Volkswagen T-ROC Cabrio 1.5 TSI DSG R-Line – Ensaio Teste

By on 17 Fevereiro, 2023

Fusão de conceitos

Esta é aquela versão do Volkswagen T-ROC de que deveríamos não gostar, uma vez que é a única que não é produzida na fábrica de Palmela. No entanto, esta mistura de um SUV com um Cabrio está tão bem feita que se torna quase impossível não gostar desta alternativa de formato na gama T-ROC. Com um visual mais elaborado, devido à presença da versão R-Line e com a carroçaria pintada no exclusivo tom Vermelho Kings, este é mesmo um T-ROC que funciona quase como a cereja no topo do bolo, no meio de uma gama bastante completa.

Texto: André Mendes

[email protected]


Mais:

– Imagem bem conseguida;
– Conforto e espaço;
– Equipamento;

Menos:

– Consumos;
– Capacidade da bagageira;

Exterior

7/10

A invasão dos SUV nos mais variados segmentos fez com que alguns formatos menos comuns tivessem começado a desaparecer do mercado. Em compensação, ainda há marcas que gostam de testar novos conceitos, como o de misturar um SUV com um descapotável, iniciado pela Land Rover há uns anos com o Evoque Cabrio. O Volkswagen T-ROC Cabrio seguiu esta mesma receita e num momento perfeito, uma vez que o Evoque já não se comercializa e deixou esta versão da marca alemã sem rivais.

O visual mais desportivo é assegurado pelos pára-choques exclusivos da versão R-Line, mas também pelas jantes Misano de 19 polegadas presentes na unidade ensaiada. Em termos de desenho, as diferenças são mais que muitas, como não poderia deixar de ser. A altura mais elevada ao solo comprova a presença de um formato de SUV, capaz de se aventurar por caminhos menos próprios, mas a capota de lona e a ausência de um arco central, remete-nos para os verdadeiros descapotáveis de visual mais clássico, perfeitos para aproveitar todo e qualquer momento de exposição solar, especialmente quando a capota demora menos de 20 segundos a abrir ou a fechar e o processo pode ser feito até uma velocidade de 30 km/h.

Interior

6/10

A atualização recente do Volkswagen T-ROC trouxe uma maior perceção de qualidade, através de materiais mais macios na zona superior do tablier e de um conjunto de acabamentos que estão, de facto, mais cuidados. Além disso, e por se tratar de uma versão R-Line, este T-ROC Cabrio também inclui os assentos com um forro mais cuidado, com dois tipos de tecido e um formato que contribui para uma boa posição de condução, tal como a amplitude das regulações que estão disponíveis.

Em termos de espaço, os lugares traseiros não apresentam grandes dificuldades quando temos de transportar mais duas pessoas lá atrás. A bordo do Volkswagen T-ROC Cabrio estão disponíveis apenas quatro lugares, mas são lugares verdadeiros, capazes de serem utilizados por adultos e não apenas por crianças. O que saiu algo penalizado foi mesmo o formato da bagageira, que oferece agora uma capacidade de apenas 280 litros, ainda que haja a possibilidade de rebater os assentos traseiros para quando é necessário transportar objetos de maior dimensão, ainda que esta abertura seja apenas compatível com esquis ou uma prancha de snowboard e não com uma ida a uma conhecida loja de mobiliário.

Equipamento

7/10

Com a versão R-Line o nível de equipamento base já é bastante completo, não faltando o sistema de navegação Discover Media, o Digital Cockpit Pro, o ar condicionado Climatronic de duas zonas, a câmara traseira de ajuda ao estacionamento e a Wireless App Connect, entre outros. No entanto, a unidade ensaiada ainda tinha adicionada a cor especial para a carroçaria Vermelho Kings com a capota preta (764 euros), o sistema de acesso sem chave (403 euros), as jantes de liga leve Misano de 19 polegadas (954 euros) e os faróis com o sistema LED Matrix (765 euros), sendo que o sistema LED Performance já faz parte do equipamento de série. No total, a unidade ensaiada fica com um preço já acima dos 50 mil euros, o que, ainda assim, não parece obsceno quando comparado com outras “loucuras” que vamos conhecendo no mercado.

