedais “naturalmente” em alumínio, como em qualquer bom desportivo que se preze, mas também uma nova manche da caixa de velocidade, revestida com os melhores materiais e de pega excelente. Onde não falta sequer a letrinha “N” desenhada na bola…

Quanto ao restante, pouco a destacar, mas não por desagradar; pelo contrário, o i30 N Line copia o excelente acesso e habitabilidade para cinco ocupantes da versão mais “civilizada”, além da ergonomia e funcionalidade sem falhas de maior, que ajudaram a projectar a nova geração do hatchback sul-coreano. O qual, também nesta versão mais picante, continua a oferecer uma bagageira capaz de responder, com os seus quase 400 litros de capacidade, às necessidades ditas normais de uma família – não apenas numa utilização do dia-a-dia, como também em alturas de necessidade de mais espaço de carga. Altura em que o fácil rebatimento (60/40) das costas dos bancos traseiros permite disfrutar de uma área com mais de 1.300 litros de capacidade, a partir de um piso liso e que, por baixo, tem ainda um alçapão a toda a dimensão do espaço…

Equipamento

9/10

Pontuação: 9/10

Apontado como uma espécie de versão topo de gama na oferta i30 – repetimo-lo: vamos esquecer o i30 N… -, o Hyundai i30 N Line contempla, de série, praticamente tudo aquilo que é possível ter no  hatchback sul-coreano. Levando a que, de uma potencial lista de opcionais, pouco mais faça parte que… a pintura metalizada, por 430€!

Assim, garantido com os 28.750€ que i30 1.4 T-GDi N Line custa à partida, está o alarme e imobilizador, a ajuda ao arranque em subidas (HAC), câmara de estacionamento traseira com linhas auxiliares dinâmica, sensores de estacionamento traseiros, aviso de perda de pressão nos pneus, alerta de fadiga do condutor (DAA), sistema de controlo automático dos máximos (HBA), sistema de manutenção na faixa de rodagem e travagem autónoma de emergência (AEB) com sistema de alerta de colisão dianteira (FCWS).

Incluído está ainda, além das já referidas jantes de 18″ com pneus Michelin Pilot Sport 4 – um exclusivo desta motorização, já que o 1.0 T-GDi fica-se pelas jantes de 17″… -, o Cruise Control com limitador de velocidade e comandos no volante, sistema de navegação, ecrã táctil de 8″, e sistema de ar condicionado automático.

Sendo também certo que os argumentos não ficam por aqui…

Consumos

/10

Pontuação: 8/10

Desenvolto nas prestações, o 1.4 T-GDI a gasolina que a Hyundai propõe, como motorização mais potente, naquele que é o primeiro elemento da futura (e já prometida) “família” N Line, acaba revelando ainda mais presença, no que aos consumos diz respeito. Exigindo mesmo alguns cuidados no acelerador, para que, nomeadamente no trânsito citadino, as médias não se aproximem demasiado dos 10 l/100 km!

Controlado o desejo inato de viver mais perto dos limites (do motor… e do condutor!) e encarada de forma mais descontraída a intervenção do acelerador, possibilidade, no entanto, de manter os valores de referência a rondar os 8 litros. Isto, já com o contributo de um Stop&Start discreto nas intervenções, mas também sem o apoio de qualquer modo específico de funcionamento do motor, focado nos consumos…

Ao Volante

9/10

Pontuação: 9/10

Partindo de uma plataforma de méritos já demonstrados, que aliás partilha com todos os restantes elementos da cada vez maior família i30, o Hyundai i30 1.4 T-GDi N Line conta depois com uma suspensão afinada “à medida” e mais firme que nas versões de postura mais familiar, além de com um conjunto de pneumáticos Michelin Pilot Sport 4, a prometerem melhor tracção e segurança.

Impulsionado por um quatro cilindros igualmente optimizado na resposta, a que se junta ainda um sistema de travagem com discos de maiores dimensões à frente, o i30 N Line surge assim preparado de base para, comparativamente aos irmãos mais “convencionais”, oferecer sensações mais desportivas ao volante. Acentuadas pela excelente posição de condução, mas também e principalmente, por uma real maior eficácia em curva.

