Toyota RAV4 Plug-in 2.5 HDF AWD-i – Ensaio Teste

By on 9 Maio, 2022

Prioridade à eletricidade

O mundo dos híbridos é bastante comum para a Toyota, uma vez que esta é uma opção em que a marca nipónica já aposta há algumas décadas e conhece muito bem. No entanto, as versões que possibilitam o carregamento do sistema elétrico através da rede, as plug-in, já não são assim tão frequentes. Usando o Prius como exemplo, apenas em 2011 foi apresentada uma versão plug-in para este modelo, quando já se encontrava na sua terceira geração. Mas agora, chega finalmente o momento de conhecermos um segundo modelo a dar este importante passo. O novo RAV4, que tanto sucesso tem conquistado em diversos mercados, passa agora a incluir uma versão plug-in na sua gama.

Texto: André Mendes


Mais:

– Sistema híbrido
– Conforto
– Equipamento

Menos:

– Monitor do infotainment
– Chapeleira pouco prática

Exterior

7/10

O visual robusto da mais recente geração do Toyota RAV4 mantém-se inalterado nesta versão plug-in, até porque as únicas diferenças estão mesmo na tampa extra, que esconde a tomada destinada a carregar o sistema, e na designação, que marca presença na secção traseira e nos para-lamas dianteiros. Com esta versão, as jantes têm 19 polegadas de diâmetro. As linhas mais vincadas deste modelo são uma das suas virtudes, sendo que agora, as prestações até ficam mais coincidentes com o visual. Mas já chegamos a essa parte.

Interior

7/10

Para esta versão, a Toyota escolheu um estilo ligeiramente mais desportivo no habitáculo, que inclui assentos dianteiros com um bom apoio lateral, padrões e costuras em vermelho. O ambiente geral pode ser um pouco mais escuro, mas tanto a escolha dos materiais como a robustez da montagem estão num patamar muito elevado. A posição de condução é boa e a maior altura facilita a visibilidade. E no que diz respeito a espaço, o RAV4 também não desilude, tanto nos lugares da frente como nos lugares traseiros, ou mesmo na bagageira, apesar da bateria do sistema elétrico estar encaixada nesta zona posterior do habitáculo, justamente por baixo dos assentos traseiros e da mala.

Equipamento

7/10

A escolha da versão Lounge, a mais equipada da gama, em vez da opção base (Comfort), faz com que o preço deste RAV4 passe dos 50.290 euros para os 57.920. E se juntarmos o valor da pintura bicolor com a zona superior em negro e a inferior em branco-pérola, como na unidade ensaiada, o valor final fica nos 58.190 euros. Em contrapartida, ficamos com um automóvel que inclui praticamente tudo o que nos podemos lembrar em termos de equipamento, uma vez que nesta versão Lounge, até os assentos traseiros são aquecidos. Além disso, está presente o sistema de navegação, um sistema de som da JBL e diversos outros equipamentos de conforto e segurança. Apenas o infotainment já merecia um monitor com mais resolução, mais uns centímetros na diagonal de imagem ou mesmo um novo grafismo.

Consumos

6/10

Uma das principais vantagens de utilizar um sistema híbrido plug-in está na possibilidade de circular durante mais tempo em modo puramente elétrico, uma vez que as capacidades do sistema são bastante superiores às da versão com o sistema convencional. E por isso, tentámos conduzir o máximo de tempo possível sem utilizar o motor de combustão. No final de cada deslocação, e assim que desligamos o motor (ou sistema), o computador de bordo fornece-nos um resumo do que acabámos de fazer, com as informações da distância, o tempo total de viagem, a percentagem de utilização em modo 100% elétrico e a média de consumo de combustível. Bastante útil para irmos aperfeiçoando a forma como conduzimos no que diz respeito à economia de combustível. Na grande maioria dos trajetos efetuados, verificámos que o rácio de condução em modo elétrico ficou sempre próximo dos 80%, o que resulta numa média de consumo em torno dos 6,3 litros a cada 100 quilómetros, mas a média final do ensaio, com alguns quilómetros de autoestrada e alguns destes a carregar a bateria, ficou nos 5,2 litros.

Ao Volante

6/10

A primeira impressão que temos ao volante do RAV4 está relacionada com o silêncio que se faz sentir a bordo, uma vez que o isolamento acústico é bastante cuidado. Mas depois, não há como não descobrir onde andam os mais de 300 cavalos de potência deste sistema. Basta abusar um pouco mais do curso do pedal do acelerador e já sente que todo o conjunto quer andar. Dinamicamente, o RAV4 não foi feito para estradas sinuosas, mas de uma forma geral, conseguimos obter um ritmo rápido e confortável numa estrada interior, em alternativa a uma qualquer autoestrada. Os modos de condução oferecem um pequeno ajuste na utilização, mas temos de confessar que, com a presença dos sistemas híbridos plug-in, o maior desafio é mesmo perceber quantos quilómetros fazemos com uma carga de bateria. A resposta não fica próxima dos mais de 70 anunciados pela marca para um percurso misto, mas somos capazes de chegar perto dos 60 sem grandes cuidados.

