Mercedes G350d – Ensaio Teste

By on 9 Agosto, 2019

Mercedes G350d

Texto: José Manuel Costa ([email protected])

Deliciosamente retro

A Jeep mudou o Wrangler para melhor, mantendo-lhe o ADN. A Land Rover “matou” o Defender e fez um carro novo. A Mercedes renovou o Classe G, deixando, igualmente, o ADN bem presente, oferecendo-lhe tecnologia moderna, mais rigidez, mais refinamento e um interior de qualidade. Deixando de lado a etiqueta de preço absurda que a Mercedes colocou no G350d, o “novo” Classe G é um carro deliciosamente retro que, espero, a casa de Estugarda nunca liquide.


Mais:

Qualidade, equipamento, Comportamento fora de estrada

 

 

 

Menos:

Preço, Opcionais

Exterior

8/10

Pontuação 8/10

O G350d é… lindo! Sim, é quadradão; sim, tem uns enormes piscas com cima dos guarda lamas dianteiros e os faróis redondos têm luzes LED; sim continua a ter o chassis aparafusado à carroçaria, mas agora esta é feita em alumínio e aço, sendo 53 mm mais comprida e 121 mm mais larga, mas tendo perdido 170 kgs face ao anterior modelo. Mas consegue ser 55% mais rígido. Ou seja, a Mercedes soube evoluir um clássico de uma forma que a Land Rover não soube fazer com outro ícone, o Defender. E o G350d também, na origem, não tinha airbags, nem ABS, nem estruturas dissipadoras de energia, enfim, era semelhante ao Defender. Quanto ao estilo… bom, continua deliciosamente quadradão, aerodinamicamente medíocre, dobradiças à mostra, punhos das portas enormes, generosa superfície vidrada, os picas enormes, a roda pendurada na estreita porta traseira. Porém, tudo é feito com muita qualidade e não há falhas nas folgas dos painéis. Qualidade absoluta de um carro histórico que envelheceu com qualidade e que hoje é desejável, embora a preços proibitivos.

 

Interior

8/10

Pontuação 8/10

A elevada altura ao solo obriga-nos a subir para dentro do G350d, aproveitando os estribos laterais para ganhar balanço. O acesso não é muito largo, mas suficiente para nos sentarmos nuns bancos confortáveis e com ampla regulação. Espaço em altura não falta, em largura as limitações da carroçaria não dão muitas veleidades. Mas, pelo menos, não nos andamos a acotovelar á frente ou atrás. Diz a Mercedes que encontrou 70 mm na largura á altura dos cotovelos, à frente, e 150 mm de espaço para as pernas no banco traseiro. Ou seja, hoje há espaço para todos. O G350d é vendido com o painel de instrumentos digital, oferecido com os dois ecrãs de generosas dimensões e servem, também, o sistema Command da Mercedes. O Comand Online tem dois ecrãs com 12,3 polegadas, tendo uma excelente resolução.

Tudo é claro e simples, foi feito um esforço enorme para suavizar as linhas interiores do Classe G e a verdade é que tudo tem a qualidade esperada de um Mercedes. Sim, o ruído das portas a fechar e o estrondo que o sistema de fecho central de portas faz a cada acionamento, não é defeito… é feitio! O volante não é tao agressivo como o do G AMG e atrás, as crianças ficarão felizes por estar num carro com tão generosa superfície vidrada.

Equipamento

5/10

Pontuação 5/10

O preço inicial não é convidativo, mas quando deitamos mão à lista de opcionais, como sucedia com o modelo que serviu este ensaio, pode ficar com um G350d mais caro que um… BMW M5 ou um Mercedes E63 S AMG! De série, o G350d oferece vidros elétricos, fecho central de portas, controlo de estabilidade, bloqueios dos diferenciais, caixa de transferências, estribos em ao inoxidável, assistente ativo de faixa de rodagem, bancos traseiros rebatíveis, cruise control, sensor de chuva e lux, máximos automáticos, ar condicionado, espelhos exteriores aquecidos e coluna de direção regulável eletricamente.

Nos opcionais lá estão o interior Exclusive (6.150 euros), o teto de abrir (1.900 euros), pintura metalizada (1.250 euros), acabamentos em madeira de freixo (750 euros), vidros escurecidos nas portas traseiras e no óculo traseiro (500 euros), pré-instalação para sistema de entretenimento traseiro (250 euros), linha de estilo AMG (3.800 euros), pacote de assistência à condução (1.700 euros), sistema de som Burmester (1.600 euros), pacote de estacionamento com camara 360 graus (1.100 euros), pacote de proteção anti-roubo (550 euros) e proteção inferior (300 euros). E assim, com 17.798 euros fica com um Classe G que custa quase 185 mil euros!