Mesmo com uma direcção que poderia/merecia ser mais informativa, o excelente desempenho daquela que é a base rolante do i30 N Line, rapidamente contribui para o aumentar da confiança na forma como nos fazemos à estrada. Com a anunciada garantia de uma maior capacidade de travagem – prontamente confirmada, aliás, logo nas primeiras “convocatórias”… -, a ajudar à forma cada vez mais confiante como nos envolvemos na condução.

Juntando à estabilidade e segurança no desempenho, um nível de conforto bastante convincente, torna-se assim também difícil não nos deixarmos levar pela maior irreverência de um propulsor que facilmente desperta vontades escondidas. E que, integrado num conjunto de reacções mais apuradas, ajuda a fazer deste Hyundai i30 1.4 T-GDi N Line, a primeira etapa de preparação para o verdadeiro “poço de emoções” que é o desportivo por excelência: o i30 N.

Também por isso, custa consideravelmente menos…

Motor

9/10

Pontuação: 9/10

Disponível em Portugal com duas motorizações a gasolina – 1.0 T-GDi de 120 cv e 1.4 T-GDi de 140 cv – e uma a gasóleo – 1.6 CRDi de 136 cv -, o i30 versão N Line com que tivemos oportunidade de andar, envergava o bloco mais potente: um quatro cilindros 1,4 litros a gasolina com injeção direta e turbocompressor, a anunciar 140 cv de potência às 6000 rpm e 242 Nm de binário, logo a partir das 1500 rpm.

Conjugado com uma competente e agradável no operar caixa manual de seis velocidades, este 1.4 T-GDi mostra-se uma óptima solução, marcada não somente por um acordar madrugador, como também por uma subida de regime muito linear e despachada (0 aos 100 km/h em menos de 10s…), mais emotiva à medida que nos aproximamos da ponta final do conta-rotações. Neste último caso, consequência também de uma sonoridade desportiva, trabalhada, e cativante – ok, não tanto quanto a do i30 N, mas, ainda assim…

Balanço Final

10/10

Pontuação: 10/10

Fica a léguas do poderoso i30 N, não podendo sequer reivindicar o epíteto de verdadeiro desportivo; mas, ainda assim, este Hyundai i30 1.4 T-GDi N Line tem o condão de conseguir mostrar aquilo que é o prazer da condução! Encarado à partida como o familiar compacto que é, a verdade é que, com esta espécie de poção mágica chamada N Line, o i30 oferece uma outra envolvência, sem que, para tal, seja preciso pagar os mais de 40 mil euros que custa um “N” genuíno. Qualidade que, somada aos importantes argumentos familiares, torna esta variante merecedora de todo o sucesso que vier a conquistar…

Concorrentes

Alfa Romeo Giulietta 1.4 Multiair Turbo Sport, 150 cv, 10,3s 0-100 km/h, 195 km/h, 7,2 l/100 km, 127 g/km CO2, 26 950€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Honda Civic 1.5 i-VTEC Dynamic, 130 cv, 10,0s 0-100 km/h, 190 Km/h, 5,4 l/100 km, 149 g/km CO2, 24 575€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Opel Astra 1.4 Turbo Dynamic, 150 cv, 8,5s 0-100 km/h, 215 km/h, 5,4 l/100 km, 125 g/km CO2, 26 100€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Peugeot 308 1.2 PureTech GT Line, 130 cv, 10,2s 0-100 km/h, 210 Km/h, 5,2 l/100 km, 144 g/km CO2, 29 620€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

SEAT Leon 1.5 TSI EVO FR, 150cv, 8,2s 0-100 km/h, 215 km/h, 5,1 l/100 km, 117 g/km CO2, 27 930€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Volkswagen Golf 1.5 TSI Stream, 150cv, 8,3s 0-100 km/h, 216 km/h, 5,1 l/100 km, 136 g/km CO2, 28 642€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Ficha Técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha a gasolina, com injecção directa, turbocompressor e intercooler

Cilindrada (cm3): 1.353

Diâmetro x curso (mm): 71,6 x 84

Taxa compressão: 10 : 1

Potência máxima (cv/rpm): 140/6.000

Binário máximo (Nm/rpm): 242 /1.500

Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa manual de seis velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica

Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson; Multi-Link

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos sólidos

Prestações e consumos 

Aceleração: 0-100 km/h (s): 9,1s

Velocidade máxima (km/h): 210

Consumos Low/High/Combined (l/100 km WLTP): 8,2/5,6/6,5

Emissões de CO2 (g/km WLTP): 147/148

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,340/1,795/1,455

Distância entre eixos (mm): 2,650

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.553/1.567

Peso (kg): 1.204

Capacidade da bagageira (l): 395/1.301

Depósito de combustível (l): 50

Pneus (fr/tr): 225/40 ZR18 / 225/40 R18

Preço da versão ensaiada com campanha de financiamento (Euros): 26.750€

Mais/Menos


Mais

Envolvência na condução, comportamento, posição de condução

Menos

Consumos, visibilidade traseira, ausência de sistema de modos de condução

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 28750€

Preço da versão base (Euros): €

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação: 9/10

Anunciado como a variante de inspiração mais desportiva, dentro daquilo que é a oferta i30 mais convencional – esqueçamos, por isso, a proposta à parte que é o i30 N… -, o hatchback Hyundai i30 N Line é a resposta do construtor de Seul, à preferência do mercado por variantes, visualmente mais agressivas, de modelos familiares.

No caso específico daquele que é também o primeiro elemento da futura família N Line, a qual deverá contar no futuro com derivações de praticamente todos os modelos Hyundai, a transformação passa, assim e desde logo, por vários pormenores estéticos “importados” daquele que é o verdadeiro e único desportivo da família, o i30 N. A começar, pelos pára-choques – idênticos em praticamente todos os pormenores aos do desportivo, à excepção das “lâminas” inferiores, metalizadas no caso do N Line. Ou ainda das duas ponteiras de escape, separadas no i30 N, juntas sobre o lado direito no i30 N Line, e que, mesmo não tendo o mesmo impacto visual, não deixam, ainda assim, de causar respeito!…

Diferenciando-se, à primeira vista, também pela grelha frontal específica e logótipos “N Line” presentes nas laterais e traseira, a favor deste i30 N Line joga ainda o facto da transformação não se limitar à estética, mas englobar igualmente aspectos técnicos. Com as alterações a manifestarem-se igualmente na postura mais “afirmativa” do i30 N Line.

É o caso, por exemplo, da suspensão recalibrada e que veio reduzir a altura ao solo, ou ainda dos discos de travão dianteiros de maiores dimensões, visíveis através das jantes de 18″ específicas desta versão. Soluções que, no fundo, confirmam o prometido: é muito aspecto, sim… mas não só!

Interior

Pontuação: 10/10

Colocados os primeiros pontos nos iis através de um visual exterior que não esconde aquilo que se anuncia, o Hyundai i30 N Line faz questão de transmitir essa mesma certeza, a quem com ele viaja. Acrescentando à sólida e já reconhecida qualidade de construção, pormenores e soluções capazes de marcar a diferença.

Embora sem alterações significativas nas linhas ou até mesmo nos materiais que revestem o tablier – e, particularmente em algumas superfícies mais expostas, até merecia!… -, o i30 N Line não esconde opção declarada por um reforço do papel do condutor. O qual, além de um banco mais desportivo em couro e alcântara, a proporcionar excelente encaixe do corpo e posição de condução (fruto também dos amplos ajustes e assento extensível…), dispõe ainda de um volante na mesma linha, revestido a couro perfurado e com óptima pega – quase apetece dizer que só lhe falta mesmo os dois botõezinhos azuis que têm o condão de radicalizar a personalidade do i30 N, mas isso, talvez já fosse pedir demais…

Igualmente a fazer a diferença, não somente os pedais “naturalmente” em alumínio, como em qualquer bom desportivo que se preze, mas também uma nova manche da caixa de velocidade, revestida com os melhores materiais e de pega excelente. Onde não falta sequer a letrinha “N” desenhada na bola…

Quanto ao restante, pouco a destacar, mas não por desagradar; pelo contrário, o i30 N Line copia o excelente acesso e habitabilidade para cinco ocupantes da versão mais “civilizada”, além da ergonomia e funcionalidade sem falhas de maior, que ajudaram a projectar a nova geração do hatchback sul-coreano. O qual, também nesta versão mais picante, continua a oferecer uma bagageira capaz de responder, com os seus quase 400 litros de capacidade, às necessidades ditas normais de uma família – não apenas numa utilização do dia-a-dia, como também em alturas de necessidade de mais espaço de carga. Altura em que o fácil rebatimento (60/40) das costas dos bancos traseiros permite disfrutar de uma área com mais de 1.300 litros de capacidade, a partir de um piso liso e que, por baixo, tem ainda um alçapão a toda a dimensão do espaço…

