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Apresentação Mundial Kia Rio – o parecer AutoSport

By on 3 Fevereiro, 2017

KIA RIO

É sempre com agrado quando vemos Portugal a ser a opção para uma apresentação mundial. Foi precisamente isso que aconteceu ao longo dos últimos quatro dias, na região de Sintra.  450 jornalistas de 27 países tiveram oportunidade de contactar, ao vivo e a cores, com a quarta geração do modelo Rio da Kia, que chega ao mercado nacional na segunda quinzena de março.

KIA RIO 1

Boa primeira impressão

É verdade que uma tarde é sempre pouco para a atenção que gostaríamos de dedicar ao modelo, mas este primeiro contacto deixou desde logo boas indicações e o desejo de um teste tão breve quanto possível. O Rio começou desde logo por marcar pontos no capítulo visual. Linhas modernas, fluídas e elegantes, numa carroçaria em que a grelha dianteira está mais afilada em altura, ocupando toda a largura do veículo. Nela encontram-se os novos faróis bi-função e luzes diurnas LED em forma de U. As molduras dos faróis de nevoeiro nos pára-choques estão mais perto das laterais e num plano mais elevado em relação à geração anterior, dando maior personalidade à frente. Para isso também contribuiu o capot mais longo, com vincos que se prolongam desde a base do pilar A até à grelha e faróis. Na lateral, destaque para o encurtamento do ‘overhang’ (distância das rodas ao extremo da carroçaria) dianteiro e traseiro.

Em termos de medidas, o Rio também foi revisto: a distância entre eixos passou para os 2580 mm, registando-se um aumento de 10 mm. O comprimento seguiu a tendência, com mais 15 mm a colocarem-no nos 4065 mm. O carro está agora também mais baixo 5 mm, passando para 1450 mm. A traseira está mais direita, com o vidro praticamente em posição vertical. Destaque ainda para as novas luzes LED em forma de flecha. Alterações que causam uma ideia de maior robustez ao olhar.

KIA RIO 2

Ao alargamento exterior de medidas corresponderam ganhos num habitáculo caracterizado pela simplicidade e jovialidade. O espaço para as pernas é agora de 1070 mm na frente e 850 mm atrás. Nos ombros, 1375 mm à frente e 1355 mm atrás. Aqui encontramos uma consola central em que se posiciona o novo HMI flutuante, com ecrã de alta resolução de 5” ou 7“. Os pilares C viram a sua largura ser reduzida em 87 mm, ganhando-se visibilidade com o reposicionamento dos espelhos retrovisores exteriores, que minimizaram os ângulos mortos. Já a bagageira aumentou em 37 litros, para 325l, tem vários níveis para facilitar a arrumação e conta de série com um kit de emergência antifuro sob o piso.

Destaque para o facto de o novo Rio possuir suportes para garrafas em todas as portas (até 1,5 litros à frente e de 0,5 litros atrás) e dois grandes suportes para copos. As portas também estão munidas de pequenos compartimentos de arrumação.

Seguindo a tendência, o depósito de combustível também ficou mais encorpado. Estando localizado sob o banco traseiro, tem mais 2 litros de capacidade, perfazendo 45 litros – o que se traduz por um acréscimo de autonomia na ordem dos 34 a 58 km por depósito, dependendo do motor (com base no ciclo combinado NEDC).

Esta quarta geração tem também novos defletores de ar nas rodas dianteiras, uma cobertura integral na parte inferior da carroçaria e ‘lâminas’ verticais a partir do spoiler da bagageira. Medidas tomadas em prol da insonorização.

KIA RIO 6

Em acção

Neste concorrido evento, o AutoSport tomou contacto com as três motorizações que estarão à venda em Portugal. Os dois gasolina e um diesel: 1.25 MPi de 84 cv; 1.0 T-GDI de 100 cv; e o 1.4 CRDi de 90 cv (este terá também uma versão de 77 cv no nosso país). Os dois últimos, uma novidade no modelo. Uma oferta que irá certamente abranger todos os gostos e necessidades.