Consumos

5/10

Os valores declarados pela Volkswagen para este modelo e versão em termos de consumo apontam para os 6,7 litros de gasolina para cada 100 quilómetros percorridos, mas estamos em crer que este é mais um daqueles casos em que isso apenas acontece em situações ideais e não numa utilização mais convencional do dia-a-dia. Nas nossas deslocações, com bastante cidade à mistura e alguns quilómetros em autoestrada, mas com a capota aberta em 90 por cento do tempo, os valores obtidos ficaram mais entre os 8,5 litros e os 9,2 litros, o que já algo guloso para uma motorização que até deveria ser mais eficiente e ainda acrescenta a possibilidade de desligar dois dos seus quatro cilindros em momentos de carga mais moderada.

Ao Volante

7/10

O início de cada uma das viagens a bordo do T-ROC Cabrio estará sempre relacionado com as condições climatéricas do momento e se viajam connosco pessoas mais sensíveis a temperatura ou vento. Se formos só nós, como aconteceu em diversos dos quilómetros percorridos, uma manhã de 12 graus com uma deslocação para fazer em autoestrada, é perfeitamente compatível com a abertura da capota. Até porque as condutas da ventilação fazem um bom trabalho em manter-nos numa temperatura adequada e, com os quatro vidros para cima, a turbulência a bordo é bastante reduzida mesmo quando o velocímetro se encontra entre os 100 e os 120 km/h.

Assim, que o piso se torna um pouco mais degradado, descobrimos algumas vibrações na zona do tablier e do pára-brisas, até porque a presença das jantes de 19 polegadas também não ajudam. Mas é preciso estar com um pouco mais de atenção para notarmos e, de uma forma geral, não comprometem um patamar de utilização bastante confortável deste SUV que também é descapotável.

Motor

7/10

A segunda geração do motor EVO de 1,5 litros e quatro cilindros, soma 150 cavalos de potência e mantem a sua capacidade de desligar os dois cilindros do meio quando viajamos em ritmos mais moderados. A passagem entre os dois modos continua perfeitamente impercetível e a ligação deste motor com a caixa de velocidades automática DSG de dupla embraiagem é uma das que podemos apostar ser bastante duradoura. Ainda que não ofereça números incríveis em termos de prestações, até porque o T-ROC é um pouco mais pesado do que os modelos mais convencionais desta gama, permite um ritmo bastante animado, mesmo quando a estrada se torna menos reta.

Balanço Final

7/10

A utilização deste SUV descapotável cativou-nos bastante, uma vez que consegue preencher diversos requisitos de uma rotina diária, com um habitáculo espaçoso e uma condução tranquila, com algumas características de que normalmente costumamos abdicar em favor de um preço mais amigável, tal como o facto de se tratar de um descapotável. O motor 1.5 TSI de 150 cavalos demonstrou ser um pouco mais guloso do que o desejado, mas isso só fez com que nos puséssemos a imaginar uma versão híbrida plug-in deste modelo com um sistema semelhante ao que marca presença no Golf GTE. Que tal, Volkswagen, seria possível? E olhem que ali em Palmela ainda há espaço para a produção deste T-ROC Cabrio, até porque eles estiveram alguns anos com o EOS na sua linha de montagem, que até tinha um sistema de capota rígida bem mais complexo do que este.

