Seat Ibiza 1.0 TSI – Ensaio Teste

By on 9 Novembro, 2018

Seat Ibiza 1.0 TSI 95 Style

Texto: José Manuel Costa

Regresso ao sucesso

É um dos nomes mais antigos que permanecem no mercado, juntamente com o Corsa da Opel, o Micra da Nissan, o Clio da Renault e o Fiesta da Ford e passou por um mau bocado quando o Leon lhe roubou a liderança de vendas dentro da Seat. Mas redesenhado por Alessandro Mesonero-Romanos, com a nova plataforma MQB A0 e a gama de motores a gasolina e diesel do grupo VW, recuperou fôlego e está de regresso ao caminho do sucesso. Para mim um dos melhores carros do segmento, sem nenhum favor.

Conheça todas as versões AQUI.


Mais:

Estilo / Comportamento / Preço / Habitabilidade

 

 

 

Menos:

Performances / Falta de espaços de arrumação

Exterior

/10

Para devolver o Ibiza ao grupo dos carros que se destacam no meio da multidão. O centro de estilo da casa espanhola pegou na matriz usada nos seus mais recentes modelos e com formas geométricas, linha retas e tensas, conseguiu encolher o Leon sem que o Ibiza se pareça, em demasia, com aquele. A linha que vinca a lateral do carro liga os grupos óticos da frente e da traseira, num conjunto muito agradável á vista. Podemos ter a tentação de dizer que é uma réplica do Leon, mas a verdade é que o Ibiza tem personalidade própria e isso está visível na lateral menos esculpida que a do Leon e as quatro rodas arrumadas nos quatro cantos do carro.

Interior

/10

O interior rima com o exterior, tendo vantagem face ao anterior modelo. Onde?

Bom, tendo o mesmo tamanho, a distância entre eixos é maior e as vias são bem mais largas. Ora, as rodas são, assim, empurradas para os quatro cantos do carro, libertando valioso espaço no interior. Infelizmente, os homens da Seat esqueceram-se de oferecer mais espaços para arrumação e se todos vão ficar felizes com o aumento de espaço no banco traseiro, não vão deixar de refilar pela ausência de encosto de braços, porta copos e saídas de ar do sistema de climatização atrás. Porem, não há carro do segmento – exceção feita ao Honda Jazz que é mais um monovolume que outra coisa – mais espaçoso que o Ibiza. E isso é uma enorme vantagem!

Olhando para o habitáculo do Ibiza, destaque, ainda, para os bancos vindos dos modelos com a plataforma MQB “normal”, confortáveis e com bom suporte e ampla regulação – que se traduz numa posição de condução que, sendo confortável, é quase “standard” nos modelos VW e como durante a semana em que experimentei o Ibiza andei de Polo mais se acentuou esta ideia – e para o painel de instrumentos perfeitamente legível. Falta dizer que a bagageira é bem maior agora com 355 litros (são mais 63 litros que o anterior modelo).

Equipamento

/10

No que toca ao sistema de info entretenimento, a Seat decidiu seguir o seu caminho, recusando a moda dos ecrãs flutuantes à imagem dos tablets. No Ibiza há três níveis de ecrã (preto e branco, 6 e 8 polegadas a cores) e um enorme plástico pintado de preto brilhante a enquadrá-lo. Em algumas versões há uma enorme régua da cor do carro que atravessa todo o tabliê. Não choca e está bem montado.

Aliás, o Ibiza tem um bom nível de montagem, mas olhando para o Seat e para o Polo, por exemplo, percebe-se onde é que os espanhóis decidiram gastar o dinheiro. Sendo certo que o comprador de um Seat é cerca de 10 anos mais novo que o de um Volkswagen, a marca de Martortell decidiu investir na conectividade e nas minudências que os mais jovens gostam. Dai a conectividade avançada, a excelente qualidade capacitiva do ecrã – sensível ao toque e até capaz de antever o que vamos fazer ao revelar menus “escondidos” até aproximarmos os dedos – a utilização do Apple CarPlay e Android Auto, entradas USB e AUX e, ainda, o sistema de som Beats. Muito mais barato que um Bose, usado, por exemplo, no Nissan Micra, o áudio do Ibiza passa bem sem o sistema da marca americana, conhecida pelos seus auscultadores Beats By Dr. Dre. O sistema é demasiado agressivo e não tem, realmente, a qualidade do sistema Bose da Nissan. O equipamento é muito completo e vive-se bem a bordo do Ibiza, mesmo com os plásticos menos exuberantes. Ainda assim, com qualidade suficiente.

Consumos

/10

A versão de 95 CV do motor 1.0 litros é a mais vendida em Portugal, mas é o motor menos estimulante dos blocos a gasolina. Tem uma bela vantagem, é fiável e no que toca a consumos, a Seat reclama 4,7 l/100 km e a verdade é que no mundo real não fica longe com 5,3 l/100 km. Se decidir puxar um pouco mais ou quiser cumprir uma viagem com médias mais elevadas, sobe para os 6 litros, ainda assim muito interessante.

