Mercedes-Benz E 300de Station – Ensaio Teste

By on 25 Fevereiro, 2021

Mercedes-Benz E 300de Station – Ensaio Teste

Texto: Guilherme André

Luxo premium para toda a família com Diesel eletrificado

A Mercedes-Benz está a atualizar praticamente toda a gama e o Classe E não fugiu à regra. Apesar das melhorias estéticas e do reforço tecnológico, a marca alemã decidiu, e bem, manter as variantes híbridas plug-in, principalmente a versão “de” que conjuga une um motor Diesel a um propulsor elétrico. Esta solução representa 66% das vendas da gama do Classe E. Será esta a melhor maneira de manter o gasóleo “vivo”?


Mais:

Consumos, resposta do motor, conforto

Menos:

degrau na bagageira, preço de alguns opcionais

Exterior

8/10

Exterior (8/10) A atual geração do Mercedes-Benz Classe E foi lançada em 2016 e, por isso, estava a pedir uma renovação para se manter competitiva num mercado em constante desenvolvimento. Ao nível de design, a Classe E Station apresenta melhorias bastante discretas. Na secção dianteira recebe para-choques redesenhado, uma grelha atualizada e faróis Full LED de série. De referir que a unidade em ensaio conta com a tecnologia Multibeam LED, um opcional que pertence ao Pack Premium Plus.

Por falar em opcionais, a Mercedes-Benz E 300de Station que testámos conta ainda com a linha AMG (3100€) que, tal como o nome indica, garante um visual mais dinâmico e desportivo face às versões base.

Interior

8/10

Interior (8/10) No interior, a carrinha alemã está recheada de tecnologia, mas também conforto a todos os passageiros. A construção é referencial e conta com materiais de qualidade premium, tal como se pede numa carrinha em que o preço base é superior a 70 mil euros. Sentados no banco do condutor, temos à nossa frente os dois ecrãs digitais opcionais ligados entre si com 12,3 polegadas (10,25 de série). O condutor tem também o novo volante da Mercedes com três raios duplos e comandos táteis. Estes permitem comandar grande parte das funcionalidades do painel de instrumentos e sistema de infotainment.

No capítulo da habitabilidade, tanto os passageiros dianteiros como os da segunda fila de bancos viajam com conforto. Atrás, o espaço para pernas abunda, contudo, o túnel central perturba um pouco o ocupante do meio. O ponto menos positivo desta versão híbrida plug-in encontra-se na bagageira. Com a inclusão das baterias existe, literalmente, um degrau que, para além de reduzir o volume de 640 (versões a combustão) para 480 litros, torna a bagageira pouco funcional. Ao nível de tecnologia, o Classe E beneficia da mais recente geração do sistema de infotainment MBUX que, nesta variante híbrida plug-in apresenta menus específicos.

Equipamento

8/10

Equipamento (8/10) Ao nível de equipamento, a Mercedes-Benz E 300de Station tem um bom recheio de série. Contudo, é fácil perdermo-nos na longa lista de opcionais fornecida pela marca alemã, algo que aumenta bastante o preço final do veículo. A unidade em ensaio está equipada com Pack Night (569€), linha AMG (2602€), Pack Premium Plus (5285€). 

Consumos

/10

Consumos (9/10) Numa altura em que a indústria automóvel está a pôr de parte as motorizações Diesel, a Mercedes-Benz ainda aposta neste tipo de combustível e é nos consumos que percebemos o porquê. Durante o nosso ensaio, conseguimos um consumo de 3.0 l/100 km depois de percorrermos exatamente 100 quilómetros. Mesmo quando a autonomia elétrica acaba, e o motor a combustão passa a ter uma utilização frequente, é relativamente fácil realizar uma média inferior a 5 l/100 km.

Quando recorremos ao modo de condução Battery Level, que reserva a carga existente na bateria para uma utilização posterior, ou seja, é um modo exige a utilização do motor a combustão, registámos uma média de 6 l/100 km. De um modo geral, a Mercedes-Benz tem uma motorização com motor Diesel, que por si só já é eficiente, associado a um propulsor elétrico que ajuda a uma redução de consumos ainda superior.

