MERCEDES GLE350D – Ensaio Teste

By on 26 Novembro, 2019

MERCEDES GLE350D

Texto: José Manuel Costa ([email protected])

O grande rival do Volvo XC90

Pode parecer estranho que tenha eleito como grande rival do GLE o XC90 da Volvo e não escolhido o BMW X5. Porém, isso explica-se de forma simples: o Mercedes GLE é um carro equilibrado, confortável, refinado e silencioso e pouco desportivo, sendo mais um devorador de quilómetros elegante, confortável e de enorme qualidade.

Conheça todas a versões e motorizações AQUI.


Mais:

Estilo, qualidade, habitabilidade, refinamento      

Menos:

Caixa de velocidades, Preço

Exterior

7/10

Pontuação 7/10 O GLE é a segunda geração do modelo com este nome, mas na realidade, carrega consigo a herança do original Classe M, nascido em 1997. Aquele que a Mercedes reclama ter sido a origem do segmento SUV Premium, evoluiu muito no estilo e nas dimensões. O carro tem mais 80 mm na distância entre eixos, é maior que o anterior carro e mistura linhas do passado com a linguagem de estilo atual, num conjunto muito interessante que disfarça as maiores dimensões do carro. Mas quando chegamos às vielas e ruelas de Lisboa… caramba, o GLE é mesmo grandinho. Mas a visibilidade é boa e com a ajuda dos sensores e até a câmara traseira e 360 graus, tudo é mais simples.

Interior

8/10

Pontuação 8/10 A Mercedes continua a melhorar os interiores dos seus modelos e no caso do GLE a casa alemã rejeitou as já conhecidas saídas de ar em forma de escape dos motores a jato, por troca com algo mais convencional. Onde não há diferenças é nos ecrãs e quase dá vontade de levar pipocas para dentro do carro e assistir a um filme: os dois ecrãs de 12,3 polegadas, que fazem de painel de instrumentos e de albergue para o sistema de info entertenimento, integrados numa zona superior do tabliê. Ambos oferecem muita informação, mas aqui tenho de dizer que há, talvez, um pouco de informação a mais. Depois, há muitas combinações para a aparência dos instrumentos, do ecrã, muitas coisas para personalizar, enfim, podiam os senhores da Mercedes simplificar um nadinha as coisas. Claro que percebo porque razão a Mercedes oferece tantas opções. O Command, o sistema de info entretenimento, reclama a casa de Unterturkheim, é inteligente e rapidamente vai aprender quais são as suas preferências sobre estações de rádios, destinos mais procurados, as pessoas a quem mais telefona, enfim, saberá os seus hábitos e sugerirá, sempre, aquilo que quer ouvir ou fazer. Cuidado para que no caso de vida dupla, o GLE não o denuncie… A Mercedes deixou de lado o comando rotativo de outrora e isso demora um pouco mais a utilização do sistema Command. Agora temos um “touchpad” e botões, menos preciso para ser usado sem olhar, que sendo pequeno custa mais a operar. Depois há botões para controlar o sistema de climatização, os modos de condução do Active Dynamics e mais uma série de funções. O que não me parece bem são as duas hastes colocadas atrás do volante e que controlam a caixa e o combinado luzes/sistema de limpeza do para brisas. O plástico é fraco e destoa face aos restantes materiais do habitáculo. Os bancos são confortáveis, os acabamentos são agradáveis ao toque, há muito espaço para arrumar “tralha” dentro do habitáculo e várias tomadas USB, porém, da versão C, mais pequena. Ou seja, convirá ter um conversor. O espaço atrás é enorme, com mais 70 mm para arrumar as pernas que no anterior GLE, e o acesso é amplo devido às generosas portas traseiras. O portão da bagageira tem abertura e fecho elétrico, com a mala a oferecer mais 165 litros que o anterior para um máximo que oscila entre 630 e mais de dois mil litros de capacidade. Uma verdadeira caverna!

Equipamento

7/10

Pontuação 7/10 Como habitualmente na Mercedes, as escolhas são muitas e com um equipamento de série muito completo. Que inclui coisas como o ar condicionado, fecho de portas, vidros elétricos e toda uma gama de ajudas á condução e de segurança. Mas, nada melhor que visitar o configurador da Mercedes que pode aceder clicando aqui.  

