Novo Renault Captur: Já pode encomendar o seu
Renault Espace poderá voltar a ser monovolume

E se os próximos Alpine tivessem motores BMW?

By on 9 Julho, 2020

Já deve estar a levantar o sobrolho com esta notícia da revista “La Revue Automobile”: então a Renault não tem um acordo com a Mercedes?!

É verdade, tem uma relação que conheceu dias sombrios que quase esteve por um fio, mas parece estar a voltar aos bons velhos dias. E também é verdade que todos levantamos o sobrolho quando alguém diz que possa existir um acordo entre a Renault e a BMW para o fornecimento de motores. 

Mas é isso que a revista “La Revue Automobile” afirma, citando fontes credíveis para apoiar as suas afirmações e oferece algumas explicações. O objetivo não é substituir o bloco 1.3 TCe feito em colaboração com a Mercedes, mas o 1.8 litros de lavra Renault, que é usado em carros como o Megane RS e o Alpine A110. 

Podem espantar-se com isso, até porque o motor é relativamente recente. Porém, o custo para o adaptar à norma Euro7 é elevado e empurrou a Renault para outra solução. 

Esta nova norma deveria entrar em vigor em 2024, mas as marcas estão a solicitar o adiamento de dois anos, para 2026. Isso ajudaria a Renault, pois a nova norma vai contra a tendência de fazer motores pequenos, pois para maior eficiência energética, é necessário ter motores maiores com 2.0 ou mais litros de cilindrada. Por isso mesmo, o bloco 1.8 é curto para cumprir as exigências, dará lugar a um bloco de 2.0 litro da BMW com 306 CV. Mas… por que raio é que a Renault vai comprar os motores à BMW se a Mercedes, ali ao lado e já com acordo ratificado, tem um bloco com 2.0 litros e 421 CV?!

Se isto for verdade, significa que o Alpine A110 volta a ter um segundo fôlego, depois da Renault, face às elevadas perdas, ter reequacionado o fecho da marca. Alias, este motor só poderá ser usado em modelos desportivos, pois a gama da Renault deverá ser encolhida de forma significativa. O Espace, por exemplo, já tem o destino traçado, o Megane ainda está em dúvida e o Megane RS não tem o futuro assegurado por via dos consumos e das emissões e de uma clientela cada vez mais pequena. Portanto, esta notícia terá de ser confirmada para perceber como é que esta parceria se vai desenvolver.

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