Seat Arona 1.0 TSI FR – Ensaio Teste

By on 8 Novembro, 2022

Pequeno rebelde

O mais pequeno e rebelde do trio de SUV da Seat tem sido um enorme sucesso na marca e no segmento, combinando um visual mais desportivo com uma imagem moderna e apelativa, que encaixa muito bem com os préstimos do motor 1.0 TSI a gasolina. A renovação desta gama trouxe diversos ajustes no equipamento e um toque mais desportivo, através de pequenos retoques cosméticos que fazem a diferença necessária e o deixam mais atualizado e competitivo num segmento que está ao rubro.

Texto: André Mendes

[email protected]


Mais:

– Motor;
– Comportamento;
– Estética;

Menos:

– Espaço a bordo;
– Diferença de visual entre as filas de assentos;

Exterior

7/10

As linhas mais desportivas dos modelos mais recentes da Seat são bem visíveis no mais pequeno dos SUV desta família, especialmente nesta versão FR de visual ainda mais apurado. Com a renovação da gama, que não trouxe mudanças radicais, estão também presentes novos faróis de nevoeiro, que se integram perfeitamente com o sistema de iluminação totalmente em LED disponível na unidade ensaiada, mas disponível apenas como opção. Para distinguir o “novo” Arona face à versão anterior, e além dos faróis de nevoeiro redondos colocados numa posição mais central do pára-choques dianteiro, é também possível descobrir o nome deste modelo num logo mais manuscrito na tampa da bagageira. Também disponível em opção, as jantes de 18 polegadas são uma adição fantástica para este conjunto, que ainda inclui um leque de cores e combinações com inúmeras possibilidades.

Interior

7/10

A bordo, os ângulos mais marcantes estão também de acordo com a imagem dos modelos mais recentes da marca, com o já habitual monitor tátil existente no topo da consola central e com os assentos dianteiros desportivos que a versão FR inclui. Além disso, estes assentos também incluem um apoio melhorado e costuras contrastantes, que combinam com as aplicações em cinzento nos painéis das portas. Infelizmente, esta é uma imagem que apenas existe nos lugares dianteiros e que é completamente diferente para quem viaja atrás. Nos lugares traseiros não existem elementos contrastantes nas costas dos assentos, nem costuras em vermelho como na frente, nem os elementos numa cor diferente nos painéis das portas, parecendo mesmo um nível de equipamento diferente entre as duas filas de assentos. Em contrapartida, e tal como acontece na maioria dos modelos da marca espanhola, a posição de condução é boa e a amplitude das regulações permite adaptá-la à maioria das estaturas. E por se tratar de um SUV, a maior altura também oferece uma melhor visibilidade. A desvantagem é que este continua a ser o SUV mais pequeno da marca, o que se nota bastante em termos de espaço disponível no habitáculo.

Equipamento

6/10

A bordo, o toque mais moderno e tecnológico do Seat Arona surge com a integração do painel de instrumentos digital, que tem um visual personalizável e com o monitor tátil de que já lhe falámos, com uma resolução mais elevada e com a ligação a dispositivos externos disponível através das ligações Apple CarPlay e Android Auto. Com a versão FR, o ambiente a bordo pode mesmo contar, em opção, com um sistema de iluminação ambiente na zona das saídas da ventilação e com diversos outros detalhes um pouco melhorados por se tratar da opção existente no topo da oferta em termos de equipamento. Ainda assim, e justamente por representar o topo da oferta, há diversos elementos que gostaríamos de ver adicionados ao equipamento de série, em vez de os descobrir apenas na lista de opções a elevar o preço final deste modelo.

Consumos

5/10

A contrapartida dos momentos de condução mais divertidos é que o entusiasmo tem a capacidade de influenciar as médias de consumo. E em vez dos 5,3 litros declarados pela marca, que não são, de todo, impossíveis de alcançar, a média de consumo do final deste ensaio acabou por ficar mais em torno dos sete litros para cada 100 quilómetros. Mas lá está, este valor é o resultado de deslocações em autoestrada, estradas retorcidas e uma condução mais empenhada e que acabou por explorar uma faixa de regimes mais abrangente devido à presença da caixa de velocidades manual de seis relações.

Ao Volante

6/10

Seja em cidade ou numa estrada mais sinuosa, o Arona parece envolver-nos na condução e não assume aquela habitual postura de outros modelos do segmento que até nos deixa a pensar que não estamos a fazer nada no lugar do condutor. A maior firmeza da suspensão, também influenciada pela presença de jantes com 18 polegadas de diâmetro oferecem uma boa precisão em curva e contribuem para uma direção direta e igualmente precisa. Quando abusamos da escala do conta-rotações, o pequeno bloco de um litro parece ganhar uma sonoridade um pouco mais cativante e, apesar de não se tratar de um desportivo, a verdade é que o Arona até consegue ser divertido em muitas mais situações do que aquelas que poderíamos prever.

