Mazda 3 CS Skyactiv G AT – Ensaio Teste

By on 3 Outubro, 2019

Mazda 3 CS Skyactiv G AT

Texto: José Manuel Costa ([email protected])

Elegância versátil

Duas mãos cheias de anos passaram desde que a Mazda se libertou das amarras da Ford, despindo de forma definitiva o manto da casa da oval. Mas só agora é que a Mazda atingiu o patamar de excelência, com as novas mecânicas Skyactiv e um refinamento inesperado para uma marca tendencialmente generalista. O Mazda3 nunca foi um protagonista, mas desta vez as coisas são bem diferentes! Para mim, digo-o sem problemas, é o melhor carro do segmento e quando chegar o motoro Skyactiv X reforçará esse estatuto. Fica o ensaio à interessante versão de quatro portas e motor turbodiesel.

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Qualidade, Consumos, Refinamento

 

 

 

Menos:

Performances, habitabilidade traseira

Exterior

8/10

Pontuação 8/10

O estilo do Mazda 3 na versão de cinco portas é delicioso, mas a casa japonesa decidiu oferecer-nos uma versão de quatro portas que é mais sensual, com uma traseira muito bem arranjada. A frente rima com a traseira, num conjunto mais convencional. Claro que a sua escolha vai ser o cinco portas, mas este Mazda 3 CS tem mais capacidade na bagageira, por exemplo. Continuo a gostar mais do 3 cinco portas, mas este CS acredito que possa seduzir alguns indefetíveis dos carros sem traseira.

Interior

8/10

Pontuação 8/10

Abrir a porta e sentar nos bancos pensados, especialmente, para adicionar conforto e, sobretudo, apoio para as ancas, coxas e coluna vertebral, é uma bela sensação. Mas ainda melhor é quando olhamos para o tablier e para o volante. Iguais aos da versão de cinco portas. A tendência minimalista é evidente e botões á nossa frente só mesmo os do sistema de climatização e do arranque/paragem do motor. Por cima, temos um monitor com 8,8 polegadas, virado para o condutor, muito bem integrado num tabliê desenhado com gosto onde a única nota menos conseguida é dedicada à zona onde estão as saídas do sistema de climatização. A Mazda podia ter seguido o exemplo da Audi e ao invés de uma peça de plástico a unir duas saídas, fazer uma grelha única.

Na consola central está a alavanca da caixa de velocidades e, imediatamente atrás, o comando do sistema de info entretenimento. Agora com novos grafismos e uma resposta muito mais veloz, comandado de forma ideal através de um botão rotativo e três teclas que organizam tudo. Simples, prático e tudo feito com materiais que são suaves ao toque.

A montagem é simplesmente irrepreensível e a qualidade superior e tanto no desenho do tabliê como na qualidade, empalidece aquilo que a Volkswagen faz no Golf. Os comandos estão bem calibrados, como por exemplo, a alavanca da caixa de velocidades automática é suave e não cria problemas. As hastes que controlam o sistema de iluminação e as escovas de limpeza do para brisas e do óculo traseiro, também têm um tato firme e que exala qualidade. Se procurarmos bem, encontramos alguns plásticos de menor valia, mas como a qualidade da montagem é excelente, acredito que o interior do Mazda não irá criar dificuldades durante a utilização.

Pior é mesmo atrás, pois além da forma da carroçaria e, particularmente, da superfície vidrada, provocar alguma claustrofobia (menos que no cinco portas), o espaço para arrumar as pernas não é fantástico. E na largura também não. E, já agora, a acessibilidade não é extraordinária.

Na bagageira lá estão os 92 litros a mais que no cinco portas (450 contra 358 litros). Não é famoso, mas é melhor que o mais estiloso Mazda 3 de cinco portas, onde a forma sacrifica a função.

Equipamento

8/10

Pontuação 8/10  

A Mazda só vende o 3 CS na versão Evolve, com caixa manual. Ainda assim, o equipamento é muito completo. Além das jantes de 16 polegadas, dos estofos em tecido e da pintura sólida, oferece ainda sistema de navegação, comandos do sistema de info entretenimento no volante, sistema Bluetooth, rádio com oito colunas, ecrã de 8,8 polegadas, volante em pele, sistema de entrada sem chave e arranque mãos livres, máximos automáticos, faróis LED, fecho automático de portas, sensores de chuva e luz, regulação em altura e profundidade do volante, ar condicionado automático, travão de mão elétrico, alarme, alerta de condição do condutor, entre outras coisas como o “lane assist”. Um conjunto de equipamentos que faz jus à etiqueta de preço inferior a 30 mil euros.

