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Afinal, são os impostos que não deixam baixar a gasolina ou é a margem em crescendo das gasolineiras?

By on 20 Julho, 2020

Ao que parece, as afirmações do António Comprido, presidente da Apetro, a Associação Portuguesa das Empresas Petroliferas, lembrando que os impostos não deixam baixar mais o preço dos combustíveis… tem marosca.

As gasolineiras aumentaram, já este ano, o valor médio da sua margem comercial, sete cêntimos na gasolina e cinco cêntimos no gasóleo. Contas feitas, a margem das gasolineiras na gasolina é de 25 cêntimos e no gasóleo de 24 cêntimos. Ou seja, é verdade que os impostos são a parte de leão da composição do preço da gasolina, mas estes 7 e 5 cêntimos poderiam fazer a diferença.

Mas, olhemos, então, para a composição do preço da gasolina 95: 43,2% vai para o ISP (Imposto sobre produtos petrolíferos), 27,5% para a Cotação do Petróleo; 18,7% é do IVA, 8,5% do ADC (Armzenagem, Distribuição e Comercialização) e 2,1% para o Biocombustível.

Contas feitas, as gasolineiras estão a ganhar entre 15 e 39 cêntimos na gasolina e entre os 17 e os 30 cêntimos no gasóleo. Valores mais elevados que em 2019, embora tenha de ser dito que a margem comercial não indica sinónimo direto de lucro, já que sobre esta margem incidem os custos com a venda dos produtos petrolíferos.

Ou seja, apesar da carga fiscal ser gigantesca, as gasolineiras não se perderam nesta altura e puxaram a manta para o seu lado. Por isso as palavras suaves e ditas sem riso do presidente da Apetro, quando disse que não havia possibilidade de baixar mais os preços devido aos impostos. Meia verdade, pois o resto reside no bolso das empresas da Apetro.

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