Mike Manley manter-se-á no novo grupo que nascerá da fusão PSA-FCA

Conselhos de administração da FCA e da PSA reúnem-se para finalizar acordo

By on 17 Dezembro, 2019

A formação de um dos maiores colossos mundiais está presa por detalhes.

Segundo algumas fontes, o negócio de 50 mil milhões de euros que vai criar o quarto maior grupo mundial da indústria automóvel, está prestes a ser finalizado depois de reuniões que os conselhos de administração da PSA e da FCA vão ter para limar as últimas arestas. Ainda segundo essas mesmas fontes, as duas empresas podem anunciar o memorando de entendimento já amanhã, seguindo-se uma conferência de imprensa que explicará todos os detalhes sobre o meganegócio.

Antes destas reuniões, representantes da família Peugeot e dos “Etablissement Peugeot Freres” (EPF), aprovaram o memorando de entendimento para a fusão das duas empresas. Também o Estado francês, que detém 12% da PSA e tem representante no conselho de administração, apoia esta fusão, mas desde que esta reflitas as poucas alterações ao quadro de fábricas e de pessoal que a FCA e a PSA acordaram em 31 de outubro. Em comunicado, o Ministério das Finanças francês, disse que “faz todo o sentido esta fusão para erigir um novo campeão com escala global que possa encarrar os desafios da mobilidade sustentável.”

Recordamos que a notícia surgiu há seis semanas e que o negócio tem vindo a conhecer forte aceleração para que, rapidamente, possa surgir um grupo que vaio desafiar a Volkswagen na Europa e manter a Chrysler como um dos “big three” da indústria automóvel norte americana. 

A nova empresa terá sede fiscal na Holanda e será liderada por Carlos Tavares, enquanto que John Elkann, da família Agnelli, ficará como o presidente da nova empresa, tal como sucedia agora na FCA.

Como referimos, este acordo erige um colosso mundial com mais de 8 milhões de unidades vendidas em todo o mundo, oferecendo marcas fortes como a Peugeot, Citroen, Jeep, Alfa Romeo e Ram, para não falar de um portfólio que abraça mais de 16 marcas diferentes. Concretiza-se, assim, o sonho de Sergio Marchionne de ter um grupo enorme onde estivesse a “sua” FCA e o sonho de Carlos Tavares de dominar um construtor capaz de fazer frente á Volkswagen. Será curioso perceber o que o gestor português irá fazer com a Alfa Romeo, por exemplo, e se recuperará alguma das marcas “perdidas” pela FCA, como a Lancia, a Maserati ou outras como a Autobianchi, que sempre fizeram parte do portfólio rico da Fiat.

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