Equipamento

Pontuação: 9/10

Apontado como uma espécie de versão topo de gama na oferta i30 – repetimo-lo: vamos esquecer o i30 N… -, o Hyundai i30 N Line contempla, de série, praticamente tudo aquilo que é possível ter no  hatchback sul-coreano. Levando a que, de uma potencial lista de opcionais, pouco mais faça parte que… a pintura metalizada, por 430€!

Assim, garantido com os 28.750€ que i30 1.4 T-GDi N Line custa à partida, está o alarme e imobilizador, a ajuda ao arranque em subidas (HAC), câmara de estacionamento traseira com linhas auxiliares dinâmica, sensores de estacionamento traseiros, aviso de perda de pressão nos pneus, alerta de fadiga do condutor (DAA), sistema de controlo automático dos máximos (HBA), sistema de manutenção na faixa de rodagem e travagem autónoma de emergência (AEB) com sistema de alerta de colisão dianteira (FCWS).

Incluído está ainda, além das já referidas jantes de 18″ com pneus Michelin Pilot Sport 4 – um exclusivo desta motorização, já que o 1.0 T-GDi fica-se pelas jantes de 17″… -, o Cruise Control com limitador de velocidade e comandos no volante, sistema de navegação, ecrã táctil de 8″, e sistema de ar condicionado automático.

Sendo também certo que os argumentos não ficam por aqui…

Consumos

Pontuação: 8/10

Desenvolto nas prestações, o 1.4 T-GDI a gasolina que a Hyundai propõe, como motorização mais potente, naquele que é o primeiro elemento da futura (e já prometida) “família” N Line, acaba revelando ainda mais presença, no que aos consumos diz respeito. Exigindo mesmo alguns cuidados no acelerador, para que, nomeadamente no trânsito citadino, as médias não se aproximem demasiado dos 10 l/100 km!

Controlado o desejo inato de viver mais perto dos limites (do motor… e do condutor!) e encarada de forma mais descontraída a intervenção do acelerador, possibilidade, no entanto, de manter os valores de referência a rondar os 8 litros. Isto, já com o contributo de um Stop&Start discreto nas intervenções, mas também sem o apoio de qualquer modo específico de funcionamento do motor, focado nos consumos…

Ao volante

Pontuação: 9/10

Partindo de uma plataforma de méritos já demonstrados, que aliás partilha com todos os restantes elementos da cada vez maior família i30, o Hyundai i30 1.4 T-GDi N Line conta depois com uma suspensão afinada “à medida” e mais firme que nas versões de postura mais familiar, além de com um conjunto de pneumáticos Michelin Pilot Sport 4, a prometerem melhor tracção e segurança.

Impulsionado por um quatro cilindros igualmente optimizado na resposta, a que se junta ainda um sistema de travagem com discos de maiores dimensões à frente, o i30 N Line surge assim preparado de base para, comparativamente aos irmãos mais “convencionais”, oferecer sensações mais desportivas ao volante. Acentuadas pela excelente posição de condução, mas também e principalmente, por uma real maior eficácia em curva.

Mesmo com uma direcção que poderia/merecia ser mais informativa, o excelente desempenho daquela que é a base rolante do i30 N Line, rapidamente contribui para o aumentar da confiança na forma como nos fazemos à estrada. Com a anunciada garantia de uma maior capacidade de travagem – prontamente confirmada, aliás, logo nas primeiras “convocatórias”… -, a ajudar à forma cada vez mais confiante como nos envolvemos na condução.

Juntando à estabilidade e segurança no desempenho, um nível de conforto bastante convincente, torna-se assim também difícil não nos deixarmos levar pela maior irreverência de um propulsor que facilmente desperta vontades escondidas. E que, integrado num conjunto de reacções mais apuradas, ajuda a fazer deste Hyundai i30 1.4 T-GDi N Line, a primeira etapa de preparação para o verdadeiro “poço de emoções” que é o desportivo por excelência: o i30 N.