Ficha Técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 1.498
Potência máxima (CV/rpm): 150/5.000-6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 250/1.500-3.500
Tração: Dianteira
Transmissão: DSG de sete velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 9,4
Velocidade máxima (km/h): 203
Consumos misto (l/100 km): 6,7
Emissões CO2 (g/km): 151

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.279/1.811/1.527
Distância entre eixos (mm): 2.630
Largura de vias (fr/tr mm): 1.538/1.541
Peso (kg): 1.588
Capacidade da bagageira (l): 280
Depósito (l): 50
Pneus (fr/tr): 225/40 R19

Preço da versão ensaiada (Euros): 50.309 €
Preço da versão base (Euros): 47.423 €

Mais/Menos


Mais

– Imagem bem conseguida;
– Conforto e espaço;
– Equipamento;

Menos

– Consumos;
– Capacidade da bagageira;

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 50309€

Preço da versão base (Euros): 47423€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

A invasão dos SUV nos mais variados segmentos fez com que alguns formatos menos comuns tivessem começado a desaparecer do mercado. Em compensação, ainda há marcas que gostam de testar novos conceitos, como o de misturar um SUV com um descapotável, iniciado pela Land Rover há uns anos com o Evoque Cabrio. O Volkswagen T-ROC Cabrio seguiu esta mesma receita e num momento perfeito, uma vez que o Evoque já não se comercializa e deixou esta versão da marca alemã sem rivais.

O visual mais desportivo é assegurado pelos pára-choques exclusivos da versão R-Line, mas também pelas jantes Misano de 19 polegadas presentes na unidade ensaiada. Em termos de desenho, as diferenças são mais que muitas, como não poderia deixar de ser. A altura mais elevada ao solo comprova a presença de um formato de SUV, capaz de se aventurar por caminhos menos próprios, mas a capota de lona e a ausência de um arco central, remete-nos para os verdadeiros descapotáveis de visual mais clássico, perfeitos para aproveitar todo e qualquer momento de exposição solar, especialmente quando a capota demora menos de 20 segundos a abrir ou a fechar e o processo pode ser feito até uma velocidade de 30 km/h.

Interior

A atualização recente do Volkswagen T-ROC trouxe uma maior perceção de qualidade, através de materiais mais macios na zona superior do tablier e de um conjunto de acabamentos que estão, de facto, mais cuidados. Além disso, e por se tratar de uma versão R-Line, este T-ROC Cabrio também inclui os assentos com um forro mais cuidado, com dois tipos de tecido e um formato que contribui para uma boa posição de condução, tal como a amplitude das regulações que estão disponíveis.

Em termos de espaço, os lugares traseiros não apresentam grandes dificuldades quando temos de transportar mais duas pessoas lá atrás. A bordo do Volkswagen T-ROC Cabrio estão disponíveis apenas quatro lugares, mas são lugares verdadeiros, capazes de serem utilizados por adultos e não apenas por crianças. O que saiu algo penalizado foi mesmo o formato da bagageira, que oferece agora uma capacidade de apenas 280 litros, ainda que haja a possibilidade de rebater os assentos traseiros para quando é necessário transportar objetos de maior dimensão, ainda que esta abertura seja apenas compatível com esquis ou uma prancha de snowboard e não com uma ida a uma conhecida loja de mobiliário.

Equipamento

Com a versão R-Line o nível de equipamento base já é bastante completo, não faltando o sistema de navegação Discover Media, o Digital Cockpit Pro, o ar condicionado Climatronic de duas zonas, a câmara traseira de ajuda ao estacionamento e a Wireless App Connect, entre outros. No entanto, a unidade ensaiada ainda tinha adicionada a cor especial para a carroçaria Vermelho Kings com a capota preta (764 euros), o sistema de acesso sem chave (403 euros), as jantes de liga leve Misano de 19 polegadas (954 euros) e os faróis com o sistema LED Matrix (765 euros), sendo que o sistema LED Performance já faz parte do equipamento de série. No total, a unidade ensaiada fica com um preço já acima dos 50 mil euros, o que, ainda assim, não parece obsceno quando comparado com outras “loucuras” que vamos conhecendo no mercado.

