Mazda MX-5 RF 1.5 Skyactiv-G – Ensaio Teste

By on 27 Setembro, 2020

Mazda MX-5 RF 1.5 Skyactiv-G

Texto: Guilherme André

Pequeno, mas estimulante

Sensivelmente três décadas e quatro gerações depois, o Mazda MX-5 continua a ser um roadster pensado para os entusiastas dos automóveis. Com baixo peso, dois lugares, tração traseira e caixa manual, rapidamente percebemos que temos tudo o que é necessário para uma condução divertida “à antiga”. A unidade ensaiada é o MX-5 na versão RF 1.5 Skyactiv-G de 132 cavalos com o nível de equipamento Evolve, ou seja, é o roadster hard-top mais acessível do mercado. A título de curiosidade, em 2019, esta variante RF (53%) registou um maior número de vendas face à variante soft-top (47%), enquanto o motor 1.5 Skyactiv-G é, de longe, o preferido dos clientes, ou seja, temos em ensaio a combinação que mais procurada em Portugal.


Mais:

Comportamento, motor, design.

Menos:

Espaço habitáculo, bagageira.

Exterior

8/10

Exterior (8/10) No exterior a marca nipónica foi evoluindo o design desde a primeira geração NA, mas sem fugir às linhas que o tornaram mítico. Hoje é um roadster moderno, de pequenas dimensões e com um visual desportivo e simples. Na dianteira tem uma grelha em preto e as luzes diurnas são separadas dos faróis, localizadas numa zona inferior. Na versão RF a abertura da capota é automática com processo de abertura realizado em 13 segundos, ao contrário da versão de lona em que todo o trabalho tem de ser feito à mão. A carroçaria da unidade ensaiada está revestida pela cor opcional Polymetal Gray, enquanto as jantes de 16 polegadas são de série.

Interior

6/10

Interior (6/10) No habitáculo o MX-5, os passageiros têm alguma dificuldade em entrar, principalmente quando a capota está fechada, mas ambos vão sentados nos bancos em pele, porém o espaço é algo reduzido. Uma das novidades trazidas pelo mais recente restyling foi a regulação em profundidade da coluna de direção, anteriormente apenas era possível realizar o ajuste em altura, que permite obter uma postura mais correta ao volante. Ao centro do tablier encontramos um ecrã, que pode ser comandado com o manípulo circular na consola, onde são transmitidas as informações do sistema de infotainment que inclui as funções de conectividade Apple CarPlay e Android Auto. Nesta variante Evolve o visual é sóbrio e simples com um revestimento em preto sem grandes “luxos”. Um dos pontos menos bons passa pelos poucos espaços de arrumação no habitáculo, sendo o compartimento ao centro atrás dos dois bancos o principal apoio, visto que não existe porta-luvas. Tudo o que não couber no interior, pode sempre ser levado na bagageira que oferece 127 litros, um valor algo curto, mas o suficiente para levar duas bagagens de mão e mais qualquer “coisinha”.

Equipamento

7/10

Equipamento (7/10) Apesar de ser o nível de equipamento mais acessível, a unidade ensaiada está equipada com os dois opcionais disponíveis. Falamos do Pack HS que acrescenta ar condicionado automático, sensor de luminosidade, sensor de chuva e bancos aquecidos. Já o Navi acrescenta, como o nome indica, navegação.

Consumos

/10

Consumos (7/10) Passando para os consumos, a Mazda anuncia 6,3 l/100 km. Aqui no Automais, após uma condução diária, realizámos uma média de 7 l/100 km. Caso queira “espremer” os 132 cavalos do roadster, saiba que os valores sobem para valores superiores a 8 l/100km.

Ao Volante

9/10

Ao volante (9/10)Ao volante estamos sentados perto do chão, aliás, ficamos pela porta da maioria dos SUV que passamos na cidade. Apesar de ser um roadster confortável, não é em ambiente urbano que o MX-5 se “sente em casa”. De facto, é longe da confusão, com estrada livre, que realmente disfrutamos deste Mazda MX-5. Num trajeto mais sinuoso, o baixo peso, associado a uma direção precisa, o MX-5 mostra que é possível ter uma condução mais divertida e, se desligar o controlo de tração no botão situado no lado esquerdo do volante, vai perceber que a traseira desliza com facilidade, sem que nunca se sinta descontrolado. Tudo isto é acompanhado por uma caixa manual de seis velocidades curta. Se o tempo o permitir, pode sempre abrir a capota e desfrutar do som proveniente do motor 1.5 Skyactiv-G atmosférico de 132 cavalos, o mais contido da gama, mas que chega perfeitamente para uma utilização diária. Ao ralenti é bastante discreto, mas à medida que as rotações vão subindo, vamos percebendo que tem uma sonoridade apurada e desportiva. Mesmo em autoestrada é fácil manter o veículo no limite de velocidade, sem que para isso seja necessário recorrer em demasia ao acelerador. Para além disso, apesar das dimensões e peso, consegue ser um carro estável a velocidades mais elevadas. Se pretender um pouco mais de potência no roadster nipónico, saiba que há ainda na gama de motores o 2.0 litros a gasolina com 184 cavalos.

