Ciberataques: A nova dor de cabeça da indústria automóvel
Indústria automóvel nacional vale mais 20 mil milhões de euros

Afinal, qual vai ser o impacto do Brexit na indústria automóvel britânica e europeia?

By on 21 Fevereiro, 2019

A revista “The Economist” debruçou-se sobre o assunto e para lá das repercussões políticas e económicas, um dos motores da economia britânica, a indústria automóvel, deverá apanhar pela medida grande.

Segundo aquela conceituada revista económica, só o facto do Reino Unido sair da União Europeia coloca as ilhas britânicas num sarilho financeiro, mas o Brexit sem acordo, será quase catastrófico, especialmente para a indústria automóvel.

Como já referimos em outro artigo, a Honda já anunciou o fecho, em três anos, da unidade de produção de Swindon, alegando o Brexit e as mudanças inusitadas do universo automóvel. Escondendo o facto do Governo japonês já ter feito um acordo com a União Europeia para eliminar as impossíveis taxas de importação de produtos feitos a oriente. Assim, deixa de ser rentável construir no Reino Unido.

Mas as decisões de retirada começam a estalar como pipocas: a Nissan já disse que o X-Trail deixará de ser produzido em Sunderland, a Jaguar Land Rover está a despedir colaboradores e a Ford, num cenário de Brexit sem acordo, já veio dizer que apesar de só fazer motores no Reino Unido, essa situação será catastrófica, deixando claro que caso isso aconteça, a produção será imediatamente deslocalizada.

Então, qual é o impacto do Brexit na indústria automóvel britânica? O investimento feito nas ilhas britânicas foi superior a 3 mil milhões de euros em 2015, caiu para pouco mais de 600 milhões de euros na primeira metade de 2018. Estima-se que com o Brexit, mesmo com acordo, a redução poderá chegar aos 50%.

Se o Brexit acontecer, sem acordo, serão impostas taxas aduaneiras (10% para os carros e 4.5% para as peças) em todos os produtos, o que terá fortíssimo impacto nos preços. Um carro produzido em Inglaterra verá o seu preço aumentar mais de 20%. Depois, haverá um problema de logística já que os portos estarão atafulhados de camiões à espera de serem controlados na fronteira. Mais grave será o pesadelo dos responsáveis pelas fábricas localizadas no Reino Unido, pois com o sistema “just in time” basta um camião se atrasar devido à fila na fronteira, para que toda a produção tenha de parar. Ou seja, terá de ser feito “stock” de peças algo que não é eficaz nem economicamente vantajoso.

Enfim, os governantes britânicos não mediram as consequências dos seus atos e podem estar a empurrar a industria automóvel britânica, chorudas quantias de investimento e milhares de postos de trabalho pelo esgoto abaixo.

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