Quanto a autonomia em modo 100% elétrico, a Mercedes-Benz anuncia que é possível percorrer até 50 km segundo o ciclo WLTP. Durante o nosso contacto com a E 300 de Station fizemos 41 km sem utilizar uma gota de combustível. 

Ao Volante

9/10

Ao volante (9/10) Ao volante, é facilmente percetível que a Mercedes-Benz fez um bom trabalho no refinamento e robustez da E 300 de Station. Seja qual for o tipo de percurso, a carrinha garante conforto a todos os passageiros graças a uma afinação de suspensão mais suave, mas sem prejudicar em demasia a agilidade. Tudo isto acompanhado por 306 cavalos e 700 Nm de binário entregues de forma instantânea ao pisar do acelerador, valores suficientes para deixar para trás o trânsito na cidade ou realizar ultrapassagens em autoestrada. Numa utilização mais apressada, o motor responde às necessidades do condutor, mas se o trajeto for sinuoso o peso das baterias faz-se sentir.

O condutor pode ainda escolher no comando Dynamic Select, localizado na consola central, os diferentes modos de condução existente. Para além do já mencionado “Battery Level” (explicado no ponto dos consumos), a versão híbrida plug-in conta ainda com o “Electric” que utiliza o motor 100% elétrico enquanto a bateria tiver carga. Os restantes são os típicos “Eco”, “Sport” e “Comfort”.

Motor

9/10

Motor (9/10) A carrinha E 300de Station está equipada com o motor 2.0 litros de 194 cavalos e 400 Nm de binário, associado a um propulsor elétrico. Quando trabalham em conjunto, atingem uma potência máxima de 306 cavalos e 700 Nm de binário. A potência é entregue às rodas traseiras através da transmissão automática de nove velocidades 9G-Tronic. Com estes números é possível acelerar dos 0 aos 100 km/h em seis segundos, enquanto a velocidade máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h. Apesar de não ser uma carrinha desportiva, nem o pretende ser, tem potência suficiente para satisfazer a grande maioria dos clientes. 

Balanço Final

8/10

Balanço final (8/10) Em suma, a Mercedes-Benz E 300de Station oferece um visual dinâmico, interior verdadeiramente premium e a mais recente tecnologia da marca. Tudo isto é acompanhado por uma motorização híbrida plug-in com bloco Diesel que garante uma das melhores eficiências híbridas do mercado. Desta vez decidimos dar 8 e não 9 apenas por um detalhe que, numa carrinha de cariz familiar, faz toda a diferença: o degrau da bagageira que diminui em demasia o volume da bagageira face às versões em combustão.

Concorrentes

BMW 520e Touring – motor: quatro cilindros 2.0 litros a gasolina + sistema híbrido plug-in; potência combinada: 290 cv e 420 Nm de binário; autonomia elétrica: 57 km; preço base: 68 200€ 

Audi A6 50 TFSIe quattro – Motor: quatro cilindros 2.0 litros a gasolina + sistema híbrido plug-in; potência combinada: 299 cavalos e 450 Nm de binário; autonomia elétrica: 70 km; preço base: 70 658€

Volvo V90 T6 AWD – Motor: quatro cilindros 2.0 litros a gasolina + sistema híbrido plug-in; potência combinada: 390 cv e 590 Nm de binário; autonomia elétrica: 58 km; preço base: 71 090€

Ficha Técnica

Motor                                                                            

Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, turbo, Diesel + sistema híbrido plug-in

Cilindrada (cm3): 1950

Diâmetro x Curso (mm): 82 x 92,3

Taxa de Compressão: n.d.

Bateria (kWh): 13,5

Potência máxima (CV/rpm): 306 cv/n.d.

Binário máximo (Nm/rpm): 700/n.d.