Consumos

/10

Pontuação 8/10

A elevada cilindrada permite que o motor Skyactiv D seja um verdadeiro pisco na hora de gastar gasóleo, com a Mazda a reclamar 4,2 l/100 km debaixo do protocolo WLTP. Pois muito bem, com mais de 200 quilómetros feitos em variadíssimos percursos, o consumo final foi, exatamente de… 4,9 l/100 km! E mesmo na hora de puxar pelo motor raramente a média sobe acima dos 7,5 litros.

Ao Volante

9/10

Pontuação 9/10

A escolha de um eixo rígido em detrimento de um eixo multibraços na traseira, tem a ver com questões económicas. E o Mazda3 é um desses casos. O chassis é rígido, a frente tem muita aderência e aceita entrar em curva sem hesitação, controlando bem os movimentos da carroçaria com o aumento de velocidade em curva, aderindo lateralmente de uma forma impressionante. E para os mais afoitos, levantar o pé a meio do apoio permite que a traseira rode, mas o excelente equilíbrio do carro permite que tudo regresse rapidamente ao normal. A direção tem o peso correto, mas não é um modelo de rapidez e a sensibilidade também não é muita. O Mazda3 não é desconfortável, muito longe disso, mas falta-lhe mais refinamento no eixo traseiro, particularmente ao lidar com lombas, bandas sonoras e pisos mais degradados.

Motor

8/10

Pontuação 8/10

Um bloco com 1.8 litros a debitar somente 118 CV e 270 Nm de binário, pode parecer pouco. E é, na realidade, mas as características deste bloco permitem-lhe ter a performance suficiente para ninguém passar vergonha. Mas não dá para ir desafiar desportivos de bolso para a serra nem para bater a ligação Lisboa-Faro ou Lisboa-Porto. É um motor suave, que rima bem com a caixa de velocidades e que por ser de elevada cilindrada, permite que a utilização seja simples.

Balanço Final

8/10

Pontuação 8/10

Desconhecendo o que vale a oitava geração do VW Golf, para mim o Mazda 3 é o carro que lidera o segmento. Silencioso (muito) em andamento, refinado no “pisar” da estrada, é divertido e muito competente em termos de comportamento e a qualidade do habitáculo pede meças aos modelos Premium. Claro que nem tudo é perfeito! A habitabilidade traseira não é extraordinária, a acessibilidade traseira melhora um pouco, mas não é excelente e a visibilidade interior não é fantástica. É verdade que as cifras de potência parecem acanhadas e por isso é grande a necessidade de chegar o motor Skyactiv X. Ou seja, na minha opinião, o melhor 3 é a gasóleo, pois é mais suave e com uma margem de utilização melhor.

Concorrentes

Ford Focus 1.5 TDCi Active

1500 c.c. turbo diesel; 120 CV; 300 Nm; 0-100 km/h em 10,0 seg,; 196 km/h; 3,7 l/100 km, 100 gr/km de CO2; 28.515 euros

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

VW Golf 1.6 TDI Confortline

1598 c.c. turbo diesel; 115 CV; 250 Nm; 0-100 km/h em 10,2 seg,; 198 km/h; 4,1 l/100 km, 106 gr/km de CO2; 29.197 euros

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Ficha Técnica

Motor

Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, turbocompressor, diesel

Cilindrada (cm3): 1759

Diâmetro x Curso (mm): 79,0 x 89,7

Taxa de Compressão: 14,8:1

Potência máxima (CV/rpm): 116/116/4000

Binário máximo (Nm/rpm): 270/1600 – 2600

Transmissão: Tração dianteira, caixa manual de 6 velocidades

Direção: pinhão e cremalheira, com assistência elétrica

Suspensão (ft/tr): Independente McPherson/eixo de torção

Travões (fr/tr): Discos ventilados/discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 12,1

