Clássicos, Lamborghini Espada: italiano de sangue espanhol

By on 14 Julho, 2023

O Lamborghini Espada conheceu diversas evoluções e três séries distintas ao longo dos dez anos em que foi produzido

O Espada é um GT (Grande Turismo) que nasceu da necessidade da Lamborghini de preencher a falta de uma proposta de quatro lugares na sua gama. O nome, como sucede com quase todos os Lamborghini, tem inspiração na festa brava espanhola e no caso do Espada, fala do estoque que os toureiros utilizam para lidar os touros de morte. O estilo também não experimentou grandes novidades com a Bertone a ser encarregue de desenhar o Espada.

Foi Marcello Gandini o responsável pelo desenho e como sempre sucedeu com as suas realizações, o resultado foi no mínimo polémico. Muitos adoraram, muitos outros gostaram e ainda mais foram aqueles que referiam o Espada como um dos menos elegantes Lamborghini. Opiniões…

Tecnicamente, o Espada está baseado no Marzal, um concept car visto no Salão de Genebra de 1967 e no Bertone Pirana, um carro que não passava de um Jaguar E Type profundamente revisto. O motor era um V12 de 4 litros com 325 CV, o que conferia ao Espada prestações de elevado nível. Mas o mais impressionante para um carro construído entre 1968 e 1978 com 1217 unidades fabricadas, reside nas suspensões independentes nas quatro rodas, travões de disco nos dois eixos e a utilização de uma caixa automática, a primeira capaz de absorver o enorme binário do V12 e por isso mesmo muito característica: apenas três velocidades, 1ª, Drive e marcha atrás! O interior era luxoso e tinha na verdade espaço para quatro pessoas e bagagens. Porém, quem seguia na frente era claramente privilegiado. Ao longo dos 10 anos em que foi produzido, o Lamborghini Espada conheceu diversas evoluções e três séries distintas; o S1 (68 a 70), S2 (70 a 72) e S3 (72-78). A cada nova versão, sucedia-se um aumento de potência e profundas reformas no interior. No exterior, apenas pequenos retoques

mantendo as dimensões sumptuosas: 4,73 metros de comprimento, 1,86 metros de largura e apenas 1,18 metros de altura.

A partir de 1973 a direcção passou a ter assistência hidráulica e em 1975, o Espada perdeu alguma elegância com os horríveis pára-choques absorvedores de energia obrigatórios nos Estados Unidos. Chegou a ser feito um protótipo do Espada de quatro portas, mas a Lamborghini nunca a colocou em produção.

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