Também por isso, custa consideravelmente menos…

Concorrentes

Alfa Romeo Giulietta 1.4 Multiair Turbo Sport, 150 cv, 10,3s 0-100 km/h, 195 km/h, 7,2 l/100 km, 127 g/km CO2, 26 950€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Honda Civic 1.5 i-VTEC Dynamic, 130 cv, 10,0s 0-100 km/h, 190 Km/h, 5,4 l/100 km, 149 g/km CO2, 24 575€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Opel Astra 1.4 Turbo Dynamic, 150 cv, 8,5s 0-100 km/h, 215 km/h, 5,4 l/100 km, 125 g/km CO2, 26 100€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Peugeot 308 1.2 PureTech GT Line, 130 cv, 10,2s 0-100 km/h, 210 Km/h, 5,2 l/100 km, 144 g/km CO2, 29 620€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

SEAT Leon 1.5 TSI EVO FR, 150cv, 8,2s 0-100 km/h, 215 km/h, 5,1 l/100 km, 117 g/km CO2, 27 930€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Volkswagen Golf 1.5 TSI Stream, 150cv, 8,3s 0-100 km/h, 216 km/h, 5,1 l/100 km, 136 g/km CO2, 28 642€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Motor

Pontuação: 9/10

Disponível em Portugal com duas motorizações a gasolina – 1.0 T-GDi de 120 cv e 1.4 T-GDi de 140 cv – e uma a gasóleo – 1.6 CRDi de 136 cv -, o i30 versão N Line com que tivemos oportunidade de andar, envergava o bloco mais potente: um quatro cilindros 1,4 litros a gasolina com injeção direta e turbocompressor, a anunciar 140 cv de potência às 6000 rpm e 242 Nm de binário, logo a partir das 1500 rpm.

Conjugado com uma competente e agradável no operar caixa manual de seis velocidades, este 1.4 T-GDi mostra-se uma óptima solução, marcada não somente por um acordar madrugador, como também por uma subida de regime muito linear e despachada (0 aos 100 km/h em menos de 10s…), mais emotiva à medida que nos aproximamos da ponta final do conta-rotações. Neste último caso, consequência também de uma sonoridade desportiva, trabalhada, e cativante – ok, não tanto quanto a do i30 N, mas, ainda assim…

Balanço final

Pontuação: 10/10

Fica a léguas do poderoso i30 N, não podendo sequer reivindicar o epíteto de verdadeiro desportivo; mas, ainda assim, este Hyundai i30 1.4 T-GDi N Line tem o condão de conseguir mostrar aquilo que é o prazer da condução! Encarado à partida como o familiar compacto que é, a verdade é que, com esta espécie de poção mágica chamada N Line, o i30 oferece uma outra envolvência, sem que, para tal, seja preciso pagar os mais de 40 mil euros que custa um “N” genuíno. Qualidade que, somada aos importantes argumentos familiares, torna esta variante merecedora de todo o sucesso que vier a conquistar…

Mais

Envolvência na condução, comportamento, posição de condução

Menos

Consumos, visibilidade traseira, ausência de sistema de modos de condução

Ficha técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha a gasolina, com injecção directa, turbocompressor e intercooler

Cilindrada (cm3): 1.353

Diâmetro x curso (mm): 71,6 x 84

Taxa compressão: 10 : 1

Potência máxima (cv/rpm): 140/6.000

Binário máximo (Nm/rpm): 242 /1.500

Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa manual de seis velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica

Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson; Multi-Link

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos sólidos

Prestações e consumos 

Aceleração: 0-100 km/h (s): 9,1s

Velocidade máxima (km/h): 210

Consumos Low/High/Combined (l/100 km WLTP): 8,2/5,6/6,5

Emissões de CO2 (g/km WLTP): 147/148

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,340/1,795/1,455

Distância entre eixos (mm): 2,650

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.553/1.567

Peso (kg): 1.204

Capacidade da bagageira (l): 395/1.301

Depósito de combustível (l): 50

Pneus (fr/tr): 225/40 ZR18 / 225/40 R18

Preço da versão ensaiada com campanha de financiamento (Euros): 26.750€

Preço da versão ensaiada (Euros): 28750€