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Ford pondera mudar toda a sua produção para fora do Reino Unido devido ao Brexit

By on 13 Fevereiro, 2019

A marca da oval azul não parece inclinada a esperar pelos desenvolvimentos do Brexit e de como será a vida no Reino Unido depois da saída da União Europeia e pondera abandonar a produção nas ilhas britânicas.

Segundo o jornal “The Times”, a ameaça foi clara e feita num telefonema das altas esferas da Ford a Theresa May. Segundo um porta voz da casa da oval azul, “há muito tempo que solicitamos ao Governo e ao Parlamento britânico que trabalhe em conjunto para evitar que o país saia da União Europeia sem um acordo no dia 29 de março deste ano. Uma saída sem acordo seria catastrófica para o Reino Unido e para a sua indústria automóvel e, obviamente, para a força produtiva da Ford no país. Por isso, iremos tomar as medidas que forem necessárias para preservar a competitividade da nossa unidade de negócio europeia. Porém, ainda não temos decisões para anunciar neste momento.”

Esta foi a reação oficial e percebe-se a ameaça velada que é feita e que pode retirar do Reino Unido três fábricas e um centro de pesquisa e desenvolvimento que emprega perto de 13 mil pessoas. E também já se sabe que a Ford tem planos de contingência para esta situação, com locais escolhidos para instalar essas fábricas e esse centro de R&D.

Para mais, a Ford está a desenvolver um massivo projeto de restruturação do seu negócio, incluindo o braço europeu, que prevê um corte nos custos superior a 16 mil milhões de euros. Esta no programa a supressão de locais de produção, engenharia, compras e desenvolvimento e o local onde esses centros estão baseados também entra na equação. Ou seja, a Ford pode acabar com as fabricas do Reuno Unido e não construi novas ou sequer as deslocalizar. E a redução de postos de trabalho já começou com a supressão de 400 posições na unidade fabril de Bridgend, na Escócia.

Esta não é uma situação nova, pois a associação da indústria automóvel britânica já alertou para os pesados encargos que o Brexit terá nesta área, tendo todos os construtores com fábricas e centros de desenvolvimento nas ilhas britânicas, planos de contingência que passam pela paragem da produção depois do dia 29 de março, o dia em que o Reino Unido abandona a União Europeia.

A primeira marca a dar o pontapé de saída do Reino Unido foi a Nissan que cancelou o projeto de produção do novo X-Trail naquele país, esperando-se mais novidades daqui a algumas semanas.

Claro está que Theresa May, como boa política, não ataca o problema na raiz e como costumam fazer os políticos, despeja dinheiro dos contribuintes sobre a indústria automóvel, para, diz ela, ajudar as áreas de negócio afetas pela saída da EU sem acordo. Veremos onde o Reino Unido tem dinheiro suficiente para evitar a saída da indústria automóvel e evitar uma hemorragia social que terá custos elevadíssimos para o Reino Unido.

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