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Dieselgate VW: novas provas contra Martin Winterkorn

By on 27 Agosto, 2018

Quase três anos depois do escândalo que mudou muita coisa no grupo VW e na forma como são aferidas as medições de consumos e emissões, começam a surgir provas evidentes que os mais altos funcionários do Grupo VW estavam envolvidos na “marosca” americana.

Um documento com uma única página feito por Bernd Gottweis, um dos mais antigos CEO da VW, colocou em xeque o ex-patrão da VW e do grupo VW. Segundo o jornal alemão “Süddeutsche Zeitung”, quatro dias antes do escândalo ter rebentado como milho ao lume no dia 18 de setembro de 2015, Gottweis entregou esse documento a Martin Winterkorn.

Gottweis escreveu este documento no dia 13 de setembro de 2015 juntamente com o seu colega Oliver Schmidt, o diretor de desenvolvimento e ambiente da VW nos EUA. Schmidt acabou detido nos EUA, tendo por base este documento.

O documento redigido por estes dois executivos do grupo VW diz que “confessar que existe um dispositivo que adultera as emissões dos carros do grupo VW não adianta de muito” referindo que há necessidade de “um forte trabalho de relações públicas para mitigar os efeitos” e, para não perder o controlo da situação deveriam ser tomadas uma série de ações “imediatamente” e iniciar – e isto foi escrito em letras garrafais! – uma investigação interna sobre o sucedido. Além disso, diz o documento “é necessário desenvolver uma ofensiva de comunicação com as autoridades, o público e os acionistas para contrariar o efeito da revelação.”

Gotweiss alega que entregou este documento a Herbert Diess, atual CEO da VW e ao responsável pelo departamento jurídico do grupo VW com o pedido de o fazer chegar ao responsável financeiro do grupo, Hans Dieter Potsch, ele que mais tarde foi presidente do conselho de supervisão do grupo VW. Diess já negou a entrega de qualquer documento, os restantes visados remeteram-se ao silêncio.

A verdade é que Martin Winterkorn e a VW sempre alegaram que souberam da situação após o dia 18 de setembro de 2015. Quando foi anunciado o escândalo, as ações do grupo VW caíram a pique e os pedidos de indeminização chegaram aos 9 mil milhões de euros.

Com este documento agora descoberto e publicado, Winterkorn está em maus lençóis – pelo visto sabia e há mais tempo – mas Herbert Diess e Hans Dieter Potch terão algumas coisas para esclarecer.

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