Velocidade máxima (km/h): 192

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 5,8/6,4/5,6

Emissões CO2 (gr/km): 148

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4460/1795/1435

Distância entre eixos (mm): 2725

Largura de vias (fr/tr mm): 1570/1580

Peso (kg): 1299

Capacidade da bagageira (l): 450

Deposito de combustível (l): 51

Pneus (fr/tr): 195/55 R16

Mais/Menos


Mais

Qualidade, Consumos, Refinamento

 

 

 

Menos

Performances, habitabilidade traseira

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 29886€

Preço da versão base (Euros): 29886€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação 8/10

O estilo do Mazda 3 na versão de cinco portas é delicioso, mas a casa japonesa decidiu oferecer-nos uma versão de quatro portas que é mais sensual, com uma traseira muito bem arranjada. A frente rima com a traseira, num conjunto mais convencional. Claro que a sua escolha vai ser o cinco portas, mas este Mazda 3 CS tem mais capacidade na bagageira, por exemplo. Continuo a gostar mais do 3 cinco portas, mas este CS acredito que possa seduzir alguns indefetíveis dos carros sem traseira.

Interior

Pontuação 8/10

Abrir a porta e sentar nos bancos pensados, especialmente, para adicionar conforto e, sobretudo, apoio para as ancas, coxas e coluna vertebral, é uma bela sensação. Mas ainda melhor é quando olhamos para o tablier e para o volante. Iguais aos da versão de cinco portas. A tendência minimalista é evidente e botões á nossa frente só mesmo os do sistema de climatização e do arranque/paragem do motor. Por cima, temos um monitor com 8,8 polegadas, virado para o condutor, muito bem integrado num tabliê desenhado com gosto onde a única nota menos conseguida é dedicada à zona onde estão as saídas do sistema de climatização. A Mazda podia ter seguido o exemplo da Audi e ao invés de uma peça de plástico a unir duas saídas, fazer uma grelha única.

Na consola central está a alavanca da caixa de velocidades e, imediatamente atrás, o comando do sistema de info entretenimento. Agora com novos grafismos e uma resposta muito mais veloz, comandado de forma ideal através de um botão rotativo e três teclas que organizam tudo. Simples, prático e tudo feito com materiais que são suaves ao toque.

A montagem é simplesmente irrepreensível e a qualidade superior e tanto no desenho do tabliê como na qualidade, empalidece aquilo que a Volkswagen faz no Golf. Os comandos estão bem calibrados, como por exemplo, a alavanca da caixa de velocidades automática é suave e não cria problemas. As hastes que controlam o sistema de iluminação e as escovas de limpeza do para brisas e do óculo traseiro, também têm um tato firme e que exala qualidade. Se procurarmos bem, encontramos alguns plásticos de menor valia, mas como a qualidade da montagem é excelente, acredito que o interior do Mazda não irá criar dificuldades durante a utilização.

Pior é mesmo atrás, pois além da forma da carroçaria e, particularmente, da superfície vidrada, provocar alguma claustrofobia (menos que no cinco portas), o espaço para arrumar as pernas não é fantástico. E na largura também não. E, já agora, a acessibilidade não é extraordinária.

Na bagageira lá estão os 92 litros a mais que no cinco portas (450 contra 358 litros). Não é famoso, mas é melhor que o mais estiloso Mazda 3 de cinco portas, onde a forma sacrifica a função.

Equipamento

Pontuação 8/10  

A Mazda só vende o 3 CS na versão Evolve, com caixa manual. Ainda assim, o equipamento é muito completo. Além das jantes de 16 polegadas, dos estofos em tecido e da pintura sólida, oferece ainda sistema de navegação, comandos do sistema de info entretenimento no volante, sistema Bluetooth, rádio com oito colunas, ecrã de 8,8 polegadas, volante em pele, sistema de entrada sem chave e arranque mãos livres, máximos automáticos, faróis LED, fecho automático de portas, sensores de chuva e luz, regulação em altura e profundidade do volante, ar condicionado automático, travão de mão elétrico, alarme, alerta de condição do condutor, entre outras coisas como o “lane assist”. Um conjunto de equipamentos que faz jus à etiqueta de preço inferior a 30 mil euros.