Transmissão: automática de 9 velocidades

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): independente multibraços/independente multibraços

Travões (fr/tr): discos ventilados/discos ventilados

Prestações e consumos 

Aceleração 0-100 km/h (s): 6

Velocidade máxima (km/h): 250

Consumos misto (l/100 km): 1,3

Autonomia elétrica: 50 km (WLTP)

Emissões CO2 (gr/km): 35 g/km 

Dimensões e pesos 

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4945/2065/1476

Distância entre eixos (mm): 2939

Largura de vias (fr/tr mm): 1601/1626

Peso (kg): 2145

Capacidade da bagageira (l): 480

Deposito de combustível (l): 50 + 7

Pneus (fr/tr): 245/45 R18 / 275/40 R18

Mais/Menos


Mais

Consumos, resposta do motor, conforto

Menos

degrau na bagageira, preço de alguns opcionais

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 84050€

Preço da versão base (Euros): 72550€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Exterior (8/10) A atual geração do Mercedes-Benz Classe E foi lançada em 2016 e, por isso, estava a pedir uma renovação para se manter competitiva num mercado em constante desenvolvimento. Ao nível de design, a Classe E Station apresenta melhorias bastante discretas. Na secção dianteira recebe para-choques redesenhado, uma grelha atualizada e faróis Full LED de série. De referir que a unidade em ensaio conta com a tecnologia Multibeam LED, um opcional que pertence ao Pack Premium Plus.

Por falar em opcionais, a Mercedes-Benz E 300de Station que testámos conta ainda com a linha AMG (3100€) que, tal como o nome indica, garante um visual mais dinâmico e desportivo face às versões base.

Interior

Interior (8/10) No interior, a carrinha alemã está recheada de tecnologia, mas também conforto a todos os passageiros. A construção é referencial e conta com materiais de qualidade premium, tal como se pede numa carrinha em que o preço base é superior a 70 mil euros. Sentados no banco do condutor, temos à nossa frente os dois ecrãs digitais opcionais ligados entre si com 12,3 polegadas (10,25 de série). O condutor tem também o novo volante da Mercedes com três raios duplos e comandos táteis. Estes permitem comandar grande parte das funcionalidades do painel de instrumentos e sistema de infotainment.

No capítulo da habitabilidade, tanto os passageiros dianteiros como os da segunda fila de bancos viajam com conforto. Atrás, o espaço para pernas abunda, contudo, o túnel central perturba um pouco o ocupante do meio. O ponto menos positivo desta versão híbrida plug-in encontra-se na bagageira. Com a inclusão das baterias existe, literalmente, um degrau que, para além de reduzir o volume de 640 (versões a combustão) para 480 litros, torna a bagageira pouco funcional. Ao nível de tecnologia, o Classe E beneficia da mais recente geração do sistema de infotainment MBUX que, nesta variante híbrida plug-in apresenta menus específicos.

Equipamento

Equipamento (8/10) Ao nível de equipamento, a Mercedes-Benz E 300de Station tem um bom recheio de série. Contudo, é fácil perdermo-nos na longa lista de opcionais fornecida pela marca alemã, algo que aumenta bastante o preço final do veículo. A unidade em ensaio está equipada com Pack Night (569€), linha AMG (2602€), Pack Premium Plus (5285€). 

Consumos

Consumos (9/10) Numa altura em que a indústria automóvel está a pôr de parte as motorizações Diesel, a Mercedes-Benz ainda aposta neste tipo de combustível e é nos consumos que percebemos o porquê. Durante o nosso ensaio, conseguimos um consumo de 3.0 l/100 km depois de percorrermos exatamente 100 quilómetros. Mesmo quando a autonomia elétrica acaba, e o motor a combustão passa a ter uma utilização frequente, é relativamente fácil realizar uma média inferior a 5 l/100 km.

Quando recorremos ao modo de condução Battery Level, que reserva a carga existente na bateria para uma utilização posterior, ou seja, é um modo exige a utilização do motor a combustão, registámos uma média de 6 l/100 km. De um modo geral, a Mercedes-Benz tem uma motorização com motor Diesel, que por si só já é eficiente, associado a um propulsor elétrico que ajuda a uma redução de consumos ainda superior.

Quanto a autonomia em modo 100% elétrico, a Mercedes-Benz anuncia que é possível percorrer até 50 km segundo o ciclo WLTP. Durante o nosso contacto com a E 300 de Station fizemos 41 km sem utilizar uma gota de combustível. 

