Suzuki S-Cross 1.4 GLX 4WD Hybrid – Ensaio Teste

By on 18 Agosto, 2020

Suzuki S-Cross 1.4 GLX 4WD Hybrid

Texto: João Isaac

Uma proposta descomplicada para todos os dias e todas as ocasiões

Há carros assim. Não são muitos, mas que os há, há. Carros que parecem saber responder a todas as necessidades, a todos os tipos de utilização. O S-Cross da Suzuki tem tudo para pertencer a este grupo. Tem o look da moda, alto e aventureiro, tem um moderno motor devidamente eletrificado, bem como a liberdade extra da tração integral, e tem muito equipamento de conforto e segurança num habitáculo onde espaço é também algo que não falta, inclusivamente na bagageira. Pode não ser o melhor do seu segmento em nenhum dos capítulos que analisamos de seguida, mas o S-Cross é, sem dúvida alguma, uma proposta extremamente completa e de competência geral acima da média, uma pequena pérola escondida no seu segmento de mercado.

Veja o vídeo do nosso ensaio ao Suzuki S-Cross 1.4 GLX 4WD Hybrid:

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Capacidades do motor; espaço a bordo; equipamento de série.

Menos:

Qualidade de alguns materiais; suporte lateral do banco traseiro insuficiente.

Exterior

7/10

Exterior (7/10) Equilíbrio e proporção são talvez as palavras que melhor o definem. O S-Cross não aposta num design exageradamente irreverente, cheio de vincos, arestas pronunciadas e sombras para se conseguir destacar dos demais. Recorre, no entanto e como é habito neste tipo de automóveis, a uma grelha dianteira de grandes dimensões, ladeada por grupos óticos também eles bastante expressivos. Quando visto de perfil, o S-Cross aposta numa combinação de um já pouco visto quase monovolume com um mais vulgar hatchback e não lhe faltam, obviamente, as proteções negras da carroçaria e alguns elementos cromados. Relativamente ao Vitara, o seu rival interno, o S-Cross é mais longo cerca de 125 milímetros. Atrás, este crossover da Suzuki é bem mais sóbrio, destacando-se apenas a quantidade – algo exagerada – de símbolos de que esta versão híbrida e de tração às quatro rodas dispõe.

Interior

7/10

Interior (7/10) Tal como na carroçaria, também no interior do S-Cross a Suzuki não quis destacar-se pelo excesso de irreverência ou de soluções muito inovadoras, jogando pelo seguro e apostando num interior sóbrio mas moderno. O painel de instrumentos tem uma leitura muito fácil e ao centro dispõe de um pequeno mas completo computador de bordo, aqui monocromático ao invés do multicores do Vitara. O infotainment, sistema ao qual não faltam as funções atualmente quase “obrigatórias”, e tal como no Vitara que ensaiámos no Automais, também podia ter um interface mais fácil de utilizar e uma apresentação mais moderna, solução que em muito beneficiaria a experiência a bordo. A posição de condução é elevada, mas não em demasia, solução que, em conjunto com a baixa linha de cintura, com muito vidro, e um correto posicionamento do retrovisor exterior, garantem um boa visibilidade para a frente. Atrás, o vidro grande e quase vertical, transmite sensação idêntica. Os materiais aplicados são, de uma maneira geral, rijos, com excepção do painel central do tablier. No entanto, nesta unidade de “cidadania espanhola”, não identificámos nenhum ruído parasita que daí resultasse. Os passageiros de trás vão bem sentados, com bastante espaço para pernas, mas nessa zona pedia-se um pouco mais de suporte lateral. Ainda atrás, a presença do teto panorâmico rouba alguma folga para a cabeça. Nada de grave, mas notório. A mala tem 430 litros de capacidade e dispõe de um muito útil fundo amovível.

Equipamento

8/10

Equipamento (8/10) Tal como o irmão Vitara, também o S-Cross está apenas disponível em dois níveis de equipamento, o GLE e o GLX. Logo no nível de acesso, sempre associado à tração dianteira, este é um crossover a cuja lista de equipamento de série pouco equipamento falta. O GLE conta assim, por exemplo, com elementos como as jantes de 17 polegadas, vidros escurecidos, acesso e arranque sem chave, iluminação LED dianteira e traseira, ar condicionado automático bizona, câmara traseira e a travagem autónoma de emergência. Optando-se pelo GLX, disponível em versões de tração dianteira e Allgrip, o S-Cross passa também a contar com sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, estofos, apoio de braços e forros das portas em pele, sistema de navegação e teto panorâmico.

