Mercedes-Benz C 220 d – Ensaio Teste

By on 15 Outubro, 2018

Mercedes-Benz C 220 d

Texto: Francisco Cruz

A referência de sempre

Modelo mais vendido na gama da marca da estrela em 2017, o Mercedes-Benz Classe C acaba de receber, quatro anos após o lançamento, o seu primeiro restyling. O qual, embora discreto na estética, contribui, principalmente com aquilo que está longe da vista, para manter esta proposta alemã, como a referência que já conhecíamos.

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.

 


Mais:

Conforto / Desempenho dinâmico / Motor, Caixa de velocidades

 

 

Menos:

Visibilidade traseira / Opcionais “obrigatórios” / Insonorização do motor

Exterior

/10

Trata-se da primeira actualização de uma geração dada a conhecer há cerca de quatro anos, mas, pelo menos à primeira vista, quase apetece perguntar: “E então? Onde estão as novidades?”

Na verdade e embora a palavra “restyling” nos leve a imaginar, logo à partida, grandes transformações, no caso deste Mercedes-Benz Classe C, as coisas não são bem assim. Ou melhor: não são, numa primeira observação! Pois, observado mais demoradamente, não deixa de ser possível encontrar algumas novidades…

No entanto e porque não queremos que o leitor moa a cabeça e a vista, à procura da novidade, revelamos-lhe, desde já, que as poucas alterações pós-restyling encontram-se na grelha dianteira (ainda que dependendo do nível de equipamento escolhido), pára-choques dianteiro e traseiro, e ópticas. Estas últimas, de série em halogéneo e com luzes diurnas em LED, sendo que, opcionalmente, podem adoptar igualmente tecnologias mais avançadas, como é o caso da iluminação High Performance LED, ou do Multibeam LED.

Finalmente, novidade são também as cores Prata Mojave metalizado e Verde Esmeralda metalizado, para a carroçaria, tanto da Limousine, como da Station.

Pontuação – 8/10

Interior

/10

Mas se o exterior do Mercedes-Benz Classe C agora renovado poucas alterações deixa transparecer à vista, no interior, o princípio é o mesmo. Com o sedan alemão a apostar na já conhecida qualidade de construção e de materiais, a par de um design fluído, mas também estatutário, combinado com uma série de pormenores novos: é o caso do botão Start/Stop com um desenho em forma de turbina (sendo que a própria chave do veículo apresenta um novo design), lado-a-lado com um painel de instrumentos. O qual tanto pode ser analógico (de série), com um pequeno ecrã a cores de 5.5″ entre os dois manómetros tubulares, como totalmente digital – um opcional que o “nosso” Classe C possuía, e que, com uma dimensão de 12″ polegadas, garante não apenas uma excelente resolução (1920×720 pixels), como também a possibilidade de ser configurável ao gosto do condutor, segundo um de três layouts: Classic, Sporty e Progressive.

Já no centro do tablier, um ecrã multimédia destacado, disponível em dois tamanhos (7 ou 10.25 polegadas) e também ele configurável num de três layouts, parte de um sistema de informação e entretenimento que, além de intuitivo e visualmente apelativo, também pode ser comandado através dos botões de controlo tácteis no volante, do touchpad com painel de controlo na consola central, e através da voz, mercê da presença do sistema Linguatronic. Tecnologia com a qual, apesar da denominação algo… estranha, também é possível regular outras funções, como o aquecimento dos bancos.

Num sedan com bons acessos, realce ainda para a habitabilidade, suficiente para albergar até mesmo três adultos atrás, ainda que com a largura pressionada pelos apoios laterais interiores junto às portas, e o lugar do meio condicionado não apenas por um túnel de transmissão saliente, como também por um assento mais estreito e sem o conforto dos laterais. Nos quais, acrescente-se, não falta sequer espaço razoável para pernas e em altura.

Quanto ao condutor, tem à disposição um banco confortável, com todas as regulações, e a garantir uma óptima posição de condução. Fruto também do bom apoio lateral e assento extensível a acomodar o corpo, assim como de um volante de óptima pega, ajustável tanto em altura como em profundidade. E que, a exemplo do banco, só não consegue contribuir para uma visibilidade traseira agradável (felizmente, existem os sensores de estacionamento…), pois, em termos de acesso a comandos, tudo corre como deve, ou seja, sobre rodas!

