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Fim dos carros a combustão? Meio milhão de postos de trabalho ficam em risco, diz estudo

By on 6 Dezembro, 2021

A Associação Europeia de Fornecedores Automóveis (CLEPA) apresentou as conclusões de um estudo que mostra os diferentes cenários no que diz respeito a emprego entre os fornecedores automóveis com a aceleração da eletrificação.

A Associação Europeia de Fornecedores Automóveis (CLEPA) pediu ajuda à PwC Strategy& para avaliar o impacto de três diferentes cenários da política da União Europeia de eliminar os carros a combustão até 2035, mas apenas no que a emprego diz respeito. Os diferentes cenários têm como objetivo perceber o impacto da eletrificação acelerada para corresponder às metas climatéricas propostas, com o crescimento do mercado de carros elétricos até 2030 em mais de 50%, quase 80% e na totalidade.

Este estudo mostrou que 501 000 empregos na área dos motores a combustão vão tornar-se obsoletos se este tipo de motorização for descontinuada até 2035. O estudo mostra ainda que, no cenário de totalidade de carros elétricos até 2030, 70% do meio milhão de postos de trabalho (qualquer coisa como 359 mil postos de trabalho) deverão ser perdidos num período de cinco anos (2030-2035).

Por outro lado, a eletrificação também vai trazer novos postos de trabalho, mas os mesmos vão ser substancialmente inferiores aos perdidos pelo fim dos motores a combustão. De acordo com as conclusões do estudo apresentado pela CLEPA, a eletrificação acrescenta 226 mil postos de trabalho para a produção de motorizações elétricas – número esse que assume o desenvolvimento de baterias na Europa -, um decréscimo de 43% de postos de trabalho.

“Enquanto a eletrificação coloca em risco emprego na área das motorizações a combustão, por outro lado, habilidades em áreas como software ou infraestruturas serão necessárias no futuro. O futuro valor agregado e a criação de emprego em tecnologias de motorização dependem da produção local de baterias na Europa”, indica Henning Rennert, parceiro na PwC Strategy& Germany.

“As inovações dos fornecedores automóveis tornaram a mobilidade elétrica cada vez mais acessível aos consumidores e um instrumento essencial para o cumprimento de metas de redução de emissões. Mas as necessidades da sociedade são muito diversas para uma abordagem só. Uma estrutura regulatória aberta a todas as soluções disponíveis, como o uso de tecnologias híbridas, hidrogénio verde e combustíveis renováveis, permitirá a inovação, enquanto redefinimos a mobilidade nas próximas décadas”, comenta Sigrid de Vries, secretária-geral da CLEPA.

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