Consumos

/10

Consumos (8/10) Tendo igualado o valor declarado pela Suzuki, já segundo as normas WLTP, o S-Cross mostrou-se relativamente contido nos consumos aferidos no nosso circuito de ensaio que se dividiu entre circulação em autoestrada e em ambiente urbano. No final do percurso, desligámos o motor a gasolina do S-Cross e o computador de bordo mostrava uma média de 6,2 lt/100 km, o que nos parece um resultado muito bom. Relativamente ao Vitara, que conduzimos com este mesmo motor mild hybrid, o S-Cross conseguiu um consumo inferior. O menor tráfego citadino pode explicar parte da diferença, mas é importante relembrar que o S-Cross não tem uma carroçaria tão assumidamente SUV como o Vitara, com uma secção dianteira menos vertical e uma carroçaria 2,5 centímetros mais baixa.

Ao Volante

8/10

Ao volante (8/10) Agrada, desde logo, pela posição de condução, confortável e com boa visibilidade. O motor 1.4, a gasolina, tem potência mais do que suficiente e como referimos atrás, convence pela sua pouca sede. O tato da caixa, como é hábito nos automóveis japoneses, é bastante bom. Não é rápida nem tem de o ser num modelo como este, mas as passagens são decididas e é muito agradável de utilizar. Os modos de condução são uma mais-valia e uma funcionalidade cada vez mais valorizada. Para além do modo Auto, há um de afinação mais desportiva, Sport, e ainda um terceiro, o Snow Mud, e no qual podemos inclusivamente bloquear o diferencial central se as condições assim o aconselharem. O comportamento dinâmico é correcto e sempre com reações seguras, revelando uma agilidade mais do que adequada quando considerada a afinação da suspensão que é mais orientada para o conforto, boas impressões para as quais também contribui a considerável quantidade de borracha lateral dos pneus 215/55. Fácil de conduzir, com um bom compromisso entre performance e eficiência, confortável e ainda com a liberdade adicional de partir à aventura no fora de estrada ou na neve.

Motor

8/10

Motor (8/10) O primeiro elogio que se pode fazer ao novo motor Boosterjet eletrificado da Suzuki é referente à sua suavidade, quer de funcionamento, quer na entrega da potência. Silencioso e refinado, puxa com vigor desde cedo, graças aos 235 Nm logo às 2000 rpm e também ajudado pelos eletrões provenientes do pequeno motor/gerador elétrico acionado por correia, um dos principais elementos do circuito secundário de 48V. O 1.4 litros de quatro cilindros não se importa de fazer rotação, mas sente-se mais à vontade até aos médios regimes, faixa de utilização que, na verdade, tem mais a ver com a utilização típica de um crossover familiar como este. A velocidade máxima deste S-Cross eletrificado e com tração às quatro rodas é 190 km/h.

Balanço Final

8/10

Balanço final (8/10) Muito bom o trabalho da Suzuki ao modernizar um projeto que já não é novo mas a cujos bons argumentos é impossível ficar indiferente. Mesmo sem os design exterior e interior com a irreverência atual que a tantos agrada, o S-Cross é um crossover com uma imagem muito própria, com um habitáculo prático, espaçoso e bem recheado e que esconde debaixo do capot um motor muito competente, quer do ponto de vista dinâmico, quer da eficiência, esta última fruto da inevitável eletrificação. A Suzuki propõe o S-Cross ensaiado por 30 975 euros. No entanto, com a campanha de 3700 euros em vigor, o preço deste crossover cheio de argumentos e com verdadeiras capacidades de aventura desce para 27 275 euros. Muito automóvel pelo preço pedido.

Concorrentes

Mazda CX-30 2.0 Skyactiv-G M Hybrid 4WD, 1998 cc, gasolina, 150 cv, 213 Nm; 0-100 km/h em 9,1 seg,; 195 km/h; 6,8 l/100 km, 153 gr/km de CO2; 31 327 euros

Ficha Técnica

Motor Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, turbo, gasolina Cilindrada (cm3): 1373 Diâmetro x Curso (mm): 73 x 82 Taxa de Compressão: 10,9:1 Potência máxima (CV/rpm): 129/5500 Binário máximo (Nm/rpm): 235/2000 às 3000 Transmissão: manual de 6 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/barra de torção Travões (fr/tr): discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): n.d. Velocidade máxima (km/h): 190 Consumos misto (l/100 km): 6,2 Emissões CO2 (gr/km): 140 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4300/1785/1585 Distância entre eixos (mm): 2600 Largura de vias (fr/tr mm): 1535/1505 Peso (kg): 1340 Capacidade da bagageira (l): 430 Deposito de combustível (l): 47 Pneus (fr/tr): 215/55 R17 Preço da versão base (Euros): 22.808 Preço da versão ensaiada (Euros): 27.275

Mais/Menos


Mais

Capacidades do motor; espaço a bordo; equipamento de série.