Motor

6/10

O motor de combustão é precisamente o mesmo da versão híbrida “convencional”, mas com um ligeiro acréscimo de potência. E do lado elétrico, estão agora disponíveis dois motores, um no eixo dianteiro e outro no eixo posterior, sendo assim possível passar potência para as quatro rodas. Quando todos os motores funcionam em conjunto, estão disponíveis 306 cavalos de potência, deixando este RAV4 como um dos Toyota mais potentes de toda a gama, sendo apenas ultrapassado por um que já inclui a assinatura da Gazoo Racing na sua designação. Em termos de prestações, a marca destaca os seis segundos que este SUV “híbrido” demora a acelerar dos 0 aos 100 km/h.

Balanço Final

7/10

Aquele que é um dos SUV mais vendidos do planeta, se não mesmo o mais vendido, é um daqueles modelos que nos vemos a conduzir durante bastante tempo, com a família a bordo, em mais um dia de pura rotina. O conforto e o espaço são compatíveis com os desejos mais exigentes e o sistema híbrido plug-in consegue um bom desempenho nos dias de maior azáfama, seja em ambiente citadino ou afastado dele. Aliás, com as quatro rodas motrizes, até mesmo afastado do asfalto. A única desvantagem fica mesmo a ser o preço, uma vez que, com a presença do sistema híbrido mais evoluído e com a versão de topo em termos de equipamento, o RAV4 já fica com um valor acima dos 57 mil euros.

Concorrentes

DS 7 Crossback E-Tense 4×4
Motor: quatro cilindros, 1.6 litros, potência: 300 cavalos; consumo médio: 1,3 l/100km; preço base: 58.350 €

Suzuki Across 2.5 PHEV GLX AWD
Motor: quatro cilindros, 2.5 litros, potência: 306 cavalos; consumo médio: 1,0 l/100km; preço base: 56.846 €

Ficha Técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, gasolina
Cilindrada (cm3): 2.487
Potência máxima (CV/rpm): 185/6.000
Potência máxima combinada (CV): 306
Binário máximo (Nm/rpm): 227/3.200-3.700
Tração: Quatro rodas motrizes
Transmissão: Automática de variação contínua
Direção: Pinhão e cremalheira, assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, McPherson / Triângulos sobrepostos
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos ventilados

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 6,0
Velocidade máxima (km/h): 180
Consumos misto (l/100 km): 1,0
Emissões CO2 (gr/km): 22

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.600/1.855/1.690
Distância entre eixos (mm): 2.000
Largura de vias (fr/tr mm): 1.653/1.657
Peso (kg): 2.161
Capacidade da bagageira (l): 490+30
Deposito de combustível (l): 55
Pneus (fr/tr): 235/55 R19

Preço da versão ensaiada (Euros): 57.290 €
Preço da versão base (Euros): 50.290 €

Mais/Menos


Mais

– Sistema híbrido
– Conforto
– Equipamento

Menos

– Monitor do infotainment
– Chapeleira pouco prática

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 57.290€

Preço da versão base (Euros): 50.290€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

O visual robusto da mais recente geração do Toyota RAV4 mantém-se inalterado nesta versão plug-in, até porque as únicas diferenças estão mesmo na tampa extra, que esconde a tomada destinada a carregar o sistema, e na designação, que marca presença na secção traseira e nos para-lamas dianteiros. Com esta versão, as jantes têm 19 polegadas de diâmetro. As linhas mais vincadas deste modelo são uma das suas virtudes, sendo que agora, as prestações até ficam mais coincidentes com o visual. Mas já chegamos a essa parte.

Interior

Para esta versão, a Toyota escolheu um estilo ligeiramente mais desportivo no habitáculo, que inclui assentos dianteiros com um bom apoio lateral, padrões e costuras em vermelho. O ambiente geral pode ser um pouco mais escuro, mas tanto a escolha dos materiais como a robustez da montagem estão num patamar muito elevado. A posição de condução é boa e a maior altura facilita a visibilidade. E no que diz respeito a espaço, o RAV4 também não desilude, tanto nos lugares da frente como nos lugares traseiros, ou mesmo na bagageira, apesar da bateria do sistema elétrico estar encaixada nesta zona posterior do habitáculo, justamente por baixo dos assentos traseiros e da mala.

Equipamento

A escolha da versão Lounge, a mais equipada da gama, em vez da opção base (Comfort), faz com que o preço deste RAV4 passe dos 50.290 euros para os 57.920. E se juntarmos o valor da pintura bicolor com a zona superior em negro e a inferior em branco-pérola, como na unidade ensaiada, o valor final fica nos 58.190 euros. Em contrapartida, ficamos com um automóvel que inclui praticamente tudo o que nos podemos lembrar em termos de equipamento, uma vez que nesta versão Lounge, até os assentos traseiros são aquecidos. Além disso, está presente o sistema de navegação, um sistema de som da JBL e diversos outros equipamentos de conforto e segurança. Apenas o infotainment já merecia um monitor com mais resolução, mais uns centímetros na diagonal de imagem ou mesmo um novo grafismo.