Finalmente e no que diz respeito à bagageira, o acesso ligeiramente condicionado, devido ao perfil tipo coupé, não impede o total aproveitamento de um espaço de carga fundo, com dois espaços independentes de arrumação nas laterais, ganchos porta-sacos, além de um terceiro espaço de arrumação por baixo do piso falso. Não muito fundo, é certo, mas onde até está uma caixa plástica articulada, para montar, e que pode ser uma ajuda no transporte de objectos mais pequenos.

Caso de ser preciso transportar objectos mais compridos, há sempre a possibilidade de rebater as costas dos bancos traseiros 40:20:40, totalmente na horizontal e no seguimento do piso da mala. Ainda que, para isso, seja necessário accionar as trancas que se encontram apenas e só no tecto da bagageira.

Pontuação – 9/10

Equipamento

/10

Especialmente bem equipado, a verdade é que o “nosso” Mercedes-Benz C 220 d beneficiava, e muito, de dois importantes opcionais, pagos à parte: a linha de design AMG (4.024,39€), e o pack Advantage (2.195,12€).

No caso da linha de design AMG, as mais-valias passam por uma grelha frontal com acabamento diamante, a presença de um kit estético AMG, a suspensão Agility Control com afinação desportiva (rebaixada) e o sistema de modos de condução Dynamic Select. Já para o interior do habitáculo, a garantia de bancos em pele sintética Artico, acabamentos interiores em alumínio e madeira, e pack de iluminação interior.

Quanto ao pack Advantage, é sinónimo da presença de serviços online e navegação em cartão SD, sistema de estacionamento activo e câmara traseira, e pack espelhos.

Contudo e porque nem todos os clientes têm orçamento para empregar mais oito mil euros em opcionais, isto num carro que custa 50 mil euros, importante é igualmente referir que, mesmo apenas com o nível de equipamento base, estão assegurados o Active Brake Assist, airbags frontais, laterais, de cortina, e também de joelhos para o condutor, sensor de chuva, sistema de chamada de emergência Mercedes-Benz, sistema de monitorização da pressão dos pneus, Dynamic Select, protecção para peões, sistema ABS, Adaptive Brake com função Hold, ESP, avisador de desgaste das pastilhas dos travões e Electric Steering Lock.

Já no domínio do conforto e da tecnologia, surge o pack bancos conforto, bancos traseiros rebatíveis, pack Espaços de Arrumação, módulo de comunicações LTE para Mercedes Me, Live Traffic Information, Áudio 20 GPS com oito colunas, ar condicionado automático, caixa de velocidades automática 9G-Tronic com patilhas no volante, Cruise Control, botão de arranque, coluna de direcção regulável em altura e profundidade, e volante multifunções.

Pontuação – 8/10

Consumos

/10

Trocado o anterior quatro cilindros 2,2 litros turbodiesel de 170 cv, por um mais pequeno, e também mais moderno e potente, turbodiesel 2,0 litros de 194 cv, é caso para dizer que o Mercedes-Benz C 220 d acabou ganhando claramente no negócio – também no que a consumos diz respeito!

A demonstrá-lo estão os 5,3 l/100 km de média obtidos por nós, numa utilização intensa, com muita cidade, mas também alguma auto-estrada – trajecto em que, com o modo Eco seleccionado, se torna possível beneficiar da conhecida função “velejar”, ou seja, seguir durante alguns instantes com o motor desligado.

De resto, esta mesma tecnologia acaba por contribuir igualmente para fazer acreditar que será mesmo possível realizar os mais de 1.100 quilómetros que o computador promete, quando com o depósito cheio. “Maratona” que, reconhecemo-lo, não conseguimos cumprir, tendo entregue o C 220 d com mais de 500 quilómetros feitos, mas ainda muito gasóleo para gastar…

Pontuação – 9/10

Ao Volante

/10

Há vários anos referência no segmento, o Mercedes-Benz Classe C 220 d promete assim continuar, após mais esta renovação. Desde logo, por vir reforçar aqueles que são há muito os atributos mais valorizados no modelo: a suavidade e conforto no rolamento, mas também a genica quando tal é preciso!

