Que carro devo comprar?
OPINIÃO: Qual é o momento certo para ‘trocar’ de carro?

10 conselhos para comprar carro e não acabar arrependido

By on 10 Agosto, 2020

O fim do Estado

de Emergência abriu negócios, entre eles, os espaços de venda de automóveis.

Compreendendo que a situação financeira não está fácil, poderá ter a

necessidade de comprar carro ou agarrar uma oportunidade.

A verdade é

que comprar um

carro é sempre uma tarefa mais difícil do que pode parecer, especialmente,

nesta ocasião. Podemos gostar mais de uns do que outros, apreciar determinado

tipo de características, ambicionar algumas mordomias e ter o nosso modelo

encantado.

Mas na hora

de ‘assinar por baixo’, tudo isso conta, mas não só.  O ato de adquirir um novo modelo é sempre uma

enorme responsabilidade pelo investimento que um veículo representa e ficarmos

totalmente satisfeitos com a nova aquisição é precisamente aquilo que todos

queremos.

Não há fórmulas

mágicas, mas há coisas que devemos ter atenção e nesta altura, mais ainda. Aqui

ficam 10 conselhos práticos.

Definir

um montante: um teto orçamental é de imediato uma grande ajuda para balizar

até onde estamos dispostos a ir. Desta maneira, filtramos de imediato um grande

rol de veículos. Porém, pode haver dúvidas sobre o montante que queremos

gastar. Segundo o banco nova-iorquino Bankrate, uma regra de ouro é não se

gastar mais de 25% do orçamento familiar com o total de veículos que tenhamos

na garagem. Esta fasquia inclui não apenas os pagamentos mensais, mas também os

gastos com combustível e/ou seguro do ou dos veículos.

Objetivo

de utilização: este é um dos pontos essenciais. Queremos um primeiro carro ou um

segundo? Espaçoso para os fins de semana em família ou prático para o

quotidiano? Tudo pesa na hora da compra. Se for para primeiro carro e o

objetivo for um modelo para uma utilização diária, talvez um modelo de

segmentos inferiores, A ou B, seja uma boa opção. Mais comedidos em tamanho e

previsivelmente em consumos, além de práticos para o dia a dia. Se quisermos um

modelo para o quotidiano e para alguns passeios, talvez subindo para o segmento

C ou mesmo D seja um caso a pensar. Se for um segundo carro, mais para dar

belos passeiros, talvez uma carrinha ou um SUV de maiores dimensões se

justifique. Tudo depende do gosto e disponibilidade da carteira, mas vale

sempre a pena ter em conta o propósito primordial de utilização.

Novo

ou usado: pode ser um dilema que deve ser ponderado com o ponto anterior, o

objetivo de utilização. Um modelo novo é naturalmente mais dispendioso, mas tem

várias vantagens: é a estrear e por isso vem imaculado, toda a sua história de

vida começa a ser escrita por nós; tem muitos anos pela frente que, em

condições normais, será muito menos suscitável a problemas mecânicos que um

veículo em segunda mão; tem garantia de fábrica. Já um modelo usado, a não ser

que procuremos algo raro ou muito específico, à partida haverá um amplo leque

de ofertas que nos permite escolher o melhor negócio; é mais acessível que um

carro novo (se tivermos em conta o mesmo modelo); porém desconhecemos o seu

percurso de vida e o seu historial mecânico, o qual pode esconder problemas

fruto da sua utilização/estado que poderão acarretar despesas extras e que pode

fazer subir o preço inicialmente ‘em conta’; porém, o custo do veículo, mesmo

que necessite de alguma revisão, por vezes pode compensar face ao tipo de

utilização que pretendemos.

Pesquisa: alinhavados

os pontos anteriores, devemos dar início à pesquisa: consultar vários sites de

marcas, ver as características, preços, opcionais e equipamento de série; ver

se há campanhas; fazer orçamentos nos sites das marcas para perceber o valor

final dos veículos; ler ensaios de meios especializados para melhor perceber os

prós e contras dos veículos.

Ponderar

as opções: após a pesquisa e já com uma lista de modelos em mãos, começar a

fazer contas mediante alguns critérios, como por exemplo: tipo de utilização,

distância diária, quilómetros médios anuais, custo do veículo, consumos, quanto

irá ficar a mensalidade. Mediante isto, à partida ir-se-á restringir ainda mais

o rol de carros em perspetiva.

A

quem recorrer para o financiamento: se o objetivo é fazer um

empréstimo para a aquisição de um novo modelo (ou usado), o ideal é ponderar o

melhor negócio, tendo em conta os juros associados. Deve-se por isso perceber o

que os vários bancos têm para oferecer, incluindo as financeiras das próprias

marcas e ‘jogar’ com isso.

Preços

reais:

verificar com exatidão o preço dos veículos (falamos aqui de modelos novos). Há

marcas que disponibilizam o preço, mas, por exemplo, sem seguro, nem despesas

de legalização, outras poderão incluir. O mesmo acontece com as campanhas em

curso. É necessária uma atenção cuidada. Mesmo que por vezes haja diferenças de

‘pormenor’, convém olhar a tudo isto na hora da compra.

Fazer

um test-drive: depois de várias horas e contas de cabeça, provavelmente chegamos

a um ponto em que estamos indecisos entre dois ou três veículos. Cientes das

opções e preços, é altura de marcar um test-drive. Nada melhor que ver o modelo

ao vivo e a cores e testá-lo, para percebermos na realidade aquilo que

pretendemos.

A

hora da compra: apesar de estarmos já cientes do preço do veículo escolhido,

ainda é possível negociarmos. Por um lado, convém ter presente os descontos e

campanhas existentes. Depois, para quem o pretender, se vale a pena e o quanto

abate no preço final se se entregar o carro usado e se tal é de facto

vantajoso. Ou se é preferível vendê-lo a um particular ao invés de a um stand.

Através de pesquisas online pode-se perceber o valor médio no mercado de usados

e se o stand está a oferecer uma quantia justa, ou abaixo daquela que o carro

vale na realidade.

Cuidado

com os ‘extras’: quando estamos prontas a fechar a compra é usual surgirem

sugestões de diversa ordem, como um seguro ou extras do veículo. É fácil sermos

levados pelo entusiasmo e um simples “sim” traduzir-se em mais alguns números

na fatura final para os quais não estávamos preparados. Daí que, por muito que

queiramos o veículo, ‘ele não foge’, e podemos ter de estar preparados a dizer

não. Na dúvida, devemos mesmo fazê-lo. Se necessário, voltar a casa, verificar

tudo o que foi dito e mais tarde regressar ao stand para finalizar a compra. O

ponto aqui é não nos precipitarmos e garantirmos que tudo aquilo que foi falado

é o contratualmente definido, para que não haja surpresas.

Ensaios: consulte os testes aos novos carros feitos pelos jornalistas do Auto+ (Clique AQUI)