Motor

8/10

Motor (8/10) O Mazda MX-5 ensaiado está equipado com o motor 1.5 Skyactiv-G, o mais contido da gama. O quatro cilindros em linha debita 132 cavalos às 7000 rpm e 152 Nm de binário às 4500 rpm. Isto permite acelerar dos 0 aos 100 km/h em 8,6 segundos e atingir uma velocidade máxima de 203 km/h. Longe de ter uma potência que se diga “desportiva”, é mais do que suficiente quando olhamos para o peso. Este surge associado a uma transmissão manual de seis velocidades.

Balanço Final

8/10

Balanço final (8/10) Mesmo nesta quarta geração, o Mazda MX-5 continua a ser um carro para quem quer divertir-se ao volante e a receita é simples: tração traseira, caixa manual, baixo peso. Mesmo nesta variante RF e com o nível de equipamento mais acessível, continua a ter o necessário para satisfazer os condutores que procuram um carro que apele à emoção. Caso tenha um gosto mais exigente no que diz respeito ao equipamento, deve optar por uma variante mais recheada que, consequentemente, tem um preço mais elevado.

Concorrentes

Toyota GT86, 1998 cc, gasolina, atmosférico, 200 cavalos, 205 Nm de binário; 0 aos 100 km/h em 7,6 segundos; velocidade máxima de 226 km/h; 1297 kg de peso. BMW Z4 sDrive20i, 1998cc, gasolina, turbo, 197 cv, 320 Nm de binário; 0 aos 100 km/h em 6,8; velocidade máxima de 241 km/h; 1495 kg de peso

Ficha Técnica

Motor Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, atmosférico, gasolina; cilindrada: 1496 cc; Diâmetro x curso (mm): 74,5 x 85,8; potência máxima: 132 cavalos às 7000 rpm; binário máximo: 152 Nm às 4500 rpm; transmissão: manual de seis velocidades; Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente; Suspensão (ft/tr): triângulos duplos/ multi-link; travões (ft/tr): discos ventilados/discos sólidos; Prestações e consumos – aceleração dos 0 aos 100 km/h: 8,6 segundos; Velocidade máxima: 203 km/h; Consumo misto: 6,3 l/100 km; emissões CO2: 145 g/km. Dimensões e pesos – Comprimento/largura/ altura (mm): 3915 mm / 1918 mm / 1230 mm; distância entre eixos: 2310 mm; largura de vias (ft/tr): 1495 mm/1505 mm; peso: 1105 kg; capacidade de bagageira: 127 litros; Depósito de combustível: 45 litros; pneus (ft/tr): 195/50R16 / 195/50R16;

Mais/Menos


Mais

Comportamento, motor, design.

Menos

Espaço habitáculo, bagageira.

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 34364€

Preço da versão base (Euros): 31264€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Exterior (8/10) No exterior a marca nipónica foi evoluindo o design desde a primeira geração NA, mas sem fugir às linhas que o tornaram mítico. Hoje é um roadster moderno, de pequenas dimensões e com um visual desportivo e simples. Na dianteira tem uma grelha em preto e as luzes diurnas são separadas dos faróis, localizadas numa zona inferior. Na versão RF a abertura da capota é automática com processo de abertura realizado em 13 segundos, ao contrário da versão de lona em que todo o trabalho tem de ser feito à mão. A carroçaria da unidade ensaiada está revestida pela cor opcional Polymetal Gray, enquanto as jantes de 16 polegadas são de série.

Interior

Interior (6/10) No habitáculo o MX-5, os passageiros têm alguma dificuldade em entrar, principalmente quando a capota está fechada, mas ambos vão sentados nos bancos em pele, porém o espaço é algo reduzido. Uma das novidades trazidas pelo mais recente restyling foi a regulação em profundidade da coluna de direção, anteriormente apenas era possível realizar o ajuste em altura, que permite obter uma postura mais correta ao volante. Ao centro do tablier encontramos um ecrã, que pode ser comandado com o manípulo circular na consola, onde são transmitidas as informações do sistema de infotainment que inclui as funções de conectividade Apple CarPlay e Android Auto. Nesta variante Evolve o visual é sóbrio e simples com um revestimento em preto sem grandes “luxos”. Um dos pontos menos bons passa pelos poucos espaços de arrumação no habitáculo, sendo o compartimento ao centro atrás dos dois bancos o principal apoio, visto que não existe porta-luvas. Tudo o que não couber no interior, pode sempre ser levado na bagageira que oferece 127 litros, um valor algo curto, mas o suficiente para levar duas bagagens de mão e mais qualquer “coisinha”.