Consumos

/10

Pontuação 3/10

Utilizando um motor a gasóleo, poder-se-ia esperar que os consumos fossem mais simpáticos para a carteira, embora como sempre digo, quando se quer e tem dinheiro para comprar um carro que custa quase 185 mil euros, os consumos dizem pouco. E a verdade é que o motor V6 turbodiesel, económico montado em outros carros, aqui tem um claro problema de vicio em gasóleo. Razões para isso? Primeiro pelo peso brutal e depois pela aerodinâmica semelhante à Torre dos Clérigos. Felizmente que o depósito tem 100 litros de capacidade, porque com medias dificilmente abaixo dos 11 litros, corríamos o risco de passar a vida na bomba. E se, na loucura, for andar fora de estrada e aproveitar todas as capacidades do G350d, não se admire que os 100 litros se esgotem num abrir e fechar de olhos.

Ao Volante

8/10

Pontuação 8/10

Depois do que lhe contei do G350d no capítulo dos consumos, pode estar a pensar que o carro é um molengão porque não é o AMG que custa 215 mil euros. Pois está redondamente enganado! O motor V6 gasta muito quando puxamos pela caixa automática de 9 velocidades, mas este trambolho lindo e magnífico consegue chegar dos 0-100 km/h em impressionantes 7,4 segundos. E pesando tanto com a aerodinâmica de uma parede, ainda chega aos 200 km/h. Leva um bocadinho de tempo… mas chega lá!

Quando se olha para o G350d, pensa-se que é do tamanho da Sé de Braga, mas deixe-me dizer-lhe que o carro é mais pequeno que um Mercedes Classe E. O reverso da medalha está na forma como o carro ainda é feito. Respeita a tradição e tem o chassis agarrado a um chassis de travessas e longarinas, mesmo que esta última geração seja muito diferente daquilo que era o carro original. Mas, mesmo assim, andar com o G350d fez-me recuar mais de duas dezenas de anos ao tempo dos jipes puros e duros. A direção é lente e mais pesada que na maioria dos atuais SUV, as portas fecham com um som típico do carro que tem mais folgas devido à necessidade de não ter tudo demasiado rígido e com o fecho central de portas a fechar com um ruído típico.

Há muito barulho aerodinâmico (pudera!) e de rolamento, que chega até ao interior em doses generosas. E sim, o motor parece muito mais ruidoso que no Classe E, claro! Mas, mesmo assim, o som do motor não é nada irritante, bem pelo contrário.

O comportamento é excelente se pensarmos no que pesa o G350d, na altura que tem (é mais alto que largo) e no chassis que utiliza. E para andar com o G350d temos de adotar a condução dos anos 90: sacrificar a entrada em curva travando cedo, deixar a carroçaria assentar nas suspensões e, depois, do outro lado da curva, acelerador a fundo e deixar o G350d saltar para diante com a ajuda do binário. Não vale a pena ir atrás de um GLC ou de outro qualquer SUV. A não ser que vá para fora de estrada, pois aí o G350d não dá absolutamente chances. Em alcatrão, não vale a pena tentar andar depressa, fora de estrada também não, mas nessas condições, o carro continua a ter os três diferenciais com bloqueio e caixa de redutoras. Nesse ambiente, o G350d deixa qualquer um lá longe!

Resta dizer-lhe que o carro tem mais 6 mm de altura ao solo que o anterior modelo (241 mm) , consegue andar em cursos de água mais 10 mm que o carro anterior (70 cm), tem suspensão independente à frente de triângulo sobreposto e um novo eixo rígido traseiro com quatro braços de guiamento e uma barra Panhard. O ângulo de ataque é de 30,9 graus, o de saída é de 29,9 graus, o ventral é de 25,7 graus e a inclinação máxima é de 45 graus.

Motor

8/10

Pontuação 8/10

O motor V6 de 2.9 litros turbodiesel não é um motor qualquer. Com 286 CV, tem mais 40 CV que anteriormente, tem uma sonoridade que não parece ser de motor a gasóleo. Mas a grande vantagem está no binário, fortíssimo com 600 Nm logo a partir das 1200 rpm, o segredo por trás da relativa facilidade com que o G350d se move. E a cada passagem de caixa, não sentimos o pontapé nas costas do modelo com envelope AMG, mas sentimos o carro dar um salto em frente. E o motor tem força até chegar ás 3200 rpm, altura em que a curva de binário começa a descer. Esta característica tem duas vantagens: muito capaz em estrada, fabuloso fora dela.