Consumos

Os valores declarados pela Volkswagen para este modelo e versão em termos de consumo apontam para os 6,7 litros de gasolina para cada 100 quilómetros percorridos, mas estamos em crer que este é mais um daqueles casos em que isso apenas acontece em situações ideais e não numa utilização mais convencional do dia-a-dia. Nas nossas deslocações, com bastante cidade à mistura e alguns quilómetros em autoestrada, mas com a capota aberta em 90 por cento do tempo, os valores obtidos ficaram mais entre os 8,5 litros e os 9,2 litros, o que já algo guloso para uma motorização que até deveria ser mais eficiente e ainda acrescenta a possibilidade de desligar dois dos seus quatro cilindros em momentos de carga mais moderada.

Ao volante

O início de cada uma das viagens a bordo do T-ROC Cabrio estará sempre relacionado com as condições climatéricas do momento e se viajam connosco pessoas mais sensíveis a temperatura ou vento. Se formos só nós, como aconteceu em diversos dos quilómetros percorridos, uma manhã de 12 graus com uma deslocação para fazer em autoestrada, é perfeitamente compatível com a abertura da capota. Até porque as condutas da ventilação fazem um bom trabalho em manter-nos numa temperatura adequada e, com os quatro vidros para cima, a turbulência a bordo é bastante reduzida mesmo quando o velocímetro se encontra entre os 100 e os 120 km/h.

Assim, que o piso se torna um pouco mais degradado, descobrimos algumas vibrações na zona do tablier e do pára-brisas, até porque a presença das jantes de 19 polegadas também não ajudam. Mas é preciso estar com um pouco mais de atenção para notarmos e, de uma forma geral, não comprometem um patamar de utilização bastante confortável deste SUV que também é descapotável.

Motor

A segunda geração do motor EVO de 1,5 litros e quatro cilindros, soma 150 cavalos de potência e mantem a sua capacidade de desligar os dois cilindros do meio quando viajamos em ritmos mais moderados. A passagem entre os dois modos continua perfeitamente impercetível e a ligação deste motor com a caixa de velocidades automática DSG de dupla embraiagem é uma das que podemos apostar ser bastante duradoura. Ainda que não ofereça números incríveis em termos de prestações, até porque o T-ROC é um pouco mais pesado do que os modelos mais convencionais desta gama, permite um ritmo bastante animado, mesmo quando a estrada se torna menos reta.

Balanço final

A utilização deste SUV descapotável cativou-nos bastante, uma vez que consegue preencher diversos requisitos de uma rotina diária, com um habitáculo espaçoso e uma condução tranquila, com algumas características de que normalmente costumamos abdicar em favor de um preço mais amigável, tal como o facto de se tratar de um descapotável. O motor 1.5 TSI de 150 cavalos demonstrou ser um pouco mais guloso do que o desejado, mas isso só fez com que nos puséssemos a imaginar uma versão híbrida plug-in deste modelo com um sistema semelhante ao que marca presença no Golf GTE. Que tal, Volkswagen, seria possível? E olhem que ali em Palmela ainda há espaço para a produção deste T-ROC Cabrio, até porque eles estiveram alguns anos com o EOS na sua linha de montagem, que até tinha um sistema de capota rígida bem mais complexo do que este.

Mais

– Imagem bem conseguida;
– Conforto e espaço;
– Equipamento;

Menos

– Consumos;
– Capacidade da bagageira;

Ficha técnica

Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 1.498
Potência máxima (CV/rpm): 150/5.000-6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 250/1.500-3.500
Tração: Dianteira
Transmissão: DSG de sete velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 9,4
Velocidade máxima (km/h): 203
Consumos misto (l/100 km): 6,7
Emissões CO2 (g/km): 151

Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.279/1.811/1.527
Distância entre eixos (mm): 2.630
Largura de vias (fr/tr mm): 1.538/1.541
Peso (kg): 1.588
Capacidade da bagageira (l): 280
Depósito (l): 50
Pneus (fr/tr): 225/40 R19

Preço da versão ensaiada (Euros): 50.309 €
Preço da versão base (Euros): 47.423 €

Preço da versão ensaiada (Euros): 50309€
Preço da versão base (Euros): 47423€