Equipamento

Equipamento (7/10) Apesar de ser o nível de equipamento mais acessível, a unidade ensaiada está equipada com os dois opcionais disponíveis. Falamos do Pack HS que acrescenta ar condicionado automático, sensor de luminosidade, sensor de chuva e bancos aquecidos. Já o Navi acrescenta, como o nome indica, navegação.

Consumos

Consumos (7/10) Passando para os consumos, a Mazda anuncia 6,3 l/100 km. Aqui no Automais, após uma condução diária, realizámos uma média de 7 l/100 km. Caso queira “espremer” os 132 cavalos do roadster, saiba que os valores sobem para valores superiores a 8 l/100km.

Ao volante

Ao volante (9/10)Ao volante estamos sentados perto do chão, aliás, ficamos pela porta da maioria dos SUV que passamos na cidade. Apesar de ser um roadster confortável, não é em ambiente urbano que o MX-5 se “sente em casa”. De facto, é longe da confusão, com estrada livre, que realmente disfrutamos deste Mazda MX-5. Num trajeto mais sinuoso, o baixo peso, associado a uma direção precisa, o MX-5 mostra que é possível ter uma condução mais divertida e, se desligar o controlo de tração no botão situado no lado esquerdo do volante, vai perceber que a traseira desliza com facilidade, sem que nunca se sinta descontrolado. Tudo isto é acompanhado por uma caixa manual de seis velocidades curta. Se o tempo o permitir, pode sempre abrir a capota e desfrutar do som proveniente do motor 1.5 Skyactiv-G atmosférico de 132 cavalos, o mais contido da gama, mas que chega perfeitamente para uma utilização diária. Ao ralenti é bastante discreto, mas à medida que as rotações vão subindo, vamos percebendo que tem uma sonoridade apurada e desportiva. Mesmo em autoestrada é fácil manter o veículo no limite de velocidade, sem que para isso seja necessário recorrer em demasia ao acelerador. Para além disso, apesar das dimensões e peso, consegue ser um carro estável a velocidades mais elevadas. Se pretender um pouco mais de potência no roadster nipónico, saiba que há ainda na gama de motores o 2.0 litros a gasolina com 184 cavalos.

Concorrentes

Toyota GT86, 1998 cc, gasolina, atmosférico, 200 cavalos, 205 Nm de binário; 0 aos 100 km/h em 7,6 segundos; velocidade máxima de 226 km/h; 1297 kg de peso. BMW Z4 sDrive20i, 1998cc, gasolina, turbo, 197 cv, 320 Nm de binário; 0 aos 100 km/h em 6,8; velocidade máxima de 241 km/h; 1495 kg de peso

Motor

Motor (8/10) O Mazda MX-5 ensaiado está equipado com o motor 1.5 Skyactiv-G, o mais contido da gama. O quatro cilindros em linha debita 132 cavalos às 7000 rpm e 152 Nm de binário às 4500 rpm. Isto permite acelerar dos 0 aos 100 km/h em 8,6 segundos e atingir uma velocidade máxima de 203 km/h. Longe de ter uma potência que se diga “desportiva”, é mais do que suficiente quando olhamos para o peso. Este surge associado a uma transmissão manual de seis velocidades.

Balanço final

Balanço final (8/10) Mesmo nesta quarta geração, o Mazda MX-5 continua a ser um carro para quem quer divertir-se ao volante e a receita é simples: tração traseira, caixa manual, baixo peso. Mesmo nesta variante RF e com o nível de equipamento mais acessível, continua a ter o necessário para satisfazer os condutores que procuram um carro que apele à emoção. Caso tenha um gosto mais exigente no que diz respeito ao equipamento, deve optar por uma variante mais recheada que, consequentemente, tem um preço mais elevado.

Mais

Comportamento, motor, design.

Menos

Espaço habitáculo, bagageira.

Ficha técnica

Motor Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, atmosférico, gasolina; cilindrada: 1496 cc; Diâmetro x curso (mm): 74,5 x 85,8; potência máxima: 132 cavalos às 7000 rpm; binário máximo: 152 Nm às 4500 rpm; transmissão: manual de seis velocidades; Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente; Suspensão (ft/tr): triângulos duplos/ multi-link; travões (ft/tr): discos ventilados/discos sólidos; Prestações e consumos – aceleração dos 0 aos 100 km/h: 8,6 segundos; Velocidade máxima: 203 km/h; Consumo misto: 6,3 l/100 km; emissões CO2: 145 g/km. Dimensões e pesos – Comprimento/largura/ altura (mm): 3915 mm / 1918 mm / 1230 mm; distância entre eixos: 2310 mm; largura de vias (ft/tr): 1495 mm/1505 mm; peso: 1105 kg; capacidade de bagageira: 127 litros; Depósito de combustível: 45 litros; pneus (ft/tr): 195/50R16 / 195/50R16;

Preço da versão ensaiada (Euros): 34364€
Preço da versão base (Euros): 31264€