Balanço Final

8/10

Pontuação 8/10

A nota que dou ao Mercedes G350d não é pelas suas qualidades, mas porque é um ícone que merece o nosso respeito, o mesmo respeito que merecem os engenheiros da Mercedes pelo que fizeram num carro que manteve a base anacrónica – nos dias que correm – mas muito melhor. Há um ou outro problema, mas o carro é absolutamente delicioso, mesmo sendo ostensivo, dê demasiado nas vistas e custe um horror de dinheiro. Se gosta das coisinhas dos Mercedes atuais, o G350d não lhe serve para nada, mas se gosta de um carro robusto, imponente e que dá nas vistas, vale bem a pena. Com maior rigidez e suspensões mexidas pela AMG, o G350d tem como maior problema ser tao caro.

Concorrentes

O G350d não tem concorrentes, exceção feita a modelos que não são vendidos na Europa, ficando como modelo semelhante ás características do G350d, o Toyota Land Cruiser, hoje um carro marginal. Pelo preço pedido, poder-se-ia escolher alguns rivais do segmento SUV, mas não seria justo nem para o G350d, nem para os SUV.

Ficha Técnica

Motor

Tipo: V6 turbodiesel com injeção direta com turbo de geometria variável e intercooler

Cilindrada (cm3): 2925

Diâmetro x Curso (mm): nd

Taxa de Compressão: nd

Potência máxima (CV/rpm): 286/3400 – 4600

Binário máximo (Nm/rpm): 600/1200 – 3200

Transmissão: Integral permanente com caixa automática de 9 velocidades

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): Independente multibraços/eixo rígido com quatro braços de guiamento

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 3,4

Velocidade máxima (km/h): 250

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 8,2/14,5/10,5

Emissões CO2 (gr/km): 241

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4606/1984/1969

Distância entre eixos (mm): 2890

Largura de vias (fr/tr mm): 1660/1660

Peso (kg): 2376

Capacidade da bagageira (l): 667/1246

Deposito de combustível (l): 100

Pneus (fr/tr): 275/50 R20

Preço da versão base (Euros): 164.250

Preço da versão Ensaiada (Euros): 184.501

Mais/Menos


Mais

Qualidade, equipamento, Comportamento fora de estrada

 

 

 

Menos

Preço, Opcionais

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 184501€

Preço da versão base (Euros): 164250€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação 8/10

O G350d é… lindo! Sim, é quadradão; sim, tem uns enormes piscas com cima dos guarda lamas dianteiros e os faróis redondos têm luzes LED; sim continua a ter o chassis aparafusado à carroçaria, mas agora esta é feita em alumínio e aço, sendo 53 mm mais comprida e 121 mm mais larga, mas tendo perdido 170 kgs face ao anterior modelo. Mas consegue ser 55% mais rígido. Ou seja, a Mercedes soube evoluir um clássico de uma forma que a Land Rover não soube fazer com outro ícone, o Defender. E o G350d também, na origem, não tinha airbags, nem ABS, nem estruturas dissipadoras de energia, enfim, era semelhante ao Defender. Quanto ao estilo… bom, continua deliciosamente quadradão, aerodinamicamente medíocre, dobradiças à mostra, punhos das portas enormes, generosa superfície vidrada, os picas enormes, a roda pendurada na estreita porta traseira. Porém, tudo é feito com muita qualidade e não há falhas nas folgas dos painéis. Qualidade absoluta de um carro histórico que envelheceu com qualidade e que hoje é desejável, embora a preços proibitivos.

 

Interior

Pontuação 8/10

A elevada altura ao solo obriga-nos a subir para dentro do G350d, aproveitando os estribos laterais para ganhar balanço. O acesso não é muito largo, mas suficiente para nos sentarmos nuns bancos confortáveis e com ampla regulação. Espaço em altura não falta, em largura as limitações da carroçaria não dão muitas veleidades. Mas, pelo menos, não nos andamos a acotovelar á frente ou atrás. Diz a Mercedes que encontrou 70 mm na largura á altura dos cotovelos, à frente, e 150 mm de espaço para as pernas no banco traseiro. Ou seja, hoje há espaço para todos. O G350d é vendido com o painel de instrumentos digital, oferecido com os dois ecrãs de generosas dimensões e servem, também, o sistema Command da Mercedes. O Comand Online tem dois ecrãs com 12,3 polegadas, tendo uma excelente resolução.