Menos

Qualidade de alguns materiais; suporte lateral do banco traseiro insuficiente.

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 27275€

Preço da versão base (Euros): 22808€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Exterior (7/10) Equilíbrio e proporção são talvez as palavras que melhor o definem. O S-Cross não aposta num design exageradamente irreverente, cheio de vincos, arestas pronunciadas e sombras para se conseguir destacar dos demais. Recorre, no entanto e como é habito neste tipo de automóveis, a uma grelha dianteira de grandes dimensões, ladeada por grupos óticos também eles bastante expressivos. Quando visto de perfil, o S-Cross aposta numa combinação de um já pouco visto quase monovolume com um mais vulgar hatchback e não lhe faltam, obviamente, as proteções negras da carroçaria e alguns elementos cromados. Relativamente ao Vitara, o seu rival interno, o S-Cross é mais longo cerca de 125 milímetros. Atrás, este crossover da Suzuki é bem mais sóbrio, destacando-se apenas a quantidade – algo exagerada – de símbolos de que esta versão híbrida e de tração às quatro rodas dispõe.

Interior

Interior (7/10) Tal como na carroçaria, também no interior do S-Cross a Suzuki não quis destacar-se pelo excesso de irreverência ou de soluções muito inovadoras, jogando pelo seguro e apostando num interior sóbrio mas moderno. O painel de instrumentos tem uma leitura muito fácil e ao centro dispõe de um pequeno mas completo computador de bordo, aqui monocromático ao invés do multicores do Vitara. O infotainment, sistema ao qual não faltam as funções atualmente quase “obrigatórias”, e tal como no Vitara que ensaiámos no Automais, também podia ter um interface mais fácil de utilizar e uma apresentação mais moderna, solução que em muito beneficiaria a experiência a bordo. A posição de condução é elevada, mas não em demasia, solução que, em conjunto com a baixa linha de cintura, com muito vidro, e um correto posicionamento do retrovisor exterior, garantem um boa visibilidade para a frente. Atrás, o vidro grande e quase vertical, transmite sensação idêntica. Os materiais aplicados são, de uma maneira geral, rijos, com excepção do painel central do tablier. No entanto, nesta unidade de “cidadania espanhola”, não identificámos nenhum ruído parasita que daí resultasse. Os passageiros de trás vão bem sentados, com bastante espaço para pernas, mas nessa zona pedia-se um pouco mais de suporte lateral. Ainda atrás, a presença do teto panorâmico rouba alguma folga para a cabeça. Nada de grave, mas notório. A mala tem 430 litros de capacidade e dispõe de um muito útil fundo amovível.

Equipamento

Equipamento (8/10) Tal como o irmão Vitara, também o S-Cross está apenas disponível em dois níveis de equipamento, o GLE e o GLX. Logo no nível de acesso, sempre associado à tração dianteira, este é um crossover a cuja lista de equipamento de série pouco equipamento falta. O GLE conta assim, por exemplo, com elementos como as jantes de 17 polegadas, vidros escurecidos, acesso e arranque sem chave, iluminação LED dianteira e traseira, ar condicionado automático bizona, câmara traseira e a travagem autónoma de emergência. Optando-se pelo GLX, disponível em versões de tração dianteira e Allgrip, o S-Cross passa também a contar com sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, estofos, apoio de braços e forros das portas em pele, sistema de navegação e teto panorâmico.

Consumos

Consumos (8/10) Tendo igualado o valor declarado pela Suzuki, já segundo as normas WLTP, o S-Cross mostrou-se relativamente contido nos consumos aferidos no nosso circuito de ensaio que se dividiu entre circulação em autoestrada e em ambiente urbano. No final do percurso, desligámos o motor a gasolina do S-Cross e o computador de bordo mostrava uma média de 6,2 lt/100 km, o que nos parece um resultado muito bom. Relativamente ao Vitara, que conduzimos com este mesmo motor mild hybrid, o S-Cross conseguiu um consumo inferior. O menor tráfego citadino pode explicar parte da diferença, mas é importante relembrar que o S-Cross não tem uma carroçaria tão assumidamente SUV como o Vitara, com uma secção dianteira menos vertical e uma carroçaria 2,5 centímetros mais baixa.