Ao Volante

/10

Utilizando a plataforma MQB A0, o Ibiza não tem problemas no capitulo do comportamento, sendo equilibrado em todas as situações. O motor 1.0 MPI com 95 CV não coloca muitos problemas ao chassis, mas a facilidade com que o Ibiza ganha velocidade, leva-nos a explorar os limites e nem mesmo ai o Ibiza dá parte de fraco. Nota muito positiva neste particular.

Motor

/10

O motor de três cilindros e um litro de cilindrada do Ibiza é dos mais recentes e mostra-se equilibrado, rotativo e capaz de imprimir uma boa dinâmica ao Ibiza. Nesta versão de 95 CV, chega para acelerar dos 0-100 km/h em 10,9 segundos com uma velocidade máxima de 182 km/h. Não é fantástico, mas é mais que suficiente para os dias que correm. E o motor é eficaz e económico.

Balanço Final

/10

O Ibiza é um belo automóvel e, na minha opinião, dos melhores do segmento. Não tem o comportamento do Ford Fiesta, é verdade, e não tem o refinamento que o VW Polo possui, mas sendo mais barato que este e não estando longe do primeiro, o Ibiza acaba por ser um carro equilibrado. Bonito, bem equipado e com consumos reduzidos, o Ibiza 1.0 95 CV, na versão Style que custa 18.024 euros, é uma excelente opção.

Concorrentes

Ford Fiesta

999 c.c.; 100 CV; 170 Nm; 0-100 km/h em 10,5 seg,; 183 km/h; 4,3 l/100 km, 97 gr/km de CO2; 18.850€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Opel Corsa

988 c.c.; 90 CV; 170 Nm; 0-100 km/h em 11,9 seg,; 180 km/h; 4,5 l/100 km, 106 gr/km de CO2; 16.530€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

VW Polo

999 c.c.; 95 CV; 175 Nm; 0-100 km/h em 10,8 seg,; 187 km/h; 4,4 l/100 km, 101 gr/km de CO2; 18.462€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Ficha Técnica

Motor

Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, turbo a gasolina

Cilindrada (cm3): 999

Diâmetro x Curso (mm): 74,5 x 76,4

Taxa de Compressão: 10,5

Potência máxima (CV/rpm): 95/5000 – 5500

Binário máximo (Nm/rpm): 175/2000 – 3500

Transmissão: Dianteira, caixa manual de 5 velocidades

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): Independente tipo McPherson/eixo de torção

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Tambores

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 10,9

Velocidade máxima (km/h): 182

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): – / – /4,7

Emissões CO2 (gr/km): 106

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4059/1780/1444

Distância entre eixos (mm): 2564

Largura de vias (fr/tr mm): 1525/1505

Peso (kg): 1047

Capacidade da bagageira (l): 355

Deposito de combustível (l): 40

Pneus (fr/tr): 195/55 R16

Mais/Menos


Mais

Estilo / Comportamento / Preço / Habitabilidade

 

 

 

Menos

Performances / Falta de espaços de arrumação

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Para devolver o Ibiza ao grupo dos carros que se destacam no meio da multidão. O centro de estilo da casa espanhola pegou na matriz usada nos seus mais recentes modelos e com formas geométricas, linha retas e tensas, conseguiu encolher o Leon sem que o Ibiza se pareça, em demasia, com aquele. A linha que vinca a lateral do carro liga os grupos óticos da frente e da traseira, num conjunto muito agradável á vista. Podemos ter a tentação de dizer que é uma réplica do Leon, mas a verdade é que o Ibiza tem personalidade própria e isso está visível na lateral menos esculpida que a do Leon e as quatro rodas arrumadas nos quatro cantos do carro.

Interior

O interior rima com o exterior, tendo vantagem face ao anterior modelo. Onde?

Bom, tendo o mesmo tamanho, a distância entre eixos é maior e as vias são bem mais largas. Ora, as rodas são, assim, empurradas para os quatro cantos do carro, libertando valioso espaço no interior. Infelizmente, os homens da Seat esqueceram-se de oferecer mais espaços para arrumação e se todos vão ficar felizes com o aumento de espaço no banco traseiro, não vão deixar de refilar pela ausência de encosto de braços, porta copos e saídas de ar do sistema de climatização atrás. Porem, não há carro do segmento – exceção feita ao Honda Jazz que é mais um monovolume que outra coisa – mais espaçoso que o Ibiza. E isso é uma enorme vantagem!

Olhando para o habitáculo do Ibiza, destaque, ainda, para os bancos vindos dos modelos com a plataforma MQB “normal”, confortáveis e com bom suporte e ampla regulação – que se traduz numa posição de condução que, sendo confortável, é quase “standard” nos modelos VW e como durante a semana em que experimentei o Ibiza andei de Polo mais se acentuou esta ideia – e para o painel de instrumentos perfeitamente legível. Falta dizer que a bagageira é bem maior agora com 355 litros (são mais 63 litros que o anterior modelo).