Tudo é claro e simples, foi feito um esforço enorme para suavizar as linhas interiores do Classe G e a verdade é que tudo tem a qualidade esperada de um Mercedes. Sim, o ruído das portas a fechar e o estrondo que o sistema de fecho central de portas faz a cada acionamento, não é defeito… é feitio! O volante não é tao agressivo como o do G AMG e atrás, as crianças ficarão felizes por estar num carro com tão generosa superfície vidrada.

Equipamento

Pontuação 5/10

O preço inicial não é convidativo, mas quando deitamos mão à lista de opcionais, como sucedia com o modelo que serviu este ensaio, pode ficar com um G350d mais caro que um… BMW M5 ou um Mercedes E63 S AMG! De série, o G350d oferece vidros elétricos, fecho central de portas, controlo de estabilidade, bloqueios dos diferenciais, caixa de transferências, estribos em ao inoxidável, assistente ativo de faixa de rodagem, bancos traseiros rebatíveis, cruise control, sensor de chuva e lux, máximos automáticos, ar condicionado, espelhos exteriores aquecidos e coluna de direção regulável eletricamente.

Nos opcionais lá estão o interior Exclusive (6.150 euros), o teto de abrir (1.900 euros), pintura metalizada (1.250 euros), acabamentos em madeira de freixo (750 euros), vidros escurecidos nas portas traseiras e no óculo traseiro (500 euros), pré-instalação para sistema de entretenimento traseiro (250 euros), linha de estilo AMG (3.800 euros), pacote de assistência à condução (1.700 euros), sistema de som Burmester (1.600 euros), pacote de estacionamento com camara 360 graus (1.100 euros), pacote de proteção anti-roubo (550 euros) e proteção inferior (300 euros). E assim, com 17.798 euros fica com um Classe G que custa quase 185 mil euros!

Consumos

Pontuação 3/10

Utilizando um motor a gasóleo, poder-se-ia esperar que os consumos fossem mais simpáticos para a carteira, embora como sempre digo, quando se quer e tem dinheiro para comprar um carro que custa quase 185 mil euros, os consumos dizem pouco. E a verdade é que o motor V6 turbodiesel, económico montado em outros carros, aqui tem um claro problema de vicio em gasóleo. Razões para isso? Primeiro pelo peso brutal e depois pela aerodinâmica semelhante à Torre dos Clérigos. Felizmente que o depósito tem 100 litros de capacidade, porque com medias dificilmente abaixo dos 11 litros, corríamos o risco de passar a vida na bomba. E se, na loucura, for andar fora de estrada e aproveitar todas as capacidades do G350d, não se admire que os 100 litros se esgotem num abrir e fechar de olhos.

Ao volante

Pontuação 8/10

Depois do que lhe contei do G350d no capítulo dos consumos, pode estar a pensar que o carro é um molengão porque não é o AMG que custa 215 mil euros. Pois está redondamente enganado! O motor V6 gasta muito quando puxamos pela caixa automática de 9 velocidades, mas este trambolho lindo e magnífico consegue chegar dos 0-100 km/h em impressionantes 7,4 segundos. E pesando tanto com a aerodinâmica de uma parede, ainda chega aos 200 km/h. Leva um bocadinho de tempo… mas chega lá!

Quando se olha para o G350d, pensa-se que é do tamanho da Sé de Braga, mas deixe-me dizer-lhe que o carro é mais pequeno que um Mercedes Classe E. O reverso da medalha está na forma como o carro ainda é feito. Respeita a tradição e tem o chassis agarrado a um chassis de travessas e longarinas, mesmo que esta última geração seja muito diferente daquilo que era o carro original. Mas, mesmo assim, andar com o G350d fez-me recuar mais de duas dezenas de anos ao tempo dos jipes puros e duros. A direção é lente e mais pesada que na maioria dos atuais SUV, as portas fecham com um som típico do carro que tem mais folgas devido à necessidade de não ter tudo demasiado rígido e com o fecho central de portas a fechar com um ruído típico.

Há muito barulho aerodinâmico (pudera!) e de rolamento, que chega até ao interior em doses generosas. E sim, o motor parece muito mais ruidoso que no Classe E, claro! Mas, mesmo assim, o som do motor não é nada irritante, bem pelo contrário.

