Mobilidade Autónoma: Uma realidade cada vez mais próxima
Condução autónoma cada vez mais perto

Condução Autónoma: o que significam os 5 níveis?

By on 7 Junho, 2017

Texto: André Duarte

Independentemente do tempo que levemos até que esteja globalmente implementada, uma coisa é certa, a condução autónoma será o futuro. No fundo, e como o próprio nome indica, falamos de carros que, no limite, nos irão transportar no dia a dia sem que seja precisa qualquer intervenção humana no ato de conduzir. Será o mesmo que nos deslocarmos num transporte público, com a diferença de que podemos estar a falar do nosso carro, que à porta de casa, se encontra disponível para nos guiar para onde e quando quisermos.

Já imaginaram os benefícios que daí podem advir? O tempo que poderíamos dispensar num rol de outras atividades enquanto viajávamos, por não termos de estar ao volante?

Porém, e como tudo, a condução autónoma não surge do dia para a noite e está dependente dos graduais avanços tecnológicos que vêm a ser feitos. É precisamente aí que entram os 5 níveis de Condução Autónoma. Cada um deles representa um passo em frente na automatização do veículo, logo, quanto mais formos subindo na hierarquia, menor será a necessidade de intervenção humana no ato da condução. Uma evolução que irá chegar a um ponto em que o ser humano deixará de precisar de conduzir, porque o carro o irá fazer de forma totalmente autónoma.

Nesse sentido, hoje é muito comum hoje ouvirmos falar em condução autónoma ou que um modelo já oferece, por exemplo, o nível 2. No entanto, dito assim, pode soar estranho e até, naturalmente, confuso.  Passaremos por isso a aclarar o que é e em que consiste cada um dos 5 níveis de condução autónoma.

Nível 1

1

É naturalmente o mais ‘primário’ e é possível encontrar-se já em muitos modelos. Falamos de sistemas de assistência à condução, como, por exemplo, o cruise control adaptativo (o sistema permite ao condutor regular a velocidade e a distância a que quer seguir face ao veículo da frente. Caso não haja qualquer veículo à frente, funciona como o cruise control convencional). Mais que aquilo que oferece, a importância está no facto de marcar o princípio daquilo que se espera vir a ser o futuro, com uma ajuda, ainda que mínima, ao condutor.

Nível 2

2

Constitui o primeiro e definitivo passo para a condução autónoma. O veículo já permite ao condutor retirar as mãos do volante durante breves momentos,  manter-se na faixa de rodagem, ou realizar manobras como estacionar. Um bom exemplo disso é o controlo de estacionamento à distância da BMW, que permite estacionar o veículo estando fora dele, através da utilização da chave com ecrã. Neste nível as câmaras e radares do automóvel monitorizam o meio envolvente para a realização das ações autónomas por parte deste.

Nível 3

3

O veículo assume maior maturidade no capítulo da autonomia. Aqui o condutor já é capaz de se alhear da estrada e realizar outras tarefas, com o carro a seguir ‘sozinho’, podendo mudar de faixa, acelerar ou travar, sendo que o condutor poderá ser chamado a intervir a qualquer momento. Por exemplo, a Audi anuncia que o A8, que será apresentado no próximo mês, irá incorporar o nível 3 da condução autónoma, que irá funcionar abaixo dos 60 km/h e irá permitir ações como a de ler o jornal ou responder a e-mails enquanto o A8 se conduz sozinho. Este nível requer a utilização de sensores altamente avançados, como scanners laser, sensores ultra-sónicos e sistemas de radares que fazem uma leitura de 360º de tudo o que se passa em torno do veículo.

Nível 4

4

Apesar de não ser o último nível, é aquele em que o carro já terá total autonomia, a um ponto em que já irá permitir ao condutor, por exemplo, dormir descansadamente enquanto o automóvel o leva ao destino. Porém, o condutor deve estar habilitado para conduzir, podendo assumir a condução em partes específicas do traçado, se necessário. Neste nível os sensores e câmaras fornecem uma informação ainda mais precisa, com uma leitura dos dados em tempo real da área em que se encontra o veículo.

Nível 5

5

A diferença para o nível anterior é que o condutor deixa de ‘existir’, com o veículo a assumir total autonomia em todas as situações e passando a ser um transporte de passageiros. O ser humano deixa de precisar de estar habilitado a conduzir. É o futuro.

 

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