Consumos

Uma das principais vantagens de utilizar um sistema híbrido plug-in está na possibilidade de circular durante mais tempo em modo puramente elétrico, uma vez que as capacidades do sistema são bastante superiores às da versão com o sistema convencional. E por isso, tentámos conduzir o máximo de tempo possível sem utilizar o motor de combustão. No final de cada deslocação, e assim que desligamos o motor (ou sistema), o computador de bordo fornece-nos um resumo do que acabámos de fazer, com as informações da distância, o tempo total de viagem, a percentagem de utilização em modo 100% elétrico e a média de consumo de combustível. Bastante útil para irmos aperfeiçoando a forma como conduzimos no que diz respeito à economia de combustível. Na grande maioria dos trajetos efetuados, verificámos que o rácio de condução em modo elétrico ficou sempre próximo dos 80%, o que resulta numa média de consumo em torno dos 6,3 litros a cada 100 quilómetros, mas a média final do ensaio, com alguns quilómetros de autoestrada e alguns destes a carregar a bateria, ficou nos 5,2 litros.

Ao volante

A primeira impressão que temos ao volante do RAV4 está relacionada com o silêncio que se faz sentir a bordo, uma vez que o isolamento acústico é bastante cuidado. Mas depois, não há como não descobrir onde andam os mais de 300 cavalos de potência deste sistema. Basta abusar um pouco mais do curso do pedal do acelerador e já sente que todo o conjunto quer andar. Dinamicamente, o RAV4 não foi feito para estradas sinuosas, mas de uma forma geral, conseguimos obter um ritmo rápido e confortável numa estrada interior, em alternativa a uma qualquer autoestrada. Os modos de condução oferecem um pequeno ajuste na utilização, mas temos de confessar que, com a presença dos sistemas híbridos plug-in, o maior desafio é mesmo perceber quantos quilómetros fazemos com uma carga de bateria. A resposta não fica próxima dos mais de 70 anunciados pela marca para um percurso misto, mas somos capazes de chegar perto dos 60 sem grandes cuidados.

Concorrentes

DS 7 Crossback E-Tense 4×4
Motor: quatro cilindros, 1.6 litros, potência: 300 cavalos; consumo médio: 1,3 l/100km; preço base: 58.350 €

Suzuki Across 2.5 PHEV GLX AWD
Motor: quatro cilindros, 2.5 litros, potência: 306 cavalos; consumo médio: 1,0 l/100km; preço base: 56.846 €

Motor

O motor de combustão é precisamente o mesmo da versão híbrida “convencional”, mas com um ligeiro acréscimo de potência. E do lado elétrico, estão agora disponíveis dois motores, um no eixo dianteiro e outro no eixo posterior, sendo assim possível passar potência para as quatro rodas. Quando todos os motores funcionam em conjunto, estão disponíveis 306 cavalos de potência, deixando este RAV4 como um dos Toyota mais potentes de toda a gama, sendo apenas ultrapassado por um que já inclui a assinatura da Gazoo Racing na sua designação. Em termos de prestações, a marca destaca os seis segundos que este SUV “híbrido” demora a acelerar dos 0 aos 100 km/h.

Balanço final

Aquele que é um dos SUV mais vendidos do planeta, se não mesmo o mais vendido, é um daqueles modelos que nos vemos a conduzir durante bastante tempo, com a família a bordo, em mais um dia de pura rotina. O conforto e o espaço são compatíveis com os desejos mais exigentes e o sistema híbrido plug-in consegue um bom desempenho nos dias de maior azáfama, seja em ambiente citadino ou afastado dele. Aliás, com as quatro rodas motrizes, até mesmo afastado do asfalto. A única desvantagem fica mesmo a ser o preço, uma vez que, com a presença do sistema híbrido mais evoluído e com a versão de topo em termos de equipamento, o RAV4 já fica com um valor acima dos 57 mil euros.

Mais

– Sistema híbrido
– Conforto
– Equipamento

Menos

– Monitor do infotainment
– Chapeleira pouco prática

Ficha técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, gasolina
Cilindrada (cm3): 2.487
Potência máxima (CV/rpm): 185/6.000
Potência máxima combinada (CV): 306
Binário máximo (Nm/rpm): 227/3.200-3.700
Tração: Quatro rodas motrizes
Transmissão: Automática de variação contínua
Direção: Pinhão e cremalheira, assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, McPherson / Triângulos sobrepostos
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos ventilados

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 6,0
Velocidade máxima (km/h): 180
Consumos misto (l/100 km): 1,0
Emissões CO2 (gr/km): 22

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.600/1.855/1.690
Distância entre eixos (mm): 2.000
Largura de vias (fr/tr mm): 1.653/1.657
Peso (kg): 2.161
Capacidade da bagageira (l): 490+30
Deposito de combustível (l): 55
Pneus (fr/tr): 235/55 R19

Preço da versão ensaiada (Euros): 57.290 €
Preço da versão base (Euros): 50.290 €

Preço da versão ensaiada (Euros): 57.290€
Preço da versão base (Euros): 50.290€