O comportamento é excelente se pensarmos no que pesa o G350d, na altura que tem (é mais alto que largo) e no chassis que utiliza. E para andar com o G350d temos de adotar a condução dos anos 90: sacrificar a entrada em curva travando cedo, deixar a carroçaria assentar nas suspensões e, depois, do outro lado da curva, acelerador a fundo e deixar o G350d saltar para diante com a ajuda do binário. Não vale a pena ir atrás de um GLC ou de outro qualquer SUV. A não ser que vá para fora de estrada, pois aí o G350d não dá absolutamente chances. Em alcatrão, não vale a pena tentar andar depressa, fora de estrada também não, mas nessas condições, o carro continua a ter os três diferenciais com bloqueio e caixa de redutoras. Nesse ambiente, o G350d deixa qualquer um lá longe!

Resta dizer-lhe que o carro tem mais 6 mm de altura ao solo que o anterior modelo (241 mm) , consegue andar em cursos de água mais 10 mm que o carro anterior (70 cm), tem suspensão independente à frente de triângulo sobreposto e um novo eixo rígido traseiro com quatro braços de guiamento e uma barra Panhard. O ângulo de ataque é de 30,9 graus, o de saída é de 29,9 graus, o ventral é de 25,7 graus e a inclinação máxima é de 45 graus.

Concorrentes

O G350d não tem concorrentes, exceção feita a modelos que não são vendidos na Europa, ficando como modelo semelhante ás características do G350d, o Toyota Land Cruiser, hoje um carro marginal. Pelo preço pedido, poder-se-ia escolher alguns rivais do segmento SUV, mas não seria justo nem para o G350d, nem para os SUV.

Motor

Pontuação 8/10

O motor V6 de 2.9 litros turbodiesel não é um motor qualquer. Com 286 CV, tem mais 40 CV que anteriormente, tem uma sonoridade que não parece ser de motor a gasóleo. Mas a grande vantagem está no binário, fortíssimo com 600 Nm logo a partir das 1200 rpm, o segredo por trás da relativa facilidade com que o G350d se move. E a cada passagem de caixa, não sentimos o pontapé nas costas do modelo com envelope AMG, mas sentimos o carro dar um salto em frente. E o motor tem força até chegar ás 3200 rpm, altura em que a curva de binário começa a descer. Esta característica tem duas vantagens: muito capaz em estrada, fabuloso fora dela.

Balanço final

Pontuação 8/10

A nota que dou ao Mercedes G350d não é pelas suas qualidades, mas porque é um ícone que merece o nosso respeito, o mesmo respeito que merecem os engenheiros da Mercedes pelo que fizeram num carro que manteve a base anacrónica – nos dias que correm – mas muito melhor. Há um ou outro problema, mas o carro é absolutamente delicioso, mesmo sendo ostensivo, dê demasiado nas vistas e custe um horror de dinheiro. Se gosta das coisinhas dos Mercedes atuais, o G350d não lhe serve para nada, mas se gosta de um carro robusto, imponente e que dá nas vistas, vale bem a pena. Com maior rigidez e suspensões mexidas pela AMG, o G350d tem como maior problema ser tao caro.

Mais

Qualidade, equipamento, Comportamento fora de estrada

 

 

 

Menos

Preço, Opcionais

Ficha técnica

Motor

Tipo: V6 turbodiesel com injeção direta com turbo de geometria variável e intercooler

Cilindrada (cm3): 2925

Diâmetro x Curso (mm): nd

Taxa de Compressão: nd

Potência máxima (CV/rpm): 286/3400 – 4600

Binário máximo (Nm/rpm): 600/1200 – 3200

Transmissão: Integral permanente com caixa automática de 9 velocidades

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): Independente multibraços/eixo rígido com quatro braços de guiamento

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 3,4

Velocidade máxima (km/h): 250

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 8,2/14,5/10,5

Emissões CO2 (gr/km): 241

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4606/1984/1969

Distância entre eixos (mm): 2890

Largura de vias (fr/tr mm): 1660/1660

Peso (kg): 2376

Capacidade da bagageira (l): 667/1246

Deposito de combustível (l): 100

Pneus (fr/tr): 275/50 R20

Preço da versão base (Euros): 164.250

Preço da versão Ensaiada (Euros): 184.501

Preço da versão ensaiada (Euros): 184501€
Preço da versão base (Euros): 164250€