Ao volante

Ao volante (8/10) Agrada, desde logo, pela posição de condução, confortável e com boa visibilidade. O motor 1.4, a gasolina, tem potência mais do que suficiente e como referimos atrás, convence pela sua pouca sede. O tato da caixa, como é hábito nos automóveis japoneses, é bastante bom. Não é rápida nem tem de o ser num modelo como este, mas as passagens são decididas e é muito agradável de utilizar. Os modos de condução são uma mais-valia e uma funcionalidade cada vez mais valorizada. Para além do modo Auto, há um de afinação mais desportiva, Sport, e ainda um terceiro, o Snow Mud, e no qual podemos inclusivamente bloquear o diferencial central se as condições assim o aconselharem. O comportamento dinâmico é correcto e sempre com reações seguras, revelando uma agilidade mais do que adequada quando considerada a afinação da suspensão que é mais orientada para o conforto, boas impressões para as quais também contribui a considerável quantidade de borracha lateral dos pneus 215/55. Fácil de conduzir, com um bom compromisso entre performance e eficiência, confortável e ainda com a liberdade adicional de partir à aventura no fora de estrada ou na neve.

Concorrentes

Mazda CX-30 2.0 Skyactiv-G M Hybrid 4WD, 1998 cc, gasolina, 150 cv, 213 Nm; 0-100 km/h em 9,1 seg,; 195 km/h; 6,8 l/100 km, 153 gr/km de CO2; 31 327 euros

Motor

Motor (8/10) O primeiro elogio que se pode fazer ao novo motor Boosterjet eletrificado da Suzuki é referente à sua suavidade, quer de funcionamento, quer na entrega da potência. Silencioso e refinado, puxa com vigor desde cedo, graças aos 235 Nm logo às 2000 rpm e também ajudado pelos eletrões provenientes do pequeno motor/gerador elétrico acionado por correia, um dos principais elementos do circuito secundário de 48V. O 1.4 litros de quatro cilindros não se importa de fazer rotação, mas sente-se mais à vontade até aos médios regimes, faixa de utilização que, na verdade, tem mais a ver com a utilização típica de um crossover familiar como este. A velocidade máxima deste S-Cross eletrificado e com tração às quatro rodas é 190 km/h.

Balanço final

Balanço final (8/10) Muito bom o trabalho da Suzuki ao modernizar um projeto que já não é novo mas a cujos bons argumentos é impossível ficar indiferente. Mesmo sem os design exterior e interior com a irreverência atual que a tantos agrada, o S-Cross é um crossover com uma imagem muito própria, com um habitáculo prático, espaçoso e bem recheado e que esconde debaixo do capot um motor muito competente, quer do ponto de vista dinâmico, quer da eficiência, esta última fruto da inevitável eletrificação. A Suzuki propõe o S-Cross ensaiado por 30 975 euros. No entanto, com a campanha de 3700 euros em vigor, o preço deste crossover cheio de argumentos e com verdadeiras capacidades de aventura desce para 27 275 euros. Muito automóvel pelo preço pedido.

Mais

Capacidades do motor; espaço a bordo; equipamento de série.

Menos

Qualidade de alguns materiais; suporte lateral do banco traseiro insuficiente.

Ficha técnica

Motor Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, turbo, gasolina Cilindrada (cm3): 1373 Diâmetro x Curso (mm): 73 x 82 Taxa de Compressão: 10,9:1 Potência máxima (CV/rpm): 129/5500 Binário máximo (Nm/rpm): 235/2000 às 3000 Transmissão: manual de 6 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/barra de torção Travões (fr/tr): discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): n.d. Velocidade máxima (km/h): 190 Consumos misto (l/100 km): 6,2 Emissões CO2 (gr/km): 140 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4300/1785/1585 Distância entre eixos (mm): 2600 Largura de vias (fr/tr mm): 1535/1505 Peso (kg): 1340 Capacidade da bagageira (l): 430 Deposito de combustível (l): 47 Pneus (fr/tr): 215/55 R17 Preço da versão base (Euros): 22.808 Preço da versão ensaiada (Euros): 27.275

Preço da versão ensaiada (Euros): 27275€
Preço da versão base (Euros): 22808€