De resto e embora fazendo do conforto uma premissa nunca esquecida, este C 220 d aproveita não só as características da tracção traseira, mas também de um sistema de condução com três modos – Eco, Sport e Sport Plus -, para oferecer uma pitada mais de irreverência, embora não de imprevisibilidade ou até de reacções negativas; pelo contrário, graças também a uma direcção com óptima adaptação à velocidade e feedback, o sedan alemão oferece-se de forma dócil à condução, ajudando com reacções fáceis de percepcionar e acompanhar. Resultado também da presença do sistema Agility Control, proposto de série.

Com uma óptima posição de condução, conforto irrepreensível, mas também fácil de conduzir e disfrutar, é caso para vaticinar, sem grande medo de errar, que não será após este restyling, que o Mercedes-Benz Classe C perderá o estatuto de referência, no segmento…

Pontuação – 9/10

Motor

/10

Ao contrário do que seria de esperar, até porque estamos a falar de um “simples” restyling, este foi mesmo um dos aspectos em que o Mercedes-Benz C 220 d mais evoluiu – desde logo, por ter trocado o anterior e já mais antigo 2.2 litros turbodiesel de 170 cv, por um bem mais moderno e potente quatro cilindros turbodiesel, ainda que com apenas 1.950 cc de cilindrada. E que, embora mais pequeno, veio proporcionar mais 24 cv de potência (194 cv às 3800 rpm), e os mesmos 400 Nm de binário, entre as 1600 e 2800 rpm.

Aplicado ao dia-a-dia, também aqui o Classe C só ganhou com a troca, com este novo propulsor a exibir uma elevada disponibilidade, ao longo de uma ampla faixa do conta-rotações, a começar ainda antes das 2000 rpm. Com a força e o ímpeto na aceleração a manter-se, depois, até cerca das 3000 rpm (red-line às 5700 rpm), conforme demonstra, de resto, uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 6,9s, ou ainda os 240 km/h de velocidade máxima.

Acompanhado por uma excelente caixa automática de nove velocidades com patilhas no volante, perfeita não apenas na gestão das capacidades do 2.0 litros, mas também na suavidade e rapidez com que opera, apenas a insonorização do bloco nos pareceu poder melhorar ainda um pouco mais. Embora, reconheça-se, já esteja bastante melhor que no antecessor…

Pontuação – 9/10

Balanço Final

/10

Voltamos a afirmá-lo: não acreditamos que seja com este restyling que o Mercedes-Benz Classe C deixará de ser a referência que sempre foi; muito pelo contrário, após uma renovação que é bem mais do que aquilo que se vê, o modelo alemão está efectivamente melhor e mais completo, tendo-se tornado – não temos dúvidas – um adversário ainda mais difícil, para a restante concorrência!

Pontuação – 9/10

Concorrentes

BMW 320d EfficientDynamics Cx. Auto., 163 cv, 7,9s 0-100 km/h, 230 km/h, 3,9-4,3l/100 km, 102-113 g/km, 53.729,00 Euros

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Jaguar XE 20d Cx. Auto., 180 cv, 8,1s 0-100 km/h, 228 km/h, 5,2 l/100 km, 109 g/km, 49.076,93€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Ficha Técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha, injecção directa, turbocompressor de geometria variável e intercooler

Cilindrada (cm3): 1.950

Diâmetro x curso (mm): 82×92,3

Taxa compressão: 15,5:1

Potência máxima (cv/rpm): 194/3.800

Binário máximo (Nm/rpm): 400/1.600-2.800

Transmissão e direcção: Traseira, com caixa automática de nove velocidades; direção de pinhão e cremalheira, electro-hidráulica

Suspensão (fr/tr): Independente; Eixo multibraços

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos 

Aceleração: 0-100 km/h (s): 6,9

Velocidade máxima (km/h): 240

Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 5,3/3,9/4,4

Emissões de CO2 (g/km): 117

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,686/1,810/1,442

Distância entre eixos (mm): 2,840

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.588/1.570

Peso (kg): 1.585

Capacidade da bagageira (l): 455

Depósito de combustível (l): 66

Pneus (fr/tr): 205/60 R16 / 205/60 R16

Preço da versão ensaiada (Euros): 60.110,00€ (49.950,00€ sem opcionais)

Mais/Menos


Mais

Conforto / Desempenho dinâmico / Motor, Caixa de velocidades

 

 

Menos

Visibilidade traseira / Opcionais “obrigatórios” / Insonorização do motor

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 60110€

Preço da versão base (Euros): 49950€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Trata-se da primeira actualização de uma geração dada a conhecer há cerca de quatro anos, mas, pelo menos à primeira vista, quase apetece perguntar: “E então? Onde estão as novidades?”