Equipamento

No que toca ao sistema de info entretenimento, a Seat decidiu seguir o seu caminho, recusando a moda dos ecrãs flutuantes à imagem dos tablets. No Ibiza há três níveis de ecrã (preto e branco, 6 e 8 polegadas a cores) e um enorme plástico pintado de preto brilhante a enquadrá-lo. Em algumas versões há uma enorme régua da cor do carro que atravessa todo o tabliê. Não choca e está bem montado.

Aliás, o Ibiza tem um bom nível de montagem, mas olhando para o Seat e para o Polo, por exemplo, percebe-se onde é que os espanhóis decidiram gastar o dinheiro. Sendo certo que o comprador de um Seat é cerca de 10 anos mais novo que o de um Volkswagen, a marca de Martortell decidiu investir na conectividade e nas minudências que os mais jovens gostam. Dai a conectividade avançada, a excelente qualidade capacitiva do ecrã – sensível ao toque e até capaz de antever o que vamos fazer ao revelar menus “escondidos” até aproximarmos os dedos – a utilização do Apple CarPlay e Android Auto, entradas USB e AUX e, ainda, o sistema de som Beats. Muito mais barato que um Bose, usado, por exemplo, no Nissan Micra, o áudio do Ibiza passa bem sem o sistema da marca americana, conhecida pelos seus auscultadores Beats By Dr. Dre. O sistema é demasiado agressivo e não tem, realmente, a qualidade do sistema Bose da Nissan. O equipamento é muito completo e vive-se bem a bordo do Ibiza, mesmo com os plásticos menos exuberantes. Ainda assim, com qualidade suficiente.

Consumos

A versão de 95 CV do motor 1.0 litros é a mais vendida em Portugal, mas é o motor menos estimulante dos blocos a gasolina. Tem uma bela vantagem, é fiável e no que toca a consumos, a Seat reclama 4,7 l/100 km e a verdade é que no mundo real não fica longe com 5,3 l/100 km. Se decidir puxar um pouco mais ou quiser cumprir uma viagem com médias mais elevadas, sobe para os 6 litros, ainda assim muito interessante.

Ao volante

Utilizando a plataforma MQB A0, o Ibiza não tem problemas no capitulo do comportamento, sendo equilibrado em todas as situações. O motor 1.0 MPI com 95 CV não coloca muitos problemas ao chassis, mas a facilidade com que o Ibiza ganha velocidade, leva-nos a explorar os limites e nem mesmo ai o Ibiza dá parte de fraco. Nota muito positiva neste particular.

Concorrentes

Ford Fiesta

999 c.c.; 100 CV; 170 Nm; 0-100 km/h em 10,5 seg,; 183 km/h; 4,3 l/100 km, 97 gr/km de CO2; 18.850€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Opel Corsa

988 c.c.; 90 CV; 170 Nm; 0-100 km/h em 11,9 seg,; 180 km/h; 4,5 l/100 km, 106 gr/km de CO2; 16.530€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

VW Polo

999 c.c.; 95 CV; 175 Nm; 0-100 km/h em 10,8 seg,; 187 km/h; 4,4 l/100 km, 101 gr/km de CO2; 18.462€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Motor

O motor de três cilindros e um litro de cilindrada do Ibiza é dos mais recentes e mostra-se equilibrado, rotativo e capaz de imprimir uma boa dinâmica ao Ibiza. Nesta versão de 95 CV, chega para acelerar dos 0-100 km/h em 10,9 segundos com uma velocidade máxima de 182 km/h. Não é fantástico, mas é mais que suficiente para os dias que correm. E o motor é eficaz e económico.

Balanço final

O Ibiza é um belo automóvel e, na minha opinião, dos melhores do segmento. Não tem o comportamento do Ford Fiesta, é verdade, e não tem o refinamento que o VW Polo possui, mas sendo mais barato que este e não estando longe do primeiro, o Ibiza acaba por ser um carro equilibrado. Bonito, bem equipado e com consumos reduzidos, o Ibiza 1.0 95 CV, na versão Style que custa 18.024 euros, é uma excelente opção.

Mais

Estilo / Comportamento / Preço / Habitabilidade

 

 

 

Menos

Performances / Falta de espaços de arrumação

Ficha técnica

Motor

Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, turbo a gasolina

Cilindrada (cm3): 999

Diâmetro x Curso (mm): 74,5 x 76,4

Taxa de Compressão: 10,5

Potência máxima (CV/rpm): 95/5000 – 5500

Binário máximo (Nm/rpm): 175/2000 – 3500

Transmissão: Dianteira, caixa manual de 5 velocidades

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): Independente tipo McPherson/eixo de torção

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Tambores

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 10,9

Velocidade máxima (km/h): 182

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): – / – /4,7

Emissões CO2 (gr/km): 106

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4059/1780/1444

Distância entre eixos (mm): 2564

Largura de vias (fr/tr mm): 1525/1505

Peso (kg): 1047

Capacidade da bagageira (l): 355

Deposito de combustível (l): 40

Pneus (fr/tr): 195/55 R16

Preço da versão base (Euros): 18000€