Motor

6/10

O bloco TSI de apenas um litro e 110 cavalos de potência é uma das maiores joias do Grupo Volkswagen e parece ficar bem em todo e qualquer modelo. Principalmente, num pequeno SUV com pouco mais de 1.200 quilos. Os seus três cilindros parecem ser mais e o fôlego deste pequeno motor parece sempre ser maior do que o que poderíamos prever de uma opção tão compacta. Em conjunto com a caixa de velocidades manual de seis relações, todo o conjunto parece funcionar em perfeita harmonia, com o objetivo de explorar as capacidades dinâmicas deste modelo.

Balanço Final

6/10

Em conjunto com os seus irmãos de maior porte, o Ateca e o Tarraco, a família de SUV da marca espanhola superou recentemente a fasquia de um milhão de unidades comercializada, sendo que o preferido deste trio ainda continua a ser este Arona. Em termos visuais, parece ser o mais rebelde dos três e o que exige uma cor de carroçaria mais viva de forma a enaltecer ainda mais o seu espírito arrojado e divertido que tem cativado tantos consumidores neste segmento. E mesmo antes de esta gama ser “atropelada” pela eletrificação, o motor 1.0 TSI de 110 cavalos continua a desempenhar o seu papel da melhor forma, sendo mesmo um dos maiores trunfos deste modelo.

Concorrentes

Citroën C3 Aircross Shine Pack
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 6,0 l/100km; preço base: 21.626 €

Hyundai Bayon 1.0 T-GDi
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 22.155 €

Kia Stonic 1.0 T-GDi
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 23.275 €

Opel Mokka GS Line 1.2 Turbo
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 25.230 €

Peugeot 2008 GT 1.2 PureTech
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 28.290 €

Renault Captur TCe 90 R.S. Line
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 90 cavalos; consumo médio: 5,9 l/100km; preço base: 27.330 €

Škoda Kamiq 1.0 TSI Monte Carlo
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 26.908 €

Ficha Técnica

Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 999
Potência máxima (CV/rpm): 110/5.000
Binário máximo (Nm/rpm): 200/2.000-3.000
Tração: Dianteira
Transmissão: Manual de seis velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,3
Velocidade máxima (km/h): 190
Consumos misto (l/100 km): 5,3
Emissões CO2 (g/km): 121

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.153/1.780/1.532
Distância entre eixos (mm): 2.552
Largura de vias (fr/tr mm): 1.503/1.486
Peso (kg): 1.230
Capacidade da bagageira (l): 400
Depósito (l): 40
Pneus (fr/tr): 215/45 R18

Preço da versão ensaiada (Euros): 29.150 €
Preço da versão base (Euros): 26.058 €

Mais/Menos


Mais

– Motor;
– Comportamento;
– Estética;

Menos

– Espaço a bordo;
– Diferença de visual entre as filas de assentos;

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 29150€

Preço da versão base (Euros): 26058€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

As linhas mais desportivas dos modelos mais recentes da Seat são bem visíveis no mais pequeno dos SUV desta família, especialmente nesta versão FR de visual ainda mais apurado. Com a renovação da gama, que não trouxe mudanças radicais, estão também presentes novos faróis de nevoeiro, que se integram perfeitamente com o sistema de iluminação totalmente em LED disponível na unidade ensaiada, mas disponível apenas como opção. Para distinguir o “novo” Arona face à versão anterior, e além dos faróis de nevoeiro redondos colocados numa posição mais central do pára-choques dianteiro, é também possível descobrir o nome deste modelo num logo mais manuscrito na tampa da bagageira. Também disponível em opção, as jantes de 18 polegadas são uma adição fantástica para este conjunto, que ainda inclui um leque de cores e combinações com inúmeras possibilidades.

Interior

A bordo, os ângulos mais marcantes estão também de acordo com a imagem dos modelos mais recentes da marca, com o já habitual monitor tátil existente no topo da consola central e com os assentos dianteiros desportivos que a versão FR inclui. Além disso, estes assentos também incluem um apoio melhorado e costuras contrastantes, que combinam com as aplicações em cinzento nos painéis das portas. Infelizmente, esta é uma imagem que apenas existe nos lugares dianteiros e que é completamente diferente para quem viaja atrás. Nos lugares traseiros não existem elementos contrastantes nas costas dos assentos, nem costuras em vermelho como na frente, nem os elementos numa cor diferente nos painéis das portas, parecendo mesmo um nível de equipamento diferente entre as duas filas de assentos. Em contrapartida, e tal como acontece na maioria dos modelos da marca espanhola, a posição de condução é boa e a amplitude das regulações permite adaptá-la à maioria das estaturas. E por se tratar de um SUV, a maior altura também oferece uma melhor visibilidade. A desvantagem é que este continua a ser o SUV mais pequeno da marca, o que se nota bastante em termos de espaço disponível no habitáculo.