Na verdade e embora a palavra “restyling” nos leve a imaginar, logo à partida, grandes transformações, no caso deste Mercedes-Benz Classe C, as coisas não são bem assim. Ou melhor: não são, numa primeira observação! Pois, observado mais demoradamente, não deixa de ser possível encontrar algumas novidades…

No entanto e porque não queremos que o leitor moa a cabeça e a vista, à procura da novidade, revelamos-lhe, desde já, que as poucas alterações pós-restyling encontram-se na grelha dianteira (ainda que dependendo do nível de equipamento escolhido), pára-choques dianteiro e traseiro, e ópticas. Estas últimas, de série em halogéneo e com luzes diurnas em LED, sendo que, opcionalmente, podem adoptar igualmente tecnologias mais avançadas, como é o caso da iluminação High Performance LED, ou do Multibeam LED.

Finalmente, novidade são também as cores Prata Mojave metalizado e Verde Esmeralda metalizado, para a carroçaria, tanto da Limousine, como da Station.

Pontuação – 8/10

Interior

Mas se o exterior do Mercedes-Benz Classe C agora renovado poucas alterações deixa transparecer à vista, no interior, o princípio é o mesmo. Com o sedan alemão a apostar na já conhecida qualidade de construção e de materiais, a par de um design fluído, mas também estatutário, combinado com uma série de pormenores novos: é o caso do botão Start/Stop com um desenho em forma de turbina (sendo que a própria chave do veículo apresenta um novo design), lado-a-lado com um painel de instrumentos. O qual tanto pode ser analógico (de série), com um pequeno ecrã a cores de 5.5″ entre os dois manómetros tubulares, como totalmente digital – um opcional que o “nosso” Classe C possuía, e que, com uma dimensão de 12″ polegadas, garante não apenas uma excelente resolução (1920×720 pixels), como também a possibilidade de ser configurável ao gosto do condutor, segundo um de três layouts: Classic, Sporty e Progressive.

Já no centro do tablier, um ecrã multimédia destacado, disponível em dois tamanhos (7 ou 10.25 polegadas) e também ele configurável num de três layouts, parte de um sistema de informação e entretenimento que, além de intuitivo e visualmente apelativo, também pode ser comandado através dos botões de controlo tácteis no volante, do touchpad com painel de controlo na consola central, e através da voz, mercê da presença do sistema Linguatronic. Tecnologia com a qual, apesar da denominação algo… estranha, também é possível regular outras funções, como o aquecimento dos bancos.

Num sedan com bons acessos, realce ainda para a habitabilidade, suficiente para albergar até mesmo três adultos atrás, ainda que com a largura pressionada pelos apoios laterais interiores junto às portas, e o lugar do meio condicionado não apenas por um túnel de transmissão saliente, como também por um assento mais estreito e sem o conforto dos laterais. Nos quais, acrescente-se, não falta sequer espaço razoável para pernas e em altura.

Quanto ao condutor, tem à disposição um banco confortável, com todas as regulações, e a garantir uma óptima posição de condução. Fruto também do bom apoio lateral e assento extensível a acomodar o corpo, assim como de um volante de óptima pega, ajustável tanto em altura como em profundidade. E que, a exemplo do banco, só não consegue contribuir para uma visibilidade traseira agradável (felizmente, existem os sensores de estacionamento…), pois, em termos de acesso a comandos, tudo corre como deve, ou seja, sobre rodas!