Consumos

/10

Pontuação 7/10 Os consumos do GLE 350d não são excecionais, mas a Merceds conseguiu que este bloco a gasóleo, grande, seja capaz de andar a maior parte do tempo abaixo dos 10 litros de combustível e a média final ficou em, para mim excelentes, 7,8 l/100 km. Claro que puxando pelo bloco e tentando dar mais animação na condução, o GLE 350d toca os dois dígitos. Mas só nessas condições.  

Ao Volante

8/10

Pontuação 8/10 Para o GLE, a Mercedes engendrou um sistema de suspensão que mistura o melhor de um sistema pneumático com o E-Active Body Control. Sistema este que não funciona apenas como controlo dos movimentos da carroçaria. O carro inclina-se nas curvas, é verdade, mas apenas para não deteriorar o conforto. O comportamento é excelente, o carro segue as nossas instruções via volante, mas tudo isto é um opcional. Seja como for, vamos muito bem sentados, o carro é confortável, seja qual for o modo de condução, e apesar das dimensões, não custa levar o GLE a quase todo o lado.

Motor

7/10

Pontuação 7/10 O bloco de seis cilindros em linha turbodiesel mostra-se suave e com 272 CV e 600 Nm, suficiente para mexer as mais de duas toneladas do GLE. Já não é um V6, mas é um bloco moderno cuja insonorização do GLE deixa-o encapsulado na gente do carro. A caixa rima bem com o motor, o sistema de tração também é bom, por isso, sendo um dos motores que encarece um pouco o preço, é dos mais interessantes do GLE. Fácil de explorar, o bloco do GLE rima muito vem com a novas características do renovado SUV da Mercedes.

Balanço Final

8/10

Pontuação 8/10 Com esta renovação, a Mercedes deu ao GLE aquilo que lhe faltava, ser um carro completo. Os quase 100 mil euros que custa podem parecer escandalosos, mas face aos rivais – e continuo a considerar mais um rival do XC90 da Volvo que do BMW X5 – estamos na presença de um carro completo. Suave na utilização, silencioso, refinado e com um estilo que seduz pois mescla musculo com sensualidade. O interior está bem pensado e desenhado, o sistema de info entretenimento não nos exaspera e o conforto, graças aos modos de condução, é aquilo que nos quisermos. Há espaço no interior, a eletrónica oferece capacidade fora de estrada de qualidade e tal como a Volvo explicou com o XC90, não é preciso oferecer um carro demasiadamente desportivo ou ostensivo para ter sucesso. Ou seja, a Mercedes estudou, muito bem a concorrência e o seu desempenho comercial antes de dar vida a este GLC. Honra o segmento que criou com o ML e mesmo não nos tirando o fôlego à primeira vista, o Mercedes GLE é, porventura, o melhor do segmento e aquele que mais o surpreenderá no dia a dia. Isto caso 100 mil razões em forma de euro não o façam recuar.

Concorrentes

BMW X5 xDrive 30d 2993 c.c. turbodiesel; 265 CV; 620 Nm; 0-100 km/h em 6,5 seg,; 230 km/h; 6,0 l/100 km, 158 gr/km de CO2; 103.105 euros (Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)   Volvo XC90 1969 c.c. turbodiesel; 235 CV; 480 Nm; 0-100 km/h em 7,8 seg,; 220 km/h; 6,1 l/100 km, 158 gr/km de CO2; 89.655 euros (Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Ficha Técnica

Motor Tipo: 6 cil. em linha turbodiesel com injeção direta e intercooler Cilindrada (cm3): 2925 Diâmetro x Curso (mm): nd Taxa de Compressão: nd Potência máxima (CV/rpm): 272/3400 – 4600 Binário máximo (Nm/rpm): 600/1200 – 3200 Transmissão: Integral permanente com caixa de 9 velocidades automática Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): Duplo triângulo sobreposto/eixo multibraços Travões (fr/tr): Discos ventilados Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 6,9 Velocidade máxima (km/h): 230 Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,9/7,3/5,8 Emissões CO2 (gr/km): 184 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4924/1947/1797 Distância entre eixos (mm): 2995 Largura de vias (fr/tr mm): 1667/1687 Peso (kg): 2235 Capacidade da bagageira (l): 630/2055 Deposito de combustível (l): 68 Pneus (fr/tr): 275/50 R 20