Equipamento

A bordo, o toque mais moderno e tecnológico do Seat Arona surge com a integração do painel de instrumentos digital, que tem um visual personalizável e com o monitor tátil de que já lhe falámos, com uma resolução mais elevada e com a ligação a dispositivos externos disponível através das ligações Apple CarPlay e Android Auto. Com a versão FR, o ambiente a bordo pode mesmo contar, em opção, com um sistema de iluminação ambiente na zona das saídas da ventilação e com diversos outros detalhes um pouco melhorados por se tratar da opção existente no topo da oferta em termos de equipamento. Ainda assim, e justamente por representar o topo da oferta, há diversos elementos que gostaríamos de ver adicionados ao equipamento de série, em vez de os descobrir apenas na lista de opções a elevar o preço final deste modelo.

Consumos

A contrapartida dos momentos de condução mais divertidos é que o entusiasmo tem a capacidade de influenciar as médias de consumo. E em vez dos 5,3 litros declarados pela marca, que não são, de todo, impossíveis de alcançar, a média de consumo do final deste ensaio acabou por ficar mais em torno dos sete litros para cada 100 quilómetros. Mas lá está, este valor é o resultado de deslocações em autoestrada, estradas retorcidas e uma condução mais empenhada e que acabou por explorar uma faixa de regimes mais abrangente devido à presença da caixa de velocidades manual de seis relações.

Ao volante

Seja em cidade ou numa estrada mais sinuosa, o Arona parece envolver-nos na condução e não assume aquela habitual postura de outros modelos do segmento que até nos deixa a pensar que não estamos a fazer nada no lugar do condutor. A maior firmeza da suspensão, também influenciada pela presença de jantes com 18 polegadas de diâmetro oferecem uma boa precisão em curva e contribuem para uma direção direta e igualmente precisa. Quando abusamos da escala do conta-rotações, o pequeno bloco de um litro parece ganhar uma sonoridade um pouco mais cativante e, apesar de não se tratar de um desportivo, a verdade é que o Arona até consegue ser divertido em muitas mais situações do que aquelas que poderíamos prever.

Concorrentes

Citroën C3 Aircross Shine Pack
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 6,0 l/100km; preço base: 21.626 €

Hyundai Bayon 1.0 T-GDi
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 22.155 €

Kia Stonic 1.0 T-GDi
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 23.275 €

Opel Mokka GS Line 1.2 Turbo
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 25.230 €

Peugeot 2008 GT 1.2 PureTech
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 28.290 €

Renault Captur TCe 90 R.S. Line
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 90 cavalos; consumo médio: 5,9 l/100km; preço base: 27.330 €

Škoda Kamiq 1.0 TSI Monte Carlo
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 26.908 €

Motor

O bloco TSI de apenas um litro e 110 cavalos de potência é uma das maiores joias do Grupo Volkswagen e parece ficar bem em todo e qualquer modelo. Principalmente, num pequeno SUV com pouco mais de 1.200 quilos. Os seus três cilindros parecem ser mais e o fôlego deste pequeno motor parece sempre ser maior do que o que poderíamos prever de uma opção tão compacta. Em conjunto com a caixa de velocidades manual de seis relações, todo o conjunto parece funcionar em perfeita harmonia, com o objetivo de explorar as capacidades dinâmicas deste modelo.

Balanço final

Em conjunto com os seus irmãos de maior porte, o Ateca e o Tarraco, a família de SUV da marca espanhola superou recentemente a fasquia de um milhão de unidades comercializada, sendo que o preferido deste trio ainda continua a ser este Arona. Em termos visuais, parece ser o mais rebelde dos três e o que exige uma cor de carroçaria mais viva de forma a enaltecer ainda mais o seu espírito arrojado e divertido que tem cativado tantos consumidores neste segmento. E mesmo antes de esta gama ser “atropelada” pela eletrificação, o motor 1.0 TSI de 110 cavalos continua a desempenhar o seu papel da melhor forma, sendo mesmo um dos maiores trunfos deste modelo.

Mais

– Motor;
– Comportamento;
– Estética;

Menos

– Espaço a bordo;
– Diferença de visual entre as filas de assentos;

Ficha técnica

Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 999
Potência máxima (CV/rpm): 110/5.000
Binário máximo (Nm/rpm): 200/2.000-3.000
Tração: Dianteira
Transmissão: Manual de seis velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,3
Velocidade máxima (km/h): 190
Consumos misto (l/100 km): 5,3
Emissões CO2 (g/km): 121

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.153/1.780/1.532
Distância entre eixos (mm): 2.552
Largura de vias (fr/tr mm): 1.503/1.486
Peso (kg): 1.230
Capacidade da bagageira (l): 400
Depósito (l): 40
Pneus (fr/tr): 215/45 R18

Preço da versão ensaiada (Euros): 29.150 €
Preço da versão base (Euros): 26.058 €

Preço da versão ensaiada (Euros): 29150€
Preço da versão base (Euros): 26058€