Finalmente e no que diz respeito à bagageira, o acesso ligeiramente condicionado, devido ao perfil tipo coupé, não impede o total aproveitamento de um espaço de carga fundo, com dois espaços independentes de arrumação nas laterais, ganchos porta-sacos, além de um terceiro espaço de arrumação por baixo do piso falso. Não muito fundo, é certo, mas onde até está uma caixa plástica articulada, para montar, e que pode ser uma ajuda no transporte de objectos mais pequenos.

Caso de ser preciso transportar objectos mais compridos, há sempre a possibilidade de rebater as costas dos bancos traseiros 40:20:40, totalmente na horizontal e no seguimento do piso da mala. Ainda que, para isso, seja necessário accionar as trancas que se encontram apenas e só no tecto da bagageira.

Pontuação – 9/10

Equipamento

Especialmente bem equipado, a verdade é que o “nosso” Mercedes-Benz C 220 d beneficiava, e muito, de dois importantes opcionais, pagos à parte: a linha de design AMG (4.024,39€), e o pack Advantage (2.195,12€).

No caso da linha de design AMG, as mais-valias passam por uma grelha frontal com acabamento diamante, a presença de um kit estético AMG, a suspensão Agility Control com afinação desportiva (rebaixada) e o sistema de modos de condução Dynamic Select. Já para o interior do habitáculo, a garantia de bancos em pele sintética Artico, acabamentos interiores em alumínio e madeira, e pack de iluminação interior.

Quanto ao pack Advantage, é sinónimo da presença de serviços online e navegação em cartão SD, sistema de estacionamento activo e câmara traseira, e pack espelhos.

Contudo e porque nem todos os clientes têm orçamento para empregar mais oito mil euros em opcionais, isto num carro que custa 50 mil euros, importante é igualmente referir que, mesmo apenas com o nível de equipamento base, estão assegurados o Active Brake Assist, airbags frontais, laterais, de cortina, e também de joelhos para o condutor, sensor de chuva, sistema de chamada de emergência Mercedes-Benz, sistema de monitorização da pressão dos pneus, Dynamic Select, protecção para peões, sistema ABS, Adaptive Brake com função Hold, ESP, avisador de desgaste das pastilhas dos travões e Electric Steering Lock.

Já no domínio do conforto e da tecnologia, surge o pack bancos conforto, bancos traseiros rebatíveis, pack Espaços de Arrumação, módulo de comunicações LTE para Mercedes Me, Live Traffic Information, Áudio 20 GPS com oito colunas, ar condicionado automático, caixa de velocidades automática 9G-Tronic com patilhas no volante, Cruise Control, botão de arranque, coluna de direcção regulável em altura e profundidade, e volante multifunções.

Pontuação – 8/10

Consumos

Trocado o anterior quatro cilindros 2,2 litros turbodiesel de 170 cv, por um mais pequeno, e também mais moderno e potente, turbodiesel 2,0 litros de 194 cv, é caso para dizer que o Mercedes-Benz C 220 d acabou ganhando claramente no negócio – também no que a consumos diz respeito!

A demonstrá-lo estão os 5,3 l/100 km de média obtidos por nós, numa utilização intensa, com muita cidade, mas também alguma auto-estrada – trajecto em que, com o modo Eco seleccionado, se torna possível beneficiar da conhecida função “velejar”, ou seja, seguir durante alguns instantes com o motor desligado.

De resto, esta mesma tecnologia acaba por contribuir igualmente para fazer acreditar que será mesmo possível realizar os mais de 1.100 quilómetros que o computador promete, quando com o depósito cheio. “Maratona” que, reconhecemo-lo, não conseguimos cumprir, tendo entregue o C 220 d com mais de 500 quilómetros feitos, mas ainda muito gasóleo para gastar…

Pontuação – 9/10

Ao volante

Há vários anos referência no segmento, o Mercedes-Benz Classe C 220 d promete assim continuar, após mais esta renovação. Desde logo, por vir reforçar aqueles que são há muito os atributos mais valorizados no modelo: a suavidade e conforto no rolamento, mas também a genica quando tal é preciso!

De resto e embora fazendo do conforto uma premissa nunca esquecida, este C 220 d aproveita não só as características da tracção traseira, mas também de um sistema de condução com três modos – Eco, Sport e Sport Plus -, para oferecer uma pitada mais de irreverência, embora não de imprevisibilidade ou até de reacções negativas; pelo contrário, graças também a uma direcção com óptima adaptação à velocidade e feedback, o sedan alemão oferece-se de forma dócil à condução, ajudando com reacções fáceis de percepcionar e acompanhar. Resultado também da presença do sistema Agility Control, proposto de série.