Mais/Menos


Mais

Estilo, qualidade, habitabilidade, refinamento      

Menos

Caixa de velocidades, Preço

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 173519€

Preço da versão base (Euros): 97725€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação 7/10 O GLE é a segunda geração do modelo com este nome, mas na realidade, carrega consigo a herança do original Classe M, nascido em 1997. Aquele que a Mercedes reclama ter sido a origem do segmento SUV Premium, evoluiu muito no estilo e nas dimensões. O carro tem mais 80 mm na distância entre eixos, é maior que o anterior carro e mistura linhas do passado com a linguagem de estilo atual, num conjunto muito interessante que disfarça as maiores dimensões do carro. Mas quando chegamos às vielas e ruelas de Lisboa… caramba, o GLE é mesmo grandinho. Mas a visibilidade é boa e com a ajuda dos sensores e até a câmara traseira e 360 graus, tudo é mais simples.

Interior

Pontuação 8/10 A Mercedes continua a melhorar os interiores dos seus modelos e no caso do GLE a casa alemã rejeitou as já conhecidas saídas de ar em forma de escape dos motores a jato, por troca com algo mais convencional. Onde não há diferenças é nos ecrãs e quase dá vontade de levar pipocas para dentro do carro e assistir a um filme: os dois ecrãs de 12,3 polegadas, que fazem de painel de instrumentos e de albergue para o sistema de info entertenimento, integrados numa zona superior do tabliê. Ambos oferecem muita informação, mas aqui tenho de dizer que há, talvez, um pouco de informação a mais. Depois, há muitas combinações para a aparência dos instrumentos, do ecrã, muitas coisas para personalizar, enfim, podiam os senhores da Mercedes simplificar um nadinha as coisas. Claro que percebo porque razão a Mercedes oferece tantas opções. O Command, o sistema de info entretenimento, reclama a casa de Unterturkheim, é inteligente e rapidamente vai aprender quais são as suas preferências sobre estações de rádios, destinos mais procurados, as pessoas a quem mais telefona, enfim, saberá os seus hábitos e sugerirá, sempre, aquilo que quer ouvir ou fazer. Cuidado para que no caso de vida dupla, o GLE não o denuncie… A Mercedes deixou de lado o comando rotativo de outrora e isso demora um pouco mais a utilização do sistema Command. Agora temos um “touchpad” e botões, menos preciso para ser usado sem olhar, que sendo pequeno custa mais a operar. Depois há botões para controlar o sistema de climatização, os modos de condução do Active Dynamics e mais uma série de funções. O que não me parece bem são as duas hastes colocadas atrás do volante e que controlam a caixa e o combinado luzes/sistema de limpeza do para brisas. O plástico é fraco e destoa face aos restantes materiais do habitáculo. Os bancos são confortáveis, os acabamentos são agradáveis ao toque, há muito espaço para arrumar “tralha” dentro do habitáculo e várias tomadas USB, porém, da versão C, mais pequena. Ou seja, convirá ter um conversor. O espaço atrás é enorme, com mais 70 mm para arrumar as pernas que no anterior GLE, e o acesso é amplo devido às generosas portas traseiras. O portão da bagageira tem abertura e fecho elétrico, com a mala a oferecer mais 165 litros que o anterior para um máximo que oscila entre 630 e mais de dois mil litros de capacidade. Uma verdadeira caverna!

Equipamento

Pontuação 7/10 Como habitualmente na Mercedes, as escolhas são muitas e com um equipamento de série muito completo. Que inclui coisas como o ar condicionado, fecho de portas, vidros elétricos e toda uma gama de ajudas á condução e de segurança. Mas, nada melhor que visitar o configurador da Mercedes que pode aceder clicando aqui.  

Consumos

Pontuação 7/10 Os consumos do GLE 350d não são excecionais, mas a Merceds conseguiu que este bloco a gasóleo, grande, seja capaz de andar a maior parte do tempo abaixo dos 10 litros de combustível e a média final ficou em, para mim excelentes, 7,8 l/100 km. Claro que puxando pelo bloco e tentando dar mais animação na condução, o GLE 350d toca os dois dígitos. Mas só nessas condições.  

