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O original Citroën Méhari foi oficialmente apresentado em maio de 1968

Citroën vai eletrificar toda a sua gama a partir de 2020

By on 8 Maio, 2017

A Citroën vai dispor de uma gama de veículos elétricos de nova geração a partir de 2020, confirmou a CEO da marca, Linda Jackson.

A versão elétrica do subcompacto C3 (foto) será o testa de ferro da ofensiva, que incluirá ainda o C-Elysée, os furgões comerciais ligeiros e que se alargará progressivamente a todos restantes modelos da gama, com base na nova arquitetura elétrica e-CMP, que o Grupo PSA tem programada para 2019.

A marca francesa vai seguir uma estratégia semelhante à que foi seguida até agora pela Volkswagen e diferente da opção da BMW, por exemplo, optando por eletrificar os seus modelos normais, em vez de lançar novos modelos e uma nova família específica para os veículos elétricos, refere o site L’Argus.

“A nossa estratégia não é ter um modelo dedicado, mas sim uma oferta de motorizações elétricas em toda a nossa gama, para quer os clientes possam optar entre modelos com motores convencionais de combustão ou propulsores elétricos”, referiu Linda Jackson.

2010 Citroen C-Zero

2010 Citroen C-Zero

Atualmente a marca conta apenas com o citadino C-Zero (foto), variante Citroen do Mitusishi i-MiEV e gémeo do Peugeot iON, e do exótico e-Méhari (foto), dois modelos específicos e que não garantem volumes. Somadas, as vendas do C-Zero e do i-MiEV contam-se por poucos milhares de unidades.

Citroen-e-Mehari

Plataforma e-CMP com baterias LG…

A futura plataforma elétrica e-CMP é uma evolução eletrificada da atual plataforma CMP, de modelos compactos e médios da PSA. Terá um pack de bateriais com 50 kWh de capacidade, que garantirão uma autonomia de 450 Km, segundo os padrões da NEDC e de 250 Km, de acordo com as novas medições WLTP.

As baterias serão produzidas pela LG Chem coreana e montadas pela DongFeng, parceira da PSA na China, adianta o site L’Argus. Os motores serão fabricados nas unidades francesas de Trémery e Valenciennes.

O primeiro modelo PSA a contar com esta tecnologia será, a partir do outono de 2019, o futuro DS3 Crossback, a que se seguirão todos os restantes modelos subcompactos e compactos (segmentos B e C), de todas as marcas do grupo.

Citroen-C-Elysée-elétrico

A Citroen apresentou, em abril do ano passado, no Salão Automóvel de Pequim, um protótipo elétrico do C-Elysée (foto), um modelo estratégico para o mercado chinês onde, a partir de 2019, todas as marcas deverão pelo menos assegurar que 8% das suas vendas totais serão veículos elétricos.

… Ou eletrificação das plataformas atuais

Para outros modelos, como os novos C3 e C3 Aircross, que não utilizam a plataforma e-CMP, mas a PF1, a eletrificação será feita a partir da transformação desta última, adaptando-a para receber um pack de baterias e receber um motor elétrico sob o capot.

A eletrificação do furgão comercial Jumpy, montado sobre a atual plataforma EMP2, também está a ser estudada, o exigirá igualmente uma adaptação. A anunciada proibição de circulação de veículos Diesel nalgumas grandes cidades europeias vai obrigar todos os construtores a pensar em alternativas e os propulsores elétricos e híbridos são vistos como a opção a ponderar.

Citroen-Berlingo-elétrico

Mas antes da chegada do e-Jumpy, a Citroen lançara a versão já apresentada do novo furgão compacto Berlingo (foto), gémeo do Peugeot Partner, anunciado para 2018.

Parceria com Bolloré mantém-se

A integração da Mitsubishi na Aliança Renault-Nissan, rival direta da PSA, obrigou ao rompimento dos acordos entre os dois grupos. No que toca a pequenos veículos citadinos urbanos, a Citroën deverá contar com a colaboração da Bolloré.

Bolloré-Bluecar-1

Este fabricante especializado em veículos elétricos deverá utilizar as novas baterias da PSA na segunda geração do seu BlueCar (foto), que continuará a ser produzido na fábrica da PSA de Rennes, mas para a utilização em serviços de mobilidade partilhadas nos grandes centros urbanos.

Em entrevista à agência Bloomberg, o próprio Vincent Billoré afirmou não ser “competitivo face aos grandes construtores” e que tencionava recentrar a atividade da empresa nos “automóveis partilhados, na venda de baterias e serviços”.

Álvaro Mendonça

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