O 1.0 T-GDI de três cilindros é o mais nervoso dos três, com a ação do turbo a permitir-nos ter alguns momentos de prazer ao volante, algo que, presumivelmente, fará disparar os consumos – um dado que no teste efetuado não pudemos aferir em nenhum dos modelos. Será a melhor opção para quem goste de alguns momentos de aventura ao volante. Por oposição, o 1.25 MPi atmosférico de quatro cilindros é muito mais brando, ideal para quem queira um carro para ir do ponto A para o B sem euforias. O meio termo é-nos dado pela versão diesel de 90 cv, com mais corpo que o menos potente dos gasolina, mas não tão exuberante quanto o de 100 cv. As unidades a gasolina vêm acopladas com caixas manuais de 5 velocidades (as de 6 são  opcionais), enquanto as diesel têm caixas de 6 velocidades.

A marca avança com consumos de 4,5 l/100 km para o T-GDI e emissões de CO2 de 102 g/km. No 1.25 litros, o consumo de combustível cifra-se em 4,7 l/100 km, com 106 g/km de emissões de CO2, quando equipado com pneus de baixa resistência ao rolamento (4,8 l/100 km e 109 g/km com pneus de série).

Os diesel possuem as emissões de CO2 mais baixas e o menor consumo de combustível da gama Rio. A versão de 77 cv apresenta emissões de apenas 92 g/km e 3,5 l/100 km, enquanto a versão de 90 cv faz 3,8 l/100 km e emite 98 g/km de CO2.

KIA RIO 3

Em estrada o carro apresenta uma notória agilidade, principalmente em curva, sendo permissivo a excessos, mesmo em piso húmido. O adorno da carroçaria a fazer-se à curva é perceptível, mas não assusta nem é  exagerado. O comportamento dinâmico é assim um ponto que joga a favor desta quarta geração do Rio, mostrando-se capaz de encarar percursos a velocidades elevadas e para os quais não fora geneticamente talhado, como o sinuoso ‘troço’ da Lagoa Azul que realizámos. A suspensão foi mexida, tendo agora conjuntos mola-amortecedor e braços transversais mais rígidos e os amortecedores traseiros estão agora montados na vertical. Esta, à luz do teste possível, pareceu cumprir bem os requisitos.

A nível tecnológico, destaque para o sistema de Travagem de Emergência Autónoma (AEB) com reconhecimento de peões, sendo o primeiro automóvel do segmento B a disponibilizá-lo. De série, destaque para o Controlo de Travagem em Curva e Estabilidade em Linha Recta.

KIA RIO 5

Em termos de equipamento, em Portugal poderemos contar com quatro níveis: LX; SX; EX; e TX. Disponível desde a versão base temos: Bluetooth; ligação USB; cruise control com limitador de velocidade; sensor de luz; ajuste do banco do condutor em altura ou computador de bordo. Subindo a fasquia, o condutor pode encontrar um sistema de navegação com ecrã touchscreen de 7 polegadas, câmara de estacionamento traseiro, para além das luzes diurnas em LED e faróis direcionais, entre muitos outros.

Contas feitas, o 1.25 MPi na versão base, LX, tem um preço a começar nos 15.600€, que sobe para os 16.050€ e 17.800€ nas versões SX e EX, respetivamente. O 1.0 T-GDI está disponível apenas na variante TX, por 19.300€. Nos diesel, a opção de 77 cv do 1.4 CRDi começa nos 19.500€, LX, e vai até aos 19.750€ na SX. Por último, o de 90 cv com equipamento EX é 21.980€ e 22.830€ com o nível de equipamento TX. Opções não faltam e certamente para todos os gostos numa marca que faz questão de frisar a oferta de 7 anos de garantia.

 

Ensaios: consulte os testes aos novos carros feitos pelos jornalistas do Auto+ (Clique AQUI)