Ao volante

Ao volante (9/10) Ao volante, é facilmente percetível que a Mercedes-Benz fez um bom trabalho no refinamento e robustez da E 300 de Station. Seja qual for o tipo de percurso, a carrinha garante conforto a todos os passageiros graças a uma afinação de suspensão mais suave, mas sem prejudicar em demasia a agilidade. Tudo isto acompanhado por 306 cavalos e 700 Nm de binário entregues de forma instantânea ao pisar do acelerador, valores suficientes para deixar para trás o trânsito na cidade ou realizar ultrapassagens em autoestrada. Numa utilização mais apressada, o motor responde às necessidades do condutor, mas se o trajeto for sinuoso o peso das baterias faz-se sentir.

O condutor pode ainda escolher no comando Dynamic Select, localizado na consola central, os diferentes modos de condução existente. Para além do já mencionado “Battery Level” (explicado no ponto dos consumos), a versão híbrida plug-in conta ainda com o “Electric” que utiliza o motor 100% elétrico enquanto a bateria tiver carga. Os restantes são os típicos “Eco”, “Sport” e “Comfort”.

Concorrentes

BMW 520e Touring – motor: quatro cilindros 2.0 litros a gasolina + sistema híbrido plug-in; potência combinada: 290 cv e 420 Nm de binário; autonomia elétrica: 57 km; preço base: 68 200€ 

Audi A6 50 TFSIe quattro – Motor: quatro cilindros 2.0 litros a gasolina + sistema híbrido plug-in; potência combinada: 299 cavalos e 450 Nm de binário; autonomia elétrica: 70 km; preço base: 70 658€

Volvo V90 T6 AWD – Motor: quatro cilindros 2.0 litros a gasolina + sistema híbrido plug-in; potência combinada: 390 cv e 590 Nm de binário; autonomia elétrica: 58 km; preço base: 71 090€

Motor

Motor (9/10) A carrinha E 300de Station está equipada com o motor 2.0 litros de 194 cavalos e 400 Nm de binário, associado a um propulsor elétrico. Quando trabalham em conjunto, atingem uma potência máxima de 306 cavalos e 700 Nm de binário. A potência é entregue às rodas traseiras através da transmissão automática de nove velocidades 9G-Tronic. Com estes números é possível acelerar dos 0 aos 100 km/h em seis segundos, enquanto a velocidade máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h. Apesar de não ser uma carrinha desportiva, nem o pretende ser, tem potência suficiente para satisfazer a grande maioria dos clientes. 

Balanço final

Balanço final (8/10) Em suma, a Mercedes-Benz E 300de Station oferece um visual dinâmico, interior verdadeiramente premium e a mais recente tecnologia da marca. Tudo isto é acompanhado por uma motorização híbrida plug-in com bloco Diesel que garante uma das melhores eficiências híbridas do mercado. Desta vez decidimos dar 8 e não 9 apenas por um detalhe que, numa carrinha de cariz familiar, faz toda a diferença: o degrau da bagageira que diminui em demasia o volume da bagageira face às versões em combustão.

Mais

Consumos, resposta do motor, conforto

Menos

degrau na bagageira, preço de alguns opcionais

Ficha técnica

Motor                                                                            

Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, turbo, Diesel + sistema híbrido plug-in

Cilindrada (cm3): 1950

Diâmetro x Curso (mm): 82 x 92,3

Taxa de Compressão: n.d.

Bateria (kWh): 13,5

Potência máxima (CV/rpm): 306 cv/n.d.

Binário máximo (Nm/rpm): 700/n.d.

Transmissão: automática de 9 velocidades

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): independente multibraços/independente multibraços

Travões (fr/tr): discos ventilados/discos ventilados

Prestações e consumos 

Aceleração 0-100 km/h (s): 6

Velocidade máxima (km/h): 250

Consumos misto (l/100 km): 1,3

Autonomia elétrica: 50 km (WLTP)

Emissões CO2 (gr/km): 35 g/km 

Dimensões e pesos 

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4945/2065/1476

Distância entre eixos (mm): 2939

Largura de vias (fr/tr mm): 1601/1626

Peso (kg): 2145

Capacidade da bagageira (l): 480

Deposito de combustível (l): 50 + 7

Pneus (fr/tr): 245/45 R18 / 275/40 R18

Preço da versão ensaiada (Euros): 84050€
Preço da versão base (Euros): 72550€