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BYD diz que condução autónoma é “impossível”

By on 24 Abril, 2023

A condução autónoma tem sido alvo de grande investigação e investimento por parte das marcas, com a Tesla a assumir um papel preponderante no marketing e desenvolvimento da tecnologia, mas com outras marcas a apostarem no conceito. Mas na China, esse tema é visto com algum ceticismo e a BYD diz que o conceito de condução automóvel está condenado ao fracasso.

A BYD, que assume um papel cada vez mais preponderante no mercado dos elétricos, sendo a companhia que mais eletricos vende na China, pela voz de Li Yunfei, um dos porta-vozes da marca, disse aos jornalistas no Salão Automóvel de Xangai 2023 que os automóveis com condução autónoma são provavelmente uma falsa proposta.

“Pensamos que a tecnologia de condução autónoma, que está completamente separada dos humanos, está muito, muito longe e basicamente impossível” disse, citado pela  CNBC.

A Society of Automotive Engineers (SAE), baseando-se no grau de atenção requerido ao condutor, estabeleceu vários níveis até se atingir a condução totalmente autónoma:

Nível 1 – O condutor tem de estar preparado para assumir o controlo a qualquer momento; 

Nível 2 – O condutor é obrigado a detetar objetos ou ocorrências e reagir se o sistema automatizado falhar;

Nível 3 – O condutor pode desviar a atenção da condução num local pré-estabelecido (por exemplo numa autoestrada), mas tem de estar preparado para assumir o controlo se necessário;

Nível 4 – A condução autónoma controla o veículo, exceto em determinadas situações, como condições atmosféricas adversas;

Nível 5 – Para além de definir o destino e ligar o sistema, não é necessária a intervenção humana na condução.

Depois do segundo nível, a condução deixa de ser monitorizada pelo condutor. O sistema Autopilot da Tesla é considerado de Nível 2. A Mercedes já comercializa carros com o sistema DRIVE PILOT que apresenta um Nível 3 de condução autónoma, a primeira marca a apresenta um sistema com este nível. Tal como os sistemas de assistência ao condutor de nível 2, a tecnologia de nível 3 da Mercedes trata da velocidade de condução, da distância a seguir e da direção. Mantém o controlo sobre uma rota predefinida e sinais e sinais de trânsito. O sistema também pode travar e/ou manobrar para evitar potenciais situações.

Os problemas em volta da condução autónoma são muitos, e além das questões técnicas e éticas, há uma questão mais premente para as marcas que é a atribuição das culpas em caso de acidente. Se o sistema autónomo estivera a ser usado, de quem é a culpa do acidente? Do condutor que acionou o sistema ou do ´próprio sistema? Enquanto todas essas questões são resolvidas, os sistemas são desenvolvidos e pensados como assistência ao condutor, facilitando a vida e minimizando erros, o que já é uma valiosa ajuda. Se a condução totalmente autónoma vai ser uma realidade no futuro não se sabe, mas do lado da China, tal parece pouco provável.

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