Consumos

Pontuação 8/10

A elevada cilindrada permite que o motor Skyactiv D seja um verdadeiro pisco na hora de gastar gasóleo, com a Mazda a reclamar 4,2 l/100 km debaixo do protocolo WLTP. Pois muito bem, com mais de 200 quilómetros feitos em variadíssimos percursos, o consumo final foi, exatamente de… 4,9 l/100 km! E mesmo na hora de puxar pelo motor raramente a média sobe acima dos 7,5 litros.

Ao volante

Pontuação 9/10

A escolha de um eixo rígido em detrimento de um eixo multibraços na traseira, tem a ver com questões económicas. E o Mazda3 é um desses casos. O chassis é rígido, a frente tem muita aderência e aceita entrar em curva sem hesitação, controlando bem os movimentos da carroçaria com o aumento de velocidade em curva, aderindo lateralmente de uma forma impressionante. E para os mais afoitos, levantar o pé a meio do apoio permite que a traseira rode, mas o excelente equilíbrio do carro permite que tudo regresse rapidamente ao normal. A direção tem o peso correto, mas não é um modelo de rapidez e a sensibilidade também não é muita. O Mazda3 não é desconfortável, muito longe disso, mas falta-lhe mais refinamento no eixo traseiro, particularmente ao lidar com lombas, bandas sonoras e pisos mais degradados.

Concorrentes

Ford Focus 1.5 TDCi Active

1500 c.c. turbo diesel; 120 CV; 300 Nm; 0-100 km/h em 10,0 seg,; 196 km/h; 3,7 l/100 km, 100 gr/km de CO2; 28.515 euros

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

VW Golf 1.6 TDI Confortline

1598 c.c. turbo diesel; 115 CV; 250 Nm; 0-100 km/h em 10,2 seg,; 198 km/h; 4,1 l/100 km, 106 gr/km de CO2; 29.197 euros

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Motor

Pontuação 8/10

Um bloco com 1.8 litros a debitar somente 118 CV e 270 Nm de binário, pode parecer pouco. E é, na realidade, mas as características deste bloco permitem-lhe ter a performance suficiente para ninguém passar vergonha. Mas não dá para ir desafiar desportivos de bolso para a serra nem para bater a ligação Lisboa-Faro ou Lisboa-Porto. É um motor suave, que rima bem com a caixa de velocidades e que por ser de elevada cilindrada, permite que a utilização seja simples.

Balanço final

Pontuação 8/10

Desconhecendo o que vale a oitava geração do VW Golf, para mim o Mazda 3 é o carro que lidera o segmento. Silencioso (muito) em andamento, refinado no “pisar” da estrada, é divertido e muito competente em termos de comportamento e a qualidade do habitáculo pede meças aos modelos Premium. Claro que nem tudo é perfeito! A habitabilidade traseira não é extraordinária, a acessibilidade traseira melhora um pouco, mas não é excelente e a visibilidade interior não é fantástica. É verdade que as cifras de potência parecem acanhadas e por isso é grande a necessidade de chegar o motor Skyactiv X. Ou seja, na minha opinião, o melhor 3 é a gasóleo, pois é mais suave e com uma margem de utilização melhor.

Mais

Qualidade, Consumos, Refinamento

 

 

 

Menos

Performances, habitabilidade traseira

Ficha técnica

Motor

Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, turbocompressor, diesel

Cilindrada (cm3): 1759

Diâmetro x Curso (mm): 79,0 x 89,7

Taxa de Compressão: 14,8:1

Potência máxima (CV/rpm): 116/116/4000

Binário máximo (Nm/rpm): 270/1600 – 2600

Transmissão: Tração dianteira, caixa manual de 6 velocidades

Direção: pinhão e cremalheira, com assistência elétrica

Suspensão (ft/tr): Independente McPherson/eixo de torção

Travões (fr/tr): Discos ventilados/discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 12,1

Velocidade máxima (km/h): 192

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 5,8/6,4/5,6

Emissões CO2 (gr/km): 148

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4460/1795/1435

Distância entre eixos (mm): 2725

Largura de vias (fr/tr mm): 1570/1580

Peso (kg): 1299

Capacidade da bagageira (l): 450

Deposito de combustível (l): 51

Pneus (fr/tr): 195/55 R16

Preço da versão ensaiada (Euros): 29886€
Preço da versão base (Euros): 29886€