Ao volante

Pontuação 8/10 Para o GLE, a Mercedes engendrou um sistema de suspensão que mistura o melhor de um sistema pneumático com o E-Active Body Control. Sistema este que não funciona apenas como controlo dos movimentos da carroçaria. O carro inclina-se nas curvas, é verdade, mas apenas para não deteriorar o conforto. O comportamento é excelente, o carro segue as nossas instruções via volante, mas tudo isto é um opcional. Seja como for, vamos muito bem sentados, o carro é confortável, seja qual for o modo de condução, e apesar das dimensões, não custa levar o GLE a quase todo o lado.

Concorrentes

BMW X5 xDrive 30d 2993 c.c. turbodiesel; 265 CV; 620 Nm; 0-100 km/h em 6,5 seg,; 230 km/h; 6,0 l/100 km, 158 gr/km de CO2; 103.105 euros (Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)   Volvo XC90 1969 c.c. turbodiesel; 235 CV; 480 Nm; 0-100 km/h em 7,8 seg,; 220 km/h; 6,1 l/100 km, 158 gr/km de CO2; 89.655 euros (Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Motor

Pontuação 7/10 O bloco de seis cilindros em linha turbodiesel mostra-se suave e com 272 CV e 600 Nm, suficiente para mexer as mais de duas toneladas do GLE. Já não é um V6, mas é um bloco moderno cuja insonorização do GLE deixa-o encapsulado na gente do carro. A caixa rima bem com o motor, o sistema de tração também é bom, por isso, sendo um dos motores que encarece um pouco o preço, é dos mais interessantes do GLE. Fácil de explorar, o bloco do GLE rima muito vem com a novas características do renovado SUV da Mercedes.

Balanço final

Pontuação 8/10 Com esta renovação, a Mercedes deu ao GLE aquilo que lhe faltava, ser um carro completo. Os quase 100 mil euros que custa podem parecer escandalosos, mas face aos rivais – e continuo a considerar mais um rival do XC90 da Volvo que do BMW X5 – estamos na presença de um carro completo. Suave na utilização, silencioso, refinado e com um estilo que seduz pois mescla musculo com sensualidade. O interior está bem pensado e desenhado, o sistema de info entretenimento não nos exaspera e o conforto, graças aos modos de condução, é aquilo que nos quisermos. Há espaço no interior, a eletrónica oferece capacidade fora de estrada de qualidade e tal como a Volvo explicou com o XC90, não é preciso oferecer um carro demasiadamente desportivo ou ostensivo para ter sucesso. Ou seja, a Mercedes estudou, muito bem a concorrência e o seu desempenho comercial antes de dar vida a este GLC. Honra o segmento que criou com o ML e mesmo não nos tirando o fôlego à primeira vista, o Mercedes GLE é, porventura, o melhor do segmento e aquele que mais o surpreenderá no dia a dia. Isto caso 100 mil razões em forma de euro não o façam recuar.

Mais

Estilo, qualidade, habitabilidade, refinamento      

Menos

Caixa de velocidades, Preço

Ficha técnica

Motor Tipo: 6 cil. em linha turbodiesel com injeção direta e intercooler Cilindrada (cm3): 2925 Diâmetro x Curso (mm): nd Taxa de Compressão: nd Potência máxima (CV/rpm): 272/3400 – 4600 Binário máximo (Nm/rpm): 600/1200 – 3200 Transmissão: Integral permanente com caixa de 9 velocidades automática Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): Duplo triângulo sobreposto/eixo multibraços Travões (fr/tr): Discos ventilados Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 6,9 Velocidade máxima (km/h): 230 Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,9/7,3/5,8 Emissões CO2 (gr/km): 184 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4924/1947/1797 Distância entre eixos (mm): 2995 Largura de vias (fr/tr mm): 1667/1687 Peso (kg): 2235 Capacidade da bagageira (l): 630/2055 Deposito de combustível (l): 68 Pneus (fr/tr): 275/50 R 20

Preço da versão ensaiada (Euros): 173519€
Preço da versão base (Euros): 97725€