Com uma óptima posição de condução, conforto irrepreensível, mas também fácil de conduzir e disfrutar, é caso para vaticinar, sem grande medo de errar, que não será após este restyling, que o Mercedes-Benz Classe C perderá o estatuto de referência, no segmento…

Pontuação – 9/10

Concorrentes

BMW 320d EfficientDynamics Cx. Auto., 163 cv, 7,9s 0-100 km/h, 230 km/h, 3,9-4,3l/100 km, 102-113 g/km, 53.729,00 Euros

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Jaguar XE 20d Cx. Auto., 180 cv, 8,1s 0-100 km/h, 228 km/h, 5,2 l/100 km, 109 g/km, 49.076,93€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Motor

Ao contrário do que seria de esperar, até porque estamos a falar de um “simples” restyling, este foi mesmo um dos aspectos em que o Mercedes-Benz C 220 d mais evoluiu – desde logo, por ter trocado o anterior e já mais antigo 2.2 litros turbodiesel de 170 cv, por um bem mais moderno e potente quatro cilindros turbodiesel, ainda que com apenas 1.950 cc de cilindrada. E que, embora mais pequeno, veio proporcionar mais 24 cv de potência (194 cv às 3800 rpm), e os mesmos 400 Nm de binário, entre as 1600 e 2800 rpm.

Aplicado ao dia-a-dia, também aqui o Classe C só ganhou com a troca, com este novo propulsor a exibir uma elevada disponibilidade, ao longo de uma ampla faixa do conta-rotações, a começar ainda antes das 2000 rpm. Com a força e o ímpeto na aceleração a manter-se, depois, até cerca das 3000 rpm (red-line às 5700 rpm), conforme demonstra, de resto, uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 6,9s, ou ainda os 240 km/h de velocidade máxima.

Acompanhado por uma excelente caixa automática de nove velocidades com patilhas no volante, perfeita não apenas na gestão das capacidades do 2.0 litros, mas também na suavidade e rapidez com que opera, apenas a insonorização do bloco nos pareceu poder melhorar ainda um pouco mais. Embora, reconheça-se, já esteja bastante melhor que no antecessor…

Pontuação – 9/10

Balanço final

Voltamos a afirmá-lo: não acreditamos que seja com este restyling que o Mercedes-Benz Classe C deixará de ser a referência que sempre foi; muito pelo contrário, após uma renovação que é bem mais do que aquilo que se vê, o modelo alemão está efectivamente melhor e mais completo, tendo-se tornado – não temos dúvidas – um adversário ainda mais difícil, para a restante concorrência!

Pontuação – 9/10

Mais

Conforto / Desempenho dinâmico / Motor, Caixa de velocidades

 

 

Menos

Visibilidade traseira / Opcionais “obrigatórios” / Insonorização do motor

Ficha técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha, injecção directa, turbocompressor de geometria variável e intercooler

Cilindrada (cm3): 1.950

Diâmetro x curso (mm): 82×92,3

Taxa compressão: 15,5:1

Potência máxima (cv/rpm): 194/3.800

Binário máximo (Nm/rpm): 400/1.600-2.800

Transmissão e direcção: Traseira, com caixa automática de nove velocidades; direção de pinhão e cremalheira, electro-hidráulica

Suspensão (fr/tr): Independente; Eixo multibraços

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos 

Aceleração: 0-100 km/h (s): 6,9

Velocidade máxima (km/h): 240

Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 5,3/3,9/4,4

Emissões de CO2 (g/km): 117

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,686/1,810/1,442

Distância entre eixos (mm): 2,840

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.588/1.570

Peso (kg): 1.585

Capacidade da bagageira (l): 455

Depósito de combustível (l): 66

Pneus (fr/tr): 205/60 R16 / 205/60 R16

Preço da versão ensaiada (Euros): 60.110,00€ (49.950,00€ sem opcionais)

Preço da versão ensaiada (Euros): 60110€
Preço da versão base (Euros): 49950€